No conjunto habitacional no qual morei, numa cidade agora unida pela cornubação a Belém, para o imóvel ao lado da minha casa mudou-se um rapaz que se tornou logo amigo da minha família. Ele tinha, disse-me, 22 anos. Moreno, e, como a gente diz das mulheres, falso magro, porque seu corpo era todo malhado e detentor de uma bunda de fazer inveja a muitas fêmas que se dizem gostosas.
Em poucos dias já freqüentava minha casa, batia papo principalmente com minha mulher, sobre perfumes, champus e corte de cabelo.
Um dia, ao chegar do trabalho, encontrei-o na sala mostrando fotografias à minha mulher. Nesse momento, que já passava das 18 h, presenteou-me com um desodorante. Antes já havia notado algo de delicado nele. Nesse dia em que mostrava fotografias, confirmei sua condição de... de não sei dizer, porque não encontro palavras para nominar pessoas que um dia decidiram ser diferentes dos chamados machos. Pelas fotografias em que aparecia vestido de mulher num baile de carnaval, verifiquei sua forte tendência para o lado feminino e entendi tudo. Nesse instante, minha ferramenta imediatamente sinalizou instantânea ereção. Momentos depois, quando saía, vi o belo latifúndio dorsal de que era detentor, o que fez com que meu pau ficasse ainda mais duro.
Horas depois, enquanto minha mulher tomava banho, pé-ante-pé, pulei o baixo muro que separava a minha da casa dele e levemente bati-lhe à porta. Ele veio atender. Estava de bermuda cinza-claro que desenhava o belo traseiro que tinha. Abriu a porta e eu, sem pedir-lhe licença, entrei. Falei-lhe, para que entendesse: - vim rápido enquanto minha mulher está no banho. Se ela me vir aqui... E ele: -ela é ciumenta? - demais, respondi-lhe. E meu viznho foi surpreendente.
- É isto que tu queres? Baixou a bermuda e, com as duas mãos nos joelhos, semi-abaixado, mostrou a beleza de seu latifúndio. A pele morena, sem marcas que depreciassem aquela beleza feita de duas apetecíveis semi-esferas feitas de carne rija pela juventude.
Rápido, abaixei meu 'short' e cuecas e, sem aviso-prévio, tentei penetrá-lo. Foi-me impossível esse intento. Ele encolheu-se de dor, mas eu já estava gozando em meio àquelas rachas profundas e convidativas que ele, também sem nenhum aviso me ofereceu. Gozei e com o coração aos pulos, lhe disse com palavras entrecortadas de ansiedade e de temor de ser flagrado ali: - me espera. Depois da meia-noite eu volto.
E voltei. A pretexto de ficar vendo televisão, fiquei na sala e minha mulher e meus filhos foram dormir. Passada uma hora, entrei em meu quarto e minha mulher ressonava.
Saí, fechei a porta a chave e levemente bati à porta de Roberto (fictício). Ele abriu-a imediatamente e me conduziu a seu quarto. Lá ficamos nus. Percorreu meu pescoço com sua língua, introduziu-a em meus ouvidos, baixou-a a meus mamilos e suavemente os lambeu. Foi baixando pela minha barriga, introduziu a língua em meu umbigo e alcançou meu cajado, a essa altura a ponto de explodir de prazer. Sugou-o e a meus ovos, percoreu minha virilha, apanhou de uma prateleira próxima um tubinho de pomada anti-inflamatória e lubrificou, de forma excitante, na posição agachada em que estava, o ânus. Em seguida, disse-me: - vem! e Deitou-se na cama.
Meu coração explodia de prazer e de medo. Com uma das mãos separou as nádegas e com a outra pegou meu pau e o direcionou ao seu agulheiro.
Meu cacete tem a cabeça pequeninha, mas o resto do pênis vai alargando em direção ao caxbeludo tronco do ipê. Apressado, forcei a entrada, mas ele pediu-me que parasse porque eu o estava machucando. Disse-me: - deita na cama! Deitei-me. Ele veio por cima de mim e na posição de nádegas escancaradas encaixou minha glande no seu cu, e, lentamente, foi descendo. Ficou num lento desce-e-sobe e me perguntou se eu não me importava se seu cacete, duro, tocasse minha barriga. Disse-lhe que não. Ele então vestiu meu pau com seu apertado anel. Repentinamente saiu, apanhou um travesseiro, deitou de bunda pra cima sobre a peça e disse-me: - vem. Mete devagar! Meti e fiquei num entra-e-sai delicioso, embora preocupado com minha mulher.
De repente ele aperta as nádegas e me diz: - vem todinho,vem que estou gozando pelo cu. Perguntei-lhe ao pé do ouvido: - é verdade isso? E ele: - E. E é muito gostoso. Não sei não, cara, tu me fizeste gozar pelo cu.
Mas eu não conseguia gozar. O prazer e o medo parece que me davam uma infindável rigidez. Foi quando ele me pediu: -Pare! Não aguento mais. Meu cu está ardendo muito.
Tentei permanecer, porém ele insistiu para que eu saísse e eu saí. Fui à pia, lavei meu pau e voltei para casa. MInha mulher dormia.
Entrei no banheiro. Enquanto tomava banho bati uma punheta pensando naquele rabo deliciso que acabara de penetrar.
Depois, entretanto, minha consciência passou a me acusar por ter estado com um homem e por haver posto em risco minha vida, porque não usara camisinha na inauguração do provocante cu de meu novo vizinho.
Da primeira acusação, acho me saí bem. Porque, pensei, é impossível para um homem resistir a um banho de gato e a uma chupada de pau, e muito menos a um torneado cu, principalmente quando tudo isso vem de um homem delicado e bonito. E de voz deliciosa de se ouvir durante o sexo. E, para reforçar minha defesa diante de minha consciência, perguntei-me: - que diferença há entre o cu de um homem que sabe usá-lo sob deliciosas provocações e o de uma mulher que não sabe oferecer a seu macho esse provocante dispositivo sexual? Principalmente, complementei, quando se constata que nenhuma fêmea, até então, havia feito antes tantas coisas gostosas em mim, como meu vizinho o fizera naquela oportundade.
Meu vizinho, soube-o mais tarde, era cabeleireiro. Tempos depois, após irmos pra cama mais algumas vezes, mudou-se para um apartamento no centro da cidade de Belém, onde vivo. A esse ap fui uma vez, mas fui desagradavelmente surpreendido. Era quase meio-dia. Quando ele viu meu volume, exclamou dizendo: - Puxa, já vieste armado!? E completou: - Vais ter de ser rápido, porque meu companheiro de apartamento está pra chegar.
Introduzi meu cacete em seu cu lubrificando-o com saliva. Ele gemeu, se contorceu, introduzi minhas coxas entre as suas e as arreganhei, escancarando totalmente seu anel. E gozei. Gozei e saí, mas com o pau totalmente revestido de fezes. Corri ao banheiro a ponto de vomitar. Abri a torneira do chuveiro, o sabonete na mão, e demoradamente ensaboei meu apêndice penial.
Nos despedimos e eu me fui. Só voltei a vê-lo depois, já em outro apartamento. Lá ele morava só. Lá eu ficava tranqüilo, em paz com minha consciência, depois que Roberto me disse que, antes de mim, só foi pra cama com outro macho com camisinha.
Fiz este conto para avaliar minhas possibilidades no campo da prosa.
Tenho cinqüenta e um anos, 1,67m, cabelos grisalhos, corpo atlético. Meus amigos, quando eu jogava futebol, chamavam-me cavalinho, não apenas pela rispidez como beque...
Dizem que o que escrevemos é como um filho. A gente nunca sabe qual será seu destino. Quando o acham feio ficamos tristes. Quando o elogiam, sorrimos de alegria. Oxalá este meu primeiro filho tenha boa sorte, porque assim sou encorajado a procurar uma buceta, digo, um cu, para gerar outros, que devem vir cada vez mais simpáticos à medida que for aperfeiçoando a prática de excitar a quem nos lê.
O aqui relatado tem, imagino, a vantagem de ser verdadeiro.