Vulnerabilidade

Um conto erótico de Lisa
Categoria: Heterossexual
Contém 3943 palavras
Data: 30/08/2006 18:00:22
Assuntos: Heterossexual

Estava eu ali, num quarto de hotel em São Paulo num completo e complexo dilema. Todos os meus colegas estavam no restaurante do hotel bebericando e contando piadas. Eu estava louca para ir, mas tinha medo. Medo do que estava sentindo pelo Gustavo, o gerente da filial Salvador. O homem me atraia demais. Seu jeito seguro, educado e ao mesmo tempo dominante estava mexendo muito comigo.

Éramos doze gerentes das diversas filiais da empresa espalhadas pelo Brasil e estávamos ali numa reunião gerencial de uma semana. Era a primeira vez que eu articipava.Começamos no domingo à noite, uma espécie de quebra-gelo e apresentação do grupo, e já estávamos na quarta-feira.

Na segunda-feira foi um dia muito puxado e todos nos recolhemos a nossos quartos logo após o jantar, que terminou já depois das 22:00. O grupo, de 15 pessoas (três da matriz), era formado por 12 homens e apenas três mulheres. Eu, Marília e Joana. Como os quartos eram pequenos, Marília e Joana dividiram um e eu estava sozinha no meu.

Na terça-feira havíamos ido a uma boate. A turma toda brincando, dançando e eu travada, na minha, tomando um gin com tônica bem fraquinha. Marília e Joana passavam de mão em mão dançando com todos. Eram solteiras e queriam mesmo era se divertir. E havia uns colegas bem bonitos no grupo. Eu inventei que estava com dores na coluna e que, devido ao salto alto que eu pusera, não dava pra dançar. Aí o Gustavo, com toda sua educação e delicadeza, ficou dando mais atenção a mim. Conversamos bastante e eu, cada vez mais, me encantava com ele. Fazia-me rir com suas tiradas inteligentes. Fiquei sabendo que era casado e ainda sem filhos. Falei-lhe também de Daniel, meu marido e do meu casal de filhos de 5 e 8 anos. Ele comentou; " O Daniel é um cara de sorte. Tem uma mulher linda e inteligente". Agradeci, meio que sem jeito. "Ele não tem ciúmes de você nessas viagens?" Perguntou. "Minha mulher faz mil recomendações". Complementou, rindo.

"Acho que não" respondi. "Mas ele também me faz recomendações". Complementei, rindo também. "

Estava começando a inquietar-me com o assunto. Sabia bem onde ele pretendia chegar. Mas estava achando aquele jogo legal.

“Se eu fosse seu marido, ficaria preocupado, pois, com sua beleza, é difícil não aparecer alguém para dar em cima". Comentou ele , olhando-me com uma sutil malícia.

Senti um fogo em meu rosto e tentei disfarçar. Mas algo me impeliu a dar continuidade àquele papo. " Você costuma dar em cima das colegas nas reuniões? Perguntei. "Não sou nenhum santo...". Respondeu ele rindo, agora maliciosamente mesmo.”Qual homem não gostaria de ter uma aventura com uma mulher como você, por exemplo, numa oportunidade dessa?".

Aquilo já era uma cantada direta mesmo. Estava começando a me envolver e entrei na defensiva. “ Só que eu sou uma mulher casada, amo meu marido e não cairia em cantadas, assim sem mais nem menos”. Eu disse, fazendo uma cara bem séria. Mas ele sabia derrubar barreiras. “ E o que poderia ser o “mais” ou o “ menos” que faria a diferença?” Perguntou, enquanto acenava para o garçom. “Se eu lhe dissesse isso estaria ficando vulnerável...”. Surpreendi-me respondendo.“Isso quer dizer que você tem uma vulnerabilidade, mesmo amando seu marido. Gostaria de ser adivinho para descobrir”. Ele falou isso procurando meus olhos, como se quisesse ler minha alma através deles. Desviei o olhar, encabulada e sentindo uma excitação diferente dentro de mim.

Pediu mais um uísque e um gin ao garçom. Eu, que normalmente bebo pouco e já tinha tomado dois, não protestei. Aquele papo instigante estava como que adormecendo meu lado racional. O emocional começava a tomar conta. A cantada dele estava cada vez mais explícita e envolvente.

Fui então ao banheiro. Mais para tentar ordenar o meu racional x emocional que por necessidade fisiológica. Olhei-me no espelho e escutei o meu racional dizendo: “ Fuja, fuja. Não se deixe envolver assim”. Por outro lado uma outra se voz contrapunha dizendo: “ Você atraiu e esta sendo atraída por um homem lindo, inteligente e envolvente. Deixe rolar. Isso não vai lhe tirar pedaço algum”.

Pensei então em Daniel. Ele sabia que eu estava ali naquela boate. Havia ligado meia hora antes de eu sair e lhe dissera. Ele apenas disse, brincando: “ Divirta-se...mas... comporte-se, viu?”. Ele confiava em mim. Sabia, porém, que seria muito difícil eu não levar cantadas.

Daniel era tudo de bom que uma esposa poderia ter. 33 anos, corpo lindo e sarado, superdedicado a mim e às crianças. Gostava de estar em casa. Dificilmente saia sozinho.

Na cama dávamos muito bem. Fazíamos sexo sempre. Só tinha um problema: ele tinha ejaculação precoce. Tentava compensar isso com longas e gostosas preliminares. Chupava-me deliciosamente, usava os dedos como ninguém, inventava mil joguinhos eróticos. Quando me penetrava eu já estava a mil de tesão e gozava muito. Mas era tudo muito rápido. Em menos de três minutos eu e ele já havíamos gozado. No início do casamento, quando não tínhamos filhos, havia sempre a oportunidade de uma segunda e, às vezes, uma terceira onde ele conseguia se segurar mais um pouco. Mesmo assim não o suficiente. Com os filhos e o trabalho dificilmete podiamos ficar até mais tarde. Na maioria das vezes era uma e pronto.

Certa vez ele estava meio alto. Havia bebido muito Run e estava como que -como ele dizia- “envernizado”. Foi uma transa deliciosa para mim. Ele agüentou tempo o bastante para eu, por cima, no popular “torno”, explorar ao máximo aquela transa, sentir o seu cacete duríssimo em todos os recantos da minha xoxota, subindo, descendo, rebolando, indo pra frente e pra trás, até o gozo vir lá do fundo das minhas entranhas invadindo-me e espalhando-se deliciosamente por meu corpo todo. Foi maravilhoso. Eu soluçava de tanto gozar. Minhas carnes tremiam involuntariamente.Eu não tinha controle dos meus movimentos. E gozava... Gozava... Quase chorando de tanto prazer.

Ele, como já disse, envernizado, não gozou. Depois me colocou de quatro e veio por trás. Eu me sentia uma cadelinha. E ele metia, metia. E eu rebolava. Jogava minha bunda para trás. Sentia aquele cacete gostoso (de 18 cm e bastante grosso) invadindo-me e me levando aos céus de tanto prazer. De repente ele aumentou o ritmo, gemendo, me chamando de gostosa, de sua putinha e gozamos intensamente. Juntos, numa harmonia de movimentos perfeita. Cada um parecia saber o que fazer para o outro gozar mais e mais. E fizemos.

Assim, durante quase 1 ano depois daquele dia, quando saíamos e ele pedia Run, já me olhava maliciosamente como prevendo o nosso fim de noite. Aproveitei bastante aquela descoberta.

Pena que depois ele sentiu fortes dores no abdômen e foi diagnosticada uma pancreatite. Estava definitivamente proibido de beber para o resto da vida

Tudo aquilo passou, como um filme, em segundos pelo meu pensamento enquanto eu me olhava no espelho naquele banheiro. E ali estava, eu sabia, a minha vulnerabilidade.

Com Daniel seria praticamente impossível eu ter novamente uma transa como aquela do “Dia do Run”. ( Era assim que eu e Daniel nos referíamos àquele dia).

Por mais que eu não quisesse admitir, aquilo me fazia falta. Eu, no fundo, desejava passar novamente longos e longos minutos com um cacete enfiado em mim. Não gozar tão rapidamente. Sentir mais os prazeres da foda... Do entrar e sair... Do rebolado... Do gozo vindo de forma espontânea e intensa. Era um desejo reprimido que eu tinha.

Muitas e muitas vezes fui cantada por colegas de trabalho e pseudo-amigos do Daniel. Mas sempre me segurara. Não havia, na realidade, nesse tempo todo, aparecido alguém que tivesse me despertado a libido a ponto de eu pensar em ter qualquer aventura extraconjugal.

Agora era diferente. O Gustavo estava mexendo, e muito, comigo. Eu sentia-me com o ego altamente acariciado. Meu instinto de fêmea estava sendo despertado.

Retoquei um pouco a maquiagem e voltei para o salão. Não tinha tomado nenhuma decisão sobre que comportamento assumir.

Gustavo levantou-se para me receber. “Você demorou. Eu já estava preocupado. Algum problema?” Perguntou. “Não, não. Nada demais”. Respondi. Ele me ofereceu o Gin e eu bebi um pouco. Ele me instigou a beber mais. “Vai deixar você mais solta e leve”. Disse.

Eu bebi. Quase tudo de uma vez. Em pouco tempo já sentia o álcool fazendo efeito. Estava realmente me deixando mais solta. “Você fica mais bonita ainda desse jeito” Ele disse“ Que jeito?” perguntei. “Solta, destravada. Seus olhos até brilham de forma diferente... É gostoso olhar pra você assim”. Disse fitando meus olhos. Desta vez eu não abaixei a vista. Fitei-o também, como que hipnotizada. Ele segurou de leve minha mão fazendo uma carícia. Não consegui retirar a mão.

De repente mudaram o ritmo da musica e colocaram um bolero pra tocar. “Vamos dançar essa? . A gente fica aqui na mesa mesmo, dançando devagar” Disse, já levantando-se. Instintivamente levantei também e me deixei enlaçar por seus braços. Não sei como, mas ainda de uma forma defensiva, coloquei a famosa “escora” para manter nossos corpos não tão juntos. A música e a dança foram inebriando-me. Semicerrei os olhos e deixei-me levar.

Sentia o perfume dele. Aquele peito forte. O calor do seu corpo. Sem perceber meus braços já enlaçavam seu pescoço. Senti então uma leve carícia de suas mãos em minhas costas, quase nuas devido ao modelo de vestido que eu usava. Arrepiei-me e quando seu braço chegou na minha cintura e puxou meu corpo mais ao encontro ao dele não opus resistência. A voz do emocional e do tesão haviam calado quase que por completo a voz do racional.

O bolero acabou e começou outro. “Dois pra lá dois pra cᔠcom a sublime Elis cantando. Foi a gota d’água naquele instante. Ele abraçou-me mais ainda, colando nossos corpos. Sentia sua respiração quente no meu ouvido. “É uma delicia dançar com você. Poder abraçar você”. Sussurrou . Arqueou mais o corpo (era bem mais alto que eu mesmo eu estando de saltos) e aí pude sentir seu membro rijo roçando minhas pernas, meu ventre. Um arrepio delicioso percorreu todo meu corpo. E continuamos dançando numa perfeita sincronia de movimentos. Nossos corpos sutilmente se buscavam num roçar super-gostoso. A voz da razão havia definitivamente emudecido. Era um instante mágico. Todo meu ser estava concentrado no prazer que aquela dança, aquele bolero e aquele homem estavam me proporcionando.

De repente uma barulheira danada nos trouxe de volta à realidade. Nelson, o gerente de Aracajú, já cheio de uísque havia esbarrado numa mesa derrubando copos e tudo que havia em cima. Foi a maior gozação com ele uma vez que também caiu de costas fazendo a situação ficar hilária.

Aquilo quebrou todo o clima. Findamos pedindo a conta, pagamos e voltamos para o hotel. Nelson, bêbado e cochilando ia no banco da frente do nosso táxi. Eu ia no banco de trás com Gustavo e outro colega. Não deu pra acontecer mais nada. E o efeito do álcool foi passando. A voz da razão como que acordou. E eu comecei a pensar: “O que é que você está fazendo? Daniel não merece isso”.

Outra voz me dizia que não tinha nada demais. Que eu deixasse fluir. Um completo dilema.

Fechei os olhos um pouco. Respirei fundo. Senti-me, naquele instante. Estava com a xoxota completamente úmida. Num tesão incrível. Mas, assim mesmo, a voz da razão naquele momento soava mais forte; “Não deixe acontecer nada. Você vai se arrepender depois” Ela dizia.

Chegamos ao hotel e fui a primeira a pegar a chave. Como meu quarto era no primeiro andar, dei boa noite a todos e me dirigi para a escada. Ele olhou-me como sem entender. Dei-lhe um sorriso meio sem jeito e subi. Dez minutos depois o telefone tocou. Era Gustavo, pelo ramal interno. “O que houve?” Perguntou. “Nada... porque?” Respondi.

“Elisa”, ele argüiu, “Não somos crianças e sei que você tem consciência da intensidade dos sentimentos que aquela dança fez afluir... Porque não podemos dar continuidade àquilo?” Perguntou. Fechei os olhos, respirei fundo. A sua voz macia e envolvente ao telefone voltava a mexer comigo. “Eu sei. Eu sei” Respondi. “Mas não estou preparada para isso. Não quero que alguns momentos de prazer se transformem depois em horas, dias e meses de arrependimento e culpa. Tente entender, por favor”. Respondi, falando rápido, procurando parecer bem mais segura do que eu estava. “Tudo bem. Se é assim que você quer. Mas saiba que dançar com você foi a coisa mais deliciosa que já me aconteceu...”. O lobo não havia desistido da caça... Eu pensei. Naquele momento eu estava conseguindo me “proteger”. Mas senti que ele achava (e acho que eu também sabia) que seria apenas uma questão de tempo e oportunidade. “Vá dormir, Gustavo. Mais tarde nos falamos. Boa noite e sonhe com os anjos” Eu disse. “Eu preferia dormir com um... mas.. se não tem jeito, boa noite” Respondeu. Desliguei o telefone e respirei profundamente. “Meu Deus!. O que era aquilo!!!?” Pensei. Nunca imaginei que pudesse ser envolvida daquele jeito por outro homem. Achava que meu amor por Daniel sempre me protegeria. E ali estava eu. Em devaneio. O corpo em brasa de tesão por Gustavo. Tomei um longo banho e não agüentei. Masturbei-me deliciosamente. Tentava pensar em Daniel, mas a imagem de Gustavo vinha e se interpunha em minha mente.

Durante o dia da quarta-feira o facilitador da reunião decidiu dividir o grupo em dois, em salas diferentes, para montagem de um plano mercadológico. Ficamos em grupos diferentes, eu e Gustavo. Marília sentou perto de mim e perguntou, maliciosamente: “ E aí, como foi o fim de noite ontem?”. “Bom... dormi bastante”. Respondi tentando aparentar naturalidade. “Dormiu????” Espantou-se ela. “Depois daquela dança, e depois você sozinha no quarto, pensamos que ia rolar algo mais entre você e Gustavo”. Pronto!!! Eu já estava na boca do povo. Independente de rolar ou não, para todos os colegas eu já teria ido pra cama com Gustavo. “Não, apenas dançamos, nada mais” Respondi, desviando minha atenção para as planilhas de trabalho, para mudar o assunto. Ela ainda disse: “Sei...” O tom era de quem não acreditava em mim.

Na parada para cafezinho Gustavo aproximou-se de mim. Estávamos meio afastados do resto do grupo. Percebi que a maioria, mesmo disfarçadamente, estava nos observando. Naquela hora pensei: ” Que se lixem... não devo satisfações a ninguém!!”. Ele ofereceu-me um suco e eu aceitei. “Dormiu bem?” Perguntou. Respondi com um hum hum.. e aceno de cabeça. “Eu quase não dormi”. Disse. “Passei a noite pensando em você.. lembrando a nossa dança”. Disse isso buscando meus olhos. Era o lobo rondando novamente sua caça. E não tinha jeito. Ele mexia comigo. Era instigante demais! “Você também pensou em mim?” Perguntou olhando-me nos olhos. De novo o hum hum como resposta. “Não se chateia se eu te disser algo íntimo?” Perguntou. “Pode dizer”. Respondi. “Tive que me aliviar, senão não dormiria nada. E o fiz pensando em você. Em como seria ter você” Disse, de forma mais instigante ainda. Eu estremeci. Quase derramava o resto do suco. Ainda bem que o facilitador chegou nos chamando para a sala.

Na hora do almoço fui ao quarto antes. Como o restaurante ficava no segundo andar, subi pela escada mesmo. Quando cheguei na parte dos degraus que fazia uma curva, lá estava ele. Esperando-me. Parei. Havia aflição dentro de mim. Eu queria dizer não. Mas meu corpo inteiro queria dizer sim. Tremia levemente. Ele pegou minhas mãos e acariciou. Beijou meigamente e foi puxando-me em direção ao seu corpo. Deixei-me levar. Não conseguia evitar. Ele beijou meus olhos, minha face e buscou meus lábios trêmulos de emoção. Meu coração parecia querer sair pela boca. Beijou-me delicada e deliciosamente. Nossas línguas se buscavam. Ele abraçava-me, colava meu corpo no dele. Eu, amolecida de tesão, deixava-me abraçar. Senti a excitação dele. Seu membro, duríssimo roçava em mim. “Quero você Elisa” ele disse ao meu ouvido. “Gustavo, somos casados, alguém pode nos ver aqui. Pare, por favor” Consegui dizer.Ele afastou-se um pouco. “Tudo bem” Disse, mas, mais tarde a gente tem que resolver isso. Sei que você também me quer. Sinto isso.” Deu-me um beijo de leve nos lábios e subiu para o restaurante. Demorei um pouco e decidi não ir almoçar. Voltei para o quarto. Achei que todos iriam perceber o estado de euforia que eu estava.

A tarde transcorreu normal. A turma estava combinando de ir ao teatro e depois dar uma esticada num barzinho. Ai, ao anoitecer começou o temporal. Daqueles que param tudo em São Paulo. A turma decidiu então ficar no restaurante do próprio hotel. Já haviam me ligado e eu dissera que estava com dor de cabeça, que ia descansar um pouco e depois desceria. Mentira. Era medo misturado com tesão. Eu sabia que não tinha muito como resistir às investidas de Gustavo. E estava ali, naquele dilema. Uma parte de mim queria ir. Queria deixar acontecer o que viesse. Outra parte, bastante fragilizada, tentava me reter.

Havia tomado banho e estava apenas com um roupão, sem nada por baixo ainda. O vestido em cima da cama.

Decidi então não ir. Guardei o vestido e, quando me preparava para vestir meu pijaminha, bateram à porta. Perguntei quem era. “Serviço de quarto senhora. Mandaram deixar uma bebida aqui”. Respondeu alguém com uma voz abafada. Estranhei, mas, ajeitando o roupão, abri a porta. Era Gustavo. Com uma garrafa de gin numa mão e uma de tônica na outra. Instintivamente quis fechar a porta, mas ele, sem fazer força alguma, encostou uma das mãos na porta. “Deixe-me entrar... nós queremos isso, você sabe”. “Não Gustavo, não...” Ainda tentei dizer. Mas ele entrou e fechou a porta atrás de si. Eu tremia. A caça sabia que não tinha mais como se livrar do lobo. Estava enfeitiçada. Sem forças. O corpo ardendo de vontade. Ele colocou as bebidas sobre a mesa e veio para mim. Com gestos meigos, carinhosos, começou a acariciar meu rosto em fogo. Depois me abraçou. “Não tenha medo”. Disse. Eu não tinha mais medo. Meu corpo já havia decidido por mim. E tremia e ansiava por aquele macho. Ele acariciou-me o corpo, as costas, minha bunda, e percebeu que eu não tinha nada sob o roupão. Abriu o laço e começou a deixá-lo cair . A chuva batia na janela como que ditando o ritmo. Eu estava ofegante. Ele também já respirava alto. Levantei sua camiseta. Queria sentir o seu corpo colado ao meu. Senti. E um raio de prazer atravessou meu corpo. Depois ele começou a descer, beijando-me em cada centímetro. Passou de leve a língua em meus biquinhos. Sua mão, atrevida, acariciava minha bundinha toda arrepiada. Eu fechei os olhos. E ele começou a alisar minha xaninha. Abri as pernas para facilitar, de forma instintiva. Senti seus dedos procurando meu grelinho.

Hummmmmmmmm!!!! Delícia!!!!!. Enroscados ele foi levando-me para a cama. Deitou-me e veio com aquela língua maravilhosa. Abriu meus grandes lábios e senti aquela língua quente invadir minha xoxotinha. Eu tinha espasmos. Mexia os quadris. Procurava a boca dele com a minha xana. Estava prestes a gozar. Pedi para ele parar. Não queria gozar assim. Queria gozar com aquele cacete enfiado em mim. Comecei a desabotoar sua calça. Em instantes ele estava só de cueca com aquele volume imenso e duro querendo libertar-se. Libertei-a. E para minha surpresa o cacete dele parecia um clone do cacete de Daniel. Mesmo tamanho e espessura. Agachei-me e beijei aquela cabeçorra vermelha. Ele gemia, alisava meus cabelos. Comecei a chupar, lamber. E sentia aquele cacete cada vez mais rijo encher a minha boca. Ele também não quis concluir o gozo com minha chupada. Deitou-me fitando meus olhos, marejados de tanto tesão, e senti aquele cacete duríssimo procurando a entrada da minha xana. Eu ajudava com o corpo. Meu líquido escorria. Eu estava molhadinha. Senti a cabeçorra abrindo caminho. Devagar... Sem nenhuma pressa. Ele fitando meus olhos. Foi metendo cm a cm até que eu senti toda minha xota preenchida. Estava delicioso. Ela parou um pouco lá dentro. Beijou-me então sofregamente. Depois começou a fazer movimentos circulares com o cacete dentro da minha xota. Eu também rebolava. Tentávamos sincronizar nossos movimentos. E conseguimos. Ficamos naquele rebolado uns três minutos. Depois ele começou o vai-vem lentamente. Retirava ela todinha e depois metia devagar. Parecia que ele tinha adivinhado (como dissera) a minha vulnerabilidade. Apesar de todo tesão não havia pressa em se chegar ao orgasmo. Eu sentia as maravilhas de uma foda sem preocupar-me em ter que gozar por medo que o parceiro me “deixasse na mão” gozando antes de mim. Havia como que um sincronismo de corpos e almas. Como num balé bem ensaiado. Nossos corpos buscavam-se visando proporcionar cada vez mais prazer um ao outro. E ele metia, metia, rebolava em cima de mim por longos minutos. E o gozo foi chegando....Chegando. Comecei a gemer mais intensamente. Contraindo os músculos da xotinha. Mordendo aquele pau. E ele foi aumentando a cadencia. De repente era como se mil trovões tivessem soado ao mesmo tempo. O gozo veio lancinante. Parecia que cada célula do meu corpo, em ondas, estava tendo um orgasmo. Diminuía, parecia que havia acabado, e vinha de novo, de novo, de novo!!!. Várias e várias vezes. Senti então os seus jatos quentes invadido-me. Senti novas delicias. Foi muito intenso aquilo tudo.

Ele foi diminuindo o ritmo até ficar sobre mim... Ofegante...Seu rosto espelhava uma plenitude imensa.

Beijou meus olhos, meu rosto e ficou, ainda com o pau dentro de mim, afagando meus cabelos. Incrível é que eu não o sentia amolecer. Continuava pulsando dentro da minha xota. Ficamos alguns minutos assim. Eu sentindo o seu pau. Minha xota o apertava, contraindo-se e soltando, contraindo-se e soltando.

Ele disse: “Acho que descobri sua vulnerabilidade”. Sorri meio sem jeito e perguntei: “E qual é?” Mais que o orgasmo em si, você gosta é disso. De se sentir preenchida. Assim, o cacete dentro de você”. E começou a mexer de novo devagarzinho. Transamos. Transamos muito. Em todas as formas e posições. Quando fiquei por cima usei e abusei daquele pau na minha xana. Foi uma noite de delícias. Saboreei tudo que um gostoso cacete pode proporcionar. Ele me chamava de gostosa. Dizia que minha xana era maravilhosa. Que queria passar o resto da vida dentro de mim.

Até esquecemos a bebida.

As duas da manha, já exaustos, ele foi para seu quarto.

Sozinha, lembrei de Daniel. Ele não havia ligado naquela noite. Olhei meu celular e tinha5 chamadas dele não atendidas. Eu o esquecera no silencioso.

Começou a bater o temido sentimento de culpa. Liguei para ele. Inventei uma mentira. Que havia tomado um remédio para dor de cabeça e caíra no sono. Quando desliguei me sentia mais culpada ainda. Chorei. Todo sentimento de prazer se transformava agora em angustia.

Aquela noite de delícias começava a trazer seu lado ruim. Não consegui dormir. De manha, antes de sair do quarto, liguei para o quarto de Gustavo e disse-lhe como estava me sentindo. Que tinha sido ótimo. Mas pedi que, pelo amor de Deus, parássemos por ali..

Ele compreendeu e, mesmo relutante, aceitou. Nada mais aconteceu durante aquela semana. Na sexta à noite voltei pra minha cidade.

Nunca contei nada pra Daniel. Certo tempo depois um urologista sugeriu um tipo de cirurgia que, diminuindo de certa forma a sensibilidade da glande, fez com que Daniel passasse a demorar bem mais para gozar. Acabou-se a minha vulnerabilidade. Nunca mais o trai. Mesmo tendo sido deliciosa aquela noite, sofro quando lembro e me arrependo até hoje. Tento compensar sempre o que fiz dando mais e mais amor pra Daniel e meus filhos. Com isso, acho que um dia os deuses me perdoarão.


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Comentários

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Simplismente nota maxima!!!! a sintonia perfeia entre erotismo e vulgaridade, Parabens!!!

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LISA, QUALQUER EDITORA LHE CONTRARIA PARA ESCREVER UM ROMANCE, SE EM NOSSO PAÍS EXISTISSE PRODUÇÃO LITERÁRIA NESSE GÊNERO. UM CONTO DÍGNO DO MELHOR ELOGIO. LOUVE-SE SPENY, QUANDO AFIRMA: UM VERDADEIRO EXEMPLAR DE CONTOS ERÓTICOS. OS COMENTÁRIOS ELENCADOS ACIMA, É UMA AMOSTRA DO VALOR LITERÁRIO QUE VOCÊ TRAÇOU DESPERCEBIDAMENTE NA LIGUAGEM ENFEIXADA OU SIMPLESMENTE EMPRESTOU SUA RIQUEZA INTELECTUAL PARA OS QUADROS DA CASA DOS CONTOS

ERÓTICOS. PARABENS, LISA. CONTINUAREI ESPIANDO SEUS ESCRITOS.

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Lisa... fantastico seu conto... Meu ponto de vista sobre esse assunto de traição, moralidade, bla bla bla é o seguinte: oque te fez pecar foi o tesão e não o amor. Sou casada e amo meu esposo, mas eu seria hipocrita demais se dissesse que não tenho vontade de trai-lo ou tesão por outros homens... Não se culpe pelo que aconteceu, foi uma aventura, vc seguiu seus instintos mais fortes e nada disso fará vc menos mulher. Seja feliz! Quem sabe os comentaristas devam ler "Pq as mulheres fazem amor e os homens fazem sexo?" Aqui fica minha dica pessoal, otima leitura.

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Sabe, Lisa... os desejos nos procuram o tempo todo. Vivemos num mundo apelativo, de fortes imposiÇòes sexuais e oportunidades mil. Sinceramente, eu e você sabemos que o que você fez foi "errado" socialmente falando. Mas este seu "parceiro" de uma noite, na boa, vale MUITO pouco. Acho que você resistiu bravamente e somente cedeu por algum tipo de carência momentânea, curiosidade, sei lá. Mas, de verdade, torço por vc e por seu casamento. Não se culpe nem se torture por um erro apenas. Viva feliz com seu maridão, que é um cara de muita sorte em tê-la. No mais, o conto é fantasticamente bem escrito.

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Infelizmente, ou felizmente, a todo instante nos deparamos com pessoas bonitas, inteligentes, atraentes... que definitivamente nos tiram do sério. E isso não faz da gente pessoas vulgares. Vc demonstra isso muito bem no conto. Vc se deixou levar pelo tesão mas percebeu, antes de destruir sua relação, que um casamento não sobrevive apenas pelo sexo, mas também pelo companheirismo, cumplicidade e amor! Parabéns. Vc discorreu os fatos com uma sensibilidade incrível e em nenhum momento foi vulgar. São contos assim que não fazem vergonha de se ler. Abraços fraternos. La Bella Luna

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Seu conto é muito bom, mas em certos aspectos concordo com Del Pierro, quem ama não trai, e não trai mesmo e ponto final. Mas tudo bem, vc pode gostar muito do seu marido, e com respeito a Biscui... a possibilidade de o marido dela traí-la e não sentir-se arrependido, não justifica a traição da esposa, um caráter não pode deformar outro, cada indivíduo tem o seu modo de pensar e agir... mas o conto num todo foi muito bom.

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Lisa, muito bom seu conto, o melhor que já li. Parabéns, você é especial.

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Excelente o conto, parabens pela maneira sensual em que voce descreveu os conflitos racional/emocional, nota 10!

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Ricardo Martins, é verdade... cadê os comentários do

Sergio-DF para esta obra priam aqui? Só vejo ele lendo contos esculhambados de cornos mal escritos. E fica reclamando, reclamando. Não vejo a assinatura dele nos bons contos. Qual motivo?

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Simplesmente nunca mais posso dar déz para um conto depois de ler o seu, magnifico escrito com conhecimento de causa, e pelo estilo deve ser verdadeiro, até o Sergio, que malha e corrige todos os contos ficou com vergonha de comentar este, ler com certeza ele leu, se fosses minha esposa com certeza o lendo, eu perdoava, quanto a ejaculação precoce( que graças a Deus teu marido conseguiu curar)as vezes é culpa do Amor, a pessoa quer tanto a outra, quer tanto satisfazer a pessoa amada que goza antes do esperado. Há o Amor coisa linda, sei porque amo, não entendo a necessidade de trair um dia me curo.

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Muito bom, bem escrito. Infelizmente hoje parece que a traição conjulgal virou coisa normal. Creio que não seja assim. Fiquei feliz pela sinceridade de ter se arrependido, só este fato já a absolve. Parabéns pelo conto. Nota 9,0. Desejo boa sorte no seu casamento e que sejas feliz com seu marido. Abraços...

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Gostei muito! Passei por situacoes parecidas mas resisti firme e nunca e entreguei! Hoje me arrependo! As vezes e bom cometer algumas loucuras, deixa a vida mais gostosa!Nota 10!

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