O que conto agora aconteceu em 1990. Mas para que todos possam entender é preciso voltar um pouco mais no tempo. Precisamente ao ano de 1985, mês de dezembro. Eu tinha então 17 anos. Recém-saído do colegial, tentava um vaga no curso de Odontologia na Universidade Federal de Minas Gerais. Não havia me preparado para o vestibular, porque estudava de manhã em um colégio estadual da cidade de Três Pontas (MG) e à tarde e à noite trabalhava em uma lanchonete. Ainda namorava uma garota da cidade, com quem tinha ensaiado os primeiros passos na vida sexual. Não íamos além de bolinações no alpendre da casa dela. Ela chegava ao gozo, mas nem eu e nem ela entendíamos direito o que era aquilo. Eu imaginava o orgasmo feminino quase que como uma explosão de fogos se artifício e a tremedeira dela e os apertões que me dava no braço para parar o que estava fazendo na sua xoxota não eram exatamente o que eu esperava. Mas não é sobre esta garota que quero falar.
Atenho-me ao encontro com Silvana em Belo Horizonte. Eu havia acabado de chegar na cidade e estava hospedado na república do meu irmão, que já cursava Odonto. Lá pelo início da noite chega na casa enorme, antigona um grupo de garotas. Uma delas me chamou a atenção logo de cara. Era Silvana, moradora de uma pequena cidade nas cercanias de Três Pontas, também aspirante a dentista, mas que já havia se matriculado no Anglo Vestibulares da minha cidade, tão pequena era sua confiança em passar nas provas. Silvana era pequena, baixinha quase, mas, digamos, fortinha. Não era gorda, de jeito algum, o que confirmei depois. Era daquelas garotas de ossatura larga, de carnes duras, formas arredondadas, seios volumosos. Ou seja, o tipo de mulher que sempre me fascinou. Nunca fui chegado em magras. Mulher, para mim, tinha que ter carne, sempre dizia. Queria apertar e sentir músculos; sem necessariamente precisar que a garota fosse musculosa e não receber a pontada de um osso qualquer. Silvana compensava a pouco estatura com um charme irresistível, um sorriso imenso em dentes alvos, uma alegria incontida. Tinha cabelos longos e levemente crespos, e cortava-os de maneira que caíssem de forma decrescente, levemente triangular na ponta que batia, sem cerimônias, no meio da sua bunda grande e redonda. Quem a visse até poderia achar que Silvana tinha bunda achatada. Ledo engano que esclarecerei mais tarde. Seus olhos cor de mel iluminavam a vida dela e dos outros com quem convivia. Tinha um traço característico: um queixinho lindo, deliciosamente pontudinho. Conversamos pouco naquele dia devido a minha nítida timidez frente a um grupo vasto de mulheres bonitas.
Fiz o vestibular e não passei. Voltei para Três Pontas e amarguei dez meses de um cursinho noturno no Anglo Vestibular, seriamente comprometido pelo fato de eu ter que trabalhar durante o dia em uma loja de roupas masculinas. Perdia as aulas de Sábado e como chegava muito cansado do serviço, invariavelmente dormia na primeira aula, sentado no que talvez pudesse ser chamado de buraco negro: a ala intermediária entre a turma da frente, verdadeiros CDF e estudiosos que realmente queriam estudar e passar no vestibular, e a turma do fundão, notadamente bagunceiros. Silvana estudava de manhã. Nunca a via, mas a encontrava sempre quando ela resolvia assistir alguma aula à noite ou quando ficava nos fins de semana na cidade, quando cruzava-a pelos bares. Tornamo-nos amigos fiéis e sinceros, grandes confidentes. Ela chegou a ir me visitar um dia na casa de meus pais. Fui retribuir a visita na casa dela, na pequena cidade perto da minha, uns tempos depois. Entre nós sempre pairava um mistério, uma vontade latente de ficar, de se beijar. Acho que se isso tivesse acontecido nos tempos de cursinho seria muito difícil que eu não tivesse casado com ela, tamanha era a alegria que ela proporcionava em minha vida apenas com sua presença e seu sorriso.
Passei no vestibular e me mandei para Campinas a fim de cursar Publicidade, que descobri depois ser minha verdadeira vocação. Silvana, ao contrário, continuou fiel à Odontologia e passou na UFMG. Perdemos quase que totalmente o contato. Falávamo-nos por telefone algumas vezes, trocamos pouquíssimas cartas, víamo-nos vez por outra na rodoviária de Três Pontas, às vezes eu chegando e ela saindo de viagem.
Um tempo depois tornamos a nos aproximar, ainda por telefone. Já era 1990 e eu estava prestes a me formar e Silvana também. Eu amargava uma dor de cotovelo danada por uma ex-namorada que havia me deixado porque eu pressionava demais para que transássemos e porque ela vivia ainda apaixonada por um cara safado de uma cidade ao Norte do Estado de São Paulo. Numa sexta-feira, início da manhã, deu-me uma loucura, peguei o telefone e liguei para Silvana lá de Campinas. Disse-lhe que se não houvesse problemas eu iria visitá-la naquele fim de semana. Ela alertou-me que teria apenas o Sábado livre, tendo que ir no Domingo fazer um trabalho social de atendimento odontológico a crianças carentes nas redondezas e periferias de Belo Horizonte. Matei serviço e antes que me desse conta estava dentro de um ônibus. Rodei a noite toda e cheguei em Belo Horizonte às duas da madrugada. Acordei Silvana, que veio de pijama me atender na porta da república, onde morava com mais quatro amigas. Tomei um leve café e fui tomar banho. Dormiria no mesmo quarto que Silvana, na cama ao lado da sua, cedida por sua colega de quarto, que dormiria no cômodo ao lado. Ficamos conversando um tempão, relembrando as coisas do passado e as aventura do presente, doidos de medo do futuro que nos aguardava com profissionais formados. Na hora de dormir fiquei sem jeito de me trocar na frente dela. Percebi que me olhava com um leve sorriso nos lábios. Perguntei-lhe o motivo.
- Tô aqui esperando você se trocar. Você acha que eu vou perder a oportunidade de ver as suas pernonas, pelas quais sempre fui apaixonada? - Não tive outro jeito senão arrancar a camisa e baixar a calça.
Neste momento fiquei constrangido. Descuidado que era naquela época, havia colocado uma cueca antiga, daquelas de náilon, azul royal, danada de feia. Silvana parecia que nem estava aí para este detalhe, pois não tirou os olhos das minhas pernas e nem do volume que meu pau começava a fazer sob ela. Não sei o que me deu, mas convidei-a a dormir comigo na mesma cama. Ela veio rapidinho. Na cama de solteiro ficamos meio apertadinhos, ela no canto da parede. Conversamos mais um pouco. Na hora de dormirmos de verdade eu não resisti e pedi-lhe um beijo. Colamos nossos lábios e nos beijamos quase que por horas, rolando as línguas, molhando-nos de saliva.
No dia seguinte acordamos tarde, tomamos café e saímos para passear. À noite resolvemos ir ao cinema, e tinha um bem em frente à república dela. Assistimos a um desenho animado, meio musical, dublado, do qual nem me lembro o nome. Voltamos para a república, assistimos o capítulo do dia da novela Pantanal, na Manchete e fomos nos deitar. Durante todo o dia ficamos nos seduzindo de todas as maneiras possíveis, nos tocando de leve, nos abraçando. Enquanto assistíamos a novela toquei uma vez de leve no pedaço dos seus seios que saíam pelo generoso decote e nas coxas, de pêlos descoloridos, mal cobertas pela minissaia. Em cada toque ela soltava um pequeno gemido e chegava a fechar os olhos. Sabia que acabaríamos na cama, e não era para dormir. Estava doido para comê-la, mas receava por um motivo até banal hoje em dia: Silvana era virgem. Havia me contado durante o dia. Sabia de um rolo dela, que queria de todo jeito comê-la, mas ela não se sentia segura. O que eu poderia fazer, então, se a própria Silvana sabia da minha paixão pela garota de Campinas? Ela era daquelas garotas que somente se entregariam por amor a alguém. Não que isso significasse que somente transaria com o cara com quem se casaria, antes ou depois da cerimônia. Apenas daria para quem amasse, isso havia ficado bem claro para mim. Deitamo-nos, conversamos um pouco e logo estávamos no maior amasso. Nosso beijos eram libidinosos, mais afoitos que os da madrugada anterior. Pedi que ela tirasse a camiseta. Ela aceitou. Ficou de calcinha e sutiã, já que não usava short ou coisa parecida, nem na primeira noite que passamos juntos. Voltamos a nossa sessão de amassos. Beijei-lhe os seios por sobre o sutiã de renda amarela. Sentia seus bicos duros e seus gemidos me alucinavam. Eu queria aquela mulher, desesperadamente. Pedi-lhe que tirasse o sutiã:
- Tiro. Estou quase nua mesmo - disse-me.
Frente aos meus olhos, iluminados apenas por uma nesga de luz que entrava por uma fresta na janela, estavam um dos pares de seios mais lindo que eu havia visto na vida é bem certo que até então minha vida sexual era bem modesta, mas o futuro provou esta minha impressão. Bojudos, alvos, cheios, duros como pedra, deliciosos de se chupar e morder. Tinham um detalhe diferente: as auréolas eram mínimas e os bicos também. Eram de quase 1 cm de altura, mas fininhos. Chupei-os com ardor, arrancando Gemidos longos e frases desconexas da boca gostosa de Silvana. Virei-a de bruços na cama e comecei a chupar da sua nuca até os calcanhares, alucinando-me com aquela bunda grande e deliciosa. Quando virei-a novamente de frente para mim eu estava próximo a sua xoxota, ainda coberta pela calcinha. Beijei sua barriga e nem dei tempo para que ela percebesse o que eu faria. Colei minha boca no local da calcinha onde estava sua buceta. Mordi e chupei. Ela se assustou, deu um grito, arqueou o corpo para frente como que a querer me impedir de continuar, vergonhosa, já que ninguém, nunca, havia feito isso a ela. Fui mais rápido e levantei meu tronco, beijando-a na boca de maneira incisiva, fazendo-a se deitar novamente. Tranquilizei-a dizendo que seria bom para nós dois e que não temesse isso. Arranquei sua calcinha levemente e vi uma buceta maravilhosa. Seus pêlos apenas se concentravam acima do clitóris. Eram fios negros muito longos, mais ainda assim ralinhos. Ao redor dos grandes e pequenos lábios não havia um pelinho sequer. E o mais maravilhoso disso: ela não havia raspado nada. Silvana simplesmente não tinha pêlos na xavasca. Sua racha era fechadinha, um mistério a ser desvendado. Corri meus dedos dentro dela, enfiei meu indicador, novamente assustando, novamente eu a acalmei. Pus-me a chupar aquela bucetinha quase juvenil que estava na minha frente com todo cuidado do mundo. Fui carinhoso e lento a princípio, mas o gemidos dela me endoideceram:
- Faz mais... Isso... Que delícia!!! Me chupa... Nunca fiz isso... Que maravilhoso... Vou gozar, vou gozar, vou gozaaaaaaaaaaaaarrrr - foram suas últimas palavras antes que seu corpo todo se enrijecesse, arqueasse para frente.
De sua boca não saiu som logo. Estava aberta, totalmente, de olhos espremidos e balançando-se toda como que em convulsão. Ficamos abraçados um tempão. Depois do gozo acendi a luz para vê-la inteiramente nua, com vergonha ela se virou de bruços, não querendo que eu visse sua xoxota. Mas desvirei-a e fiquei enrolando seus pêlos com os dedos, enquanto conversávamos. Apaguei novamente a luz e nos pusemos a fazer massagens um no outro, lambendo e chupando o corpo todo. Chupei sua bucetinha a noite toda. Paramos era quatro da madrugada, a pedido dela, que teria que se levantar logo depois para participar da atividade social. Não quis forçar que me chupasse a pica, que ela tinha visto dura e molhada. Mas pedi que esfregasse sua bucetinha encharcada nas minhas costas e no meu rosto. Acho que isso a assustou, pois ficou pouco à vontade. Tentei enfiar naquela xota molhada, mas ela sentiu um pouco de dor e pediu que eu parasse. E parei, por incrível que pareça. Acho que sempre faria o que ela me pedisse. Apaixonei-me por ela naquele momento mágico que vivemos. Pedi que fizéssemos anal. Ela riu nervosamente e não quis. Quando o despertador tocou às seis e meia da manhã eu ainda me enfiei no meio das pernas dela e chupei-a novamente, fazendo Silvana gozar de novo. Tomamos café e ela foi para sua labuta.
Eu tomei o rumo da estrada, parando num trevo para pegar carona, coisa que fiz muito nos tempos de faculdade. Fui para Três Pontas, revi meus pais e me mandei para Campinas. Passei mais de um mês tentando falar com Silvana de novo ao telefone. Um dia consegui e combinamos que ela passaria um final de semana que se aproximava comigo em Campinas. Ela não apareceu. Um dia chegou uma carta. Disse que precisava de um tempo para que a cabeça dela se acostumar com o que tinha ocorrido. Havia sido demais para ela e seus sentimentos estavam todos embaralhados entre o rolo de Belo Horizonte e eu. Sabia que se tivesse ido para Campinas como combinou acabaria perdendo o cabaço para mim. E não sabia se queria que isso acontecesse. Sei que muitos dos contos que são publicados nesta homepage terminam com uma ou mais pessoas envolvidas se mudando de cidade, indo morar fora e o protagonista dizendo que nunca mais viu ou falou com ninguém. Isso sempre me cheirou e a muitos, acredito como mentira. Uma licença literária, digamos. Mas, amigos, creiam: Silvana e eu nunca mais nos falamos ou nos vimos desde então. Foi comodismo de ambas as partes, medo de se envolver, preguiça, corre-corre do cotidiano, sei lá. Nem cabe mais avaliar o que foi que ocorreu. Faz nove anos que tudo isso aconteceu. Ficou uma saudade imensa daquela baixinha deliciosa, que antes de ser amante foi uma grande amiga. ()