Amor sexo é descobertas E11

Um conto erótico de raell22 alternativo
Categoria: Heterossexual
Contém 26401 palavras
Data: 10/03/2025 02:58:07
Última revisão: 10/03/2025 03:08:51

Novo Episódio: Amigos ?

O sol tava batendo forte na janela do hospital quando o médico me deu alta, porra, domingo à tarde e eu finalmente livre daquele cheiro de álcool e do barulho das macas. A perna engessada até o joelho pesava pra caralho, mas as muletas que me deram tavam segurando o tranco. O Carlos tava do meu lado, carregando minha mochila como se eu fosse uma criança indo pra escola, kkk, enquanto a Ana e a Jéssica vinham atrás, rindo de alguma coisa que a Ana falou sobre o miojo da noite passada. Eu tava de boa, o alívio de sair daquele quarto me deixando leve, mas feliz pra cacete de ter eles comigo.

A gente apertou no carro da Jéssica — ela dirigindo, a Ana no banco da frente, e eu e o Carlos atrás, minha perna esticada atrapalhando ele, que reclamou brincando o caminho todo. “Porra, Vitor, teu gesso tá fodendo meu espaço, kkk”, ele disse, e eu ri, dando um soco leve no ombro dele. O papo rolou solto, a Jéssica contando como quase derrubou o celular quando soube do acidente, a Ana zoando que eu ia virar o “homem de gesso” da turma. Mas enquanto o carro cortava as ruas até a casa do Carlos e da Ana, eu senti uma parada diferente no ar, tipo um peso que não explicava.

Chegamos na casa deles, o quintalzinho simples com a garagem vazia me lembrando do carro que eu destruí, e eu senti um aperto, mas o Carlos bateu no meu ombro e disse “relaxa, mano, já te falei que isso é o de menos”. Entramos, a Ana foi direto pra cozinha pegar umas cervejas, a Jéssica me ajudou a sentar no sofá, o cuidado dela me fazendo rir baixo enquanto ela ajeitava uma almofada pra minha perna. “Tô me sentindo um rei, porra, kkk”, eu disse, e ela piscou, o sorriso dela me batendo de um jeito que eu já tava acostumado, mas que ainda mexia comigo.

O papo começou tranquilo, a Ana trazendo as latas geladas, o Carlos abrindo a dele com um “saúde, seus foda” que fez todo mundo rir. A gente falou do hospital, da enfermeira chata que me deu bronca por tentar levantar sozinho, da comida horrível que eu jurei nunca mais comer. Mas enquanto eu ria e tomava um gole, eu percebi o Carlos me olhando diferente, os olhos dele meio inquietos, a mão mexendo na lata mais do que o normal. Ele queria falar algo, porra, algo importante, eu sentia no jeito que ele abria a boca e fechava de novo, como se tavam ensaiando as palavras na cabeça.

Eu larguei a lata na mesinha, me ajeitando com as muletas pra ficar mais reto, e olhei pra ele, o tom leve mas direto.

Vitor:

“E aí, Carlos, porra, tu tá com cara de quem tá segurando um elefante aí. O que tu quer falar, mano? Tá na cara que é sério, kkk.”

Ele riu, mas foi um riso meio nervoso, e trocou um olhar rápido com a Ana, que parou de mexer no celular e levantou a sobrancelha pra ele. A Jéssica, do meu lado, ficou quieta, os olhos dela indo dele pra mim, e eu senti o ar mudar, como se a conversa tranquila tivesse virado um prelúdio pra algo maior.

O Carlos riu aquele riso nervoso, coçando a nuca enquanto trocava um olhar com a Ana, que largou o celular na mesinha e cruzou os braços, tipo dando o sinal verde pra ele falar. A Jéssica ficou quieta do meu lado, os olhos dela indo dele pra mim, e eu senti o ar ficar mais pesado, mas mantive a lata na mão, esperando o que vinha.

Carlos:

"Porra, Vitor, é o seguinte, mano... Eu quero deixar uma questão mais clara aqui com tu. Tu sabe que eu, a Ana e a Jéssica tínhamos um combinado pra hoje à noite, né? Um lance a três, kkk, coisa nossa. Mas eu preciso falar disso contigo antes."

Eu levantei uma sobrancelha, o cérebro processando o que ele tava dizendo, e vi a Jéssica franzir a testa, o rosto dela virando um ponto de interrogação. Ela largou a cerveja na mesinha e se virou pro Carlos, a voz saindo meio confusa.

Jéssica:

"Perai, Carlos, por que tu tá falando disso com o Vitor? Isso não é só entre a gente? O que ele tem a ver?"

O Carlos respirou fundo, os olhos dele indo pra ela, depois pra mim, e ele soltou o elefante que tava segurando, o tom firme mas com um cuidado que eu não esperava.

Carlos:

"É que eu senti uma parada no hospital, Jéssica. Tu cuidando dele, o jeito que tu tava com ele... porra, eu acho que tu tem sentimentos pelo Vitor, mano. E eu não quero meter o pé num rolê que pode foder com isso, sabe? Se tu tá a fim dele, eu e a Ana saímos de cena, tu e ele merecem essa chance."

O silêncio caiu por uns segundos, a Ana olhando pra Jéssica com um meio sorriso curioso, e eu senti o olhar dela em mim, tipo esperando minha reação. A Jéssica corou, porra, o rosto dela ficando vermelho enquanto ela passava a mão no cabelo, os olhos baixos antes de levantar pra encarar o Carlos, a voz saindo baixa mas honesta.

Jéssica:

"Eu... caralho, eu não vou negar, tá? Eu sinto algo pelo Vitor, sim. Mas eu ainda não entendo direito esses sentimentos, sabe? Tá tudo confuso na minha cabeça, eu não sei o que quero ainda."

Eu ri, porra, não consegui segurar, o som saindo alto no meio daquela tensão toda. Os três me olharam, a Ana rindo junto por reflexo, o Carlos com uma cara de “que porra é essa”, e a Jéssica meio sem graça, mas eu tava calmo, o peito leve enquanto largava a lata e me ajeitava no sofá, as muletas caindo do lado.

Vitor:

"Porra, Jéssica, tu é foda, kkk. Se fosse uns meses atrás, eu ia ficar super empolgado com isso, sabe? Tu falando que tá a fim de mim, eu ia pirar — tu é bonita pra caralho, inteligente, me ajudou pra cacete. Eu ia pular nessa na hora. Mas, ó, tu mesma me ensinou uma parada importante: eu tenho que me valorizar, porra. Eu aprendi contigo que eu sou mais que um cara pra alguém ficar na dúvida."

Eu parei, olhando pra ela, o sorriso ainda no rosto, mas o tom ficando mais firme, tranquilo, como quem sabe o que quer.

Vitor:

"Eu adoraria explorar isso contigo, Jéssica, sério. Tu mexe comigo de um jeito foda, mas tu tá confusa, tu mesma disse. E eu não aceito isso, não agora. Eu não quero de novo uma mulher que fique sem saber se quer eu, o Carlos ou a Ana. Eu quero alguém que seja meu, pra mim, sem rolo. Tô cansado de ser a opção, sabe?"

A Jéssica me encarou, os olhos dela arregalando um pouco, e eu vi um misto de surpresa e algo mais ali, tipo respeito. O Carlos deu um tapa na coxa, rindo baixo, e apontou pra mim.

Carlos:

"Caralho, Vitor, boa irmão, mano, kkk. É bom ver que você está retomando o controle, voltando a ser o mano que eu conheci

A Ana riu junto, balançando a cabeça, e a Jéssica ficou quieta, mordendo o lábio enquanto processava o que eu disse, o ar no quarto mudando de novo, mas dessa vez com uma clareza que eu não esperava sentir tão cedo.

A Ana ainda ria baixo, balançando a cabeça enquanto pegava outra cerveja, e a Jéssica ficou ali, quieta, mordendo o lábio como se tavam pesando cada palavra que eu disse. O Carlos me deu aquele tapa na coxa, o olho brilhando com uma mistura de orgulho e zoeira, e apontou pra mim com a lata na mão.

Carlos:

“Caralho, Vitor, tu tá muito foda, mano, kkk. Tô feliz pra cacete por ti, sério. Tu retomando o controle assim, porra, esse é o meu amigo do passado, o Vitor que eu conheci antes de tudo virar merda. Bem-vindo de volta, grandão!”

Eu ri, o calor subindo no peito com o elogio dele, e dei um soco leve no ombro dele, as muletas balançando do meu lado.

Vitor:

“Valeu, Carlos, porra, kkk. Tô tentando, mano, um passo de cada vez — ou uma muleta de cada vez, né?”

A gente riu junto, o clima leve por um segundo, mas aí o Carlos largou a lata na mesinha e fez um sinal com a cabeça, tipo “vem cá”. Ele se levantou, me chamando pro canto perto da cozinha, e eu fui atrás, me equilibrando nas muletas enquanto a Ana e a Jéssica ficavam no sofá, o papo delas virando um murmúrio baixo. Ele parou, cruzou os braços e me olhou sério, mas com aquele jeito de amigo que eu conhecia bem.

Carlos:

“Ó, Vitor, na real agora, mano. Tu tem certeza que não liga pra essa parada da Jéssica? Que não quer explorar esses sentimentos que ela tem por ti? Fala comigo de boa, é na amizade.”

Eu respirei fundo, olhando pra ele, o peso da pergunta batendo, mas eu tava tranquilo, porra, mais tranquilo do que eu imaginava. Ajeitei uma muleta debaixo do braço e respondi, o tom calmo mas firme.

Vitor:

“Tenho certeza, Carlos. Eu aceitaria, mano, se ela tivesse certeza do que sente por mim. Se ela chegasse aqui e dissesse ‘Vitor, eu te quero, é tu e pronto’, eu ia com tudo, porra. Mas ela tá confusa, ela mesma falou. E eu não vou entrar num rolê onde eu sou só uma possibilidade, sabe? Já passei por isso, não quero de novo.”

O Carlos assentiu, coçando a barba, e deu um meio sorriso, os olhos indo rápido pra Jéssica no sofá antes de voltar pra mim.

Carlos:

“Porra, entendi, mano. Mas, caralho, a Jéssica é muito linda, né? Tipo, foda pra cacete, kkk.”

Eu ri, olhando pra ela de longe — o cabelo caindo no rosto, o jeito que ela mexia as mãos enquanto falava com a Ana, toda aquela energia que eu já tinha notado mil vezes.

Vitor:

“É, porra, ela é linda mesmo, Carlos, kkk. Não dá pra negar, a mina é um espetáculo. Mas ela tem a vibe de vocês, sabe? Tu e a Ana, esse fogo, essa parada livre que vocês curtem. Eu? Eu preciso de alguém com a minha vibe, mano, alguém que me puxe pra cima sem eu ter que me preocupar se vou me afundar de novo. Ela é foda, mas não é pra mim assim.”

O Carlos me olhou por um segundo, depois deu um tapa no meu ombro, o sorriso voltando largo.

Carlos:

“Porra, Vitor, tu tá certíssimo, mano. Respeito pra caralho. Então tá de boa, a gente segue o plano com ela, e tu fica na tua, firme e forte.”

Eu assenti, rindo baixo, e voltei pro sofá com ele, o peso daquela conversa me deixando ainda mais leve, como se eu tivesse tirado mais um tijolo das costas.

O Carlos deu aquele tapa no meu ombro, o sorriso largo dele me deixando com um calor no peito, e a conversa no canto morreu ali, leve como tinha começado. Voltamos pro sofá, e a Ana se levantou, esticando os braços com um “porra, tô morta, mas o dia ainda não acabou, kkk”. O Carlos olhou pra Jéssica, um brilho safado nos olhos, e disse “vamos pra tua casa, Jéssica? A gente merece relaxar depois dessa semana foda”. Ela riu, meio sem graça ainda, mas assentiu, pegando a bolsa enquanto a Ana me deu um abraço rápido, sussurrando um “se cuida, homem de gesso” que me fez rir.

Eu fiquei no sofá, as muletas do lado, enquanto os três saíram, a porta batendo atrás deles com um “até amanhã, Vitor” do Carlos ecoando no quintal. O silêncio caiu, porra, pesado pra caralho, e eu senti uma pontada no peito, uma decepção que eu não queria admitir. Peguei a cerveja morna que sobrou na mesinha, tomei um gole, mas o gosto não ajudou a engolir o que tava subindo pela garganta. Eu tava firme na minha decisão, caralho, mas ver a Jéssica indo com eles, o sorriso dela ainda na minha cabeça, doía mais do que eu esperava.

Meus olhos vagaram pro nada, e eu lembrei das sessões com ela — o jeito que ela ria das minhas piadas idiotas, tipo quando eu disse que minha vida era um “carro batido sem conserto” e ela caiu na gargalhada, os olhos brilhando enquanto dizia “tu é foda, Vitor, vai consertar sim”. O sorriso dela, largo e torto, me acertava toda vez, e as conversas longas, ela me ouvindo sem pressa, me guiando com aquela calma que me tirou do buraco. Agora ela tava nas mãos do Carlos, porra, o meu amigo, e eu conseguia imaginar ele beijando ela, a Ana rindo junto, os três num rolê quente que eu abri mão.

Mas aí eu respirei fundo, o peito apertado mas firme, e sorri sozinho, um sorriso pequeno, quase amargo. Doía, caralho, mas eu tava feliz — feliz pra cacete por saber que, mesmo sentindo isso, eu me coloquei em primeiro lugar. Não pulei num buraco por alguém que não sabia o que queria de mim. Eu era mais que isso agora, porra, e essa força, esse controle, valia mais que a saudade que batia.

O tempo passou devagar, o sol caindo lá fora enquanto eu zapava a TV, pulando de um programa besta pra outro — um cara gritando num reality, uma série velha que eu nem lembrava o nome. A cerveja acabou, a lata amassada na mesinha, e eu tava quase cochilando quando a porta abriu de repente, o barulho me fazendo pular, o coração disparando. Pensei rápido, “porra, o Carlos esqueceu algo?”, mas aí eu vi ela — a Jéssica, entrando rápido, o rosto vermelho, os olhos inchados, chorando pra caralho.

Eu fiquei aflito, o pior passando pela cabeça — “caralho, aconteceu algo com o Carlos, com a Ana?” —, e tentei levantar com as muletas, mas ela correu até mim, se jogando no chão perto do sofá, os joelhos batendo no chão enquanto a cabeça dela caía no meu colo, as mãos agarrando minha perna boa, o choro saindo alto, descontrolado.

Vitor:

“Porra, Jéssica, o que aconteceu? Tá tudo bem? Fala comigo, caralho!”

Ela levantou o rosto, os olhos vermelhos brilhando com lágrimas, o cabelo grudado nas bochechas molhadas, e me olhou com uma intensidade que me prendeu, o ar sumindo do peito. A voz dela saiu tremida, rouca, mas carregada de algo que eu não esperava.

Jéssica:

“Vitor... eu não consigo, porra. Eu fui com eles, mas eu não consigo parar de pensar em ti. Eu quero explorar isso, esse sentimento que eu tenho por ti. Não é confusão mais, eu sei agora, caralho, eu quero tu. Me dá uma chance, por favor.”

O mundo parou, porra, o som da TV virando um zumbido distante enquanto eu olhava pra ela, o calor das lágrimas dela no meu colo, as mãos dela tremendo contra mim. Meu coração batia forte, uma mistura de choque e algo quente subindo pelo peito, e eu senti os olhos marejarem, mas segurei, a voz saindo baixa, quase um sussurro, enquanto minha mão foi pro cabelo dela, os dedos afundando devagar.

Vitor:

“Jéssica... caralho, tu tá falando sério? Tu quer mesmo isso comigo?”

Ela assentiu, o choro virando um soluço quieto, e enterrou o rosto no meu colo de novo, o corpo dela relaxando contra mim como se tivesse soltado um peso que carregava há tempo demais. Eu fiquei ali, a mão parada no cabelo dela, o peito explodindo com um alívio que eu não sabia que precisava, e sorri, porra, um sorriso que vinha de dentro, enquanto o mundo parecia se ajeitar ao meu redor.

A Jéssica tava ali, a cabeça no meu colo, o choro dela molhando minha calça enquanto eu passava a mão no cabelo dela, os dedos sentindo os fios úmidos das lágrimas. O coração batia forte, porra, um misto de choque e algo quente que eu não sabia nomear, e eu ainda tava processando ela voltando pra mim assim, jogando tudo que eu senti antes no ar. Ela levantou o rosto de novo, os olhos vermelhos brilhando, o nariz fungando enquanto tentava respirar entre os soluços, e a voz saiu tremida, mas cheia de verdade.

Jéssica:

“Vitor, eu... eu não consegui ficar com o Carlos, porra. Eu tentei, caralho, eu até beijou a Ana, mas foi só isso, eu não consegui ir além. Eu gosto de ti, Vitor, gosto pra caralho. Tu não é só alguém que eu ajudei, não é só isso.”

Ela parou, engolindo em seco, as mãos apertando minha perna como se precisasse se segurar em mim pra continuar. Eu fiquei quieto, o peito apertado, esperando ela soltar o que tava engasgado, e ela me olhou, os olhos marejados mas firmes, como se tivesse achado algo que procurava há tempo.

Jéssica:

“Eu vejo em ti alguém como eu, sabe? Alguém como eu fui no passado, perdido, quebrado, tentando se levantar. Mas é mais que isso, porra, é muito mais. Eu me sinto feliz contigo, Vitor. Quando eu tô com tu, eu não sou um personagem, eu não preciso fingir nada. Eu sou a Jéssica, a mesma que foi humilhada anos atrás, a mesma que caiu e se levantou sozinha. Contigo, eu sou eu, e isso me faz feliz pra caralho.”

O ar ficou preso na minha garganta, porra, as palavras dela me acertando como um soco no peito, e eu senti um calor subir pelos olhos, mas segurei, a mão ainda no cabelo dela, os dedos tremendo de leve. Ela via em mim o que eu via nela — alguém que já caiu feio mas não desistiu, e isso era foda, lindo pra cacete. Mas aí ela falou daquela humilhação, e eu franzi a testa, a curiosidade batendo junto com uma preocupação que eu não esperava.

Vitor:

“Porra, Jéssica, como assim tu foi humilhada? O que aconteceu contigo?”

Ela baixou o olhar, o choro acalmando um pouco, mas os ombros ainda tremendo enquanto respirava fundo. A mão dela subiu pro meu joelho, apertando de leve, e ela balançou a cabeça devagar, a voz saindo mais baixa, quase um sussurro.

Jéssica:

“Eu... eu preciso de tempo pra te contar isso, Vitor. Não é fácil, porra, é uma merda que eu enterrei há anos. Mas eu vou conseguir, eu prometo. Eu quero me

A Jéssica tava ali, encostada em mim, o corpo dela quente contra o meu peito, as lágrimas secando devagar enquanto o silêncio ficava mais leve, quase confortável. Ela fungou uma última vez, limpando o rosto com a manga da blusa, e de repente riu baixo, um som travesso que me fez levantar a sobrancelha. Ela virou o rosto pra mim, os olhos ainda vermelhos mas com um brilho safado que eu não esperava.

Jéssica:

“Sabe, Vitor, eu deixei o Carlos lá de pau duro, kkk. Saí correndo e deixei o coitado na mão, literalmente.”

Eu caí na gargalhada, porra, o som saindo alto enquanto imaginava o Carlos com aquela cara de “que porra tá acontecendo”. Balancei a cabeça, as muletas caindo do lado do sofá, e olhei pra ela, o peito leve com a zoeira dela.

Vitor:

“Caralho, Jéssica, sério? Kkk, e ele ficou chateado com isso?”

Ela riu de novo, o corpo tremendo contra o meu, e se ajeitou no sofá, puxando as pernas pra cima enquanto me encarava, o sorriso torto voltando.

Jéssica:

“Por incrível que pareça, não, kkk. Ele ficou feliz, acredita? Disse que se eu tava correndo pra cá era por um motivo foda, e que ele tava torcendo por nós. Mas a Ana... ela ficou um pouco decepcionada, dá pra ver nos olhos dela, mesmo que não tenha falado nada. Acho que ela tava na vibe do rolê, sabe?”

Eu assenti, imaginando a Ana com aquele jeito dela, toda fogo mas guardando a decepção pra si, e o Carlos rindo da situação toda. Passei a mão no cabelo, ainda rindo baixo, e olhei pra Jéssica, a curiosidade batendo.

Vitor:

“E tu, Jéssica, em algum momento tu se arrepende de não ter pelo menos dormido com o Carlos? Tipo, só pra ver como era?”

Ela ficou quieta por um segundo, os olhos vagando pro teto antes de voltarem pra mim, e balançou a cabeça devagar, o tom saindo firme mas leve.

Jéssica:

“Não, Vitor. Não me arrependo, sério. Com o Carlos foi só tesão, porra, um fogo que queimava mas não ficava. Eu senti algo pela Ana, isso sim, mas o Carlos? Só vontade, nada além. Não ia mudar nada pra mim.”

Eu levantei uma sobrancelha, o peito apertando de leve com a menção da Ana, e me inclinei um pouco, a voz saindo curiosa mas calma.

Vitor:

“E o que tu sentiu pela Ana, então? Me conta essa parada.”

Ela sorriu, um sorriso mais suave agora, e passou a mão no braço, como se lembrasse de algo quente enquanto falava, os olhos brilhando com uma mistura de empolgação e saudade.

Jéssica:

“Com a Ana... porra, eu me senti excitada pra caralho, Vitor. Empolgada, sabe? Uma mulher como ela, que nunca tinha ficado com outra mina, alguém que eu podia ensinar, guiar naquele fogo todo. Eu gostava dela, gostava mesmo, da energia dela, do jeito que ela me puxava. Mas não se compara, mano. Não chega nem perto da paz que eu sinto contigo, da tranquilidade de estar aqui, e dessa certeza que tá crescendo em mim — que o que eu sinto por ti pode virar amor de verdade, algo que fica.”

O ar ficou preso no peito, porra, as palavras dela me acertando fundo, e eu senti um calor subir pelo corpo, o coração batendo mais rápido enquanto ela me olhava, agora com mais confiança. Ela se mexeu, subindo no meu colo com cuidado, os joelhos dobrados dos lados da minha cintura, o gesso da perna me forçando a ficar meio torto, mas eu não liguei. As mãos dela foram pras minhas bochechas, os dedos roçando as feridas do acidente, o toque leve mas quente, e eu senti um arrepio descer pela espinha.

Ela parou, os olhos travessos me encarando, e aí eu senti — porra, algo cutucando ela, o pau duro pra caralho debaixo da calça, roçando contra a buceta dela mesmo com o tecido entre nós. Ela mordeu o lábio, o sorriso ficando safado, e inclinou o corpo pra frente, o rosto perto do meu, o hálito quente batendo na minha boca enquanto os dedos dela apertavam minha nuca.

Jéssica:

“Hmm, Vitor, o que é isso aqui, hein? Kkk, já tá animado, é?”

Eu ri, o sangue pulsando forte, e minha mão subiu pra cintura dela, puxando ela mais pra mim, o calor dela contra mim me deixando louco, e eu sabia que algo ia rolar, porra, algo foda, mas o mundo parou ali, o tesão e o coração batendo juntos, esperando o próximo passo.

A Jéssica tava no meu colo, os joelhos dobrados dos lados da minha cintura, o calor dela contra mim me deixando louco. O pau tava duro pra caralho, cutucando a buceta dela através da calça, e o tesão tava me comendo vivo. Mas aí veio o frio na barriga, porra, um nó que eu não conseguia desfazer. Era meu primeiro sexo desde a Natália, anos depois de broxar com a Ana uma vez atrás da outra, e a cabeça tava uma bagunça. Eu queria ela pra caralho, mas o medo de falhar de novo me travava, o coração batendo tão rápido que eu quase ouvia ele no ouvido.

Ela mordeu o lábio, o sorriso safado brilhando nos olhos, e inclinou o rosto pra mim, o hálito quente batendo na minha boca enquanto os dedos dela apertavam minha nuca.

Jéssica:

“Hmm, Vitor, o que é isso aqui, hein? Kkk, já tá animado, é?”

Eu ri, tentando esconder o nervosismo, a voz saindo meio rouca enquanto minha mão subia pra cintura dela, puxando ela mais pra mim.

Vitor:

“Porra, Jéssica, tu tá me deixando louco, kkk. Claro que sim.”

Ela riu baixo, o som vibrando contra mim, e me beijou, a língua invadindo minha boca devagar, quente e molhada, me fazendo gemer no fundo da garganta. O pau pulsava, duro contra ela, mas aí ela mexeu o quadril, roçando com força, e o pânico bateu. Lembrei da Natália me olhando com pena, da Ana tentando disfarçar a frustração. O pau amoleceu um pouco, porra, e eu senti o suor frio na testa, o peito apertando.

Jéssica parou na hora, os olhos dela me encarando com uma mistura de tesão e percepção, e ela colocou a mão no meu peito, o toque firme mas suave, a voz saindo calma, como se soubesse tudo que tava rolando na minha cabeça.

Jéssica:

“Ei, Vitor, relaxa, tá? Eu sei que tu tá nervoso, porra, dá pra sentir teu coração daqui. Não tem pressão nenhuma aqui, só eu e tu. Vamos devagar, eu te guio.”

Eu engoli em seco, os olhos presos nos dela, e assenti, o ar saindo pesado. Ela era foda, caralho, o jeito que ela me olhava me fazia querer acreditar que eu podia. Ela desceu a mão devagar, roçando o pau por cima da calça, apertando de leve, e sussurrou no meu ouvido, a voz rouca e safada.

Jéssica:

“Tu é aberto, né, Vitor? Eu sei disso, e vou usar tudo a teu favor, kkk. Relaxa e deixa eu te mostrar como é bom.”

Ela desceu do meu colo, ajoelhando entre minhas pernas, o gesso da perna me forçando a ficar torto, mas eu nem liguei. Abriu minha calça com um puxão rápido, o zíper rasgando o silêncio, e tirou o pau pra fora — duro de novo, mas ainda hesitante. Ela lambeu a ponta, a língua quente circulando devagar, e eu arfei, o corpo inteiro reagindo. Chupou a cabeça, os lábios macios me envolvendo, e o tesão voltou com tudo, o pau endurecendo na boca dela enquanto eu gemia, as mãos indo pro cabelo dela, os dedos se afundando nos fios.

Mas o medo ainda tava lá, porra, e quando ela subiu o ritmo, o pau amoleceu outra vez, a frustração me acertando como um soco. Eu fechei os olhos, o rosto queimando de vergonha, mas ela riu baixo, o som quente contra minha pele, e subiu pro meu ouvido de novo.

Jéssica:

“Tá tudo bem, Vitor, você é bom pra caralho, acredita em mim. Isso aqui é só teu corpo se lembrando de como funciona, kkk. Olha pra mim, eu te quero assim mesmo.”

Ela se levantou, tirando a blusa devagar, os seios livres balançando na minha frente, os mamilos duros me chamando. Desceu a calça e a calcinha, a buceta molhada brilhando, e eu senti o pau endurecer de novo, o tesão me dominando enquanto ela se aproximava. Ficou de pé na minha frente, puxando minha cabeça pra buceta dela, o cheiro dela me invadindo, doce e selvagem.

Jéssica:

“Chupa eu, Vitor, vai, me deixa sentir tua boca.”

Eu abri a boca, a língua lambendo ela sem jeito, sem saber direito onde acertar. Ela gemeu baixo, mas eu sabia que não tava bom, porra, eu tava perdido. Ela segurou meu cabelo, rindo entre os gemidos, e começou a me guiar, a voz saindo firme e tesuda.

Jéssica:

“Aqui, Vitor, lambe o clitóris, ó... isso, devagar, agora chupa leve, porra, assim... tu vai aprender comigo, kkk.”

Eu segui, a língua circulando o clitóris dela, chupando com cuidado, e ela tremeu, as coxas apertando minha cabeça enquanto gemia alto, o som me deixando louco. Ela gozou rápido, o corpo convulsionando contra minha boca, o gosto dela me inundando, e eu senti o orgulho subir, o pau duro pra caralho de novo, latejando de vontade.

Jéssica desceu pro meu colo, os olhos brilhando de tesão, e se ajeitou em cima de mim, a buceta molhada roçando no pau. Pegou ele com a mão, guiando pra entrada dela, e desceu devagar, o calor dela me engolindo, apertado e escorregadio pra cacete. Eu gemi alto, as mãos agarrando os quadris dela, e ela começou a cavalgar, subindo e descendo num ritmo que me fazia ver estrelas, os seios dela balançando na minha cara.

Enquanto cavalgava, ela deslizou uma mão pra trás, os dedos brincando com meu cu, circulando devagar, pressionando de leve. Eu arfei, porra, o corpo inteiro pegando fogo com o toque, o tesão subindo a um nível que eu nunca senti. Ela enfiou a ponta do dedo, mexendo devagar, e eu perdi o controle. O calor dela, os gemidos roucos dela, o dedo me fodendo — era demais. Gozei rápido pra caralho, o corpo tremendo enquanto jorrava dentro dela, o prazer me rasgando ao meio, misturado com um pingo de vergonha por não durar.

Ela parou, o sorriso safado no rosto, e me beijou, a língua invadindo minha boca enquanto eu ainda tremia, o pau amolecendo dentro dela.

Jéssica:

“Caralho, Vitor, tu gozou rápido, hein? Kkk, mas tá tudo bem, eu adorei. Agora tu vai me fazer gozar de novo, vem cá.”

Ela desceu do meu colo, deitando no sofá com as pernas abertas, a buceta molhada e inchada brilhando na luz fraca do quarto. Fez sinal pra mim com o dedo, e eu me ajeitei como dava, o gesso atrapalhando, mas foda-se, desci a boca pra ela de novo, lambendo devagar, tentando lembrar o que ela tinha me ensinado.

Eu lambia sem ritmo, a língua perdida, e ela gemeu baixo, mas eu sabia que não tava acertando. Ela riu, segurando meu cabelo, e me guiou de novo, a voz rouca de tesão.

Jéssica:

“Assim, Vitor, lambe aqui no clitóris, ó... agora enfia a língua um pouco, porra, isso... agora chupa forte, me faz gozar, vai!”

Eu obedeci, chupando com força, a língua circulando rápido, os lábios apertando o clitóris dela enquanto ela arqueava o corpo, as coxas tremendo contra minha cabeça. Ela gozou de novo, o grito dela rasgando o quarto, o corpo convulsionando enquanto eu lambia o gosto dela, o queixo molhado, o coração disparado.

Ela me puxou pra cima, me beijando com fome, a língua dela lambendo o próprio gosto da minha boca, e caiu no sofá ao meu lado, a respiração ofegante, o sorriso satisfeito no rosto.

Jéssica:

“Porra, Vitor, tu foi foda, mesmo gozando rápido, kkk. E eu vou te ensinar a chupar uma buceta melhor que o Carlos, acredita. Sou bissexual, sei como é do outro lado, e tu vai ser o rei disso, eu juro.”

Eu ri, o peito leve, o tesão e a confiança se misturando enquanto a abraçava, o corpo dela colado no meu, suado e quente. A gente ficou ali, o mundo sumindo, só nós dois, quebrados mas inteiros, o sexo nos levando pra um lugar que eu nunca imaginei chegar.

A gente tava ali, suados e ofegantes, o corpo da Jéssica colado no meu, o calor dela me envolvendo enquanto o tesão ainda pairava no ar. Eu tava feliz pra caralho, o peito leve depois de gozar com ela, mas aí veio aquele peso chato, a merda de ter gozado tão rápido na cavalgada. Porra, eu queria ter durado mais, dado mais pra ela, e a vergonha começou a me roer. Ela percebeu na hora, os olhos dela me pegando no flagra, e se ajeitou ao meu lado, o sorriso doce mas com aquele brilho safado que me desmontava.

Jéssica:

“Ei, Vitor, que carinha é essa, hein? Tá feliz, mas tá se cobrando por ter gozado rápido, né? Relaxa, meu bem, isso aqui é passo a passo. Faz tempo que tu não transa, teu corpo tá se acostumando de novo. Eu amei, sabia?”

Ela falou com uma voz macia, quase um sussurro sedutor, os olhos brilhando com carinho enquanto acariciava meu peito com as pontas dos dedos. Eu senti o peso aliviar, o jeito dela me envolvendo como um abraço, e antes que eu pudesse abrir a boca, ela deslizou do sofá, se ajoelhando entre minhas pernas, o olhar travesso me prendendo enquanto pegava meu pau — mole ainda, sujo de porra e do gozo dela. Eu arfei, o coração disparando, e ela deu um risinho leve, lambendo a ponta devagar, a língua quente me limpando enquanto falava, provocativa mas com um toque feminino que me deixava louco.

Jéssica:

“Olha só, Vitor, eu cuidando de ti assim... Hmm, enquanto o Carlos tá lá com a Ana, tua ex, eu, que ele deseja tanto, tô aqui só pra ti, na casa dele. Tu não deve nada pra ninguém, meu lindo. Enquanto a gente estiver junto, eu quero tudo aberto entre nós, confiança total. O que passar por essa tua cabecinha, tu me conta, tá?”

Ela chupava com calma, os lábios macios deslizando pelo meu pau, limpando cada gota de porra com uma delicadeza safada, os olhos fixos nos meus como se me desafiasse a relaxar. Eu gemi baixo, o pau endurecendo na boca dela, o tesão subindo com aquele jeito dela, provocante mas doce. Ela mamava devagar, parando toda vez que eu ficava perto de gozar, os dedos apertando a base com um toque leve, o risinho dela me segurando no limite.

Jéssica:

“Calma, meu bem, não goza ainda... Vamos fazer ele ficar durinho mais um pouquinho, hein?”

Ela continuou, chupando e parando, a língua dançando na ponta até meu pau ficar duro pra caralho, pulsando na boca dela. Eu tava ofegante, as mãos agarrando o sofá, e ela subiu pro meu colo de novo, o corpo quente se ajeitando em cima de mim. A buceta dela, molhada e quente, engoliu meu pau devagar, e ela começou a cavalgar, os quadris mexendo num ritmo firme e sensual, os seios balançando na minha cara enquanto gemia baixinho, um som que me arrepiava inteiro.

Eu segurei os quadris dela, acompanhando o movimento, o tesão me levando ao limite de novo, mas dessa vez durando mais, sentindo ela me apertar com cada descida. Quando o gozo veio, eu avisei, a voz saindo rouca.

Vitor:

“Porra, Jéssica, eu vou gozar!”

Ela desceu rápido, se ajoelhando na minha frente, o rosto perto do pau, os olhos brilhando com um tesão doce e selvagem.

Jéssica:

“Vem, Vitor, goza no meu rostinho, me dá tudo, meu lindo!”

Eu gozei forte, porra, o corpo tremendo enquanto jatos quentes acertavam o rosto dela, pingando na boca, no thatixo, escorrendo devagar pelas bochechas. Ela deu um risinho safado, os olhos brilhando, e ficou ali ajoelhada, a cabeça no meu colo, pegando a porra com os dedos e levando à boca devagar, lambendo com um gemidinho baixo enquanto me olhava.

Jéssica:

“Hmm, delícia... Quer provar um pouquinho, Vitor?”

Eu ri, o peito ofegante, e balancei a cabeça, a voz saindo meio tímida mas sincera.

Vitor:

“Porra, Jéssica, ainda não tô pronto pra isso tudo contigo, kkk. Mas eu chego lá.”

Ela sorriu, um sorriso suave e compreensivo, e subiu pro sofá, limpando o rosto com a manga da blusa antes de se aninhar ao meu lado, o corpo quente contra o meu.

Jéssica:

“Tá tudo bem, meu bem, a gente vai no teu tempo. Mas olha, nosso sexo é uma delícia, né? A gente precisa conversar sobre os limites, pra eu não pisar em nada que te deixe desconfortável. Quero que nossa relação nova seja perfeita pra nós dois.”

Eu sorri, o coração quente com o jeito dela, e a puxei do chão, deitando ela no meu colo de bruços, a bunda gostosa e linda dela bem na minha frente. Porra, era um espetáculo — redonda, macia, a pele lisinha brilhando na luz fraca, o cuzinho exposto piscando de leve, a buceta molhada entre as coxas pedindo pra ser tocada. Passei o dedo por cima do cu dela, circulando devagar, sentindo ela arrepiar, e minha outra mão desceu pra buceta, esfregando o clitóris enquanto ela gemia alto, o som rouco e feminino enchendo o quarto.

Vitor:

“Caralho, Jéssica, tu é linda demais assim, porra. Eu vou me doar ao máximo pra gente crescer juntos, sabe? Quero te fazer gozar mil vezes, explorar tudo contigo, mas no nosso ritmo, como tu disse.”

Ela gemia, o corpo tremendo no meu colo enquanto eu brincava com o cu e a buceta dela, o dedo pressionando o cuzinho de leve, a outra mão esfregando ela com força. Ela virou o rosto pra mim, os olhos vidrados de tesão, e se sentou no meu colo, o corpo colado no meu, as mãos segurando meu rosto com delicadeza.

Jéssica:

“Vitor... tu quer namorar comigo? Assim, de verdade?”

Eu pisquei, o coração disparando, e ri baixo, a cabeça girando com a pergunta.

Vitor:

“Porra, Jéssica, não é cedo pra isso? Mas... caralho, namoro é pra se conhecer mesmo, né? Então tá, eu quero, vamos nos conhecer assim, juntos.”

Ela sorriu, os olhos brilhando de um jeito que me pegou desprevenido, e me beijou, a boca quente e macia contra a minha, a língua dançando devagar enquanto eu a abraçava, o gesso atrapalhando, mas foda-se. A gente riu entre o beijo, os corpos colados, e eu senti ela relaxar contra mim, o tesão e o carinho se misturando num acordo silencioso — éramos um do outro, no nosso tempo, sem pressa e com tudo pela frente.

Quatro meses voaram desde aquela noite no sofá da casa do Carlos e da Ana, com a Jéssica no meu colo selando nosso namoro com um beijo que ainda sinto na boca às vezes. Porra, parece ontem, mas tanta coisa mudou. O gesso saiu tem umas semanas, e eu voltei a andar direito, a perna ainda meio dura, mas firme o suficiente pra retomar o trampo no depósito da loja de construção. Não é o sonho da vida, mas tô pegando o ritmo, carregando caixas, batendo ponto, e outro dia o chefe até me deu um tapinha nas costas, dizendo “tu tá voltando a ser o Vitor de antes, hein?”. Eu ri, o peito leve, pensando que talvez ele tenha razão.

Morando aqui com o Carlos e a Ana, a rotina ganhou um jeito meio caótico, mas foda. A Jéssica passa a maior parte do tempo comigo no quartinho que eu ocupo na casa deles, e a gente se vira bem. De manhã, ela sai cedo pro escritório de corretagem, me deixa um café na cozinha com um bilhete tipo “não esquece de comer, meu lindo” — coisa dela, esse jeitinho doce que me pega desprevenido. À noite, ela vem pra cá, às vezes cozinhando comigo na cozinha apertada enquanto o Carlos e a Ana zoam a gente da sala, às vezes só se enfia comigo no quarto pra ver série na TV pequena que eu arrumei. O namoro tá se firmando cada vez mais, porra, é foda como a gente se encaixa.

O sexo com ela tá outro nível. Eu não travo mais como no começo, aquele medo de broxar ficou pra trás. Semana passada, ela me acordou com a boca no meu pau, chupando devagar enquanto eu ainda tava grogue na cama do quartinho. Os olhos dela brilhavam quando eu gemi e puxei ela pra cima de mim. Cavalguei ela ali mesmo, segurando os quadris dela com força, o colchão rangendo baixo pra não acordar a casa inteira, e durou o suficiente pra ela gozar mordendo o travesseiro pra abafar o grito. Depois, ela riu, ofegante, e sussurrou “tu tá virando um monstro na cama, Vitor, kkk”. Eu sorri, o pau meia-bomba, mas a confiança nas alturas.

O Carlos e eu seguimos na boa, como irmãos. Ele tá viajando a trabalho essa semana, algo com fornecedores em outra cidade, mas antes disso a gente se encontrou na sala pra tomar uma cerveja enquanto a Ana tava fora. Ele tava rindo, contando que ela tava “insaciável” desde que eles voltaram a se pegar mais seguido. “Porra, Vitor, tu fez bem em ficar com a Jéssica, ela é teu número, mano. Eu e a Ana somos o caos juntos, kkk”, ele disse, batendo a lata na minha. Eu ri, feliz por ele. “Valeu, Carlos, tu também tá no teu lugar, hein”, respondi, e a gente brindou, a amizade firme como sempre.

A Ana, por outro lado, é uma presença constante aqui em casa, né? Semana passada, eu tava no quintal limpando umas tralhas que o Carlos deixou, e ela apareceu, encostada na porta, me olhando com aquele jeito dela, meio fogo, meio zoeira. “Tá ficando forte de novo, hein, Vitor? A Jéssica tá te cuidando direitinho”, ela disse, o sorriso torto me fazendo rir. “Ela é foda, Ana, tu sabe”, respondi, e ela jogou o cabelo pra trás, assentindo. “Sei sim, vocês dois são bonitinhos pra caralho, kkk”, ela zoeira, antes de voltar pra dentro.

O sexo com a Jéssica é evolução pura. Ontem, a gente tava na cozinha da casa, ela de shortinho lavando louça, e eu cheguei por trás, apertando a bunda dela enquanto beijava o pescoço. Ela virou, os olhos brilhando, e me puxou pro chão ali mesmo, a porta fechada pra ninguém ouvir. Tirei o short dela, chupei a buceta dela com ela deitada na cerâmica fria, a língua acertando o clitóris direitinho como ela me ensinou, e ela gozou rápido, as coxas tremendo na minha cara, abafando o gemido com a mão. Depois, ela me montou, cavalgando com força, e eu segurei firme, gozando dentro dela enquanto ela ria, o suor pingando na minha camisa. “Caralho, Vitor, tu tá durando cada vez mais, hein?”, ela disse, me beijando com gosto. Eu sorri, o pau amolecendo, mas a confiança explodindo.

Mas nem tudo é só paz, né? Hoje cedo, rolou uma parada estranha pra caralho aqui em casa. O Carlos tá viajando, e a Ana me pediu pra pegar o carregador dele no quarto deles, já que eu tava no corredor. Entrei sem bater, a porta entreaberta, e ouvi gemidos. Ela tava na cama, as pernas abertas, se masturbando numa chamada de vídeo com o Carlos na tela, gemendo e mandando ela “esfregar mais forte, Ana, vai”. Eu congelei, porra, o pau deu uma pulsada de tesão antes que eu me tocasse do que tava vendo. Ela me viu, arregalou os olhos e gritou “Vitor, caralho!”, derrubando o celular enquanto eu saía rápido, a cara queimando. “Desculpa, Ana, vim pegar o carregador!”, gritei, largando a parada na cômoda e correndo pro meu quarto. Fiquei rindo sozinho depois, o coração disparado, mas com um desconforto que eu não sabia explicar.

No meu quartinho, ainda pensando naquilo, decidi focar no que importa. Peguei o celular, sentei na cama e liguei pra Jéssica, o coração batendo mais leve só de ouvir o toque chamando. Ela atendeu, a voz animada do outro lado.

Jéssica:

“Ei, meu lindo, tudo bem?”

Vitor:

“E aí, meu bem, tudo ótimo por aqui. Ó, eu tava pensando... tô querendo comprar uma casa, sabe? Algo pra mim, pra gente, pra sair daqui e dar um passo a mais. Tu me ajuda como corretora?”

Ela deu um gritinho de animação, o som me fazendo sorrir enquanto respondia, toda empolgada.

Jéssica:

“Caralho, Vitor, sério? Claro que eu te ajudo, meu amor! Vamos achar a casa perfeita pra nós, eu já tenho umas ideias. Quando eu chegar aí, a gente conversa direitinho, tá?”

Vitor:

“Beleza, Jéssica, te espero então. Tô animado pra caralho com isso.”

A gente riu, o papo fluindo leve, e eu desliguei com o peito quente, a imagem de uma casa nossa na cabeça, um lugar pra chamar de meu, pra construir com ela, longe do caos gostoso da casa do Carlos e da Ana.

Depois de desligar com a Jéssica, eu fiquei inquieto no quartinho, o peito quente com a ideia da casa, mas a cabeça girando com o que rolou mais cedo. Porra, eu tinha invadido o momento da Ana sem querer, e o desconforto tava me comendo vivo. Não dava pra deixar assim, né? Ela é parte dessa casa, quase família, e eu precisava me desculpar direito. Levantei da cama, o coração batendo meio rápido, e saí pelo corredor, o carregador ainda na mão como desculpa pra voltar lá. A casa tava silenciosa, o barulho da TV da sala apagada, só o eco dos meus passos no chão frio.

Cheguei perto do quarto dela, a porta ainda entreaberta como antes, e ia bater pra chamar quando ouvi algo que me fez parar na hora, os dedos congelados no ar. Era um gemido baixo, rouco, saindo da garganta dela, mas não era o Carlos que eu ouvia na chamada de vídeo. Ela tava gemendo meu nome, porra. “Vitor... vai, Vitor...” A voz dela tava carregada, quase um sussurro entrecortado, e eu senti um arrepio descer pela espinha, o pau dando uma pulsada antes que eu entendesse o que tava rolando.

Olhei pelo espaço da porta, o coração disparado, e vi ela na cama, as pernas abertas, a mão esfregando a buceta com força, os dedos molhados brilhando na luz fraca do abajur. O celular tava jogado do lado, a tela preta — ela tinha desligado a chamada com o Carlos. Ela gemia mais alto agora, os olhos fechados, o corpo tremendo enquanto falava, as palavras saindo entre os suspiros. “Vai, Vitor, fode a Jéssica... faz ela gozar como tu nunca me fez... já que o Carlos deixou ela escapar, tu vai deixar ela brincar comigo?” Ela se masturbava com uma fome que eu nunca tinha visto, os quadris subindo contra a mão, o rosto contorcido de tesão e algo que parecia raiva.

Eu congelei, porra, o cérebro travando enquanto as peças se encaixavam. Dois meses atrás, a gente teve uma discussão feia por causa disso. A Ana ainda queria ficar com a Jéssica, mesmo depois que eu e ela começamos a namorar. Ela aparecia com aquele jeito dela, meio fogo, meio súplica, pedindo pra gente abrir o relacionamento, pra “dividir” a Jéssica só uma vez, que ela tava louca pra sentir ela de novo. Eu e a Jéssica conversamos muito sobre isso, decidimos manter tudo fechado enquanto a gente se conhecia melhor, construía algo nosso. A Ana não aceitou de boa, ficou quieta por um tempo, mas dava pra ver o tesão dela borbulhando toda vez que a Jéssica vinha pra cá.

E o Carlos... porra, ele tem viajado pra caralho esses últimos meses, reuniões com fornecedores, semanas fora, deixando a Ana sozinha aqui em casa. Eu via ela rondando mais, me zoando no quintal, olhando a Jéssica com aquele brilho nos olhos, mas nunca imaginei que ela tava guardando isso tudo. Agora, ali na cama, gemendo meu nome e falando da Jéssica, parecia que ela tava despejando meses de frustração, tesão e solidão numa punheta desesperada.

Eu tava hipnotizado, o pau duro pra caralho na calça, o coração batendo na garganta, dividido entre o tesão puro da cena e a culpa de estar ali, ouvindo aquilo. Tentei dar um passo pra trás, sair antes que ela me visse de novo, mas o celular escorregou da minha mão, o barulho do plástico batendo no chão ecoando como um tiro no silêncio do corredor. Porra, eu sabia que ela tinha ouvido, e o mundo parou ali, o ar preso no peito enquanto eu esperava o que vinha depois.

O celular caiu no chão com um estrondo, e o gemido da Ana parou na hora, como se alguém tivesse apertado um botão de pausa. Eu fiquei parado, o coração batendo na garganta, o pau ainda duro na calça, enquanto o silêncio pesava no corredor. Então ouvi ela se mexer na cama, o colchão rangendo, e a voz dela veio, trêmula e nervosa, cortando o ar.

Ana:

“Vitor? Porra, tu tá aí? Tu ouviu tudo, né, seu filho da puta?”

Ela apareceu na porta, ainda nua, os olhos arregalados e o rosto vermelho, o cabelo bagunçado caindo nos ombros. Tava claro que ela tava nervosa pra caralho, as mãos tremendo enquanto tentava cobrir o corpo com os braços. Eu levantei as mãos, tentando manter a calma, a voz saindo baixa e firme.

Vitor:

“Calma, Ana, eu não queria... Vim me desculpar por mais cedo, aí ouvi sem querer. Não foi de propósito, porra.”

Ela riu, um som amargo e cortante, e deu um passo pra frente, os olhos brilhando com algo que parecia raiva misturada com desespero.

Ana:

“Se desculpar, Vitor? Tu me pegou no flagra duas vezes hoje, e agora ouviu essa merda toda. Tu afastou a Jéssica de mim, seu egoísta, tu e ela me cortaram fora como se eu não valesse nada!”

Eu franzi a testa, o peito apertando com a acusação, e rebati, a voz subindo um pouco, mas ainda tentando segurar a onda.

Vitor:

“Porra, Ana, tu nunca sabe o que quer, caralho! Um dia é o Carlos, outro dia é a Jéssica, agora tá gemendo meu nome? Eu e ela escolhemos ficar só nós dois por enquanto, tu sabe disso, a gente te falou.”

Ela me encarou, os olhos faiscando, e gritou, a voz quebrando de emoção.

Ana:

“Eu sei o que eu quero, Vitor! Eu quero a Jéssica, porra! Quero sentir ela de novo, ter ela comigo nem que seja por um pouco, entende? Eu não dou a mínima pro Carlos, ele tá viajando, me deixando aqui sozinha, e eu tô cansada disso!”

O grito dela me acertou fundo, mas então senti um cheiro forte no ar — álcool, porra, vindo dela como uma onda. Olhei melhor e vi os olhos vidrados, o jeito que ela cambaleava de leve. Ela tava bêbada pra caralho, e aquilo explicava o descontrole. Antes que eu pudesse dizer algo, ela se aproximou, o corpo nu quase colado no meu, e falou baixo, a voz rouca e trêmula.

Ana:

“Quero transar contigo, Vitor. Se for pra ter a Jéssica de volta, eu te dou tudo, me fode agora.”

Eu pisquei, o cérebro travando com as palavras dela, e sacudi a cabeça, a voz saindo firme mas cheia de choque.

Vitor:

“Tu tá louca, Ana, porra, isso é insano. Para com isso.”

Mas ela não parou. Se jogou em mim, os lábios batendo nos meus num beijo desprevenido, quente e desajeitado, o gosto de vodca invadindo minha boca. Por um segundo, eu deixei rolar, o corpo reagindo antes da cabeça, as mãos subindo pras costas dela por instinto. As lembranças do nosso casamento vieram como um flash — noites na cama, os gemidos dela, o jeito que ela me puxava pra ela —, e eu retribui o beijo, a língua encontrando a dela, o tesão me arrastando por um instante. Mas então voltei a mim, o peito apertando, e a empurrei pra trás, ofegante.

Vitor:

“Porra, Ana, não, isso não tá certo!”

Ela não desistiu, ainda nua, bêbada pra caralho, os olhos vidrados de tesão e desespero. Veio de novo, me beijando com força, e a gente tropeçou, caindo na cama dela, o corpo dela em cima do meu, as coxas quentes contra minha cintura. Eu senti ela de novo, o calor, o peso, e por um momento me perdi mais uma vez, as mãos apertando a bunda dela, o pau duro roçando na calça enquanto as lembranças me puxavam — as brigas, os dias bons, o jeito que ela me olhava antes de tudo desmoronar. Mas aí o rosto do Carlos pipocou na minha mente, rindo na sala com a cerveja na mão, e eu travei.

Antes que eu pudesse me levantar, outro pensamento bateu, escuro e tentador. As noites que eu não conseguia satisfazer ela, o pau amolecendo, a frustração nos olhos dela. Agora eu tava diferente, porra, eu tinha melhorado com a Jéssica, aprendido a fazer uma mulher gozar, durar mais. Parte de mim queria mostrar pra ela, esfregar na cara dela o quanto eu era melhor agora. Mas eu afastei isso, o coração disparado, e abri a boca pra botar um fim naquilo.

Vitor:

“Ana, chega, eu vou parar essa merda agora—”

Mas antes que eu terminasse, a porta do quarto escancarou, e um grito cortou o ar como uma facada.

Jéssica:

“Que porra é essa, Vitor? Ana?!”

Eu virei a cabeça, o sangue gelando nas veias, e vi a Jéssica ali, os olhos arregalados, o rosto pálido de choque, enquanto a Ana ainda tava em cima de mim, nua e bêbada, e o mundo desabava ao meu redor.

O grito da Jéssica ecoou no quarto como um trovão, e eu senti o sangue gelar nas veias. Ela tava na porta, os olhos arregalados, o rosto pálido de choque, enquanto a Ana ainda tava em cima de mim, nua e bêbada, o corpo quente contra o meu. Eu empurrei a Ana pra trás rápido, levantando da cama com o coração disparado, as mãos tremendo enquanto tentava me explicar, a voz saindo desesperada.

Vitor:

“Jéssica, porra, não é o que parece, eu juro! Eu vim me desculpar com ela, ela tá bêbada pra caralho, me beijou do nada, eu tava tentando parar isso!”

A Ana riu, um som bêbado e debochado, rolando na cama enquanto apontava pra mim, os olhos vidrados brilhando com uma mistura de raiva e provocação.

Ana:

“Não é o que parece, Vitor? Conta outra, porra! A gente ia transar sim, tu me queria de volta, eu senti teu pau duro, teu beijo, tu nunca me esqueceu, admita pra ela!”

Eu virei pra Ana, o peito apertando de raiva, mas antes que eu pudesse abrir a boca, vi a Jéssica desabar. Ela caiu sentada no chão, as mãos no rosto, os ombros tremendo enquanto começava a chorar, um som baixo e cortante que me rasgou por dentro. Eu corri pra ela, ajoelhando na frente dela, as palavras saindo num jorro, desesperado pra ela entender.

Vitor:

“Jéssica, escuta, por favor! Eu ouvi ela gemendo meu nome antes, falando de ti, dizendo que queria te sentir de novo. Vim me desculpar por hoje cedo, aí ela surtou, tá bêbada, me beijou, eu quase caí nisso por um segundo, mas parei, eu juro, eu te amo, porra, eu não quero ela!”

Jéssica levantou o rosto, os olhos vermelhos cheios de lágrimas, e olhou pra mim, depois pra Ana, que ainda ria na cama, o cheiro de álcool forte no ar. Ela percebeu o estado da Ana, os olhos vidrados, o jeito cambaleante, mas antes que pudesse dizer algo, a Ana se levantou, nua e trôpega, apontando pra Jéssica com um sorriso torto.

Ana:

“Que foi, Jéssica? Tá chorando por quê? Tu sabe que eu te quero, sempre quis, vem cá, deixa eu te mostrar como é bom, teu namoradinho não vai te dar o que eu dou!”

Foi o estopim. Jéssica ficou de pé num pulo, o rosto vermelho de raiva, as lágrimas ainda escorrendo, e partiu pra cima da Ana com um grito. “Tu tá louca, sua vadia!” Antes que eu pudesse reagir, ela deu um soco forte no rosto da Ana, o som do impacto ecoando no quarto. O nariz da Ana quebrou na hora, sangue jorrando enquanto ela caiu pra trás, batendo a cabeça na cabeceira da cama e desmaiando no colchão, o corpo mole.

Jéssica congelou, o punho ainda fechado, o peito subindo e descendo rápido enquanto o sangue pingava no lençol. “Porra, Vitor, eu... eu fiz merda”, ela disse, a voz tremendo, os olhos arregalados de pânico. Eu levantei rápido, o coração na boca, e chequei a Ana — ela tava respirando, mas apagada pra caralho. “A gente precisa levar ela pro hospital, agora!”, gritei, pegando uma coberta pra jogar por cima dela enquanto a Jéssica assentia, ainda em choque.

No hospital, a gente ficou na sala de espera, o silêncio pesado entre nós. A Ana tava sendo atendida, e eu puxei a Jéssica pra um canto, a voz mais calma agora, tentando botar tudo pra fora direitinho.

Vitor:

“Jéssica, eu juro, foi assim que rolou. Eu ouvi ela gemendo meu nome, falando de ti, vim me desculpar por mais cedo, aí ela surtou, disse que não liga pro Carlos, que queria te ter de novo. Me beijou, eu quase caí por causa das lembranças do passado, mas parei por ti e pelo Carlos. Eu não quero ela, eu quero nós dois, porra.”

Jéssica respirou fundo, os olhos ainda úmidos, mas o rosto mais firme agora. Ela segurou minha mão, a voz saindo baixa e pensativa.

Jéssica:

“Eu acredito em ti, Vitor, eu vi como ela tá bêbada, fora de si. Mas a Ana não tá bem, sabe? Ela tem tido essas mudanças de humor, fica depressiva pra caralho quando o Carlos viaja. Acho que ela tá perdida, sozinha, e isso tá fodendo com ela.”

Eu assenti, o peso das últimas horas caindo em mim, mas antes que a gente pudesse continuar, o médico veio até nós, um cara de jaleco com cara de cansado, mas tranquilo.

Médico:

“Vocês são os acompanhantes da Ana? Ela tá bem, o nariz tá quebrado, mas já alinhamos, e a queda não causou nada grave. Fizemos um exame completo por segurança, e a gravidez não foi afetada.”

Eu e a Jéssica nos entreolhamos, o choque batendo como um soco no estômago. “Que gravidez?”, eu disse, a voz saindo rouca, enquanto a Jéssica completava, “Gravidez do quê, doutor?”. O médico franziu a testa, confuso, e olhou pros papéis na mão.

Médico:

“Ana tá grávida, umas oito semanas. Vocês não sabiam?”

O mundo girou, meu peito apertou, e a Jéssica segurou minha mão com força, os olhos dela tão perdidos quanto os meus, enquanto a bomba da gravidez da Ana explodia entre a gente.

A revelação do médico ainda tava ecoando na minha cabeça, uma porrada que eu não sabia como processar. Eu e a Jéssica távamos na sala de espera do hospital, as mãos dela apertando a minha com força, os olhos dela perdidos enquanto o silêncio pesava entre nós. A Ana grávida, porra, oito semanas. Eu respirei fundo, o peito apertado, e quebrei o gelo, a voz saindo meio rouca.

Vitor:

“Jéssica, que porra é essa, mano? A Ana grávida... como ela vai reagir quando souber? E o Carlos, porra, ele tá ganhando mais grana agora, mas vive viajando, fica semanas fora. Eu tô preocupado pra caralho, as dúvidas dela já foderam nosso casamento antes, e agora podem acabar com mais um relacionamento dela.”

Jéssica me olhou, os olhos ainda úmidos, mas com uma calma que me segurou no chão. Ela soltou minha mão devagar, passando os dedos pelo cabelo enquanto pensava, a voz saindo baixa e pensativa.

Jéssica:

“É, Vitor, ela pode ser o maior problema do relacionamento dela mesma. Eu já pensei nisso. Quando parei de experimentar com ela, de ficar com ela como antes, pode ter deixado a Ana incompleta, sabe? Talvez ela sinta falta de algo que eu dava, e agora tá perdida.”

Eu sacudi a cabeça, o peito apertando com a ideia, mas firme no que eu sentia. Me inclinei pra ela, a voz saindo mais segura.

Vitor:

“Não, Jéssica, não coloca isso nas tuas costas. A Ana tem que parar pra pensar em tudo, porra. Ela negou mil vezes que tinha sentimentos fortes por ti, mas o que eu vi hoje, gemendo teu nome, surtando por ti, não parece nada disso. Ela tá confusa pra caralho, e não é culpa tua.”

Jéssica assentiu devagar, os olhos fixos no chão por um segundo antes de me encarar de novo, a voz firme mas carregada de reflexão.

Jéssica:

“Eu já conversei com ela sobre isso, Vitor, antes de tudo virar esse caos. Ela me disse que não era amor por mim, que era só tesão, vontade de me ter por perto. Nesse momento, sozinha, sem o Carlos, acho que ela queria minha presença, meu calor, sei lá. Mas eu não tenho dúvidas do amor dela pelo Carlos, ela fala dele com um brilho que não mente.”

Eu suspirei, esfregando o rosto com as mãos, o peso da situação caindo mais forte. A Ana tava uma bagunça, e o Carlos no meio disso tudo, sem nem saber da gravidez ou da merda que rolou hoje.

Vitor:

“Porra, Jéssica, ela não tá agindo bem com o Carlos, isso é fato. Tá traindo ele com essas vontades, essas atitudes. Como a gente vai contar isso pra ele? A gravidez, o surto dela, tudo?”

Jéssica respirou fundo, o olhar endurecendo um pouco, mas com uma clareza que me fez admirar ela ainda mais. Ela cruzou os braços, a voz saindo decidida.

Jéssica:

“A gente conta tudo como aconteceu, Vitor. A verdade nua e crua. Eu te peguei com ela em cima de ti, ela bêbada, falando merda, eu perdi a cabeça e quebrei o nariz dela. E agora essa gravidez. Os erros da Ana são responsabilidade dela, não nossa. Ele merece saber, e ela que lide com as consequências.”

Eu engoli em seco, o coração apertando com a ideia do Carlos recebendo essa bomba. Conheço ele há anos, o jeito explosivo dele, e sabia que isso ia ser foda.

Vitor:

“Conhecendo o Carlos, Jéssica, só a gravidez vai segurar uma briga feia entre os dois. Ele vai ficar puto pra caralho, com razão, mas um filho... porra, isso muda tudo. Tô preocupado com como ele vai reagir, com ela, com a gente.”

Jéssica segurou minha mão de novo, o toque quente me trazendo de volta pro chão, e me olhou nos olhos, a voz suave mas firme.

Jéssica:

“Vamos passar por isso juntos, Vitor. A Ana precisa de ajuda, o Carlos precisa da verdade, e nós precisamos ficar firmes. Vai ser uma merda, mas a gente resolve.”

Eu assenti, o peito ainda pesado, mas com ela ali eu sentia que podia encarar o que viesse. A gravidez da Ana era uma curva que ninguém viu vindo, e agora era esperar ela acordar, o Carlos voltar, e ver o tamanho do estrago que isso tudo ia fazer.

Eu cheguei em casa exausto pra caralho, a mala ainda na mão, o corpo moído de dias na estrada. Tinha recebido uma ligação falando que a Ana sofreu um “leve acidente” uns dias atrás, e eu larguei tudo pra voltar correndo. O coração tava apertado, imaginando ela machucada, mas ninguém me deu detalhes, só disseram que ela tava bem agora. Abri a porta da sala, e lá tavam eles — a Ana no sofá com o nariz roxo, o Vitor encostado na parede e a Jéssica sentada numa cadeira, o clima pesado como um tijolo no ar.

Eu larguei a mala no chão, o alívio de ver a Ana viva misturado com uma estranheza que eu não conseguia explicar. Fui até ela, beijei a testa dela e perguntei, a voz saindo rouca de cansaço.

Carlos:

“Porra, Ana, que bom que tu tá bem. O que o médico disse? Tá tudo certo?”

Ela assentiu, os olhos baixos, e o Vitor respondeu, meio seco, tentando manter a conversa leve.

Vitor:

“Sim, mano, ela tá de boa. Foi só o nariz, já alinharam, tá se recuperando.”

Eu franzi a testa, olhando de um pro outro, o silêncio deles me irritando. Tinha algo errado, dava pra sentir no jeito que a Ana mordia o lábio e a Jéssica mexia as mãos no colo.

Carlos:

“Beleza, mas o que aconteceu, porra? Ninguém me conta nada direito, eu quero saber!”

A Ana respirou fundo, os olhos enchendo de lágrimas, e quebrou o silêncio, a voz tremendo enquanto me olhava.

Ana:

“Carlos, eu... eu tô grávida. É teu, amor, eu juro.”

Meu coração parou por um segundo, depois explodiu no peito. Grávida? Porra, eu ia ser pai! Eu dei um grito de alegria, puxando ela pro meu colo com cuidado, o sorriso rasgando minha cara enquanto beijava ela de novo, o nariz roxo dela não me segurando.

Carlos:

“Caralho, Ana, sério? Um filho nosso? Porra, eu tô feliz pra cacete!”

Mas aí eu parei, sentindo o peso do clima ainda ali, o jeito que o Vitor e a Jéssica se entreolhavam, a Ana chorando mas sem me encarar direito. Eu soltei ela devagar, o peito apertando de novo, e perguntei, a voz endurecendo.

Carlos:

“Tá, mas o que tá acontecendo aqui? Por que esse clima de merda? Fala logo!”

A Jéssica tomou a frente, levantando da cadeira, o olhar firme mas triste enquanto contava tudo, sem enrolar.

Jéssica:

“Carlos, eu peguei a Ana em cima do Vitor uns dias atrás. Ela tava bêbada pra caralho, falando que me queria de volta, que não ligava pra ti. Eu surtei, bati nela, quebrei o nariz dela. No hospital, descobriram que ela tá grávida. Foi assim.”

O chão sumiu debaixo de mim, porra. A Ana em cima do Vitor? Querendo a Jéssica? Eu olhei pra ela, o coração afundando, a raiva subindo quente enquanto falava, a voz saindo baixa mas cortante.

Carlos:

“Porra, Ana, eu tô me matando pra dar um futuro melhor pra gente, pras nossas coisas, e agora pro nosso filho, e tu em casa traindo minha confiança? Que merda é essa?”

A Jéssica tentou entrar no meio, levantando as mãos, a voz calma mas firme.

Jéssica:

“Carlos, espera, ela tá confusa, tá sozinha muito tempo, tá perdida—”

Eu cortei ela, o sangue subindo, a voz explodindo sem nem perceber.

Carlos:

“Confusa, Jéssica? Foi por essa confusão dela com o Vitor que vocês terminaram, e ela ficou comigo! Agora ela tá tentando de novo, querendo voltar pro Vitor e te arrastar junto? Para de defender ela, porra!”

O Vitor deu um passo pra frente, o rosto fechado, claramente puto com meu tom com a Jéssica. Ele abriu a boca, a voz saindo afiada.

Vitor:

“Fala baixo com ela, Carlos, não gostei dessa porra. Tu tá agressivo pra caralho.”

Eu virei pra ele, a raiva queimando, e joguei na cara, sem segurar nada.

Carlos:

“Segunda vez que tu trai minha confiança, Vitor, ficando com uma namorada minha. Tu é foda, hein, mano!”

Ele riu, uma risada amarga, e rebateu, o tom subindo junto com o meu.

Vitor:

“Tu pensa que é machão, Carlos, mas não consegue segurar uma mulher, porra. Olha aí a Ana, eu nunca te traí desse jeito!”

Eu travei, o sangue fervendo, e soltei, o veneno saindo sem filtro.

Carlos:

“Pelo menos eu não sou viado que precisa de algo na bunda pra gozar, seu cuzão!”

O Vitor avançou, os olhos faiscando, e jogou de volta, o tom cortante.

Vitor:

“Tu paga de amigo, Carlos, mas ficou com a Ana na primeira chance que teve depois que a gente terminou. Hipócrita pra caralho!”

Eu ia responder, mas a Jéssica gritou, tentando apagar o fogo.

Jéssica:

“Para, os dois, porra, chega disso!”

Eu virei pra ela, o peito explodindo, e mandei, sem nem pensar.

Carlos:

“Toma no cu, Jéssica, fica fora disso!”

O Vitor não deixou passar, o punho voou na minha cara antes que eu pudesse piscar, o soco pegando meu queixo com força. Eu nem recuei, o sangue subiu quente, e olhei pra ele, a Ana gritando ao fundo “Carlos, para!” enquanto eu partia pra cima dele. O Vitor já não era mais o amigo que eu conhecia, era um cara que eu queria quebrar.

Eu acertei ele no rosto, o soco estalando, e ele revidou, me pegando no estômago. A gente caiu no chão, trocando porrada, o sangue pingando do meu nariz enquanto eu batia nele com raiva cega. A Ana e a Jéssica gritavam, tentando separar, mas eu só via vermelho. Até que o vizinho, o Seu Jorge, entrou correndo, puxado por elas, e me segurou pelos braços, me arrancando do Vitor enquanto ele ofegava no chão, o rosto inchado.

Eu parei, o peito subindo e descendo rápido, o sangue na boca, olhando pro Vitor, pra Ana chorando e pra Jéssica com os olhos arregalados, o caos explodindo na minha casa enquanto a felicidade do filho se afogava na merda que a gente tinha virado.

Vitor!

O caos tinha parado, mas o ar ainda tava pesado pra caralho na sala. Eu tava sentado no sofá, o rosto latejando onde o Carlos tinha me acertado, o gosto de sangue na boca enquanto a Jéssica passava um pano úmido na minha testa, os olhos dela sérios mas cuidadosos. Do outro lado, a Ana tava ajoelhada perto do Carlos, segurando uma bolsa de gelo no queixo dele, os dedos trêmulos enquanto limpava o sangue do nariz dele. O Seu Jorge, o vizinho, tava na porta, olhando pra gente com uma cara de quem não sabia se ia embora ou ficava.

Seu Jorge:

“Tá tudo bem por aqui agora? Não vão se matar mais, né?”

A Jéssica levantou o olhar, forçando um sorriso cansado enquanto respondia, a voz firme mas suave.

Jéssica:

“Vai ficar tudo bem, Seu Jorge. A gente vai conversar e se acertar. Pode ir, obrigada por ajudar.”

O vizinho assentiu, meio hesitante, e saiu, a porta fechando com um clique que ecoou na sala silenciosa. A Jéssica suspirou, jogando o pano no colo enquanto olhava pra mim, pro Carlos e pra Ana, o tom dela cortando o ar como uma faca.

Jéssica:

“É isso que falta de diálogo faz, porra. Olha pra vocês dois, claramente tinham um monte de coisa guardada aí dentro e soltaram tudo agora, desse jeito.”

Eu vi o Carlos ouvindo, os olhos fixos na Ana, mas ele tava perdido nos pensamentos dele, o rosto fechado. Dava pra ver que ele tava remoendo algo foda. De repente, ele puxou a mão dela do rosto dele, o movimento brusco fazendo ela recuar, os olhos dela enchendo de lágrimas enquanto começava a chorar baixo, o som cortando o silêncio. Ele não olhou pra ela, só ficou encarando o chão, o peito subindo e descendo rápido.

Eu tava pra dizer algo, mas a Jéssica se levantou, indo até o Carlos, a voz firme mas tentando trazer ele de volta.

Jéssica:

“Carlos, pensa no teu filho, porra. Não deixa essa merda toda apagar isso.”

Ele riu, um som amargo que me deu um frio na espinha, e respondeu, a voz carregada de raiva e dúvida.

Carlos:

“Filho, Jéssica? Nem sei se é meu, caralho. Quem sabe o que tava rolando nessa casa enquanto eu viajava? Eu fico pensando nela com o Vitor o tempo todo, porra!”

Eu senti o sangue subir, o insulto me acertando como um soco, e levantei do sofá, a voz saindo firme mas tentando segurar a raiva.

Vitor:

“Tu tá passando dos limites, Carlos. Isso é baixo pra caralho, eu não fiz nada com ela enquanto tu tava fora.”

Ele virou pra mim, os olhos faiscando com uma raiva que me fez recuar um passo. Eu tava mais calmo agora, o rosto doendo me lembrando que porrada não ia resolver nada, e levantei as mãos, tentando apaziguar.

Vitor:

“Calma, mano, eu não quero mais briga. A gente precisa resolver isso.”

A Jéssica deu um passo pra frente, o olhar firme entre nós dois, e falou, a voz carregada de emoção mas com uma força que segurou a sala inteira.

Jéssica:

“Vocês têm uma chance de resolver tudo aqui, como amigos que são. Carlos, se acalma, porra.”

Ela foi até ele, puxando ele pra um abraço que ele resistiu por um segundo antes de ceder, o corpo relaxando um pouco enquanto ela falava baixo no ouvido dele.

Jéssica:

“Tu vai ser pai, Carlos, não deixa isso tudo estragar esse momento. Eu tô puta pra caralho com o que rolou, a Ana tava bêbada, mas o Vitor não, e ele não recuar logo de cara foi uma traição pra mim também. Mas a gente não pode fechar os olhos pra essa situação. Tem muita coisa enterrada entre todos nós aqui, e esse é o momento de resolver.”

Eu senti o peso das palavras dela, o peito apertando com a verdade crua que ela jogou na minha cara. O Carlos ficou quieto, os olhos ainda duros, mas o abraço da Jéssica parecia segurar ele no chão. A Ana chorava baixo, abraçando os próprios joelhos no sofá, e eu sabia que a gente tava num fio, um passo pra consertar ou pra foder tudo de vez.

A sala ainda tava carregada, o silêncio entre nós quebrado só pelo choro baixo da Ana, abraçada nos próprios joelhos no sofá. Meu rosto doía pra caralho, o Carlos tava calado com os olhos duros, e a Jéssica respirou fundo, soltando ele do abraço pra se virar pra Ana, a voz firme mas com um tom que pedia respostas.

Jéssica:

“Ana, me diz uma coisa. Qual foi o motivo de tu ter feito o que fez? Por que tu surtou daquele jeito comigo e com o Vitor?”

A Ana levantou o rosto, os olhos vermelhos e inchados, as mãos tremendo enquanto limpava as lágrimas. Ela respirou fundo, a voz saindo rouca e quebrada.

Ana:

“Eu tava bêbada, Jéssica, com saudade do Carlos, sozinha pra caralho aqui. Mas isso não justifica, eu sei, nada justifica o que eu fiz.”

Jéssica cruzou os braços, o olhar fixo nela, e foi mais fundo, a voz calma mas cortante.

Jéssica:

“Tá, mas e se o Vitor não tivesse parado? Tu ia até o fim com ele?”

A Ana hesitou, os olhos dela encontrando os meus por um segundo antes de baixar de novo, o peso da pergunta esmagando ela. Ela respondeu baixo, quase um sussurro.

Ana:

“Sem a bebida, eu não teria nem começado, Jéssica. Mas naquele momento, sim, eu teria ido até o fim com ele.”

Eu senti um frio na espinha, o peito apertando enquanto a Jéssica franzia a testa, claramente mexida. Ela insistiu, a voz subindo um pouco.

Jéssica:

“Por quê, Ana? Se tu não ama mais o Vitor, por que isso?”

A Ana passou as mãos no rosto, o choro voltando enquanto tentava explicar, as palavras saindo emboladas mas cheias de emoção.

Ana:

“É confuso pra caralho, Jéssica. Meu marido fora o tempo todo, meu ex-marido aqui em casa, vivendo como casal com tu, conversando, brincando, tudo isso na minha frente. O relacionamento com o Carlos esfriando um pouco, eu me sentindo sozinha... eu tava confusa com tudo, com ele, com o Vitor, contigo. Mas eu nunca faria isso, eu amo o Carlos, porra, eu tava bêbada! Bêbada, caralho, ninguém leva isso em conta!”

Ela gritou a última parte, o corpo tremendo, e o Carlos, que tava quieto até então, soltou um suspiro pesado, a voz saindo seca e cheia de mágoa.

Carlos:

“Eu já bebi pra caralho, Ana, e nem por isso dei em cima de alguém. Isso não é desculpa.”

A Jéssica levantou a mão, pedindo calma pro Carlos, e se virou pra Ana de novo, o tom firme mas quase suplicante.

Jéssica:

“Ana, sê sincera sobre tudo, porra. Para de se esconder atrás da bebida e fala a real.”

A Ana olhou pra ela, depois pra mim, e pro Carlos, os olhos brilhando com lágrimas e raiva misturadas. Ela respirou fundo, a voz subindo enquanto despejava tudo.

Ana:

“Eu tô sendo sincera, Jéssica! Pra mim, nada muda, eu amo o Carlos, mas eu errei, tava bêbada e deixei essa merda sair. Eu peço perdão, mas isso tudo é culpa de todos aqui, porra! Essa situação não é normal, o Vitor se acomodou ficando na nossa casa, vivendo como se fosse parte disso, e eu sou culpada também, mas não acho normal essa vida, caralho!”

O peso das palavras dela caiu como uma bomba, o silêncio voltando pra sala enquanto eu sentia o peito apertar mais ainda. Ela tava certa numa coisa — essa porra toda não era normal, eu vivendo ali, o Carlos viajando, ela sozinha, a gente fingindo que tava tudo bem. O Carlos ficou quieto, os olhos fixos nela, a mágoa ainda ali, e a Jéssica respirou fundo, o rosto sério enquanto tentava processar tudo.

O silêncio na sala era sufocante, o peso das palavras da Ana ainda pairando como uma nuvem escura. A Jéssica respirou fundo, os olhos fixos nela, e perguntou, a voz firme mas carregada de uma curiosidade que parecia doer.

Jéssica:

“Ana, por que tu não consegue me esquecer? Me diz a real.”

A Ana levantou o rosto, os olhos vermelhos e cheios de lágrimas, o corpo tremendo enquanto ria, um som amargo e cortante que me deu um arrepio. Ela respondeu, a voz subindo com raiva e desespero.

Ana:

“Porque vocês são doentes, Jéssica! Parece que tudo é uma brincadeira pra vocês, caralho! O Carlos me libera pra ficar contigo, eu me apego, aí tu se apaixona pelo meu ex e namora o Vitor, e todo mundo fica aqui como se fosse o mundo dos sonhos, vivendo essa porra como se fosse normal! Isso me deixou confusa pra caralho — o Carlos começando a viajar a trabalho, tu se afastando de mim claramente, o Vitor na casa como se não fosse nada. Eu sou de ferro, porra? Eu não tenho sentimentos?”

Ela gritou, as mãos batendo no sofá, os olhos faiscando enquanto encarava a gente, um por um. “Vocês me culpam por ser confusa, mas a confusão vem de vocês, caralho!” O grito dela ecoou, o desespero puro na voz dela me acertando como um soco. O Carlos ficou quieto, o rosto fechado, mas dava pra ver que as palavras tavam mexendo com ele.

A Jéssica levantou as mãos, tentando acalmar, a voz saindo firme mas suave.

Jéssica:

“Ana, se acalma, porra, pensa no bebê.”

Mas a Ana desabou, o choro vindo forte agora, o corpo curvado enquanto as lágrimas escorriam sem parar. Ela balançava a cabeça, a voz saindo entre soluços, carregada de culpa e confusão.

Ana:

“Eu não sei mais o que fazer, Jéssica... o peso dessa culpa tá me consumindo, porra. As lembranças daquele beijo, do que eu falei do Carlos, não saem da minha cabeça. Aquilo não era eu, eu juro, não era eu! Eu fiquei triste porque gostava das coisas contigo, das nossas brincadeiras, mas eu nunca faria o que fiz com o Vitor se não tivesse bebido, nunca!”

Ela parou, respirando pesado, e olhou pra mim, os olhos cheios de arrependimento enquanto continuava, a voz mais baixa mas ainda tremendo.

Ana:

“Eu já tava me masturbando quando o Vitor apareceu aquela primeira vez, Jéssica. Foi isso que mexeu comigo, a cabeça já tava uma bagunça, mas eu não tinha vontade nele, porra. Eu não amava ele nem quando a gente era casado, quem dirá agora. Mas tudo isso me deixa mal, confusa... ou vocês são liberais, ou não são, caralho! Ficar brincando com os sentimentos uns dos outros é errado pra caralho!”

O choro dela voltou mais forte, as mãos cobrindo o rosto enquanto ela se encolhia no sofá, o peso de tudo desabando em cima dela. Eu senti o peito apertar, as palavras dela cortando fundo — ela tava certa, porra, essa situação era uma merda retorcida, e a gente tinha deixado ela se afundar nisso. O Carlos ficou olhando pra ela, os olhos duros mas com um brilho que parecia dúvida, e a Jéssica respirou fundo, o rosto sério enquanto tentava absorver o que a Ana tinha jogado na mesa.

A sala tava um caos emocional, a Ana encolhida no sofá, o choro dela ainda ecoando enquanto a Jéssica respirava fundo, tentando segurar a onda. Ela olhou pra Ana, os olhos firmes mas com uma pontada de tristeza, e perguntou, a voz calma mas direta.

Jéssica:

“Ana, o que tu sente pelo Carlos? Fala de uma vez.”

A Ana levantou a cabeça de repente, os olhos arregalados, e gritou, a voz saindo rouca e cheia de desespero.

Ana:

“Eu amo ele, Jéssica! Amo pra caralho, porra! Mas tudo aconteceu do nada, ele pegou esse serviço novo sem nem conversar comigo, tu se afastou logo depois, eu me senti sozinha pra cacete, e a única pessoa que não me deixou foi logo o meu ex-marido morando na minha casa! Isso é estranho, caralho, é bizarro! Eu não sei se o Carlos vai me perdoar, e eu tô pouco me fodendo pro perdão teu ou do Vitor, porque essa pressão toda tá me acabando!”

Ela parou, o peito subindo e descendo rápido, as lágrimas escorrendo enquanto continuava, a voz tremendo de raiva e cansaço.

Ana:

“Uma hora as coisas tavam esquentando entre nós três — eu, o Carlos e tu, Jéssica —, outra hora todo mundo me deixou, e eu tô cansada de levar a culpa sempre! O Vitor ficou neurótico, e a culpa foi minha, eu sei, mas eu cometi um erro bêbada, porra, e ninguém leva isso em conta!”

Ela virou pro Carlos, o choro voltando forte enquanto o encarava, as mãos tremendo.

Ana:

“Carlos, quanto tempo tu achou que isso ia durar, o Vitor morando aqui, sem rolar uma situação estranha?”

O Carlos olhou pra ela, os olhos duros mas com um peso que eu conhecia bem, e respondeu, a voz baixa mas firme, cortando o ar como uma lâmina.

Carlos:

“Poderia durar a eternidade, Ana, se tu te desse ao respeito e sentasse comigo pra conversar como eu sempre pedi. Mas tu nunca fez isso.”

O silêncio caiu pesado, a Ana ficou quieta, o choro abafado enquanto ela processava as palavras dele, o rosto afundado nas mãos. A Jéssica deu um passo pra frente, tentando botar ordem naquilo, a voz carregada de preocupação.

Jéssica:

“É melhor vocês resolverem isso logo, antes que a Ana passe mal de verdade.”

O Carlos suspirou, esfregando o rosto com as mãos, e olhou pra Jéssica, o tom cansado mas com uma clareza que me surpreendeu.

Carlos:

“Jéssica, eu sei que tu tá tentando, mas tu não percebeu ainda que isso não dá pra resolver agora. Isso é com o tempo, e só se a gente decidir continuar juntos. Só assim a gente vai conseguir.”

A Ana levantou o rosto na hora, os olhos arregalados de medo quando ouviu o “se a gente decidir continuar juntos”. Dava pra ver o pânico nela, o choro travando na garganta enquanto ela encarava ele. O Carlos se levantou, foi até a Jéssica, pegou o rosto dela com as mãos e deu um beijo leve na testa dela, a voz saindo suave mas firme.

Carlos:

“Obrigado por tentar, Jéssica, mas tu tem que resolver com teu namorado também.”

A Jéssica assentiu, devolveu o beijo na testa dele, um gesto simples mas cheio de peso, e então veio até mim, pegando minha mão com força, os olhos me encarando com uma mistura de cansaço e determinação.

Jéssica:

“Tá na hora da gente resolver nossa parte, Vitor.”

Ela me puxou pra fora da sala, o toque dela quente na minha mão, e eu fui, o peito apertado enquanto olhava pra trás e via o Carlos sentado perto da Ana, os dois em silêncio. Minha cabeça girava, pensando que essas conversas, cada casal nas suas casas, iam decidir o futuro de todo mundo. O Carlos ia perdoar a Ana? A Jéssica ia me perdoar? Como porra isso tudo ia ficar?

A sala tava um silêncio do caralho, o eco da porta batendo atrás do Vitor e da Jéssica ainda zumbindo nos meus ouvidos. Meu queixo doía pra porra onde o Vitor tinha me acertado, o gosto de sangue seco na boca, e a Ana tava ali no sofá, os olhos vermelhos, o nariz roxo inchado, abraçada nos próprios joelhos como se fosse desmoronar. O Seu Jorge tinha ido embora, a Jéssica e o Vitor também, e agora éramos só eu e ela, o ar pesado como um bloco de concreto entre nós.

Ela levantou o rosto, as lágrimas escorrendo devagar, e me olhou com aqueles olhos que eu conhecia tão bem, mas que agora tavam cheios de um desespero que me cortava. Antes que eu pudesse abrir a boca, ela caiu de joelhos no chão na minha frente, as mãos tremendo enquanto agarrava minha calça, a voz saindo rouca e quebrada.

Ana:

“Carlos, me perdoa, por favor, eu imploro, amor! Eu não sei o que me deu, eu tava bêbada, sozinha, eu errei pra caralho, mas eu te amo, porra, me dá uma chance!”

Eu senti o peito apertar, a raiva e a mágoa brigando com o amor que ainda tava ali, pulsando mesmo depois de toda essa merda. Respirei fundo, o coração pesado, e me abaixei, pegando ela pelos braços. Levantei ela com cuidado, o corpo dela leve nos meus braços como se fosse uma criança, e a carreguei pro quarto, os passos ecoando no corredor vazio. Ela se agarrou no meu pescoço, o choro abafado contra meu peito, e eu senti o calor dela me puxando pra algo que eu não sabia se queria enfrentar agora.

Coloquei ela na cama devagar, o colchão afundando sob o peso dela, e me sentei do lado, os olhos fixos nela enquanto tentava botar ordem na bagunça na minha cabeça. Respirei fundo e falei, a voz saindo firme mas carregada de tudo que eu tava sentindo.

Carlos:

“Ana, a gente vai conversar agora, porra. Eu tô ferido pra caralho com o que tu fez, mas eu não discordo de tudo que tu falou lá na sala. Essa situação toda tá uma merda, e nossa amizade forte às vezes cega a gente pras coisas que tão acontecendo entre nós.”

Ela fungou, limpando o rosto com a manga, e eu continuei, os olhos duros mas a memória voltando como um filme que eu não queria rever.

Carlos:

“Lembra como minha chegada mexeu com o Vitor e contigo quando vocês eram casados? Eu entrei na vida de vocês como amigo, mas já tinha uma parada ali, uma tensão que ninguém falava. Eu errei também, Ana, eu sei. Peguei esse serviço novo sem conversar contigo, te deixei sozinha aqui, mas me diz, porra, o que tu teria falado se eu tivesse sentado contigo antes?”

Ela me olhou, os olhos brilhando com lágrimas, e respondeu baixo, a voz tremendo mas tentando se segurar.

Ana:

“Eu teria pedido pro Vitor arrumar uma casa, Carlos. Juro que não sinto nada por ele, eu nunca senti o que sinto por ti, nem quando a gente era casado. Mas não acho certo isso, ele sozinho comigo na nossa casa, na casa tua e minha. Coisas assim podem acontecer, porra, eu tava bêbada, sozinha, e tudo levou ao que levou.”

Eu assenti, o peito apertando com a verdade que ela jogou, mas a raiva ainda tava ali, quente e crua. Cruzei os braços, a voz saindo seca mas firme.

Carlos:

“Eu concordo com isso, Ana, essa porra não é normal mesmo. Mas isso não justifica o que tu fez, caralho. Eu tava me matando pra dar um futuro pra gente, pro nosso filho agora, e tu em casa, bêbada, em cima do Vitor? Eu tô muito decepcionado contigo, porra.”

Ela desabou de novo, o choro voltando forte enquanto se arrastava pra mais perto de mim na cama, as mãos agarrando minha camisa.

Ana:

“Me dá uma chance, Carlos, eu te imploro! Eu consigo retomar tua confiança, eu juro. Às vezes a gente passa do ponto nessa amizade dos quatro, e a Jéssica não tá errada, a gente precisa sentar e conversar todos juntos. Mas eu e tu precisamos ter nossa vida de casal, como a Jéssica tem com o Vitor agora. Eu não quero mais ninguém no nosso relacionamento, nem ela, nem ninguém, porra. Eu pensava assim quando tava casada com o Vitor, e agora isso prova que eu tava certa — esse tipo de coisa estraga tudo!”

Eu suspirei, esfregando o rosto com as mãos, o peso das palavras dela batendo fundo. Olhei pra ela, a voz saindo mais calma, mas com um tom que mostrava o quanto eu tava dividido.

Carlos:

“Eu não concordo com tudo, Ana. Isso só estragou porque tu não foi sincera sobre o que tava sentindo. Tu deveria ter falado dos teus sentimentos pela Jéssica, porra. Eu não acredito que era só tesão, como tu disse antes. Fala a real agora.”

Ela hesitou, os olhos baixando pro colchão por um segundo antes de me encarar de novo, a voz saindo trêmula mas honesta.

Ana:

“Tá, Carlos, sim, eu gosto da Jéssica. Quando eu disse que não gostava, era verdade na época, mas o tempo passou, ela se afastou, e eu senti falta, porra. Eu senti um vazio que eu não esperava.”

Eu senti um frio na espinha, o peito apertando mais ainda, e perguntei, a voz saindo baixa mas cortante.

Carlos:

“De quem tu sentia mais falta, Ana? De mim ou dela?”

Ela me olhou, os olhos cheios de lágrimas, e respondeu rápido, a voz firme apesar do choro.

Ana:

“De ti, Carlos. Eu te amo muito, porra, mais que tudo. Dela era saudade, mas contigo é amor, é necessidade.”

Eu fiquei quieto por um segundo, o coração girando com tudo que ela disse. Respirei fundo, o peso da decisão me esmagando, e falei, a voz cansada mas decidida.

Carlos:

“Eu não sei como tudo vai ficar, Ana. Vou continuar contigo porque tu tava bêbada quando fez essa merda, e pelo nosso filho. Mas eu não sei se tô pronto pra continuar essa amizade entre os quatro. Hoje eu vi que nem eu nem o Vitor esquecemos o passado, e isso tá fodendo com a gente.”

Ela chorou mais forte, o corpo tremendo enquanto se jogava nos meus braços, me abraçando com força, a voz saindo entre soluços.

Ana:

“De novo eu acabei com tudo, Carlos, eu fodi tudo de novo!”

Eu segurei ela, as mãos nas costas dela, e respondi, a voz mais suave mas carregada de verdade.

Carlos:

“Não foi bem assim, Ana. Eu vi hoje que eu também guardei coisa contra o Vitor esse tempo todo e não falei. A gente tem merda enterrada, os dois.”

Ela levantou o rosto, os olhos brilhando com um misto de esperança e culpa, e me abraçou mais forte, a boca encontrando a minha num beijo quente e desesperado. Eu retribuí, o gosto das lágrimas dela na minha língua, e ela me olhou nos olhos, a voz saindo baixa mas cheia de emoção.

Ana:

“Por favor, amor, por conta do meu erro, não desiste da amizade linda que tu tem com o Vitor. Eu vou fazer de tudo pra retomar tua confiança, eu juro.”

Eu respirei fundo, o peso da amizade com o Vitor batendo forte, e respondi, o tom firme mas com uma ponta de dúvida.

Carlos:

“É a segunda vez que o Vitor me faz duvidar dessa amizade, Ana. Eu tinha coisa guardada contra ele, e ele contra mim, pelo jeito. Vai ser preciso muita paciência e carinho dos dois lados pra consertar isso tudo. Mas agora, porra, eu quero curtir a notícia de ser pai. Eu tava feliz pra caralho com isso, e essa merda toda tirou minha alegria.”

Ela assentiu, os olhos marejados, e me abraçou de novo, o corpo colado no meu enquanto me beijava mais uma vez, os lábios tremendo contra os meus. Eu segurei ela, o calor dela me envolvendo, e falei, a voz mais leve mas com um peso que não saía.

Carlos:

“Tu tem razão numa coisa, Ana. Os dois têm coisas guardadas. Então tá na hora de resolver essa porra de uma vez.”

Ela me olhou, o choro acalmando, e ficou quieta, o silêncio caindo entre nós enquanto a gente se abraçava na cama, o futuro incerto mas com um filho no meio pra nos segurar. Minha cabeça girava, o Vitor, a Jéssica, a Ana, tudo misturado, mas ali, com ela nos meus braços, eu sabia que a gente ia ter que lutar pra sair dessa merda — juntos ou não.

O silêncio no quarto tava mais leve agora, mas ainda tinha um peso que eu sentia no peito. A Ana tava nos meus braços, o calor dela contra mim, o choro dela acalmando enquanto a gente se olhava. Minha cabeça ainda girava com tudo — o soco do Vitor, a gravidez, a merda que ela fez —, mas ali, com ela tão perto, eu sabia que a gente precisava botar as coisas no lugar, mesmo que doesse pra caralho. Respirei fundo, a voz saindo firme mas com um tom que mostrava o quanto eu tava abalado.

Carlos:

“Ana, a gente vai ter que ter paciência comigo, porra. Nosso amor levou um baque foda, e não vai voltar a ser como era assim tão rápido. Eu quero consertar isso, mas não é de uma hora pra outra.”

Ela levantou o rosto, os olhos ainda vermelhos, mas com uma determinação que me pegou desprevenido. Ela segurou minha mão com força, a voz saindo baixa mas cheia de promessa.

Ana:

“Eu vou ter toda a paciência do mundo, Carlos. Eu te amo, porra, e eu sei que fodi tudo. E ó, eu nunca mais vou beber na vida, juro por tudo.”

Eu ri, um som que saiu meio sem querer, o peso aliviando um pouco com a zoeira dela. Balancei a cabeça, o sorriso torto no rosto enquanto respondia.

Carlos:

“Porra, Ana, é melhor assim mesmo, ainda mais por causa da gravidez, kkk. Vai ser bom pra ti e pro nosso pequeno aí.”

Ela riu junto, um riso leve que cortou o ar pesado, e eu baixei o olhar pra barriga dela, ainda sem forma, só uma curva sutil debaixo da blusa. Me inclinei devagar, beijando a pele quente ali, o coração batendo mais rápido enquanto perguntava, a voz saindo quase um sussurro.

Carlos:

“Como tu não percebeu antes, Ana? Nada te deu um sinal?”

Ela fungou, limpando o nariz com a manga, e respondeu, o tom meio envergonhado mas honesto.

Ana:

“Eu tive uns sintomas, Carlos, umas tonturas, um enjoo aqui e ali, mas pensei que era outra coisa, tipo estresse ou sei lá. Nunca imaginei que era um bebê.”

Eu sacudi a cabeça, o peito explodindo com uma mistura de choque e algo quente que eu não sabia nomear. Olhei pra ela, a voz saindo rouca de emoção.

Carlos:

“Eu não acredito que vou ser pai, porra. Um filho nosso, Ana, caralho.”

Ela desabou de novo, o choro voltando forte enquanto se agarrava em mim, as mãos tremendo contra meu peito.

Ana:

“Me perdoa, Carlos, eu queria tanto curtir esse momento contigo, mas eu estraguei tudo, porra, eu fodi com a gente!”

Eu segurei os ombros dela, puxando ela pra me olhar, a voz saindo calma mas firme pra trazer ela de volta.

Carlos:

“Se acalma, Ana, relaxa. A gente ainda tá junto, porra, a gente pode retomar. Só respira fundo agora.”

Eu olhei fundo nos olhos dela, o verde brilhando com lágrimas, e vi um susto passar pelo rosto dela, como se ela tivesse sentido o peso do que eu tava perguntando antes mesmo de eu abrir a boca. Falei baixo, o coração na garganta.

Carlos:

“Tu me ama, Ana? Fala de verdade.”

Ela respondeu na hora, os olhos arregalados, a voz saindo alta e cheia de fogo.

Ana:

“Sim, Carlos, eu te amo mais que a minha própria vida, porra! Tu é tudo pra mim!”

Eu sorri, o peito aquecendo com as palavras dela, e puxei ela pra mim, beijando ela com força, os lábios dela macios e quentes contra os meus. Ela aprofundou o beijo, a mão dela guiando a minha pro peito dela, o seio firme debaixo da blusa pedindo meu toque. Apertei de leve, sentindo o calor dela, o beijo pegando fogo enquanto a língua dela dançava com a minha. Mas aí eu parei, o tesão brigando com a cabeça, e me afastei devagar, olhando pra ela com um peso nos olhos.

Carlos:

“Calma, Ana, eu só preciso de tempo, porra. Tá cedo pra isso agora.”

Ela assentiu, o rosto suavizando com entendimento, e se aconchegou no meu peito, a cabeça descansando contra mim enquanto a voz dela saía baixa, quase um murmúrio.

Ana:

“Tu acha que o Vitor e a Jéssica vão se entender também?”

Eu suspirei, o nome do Vitor trazendo a raiva de volta, mas me segurei, respondendo seco no começo antes de voltar atrás.

Carlos:

“Eu não me importo, porra. Quer dizer, eu torço que sim, mas no momento eu torço mais pela Jéssica. Ela não merecia essa merda toda.”

Ela levantou o rosto, os olhos preocupados me encarando, e falou, o tom carregado de súplica.

Ana:

“Não guarda rancor do Vitor, Carlos, por favor. Isso é um passo pro fim da amizade de vocês.”

Eu ri baixo, um som amargo mas com um toque de leveza, e respondi, a voz saindo mais calma mas ainda crua.

Carlos:

“Eu não vou guardar rancor, Ana, mas eu tô chateado pra caralho com ele e contigo. E ó, eu sei que essa amizade estranha nossa ajudou a criar essa bagunça toda. A gente tem culpa nisso.”

Ela sorriu, um sorriso pequeno mas esperançoso, e deitou a cabeça no meu peito de novo, a voz saindo suave.

Ana:

“Tudo vai se acertar, Carlos, eu sinto isso.”

Eu ri de novo, o som mais leve dessa vez, e olhei pra ela, o peso ainda ali mas com um fio de luz no fim do túnel.

Carlos:

“Assim eu espero, porra. Assim eu espero.”

Ela ficou quieta, o corpo relaxando contra o meu, e eu passei a mão no cabelo dela, o silêncio voltando pro quarto. Minha cabeça ainda tava uma bagunça, mas ali, com ela no meu peito e um filho crescendo na barriga dela, eu sabia que a gente tinha uma chance — pequena, fodida, mas real.

Vitor!

O carro parou na frente da casa da Jéssica, o motor morrendo com um suspiro que parecia ecoar o cansaço que eu sentia no corpo todo. Meu ombro doía pra caralho onde o Carlos tinha me acertado, o gosto de sangue ainda na boca, e o silêncio entre a gente no caminho tinha sido pesado, como se a briga na casa dele tivesse vindo junto com a gente. Ela abriu a porta do carro, o rosto fechado, e eu saí atrás, os passos pesados enquanto entrava na sala atrás dela. O ar tava carregado, e eu sabia que a conversa ia ser uma porrada.

Ela jogou as chaves na mesa com força, o barulho cortando o silêncio, e se virou pra mim, os olhos brilhando com raiva e algo que parecia doer pra caralho. A voz dela saiu firme, mas tremia nas bordas.

Jéssica:

“Vitor, que porra foi aquela lá? Por que tu provocou o Carlos assim, caralho?”

Eu suspirei, esfregando o rosto com as mãos, o peso da merda toda caindo em cima de mim. Sentei no sofá, o corpo afundando nas almofadas, e respondi, a voz saindo rouca e confusa.

Vitor:

“Jéssica, nem eu sei, porra. Eu tava lá, vendo ele explodir, e foi como se um monte de coisa que eu nem sabia que tinha guardado saísse tudo de uma vez. Eu não planejei essa merda.”

Ela cruzou os braços, os olhos estreitando enquanto me encarava, a voz cortando como uma faca.

Jéssica:

“Isso tá errado, Vitor. Tá errado pra caralho.”

Eu levantei o olhar pra ela, o peito apertando com a acusação, e tentei me explicar, o tom subindo sem querer.

Vitor:

“Eu te defendi, Jéssica! O Carlos tava jogando na tua cara, e eu não aguentei, porra, eu não ia deixar ele te tratar assim!”

Ela riu, um som amargo que me pegou desprevenido, e as lágrimas começaram a escorrer pelo rosto dela, o brilho nos olhos dela me acertando como um soco. Ela deu um passo pra frente, a voz saindo baixa mas cheia de mágoa.

Jéssica:

“Tu não me defendeu, Vitor. Tu usou aquele momento pra botar pra fora o que tu sentia, o que tu guardava contra ele. E sabe o que mais? Tu deixou rolar com a Ana porque tu ainda ama ela, porra.”

Eu abri a boca pra negar, o coração disparando, mas ela continuou antes que eu pudesse falar, o dedo apontado pra mim como uma arma.

Jéssica:

“Não nega, Vitor, eu vi nos teus olhos lá. Tu não foi o primeiro a brincar com meus sentimentos, sabia? Eu já passei por essa merda antes, e tu tá fazendo igual.”

Eu me levantei do sofá, o corpo tremendo de raiva e culpa, e respondi, a voz saindo alta e desesperada.

Vitor:

“Eu juro, Jéssica, não foi isso, porra! Eu não amo a Ana, eu te amo, caralho, é contigo que eu quero ficar!”

Ela ficou quieta por um segundo, as lágrimas caindo mais forte, e me olhou com um misto de dor e desconfiança que me cortou fundo. A voz dela saiu baixa, quase um sussurro, mas carregada de peso.

Jéssica:

“Então o que foi, Vitor? Me explica, porra, o que foi aquilo tudo?”

Eu congelei, o peito apertando enquanto tentava achar as palavras, a cabeça girando com a briga, o beijo da Ana, o soco do Carlos, tudo misturado. Respirei fundo, os olhos fixos nos dela, mas a verdade tava embolada dentro de mim, e eu não sabia como botar pra fora sem foder mais ainda.

O silêncio caiu entre a gente, pesado e cortante, e eu sabia que qualquer coisa que eu dissesse agora ia ou salvar a gente ou enterrar tudo de vez.

O silêncio tava me sufocando, os olhos da Jéssica cravados nos meus como se ela pudesse ver através da minha alma. Eu sentia o peito apertado, a pergunta dela — “o que foi aquilo tudo?” — girando na minha cabeça como um eco que eu não conseguia calar. Respirei fundo, o corpo ainda tremendo, e deixei sair, a voz saindo rouca mas honesta pra caralho.

Vitor:

“Tá, Jéssica, eu quase deixei fluir com a Ana, porra, eu confesso. Mas não foi por amar ela, não. Naquele momento, era como uma vingança tomando conta de mim. Eu pensei em todos os momentos que não consegui satisfazer ela, todas as vezes que ela me olhou como se eu fosse um fracasso. Por um segundo, eu quis mostrar pra ela que eu não era mais aquele fraco, caralho.”

Ela me encarava, as lágrimas escorrendo, e eu continuei, o peso das palavras me esmagando enquanto saíam.

Vitor:

“Era orgulho puro, Jéssica. E na discussão com o Carlos também. Eu não tinha percebido o quanto eu me sentia inferior, guardei essa merda tudo esse tempo sem nem me dar conta. Era eu querendo provar algo, pra ela, pra ele, pra mim mesmo.”

Ela soltou um soluço, as mãos cobrindo o rosto por um segundo antes de me encarar de novo, os olhos cheios de dor e raiva. A voz dela saiu tremendo, mas cortante pra caralho.

Jéssica:

“Tu se deixou levar por um orgulho idiota, Vitor, tentando mostrar que era mais macho que o Carlos, e jogou fora o que eu amava em ti, porra. O carinho, o amor pelos teus amigos, o respeito por mim — tu pisou em tudo isso!”

Eu abri a boca pra negar, o coração disparando, mas as palavras dela me acertaram como um soco, e eu só consegui balbuciar, a voz saindo fraca.

Vitor:

“Não foi assim, Jéssica, eu juro, não foi—”

Ela me cortou, o choro engasgando na garganta enquanto dava um passo pra trás, os olhos brilhando com uma mágoa que eu nunca tinha visto nela.

Jéssica:

“Foi sim, Vitor, foi exatamente assim! E sabe o que mais? Se entregar pra ti foi um erro, porra. Eu quero terminar essa merda.”

O mundo parou por um segundo, o ar sumindo dos meus pulmões. Eu dei um passo pra frente, as mãos tremendo enquanto implorava, a voz saindo alta e desesperada.

Vitor:

“Não, Jéssica, por favor, não faz isso, caralho! Eu errei, eu sei, eu não entendi os sentimentos que eu tinha guardado sobre tudo que rolou entre os três. Mas a gente é humano, porra, uma situação ruim aconteceu, mas a gente pode dar um jeito nisso, eu te juro!”

Ela ficou quieta, o choro abafado enquanto me olhava, e eu peguei o celular no bolso, o coração batendo tão forte que eu mal conseguia segurar ele direito. Abri o aplicativo do diário virtual, as mãos suadas enquanto mostrava a tela pra ela.

Vitor:

“Olha aqui, Jéssica, lê isso, por favor.”

Ela hesitou, mas pegou o celular, os olhos ainda marejados, e começou a ler em voz alta, a voz tremendo enquanto as palavras saíam.

Jéssica:

“‘Dia 15: Quero formar uma família com a Jéssica. Uma casa nossa, um cachorro, talvez um filho um dia. Ela é tudo que eu sempre quis, e eu vou fazer ela feliz pra caralho.’”

Ela parou, o choro voltando mais forte, e eu me aproximei, a voz saindo baixa mas cheia de tudo que eu sentia.

Vitor:

“Não desiste de mim, Jéssica, por favor. Eu vou fazer de tudo pra retomar o amor da melhor mulher que já apareceu na minha vida. Eu te amo, porra, mais que tudo.”

Ela me olhou, o celular ainda na mão, as lágrimas caindo no chão enquanto o silêncio voltava, pesado e incerto. Eu sabia que tava tudo na mão dela agora, e o medo de perder ela me comia vivo.

Os olhos da Jéssica tavam fixos em mim, o choro dela ainda ecoando no ar enquanto eu segurava o celular, o diário virtual aberto entre a gente. Eu sentia o peito apertado, o medo de perder ela me comendo vivo, mas eu sabia que precisava falar tudo agora, botar pra fora o que tava entalado. Respirei fundo, a voz saindo rouca mas carregada de verdade.

Vitor:

“Jéssica, durante muito tempo eu me senti mal pra caralho por tudo. Pela Ana, pelo Carlos, por mim mesmo. Eu me culpava, achava que tinha fodido com eles de algum jeito. Depois eu culpei o Carlos, depois a Ana, pensei que tudo ia se acertar com o tempo, mas não foi assim, porra. Eu não consegui ser sincero sobre os sentimentos que eu guardei, e isso me fodeu.”

Ela fungou, as lágrimas escorrendo mais forte, e me olhou com uma mistura de dor e confusão, a voz tremendo enquanto perguntava.

Jéssica:

“Por que é tão importante pra ti provar algo pro Carlos e pra Ana, Vitor? Por que, caralho?”

Eu balancei a cabeça, o coração disparando enquanto tentava explicar, as palavras saindo quase sem filtro.

Vitor:

“Não é pra eles, Jéssica, eu juro. Não me importa provar nada pro Carlos ou pra Ana. Era pra mim mesmo, porra, pra provar que eu não sou o fraco que eu achava que era. Mas essa merda tava me fazendo perder a pessoa que provou que eu sou alguém de verdade, mesmo nesse curto espaço de tempo — tu, caralho.”

Ela ficou quieta por um segundo, os olhos brilhando enquanto pensava, as mãos limpando o rosto. Então ela respirou fundo, a voz saindo firme mas ainda carregada de emoção.

Jéssica:

“Tá, Vitor, eu aceito tentar retomar as coisas contigo. Mas tu tem que sair da casa da Ana hoje mesmo, porra. A partir de agora, eu quero uma vida de namorados exclusiva contigo, só eu e tu, e a gente vai focar em nós dois. Eu te amo, e pensar em te perder me desespera, mas se tu errar assim de novo, eu não vou pensar duas vezes.”

Eu senti o alívio bater como uma onda, o peito se abrindo enquanto assentia, a voz saindo cheia de promessa.

Vitor:

“Eu nunca mais vou errar assim, Jéssica, eu te juro, porra.”

Puxei ela pra mim, os lábios encontrando os dela num beijo quente, cheio de tudo que eu sentia. A gente caiu no sofá, os corpos colados, as mãos dela no meu cabelo enquanto eu sentia o calor dela contra mim. Mas aí uma dor fodeu minha boca, o lugar onde o Carlos tinha me acertado, e ela deu uma mordidinha de leve, rindo enquanto falava.

Jéssica:

“Bem feito, seu idiota.”

Ela se levantou, o sorriso torto no rosto, e jogou, a voz cheia de zoeira mas séria ao mesmo tempo.

Jéssica:

“Sem sexo por uma semana, hein. E amanhã a gente vai arrumar uma casa nova pra ti, meu amor.”

Eu ri, o som saindo leve pela primeira vez em horas, e respondi, o coração mais calmo.

Vitor:

“Tá bom, eu agradeço, porra. Tu é foda, Jéssica.”

Ela sentou do meu lado no sofá, o clima mais leve, e perguntou, os olhos ainda curiosos.

Jéssica:

“Tu pretende retomar as coisas com o Carlos?”

Eu assenti, a voz saindo firme mas pensativa.

Vitor:

“Sim, eu errei pra caralho, mas pra isso vai ser preciso uma conversa franca, só eu e ele, pra botar tudo pra fora de uma vez.”

Ela me olhou sério, o rosto endurecendo um pouco enquanto falava, a voz carregada de peso.

Jéssica:

“Se entende com ele, Vitor. Vocês são como família, porra, e nada compra isso.”

Eu me levantei, puxei ela pra mim de novo, beijando ela com vontade enquanto minha mão escorregava por dentro da calça dela, apertando a bunda dela com força. Falei contra os lábios dela, o tom rouco mas leve.

Vitor:

“Contanto que eu não te perca, Jéssica, tudo vai ficar bem.”

Ela riu, me empurrando de leve, e respondeu, os olhos brilhando.

Jéssica:

“Então tudo vai ficar bem, porra.”

Eu sorri, mas aí perguntei, o tom mais curioso agora.

Vitor:

“E tu? Vai se acertar com a Ana?”

Ela suspirou, o rosto ficando mais pesado enquanto pensava, a voz saindo baixa e cheia de saudade.

Jéssica:

“A Ana não tava com cara de quem ia perdoar aquele soco, Vitor. Quando ela acordou no hospital, eu senti algo se quebrar entre a gente, como se ela me culpasse por tudo. Eu sinto falta da amiga que ela era, porra. O Carlos e a Ana me salvaram, assim como tu, quando apareceram na minha vida.”

Eu franzi a testa, tentando aliviar o peso.

Vitor:

“É coisa da tua cabeça, Jéssica, a Ana não é assim.”

Ela balançou a cabeça, os olhos distantes enquanto continuava.

Jéssica:

“Eu espero que não, mas sinto falta dela mesmo assim. Vou fazer de tudo pra retomar essa amizade, mas acho que a Ana deixou o amor e o carinho por mim virarem rancor.”

Eu tentei insistir, a voz mais suave.

Vitor:

“A Ana não é assim, Jéssica, tu sabe disso.”

Ela me olhou, o tom sério mas com um fio de esperança.

Jéssica:

“Tomara que não, Vitor. Mas às vezes uma amizade tão forte como a nossa, dos quatro, pode esconder mágoas pesadas. Eu ainda gosto dela, espero que tudo se acerte, mas meu foco agora é tu. Será que um dia os casais vão voltar a ser quatro amigos que se amam?”

Eu fiquei quieto, o peso das palavras dela batendo fundo. Puxei ela pra mim de novo, o silêncio caindo enquanto a gente se abraçava no sofá, o futuro incerto mas com um fio de luz pra segurar a gente.

Um bom tempo tinha passado desde toda aquela merda com o Carlos e a Ana, e o sol já tava batendo na janela quando eu senti um tapa leve na cara, a voz da Jéssica cortando o sono como uma sirene cheia de zoeira. Abri os olhos devagar, o sofá da casa dela ainda quente debaixo de mim, e ela tava ali, de pé, com uma xícara de café na mão e um sorriso safado que já me acordou mais que o tapa.

Jéssica:

“Acorda, seu preguiçoso, porra! Hoje é dia de caçar casa, bora levantar essa bunda daí que eu não vou carregar teu peso pro banho não!”

Eu ri, esfregando o rosto enquanto me sentava, o corpo ainda meio dolorido da briga e da noite mal dormida. Ela tava de short jeans e uma blusa soltinha, o cabelo preso num rabo de cavalo que balançava enquanto me zoava. Peguei o café da mão dela, o cheiro forte me dando vida, e respondi, a voz rouca mas cheia de sacanagem.

Vitor:

“Tá, chefe, já vou, porra. Mas tu podia me dar um incentivo, sabe, um beijinho pra começar o dia direito.”

Ela riu, se inclinando pra me dar um selinho rápido, mas puxou meu cabelo de leve antes de se afastar, os olhos brilhando com provocação.

Jéssica:

“Incentivo é o caralho, Vitor. Banho agora, que a gente tem casa pra ver, e tu ainda tá de castigo, lembra?”

Eu levantei, o café na mão, e dei uma piscada pra ela enquanto ia pro banheiro, jogando por cima do ombro.

Vitor:

“Castigo, mas eu sei que tu tá louca pra me perdoar, Jéssica. Meu charme é irresistível.”

Ela jogou uma almofada em mim, rindo alto, e eu entrei no banho rindo também, a água quente lavando a tensão do dia anterior. Quando saí, ela já tava pronta, as chaves do carro na mão, e a gente saiu pro bairro, o sol forte batendo no capô enquanto ela dirigia e falava animada.

Jéssica:

“Primeira casa é logo ali, Vitor, um sobrado simples, mas com um quintalzinho foda. Sabe, eu achei a casa do Carlos e da Ana também, há um bom tempo. Eles eram uns clientes engraçados pra caralho, e eu ficava provocando o Carlos, dando em cima dele só pra enciumar a Ana logo de cara enquanto mostrava a casa. ‘Ó, Carlos, essa pia é perfeita pra tu lavar a louça pra mim, hein’, e a Ana ficava vermelha, me fuzilando com os olhos. Eu não imaginava que aquele casal maluco ia mudar minha vida pra melhor.”

Ela riu, os olhos brilhando com a lembrança, e eu coloquei a mão no joelho dela, apertando de leve enquanto respondia.

Vitor:

“Tu é foda, Jéssica, já zoando o Carlos desde o começo. E eles mudaram minha vida também, mas tu, porra, tu é o que me mantém de pé agora.”

Ela riu, me dando um tapa na mão, mas deixou ela ali enquanto estacionava na frente da primeira casa. Era um sobrado pequeno, paredes brancas e um quintal com grama mal cortada. A gente entrou, ela mostrando os cômodos com aquela energia provocadora que eu amava, mas eu só conseguia reparar no jeito que o short dela subia um pouco quando ela se abaixava pra apontar os detalhes. Na cozinha, ela se virou pra mim, o sorriso safado voltando.

Jéssica:

“Gostou, Vitor? Dá pra fazer um churrasco foda aqui atrás.”

Eu me aproximei, colando o corpo no dela contra a pia, as mãos na cintura dela enquanto sussurrava no ouvido, o tom cheio de sacanagem.

Vitor:

“Gostei, mas eu tava pensando em te comer bem aqui nessa pia, o que acha?”

Ela riu, me empurrando de leve, os olhos brilhando com um misto de tesão e repreensão.

Jéssica:

“Para, seu safado, porra! Tu tá de castigo, esqueceu? E não vamos foder na casa dos outros, isso é desrespeito!”

Eu ri, dando um tapa leve na bunda dela enquanto saía da cozinha, o clima leve mas com um fogo que tava difícil de segurar.

Vitor:

“Tá bom, dona moralista, mas tu sabe que tá difícil resistir, né?”

A segunda casa era maior, com um quarto foda no andar de cima, uma cama king size que parecia gritar pra gente. A Jéssica tava explicando o espaço do armário quando eu puxei ela pela cintura, jogando ela na cama com um movimento rápido. Ela caiu rindo, mas logo sentou, apontando o dedo pra mim.

Jéssica:

“Vitor, caralho, para com isso! Não pode, porra, é desrespeito com a casa, e tu ainda tá de castigo!”

Eu subi em cima dela, os joelhos dos lados das coxas dela, o rosto perto do dela enquanto passava a mão por baixo da blusa, roçando a barriga dela com os dedos, a voz saindo baixa e provocadora.

Vitor:

“Só uma provadinha, Jéssica, ninguém vai saber. Tu tá tão gostosa nesse short, porra, me deixa pelo menos te beijar direito.”

Ela mordeu o lábio, os olhos brilhando com tesão, mas me empurrou com as mãos no peito, rindo enquanto tentava se levantar.

Jéssica:

“Tu é um filho da puta safado, Vitor! Sem chance, porra, levanta daí que a gente tem mais casa pra ver!”

Eu deixei ela escapar, rindo enquanto ajustava a calça, o pau já dando sinal de vida com a provocação. A gente desceu as escadas zoando um ao outro, ela me chamando de tarado e eu dizendo que ela tava adorando o jogo. Na rua, ela me deu um soco leve no braço, o clima descontraído mas com um fogo que só crescia.

A terceira casa era um achado, uma varanda foda na frente e um quarto com vista pro bairro. A Jéssica tava mostrando o banheiro quando eu encostei ela na parede, as mãos subindo pelas coxas dela, o short apertado deixando a curva da bunda dela perfeita pra eu apertar. Beijei o pescoço dela, chupando de leve enquanto sussurrava.

Vitor:

“Imagina a gente tomando banho juntos aqui, Jéssica, tu pelada nessa banheira, eu te comendo devagar enquanto a água escorre…”

Ela gemeu baixinho, o corpo amolecendo por um segundo, mas aí me empurrou, rindo e respirando fundo, os olhos cheios de tesão mas firmes.

Jéssica:

“Para, Vitor, porra, tu tá me matando com essa safadeza! Sem sexo, caralho, eu falei uma semana, e tu não vai me dobrar assim tão fácil!”

Eu ri, dando um tapa mais forte na bunda dela dessa vez, o som ecoando no banheiro vazio enquanto provocava.

Vitor:

“Tu diz isso, mas teu corpinho tá pedindo, Jéssica. Olha como tu tá vermelha, porra, eu sei que tu quer.”

Ela virou pra mim, os olhos estreitos mas com um sorriso safado, e apontou o dedo no meu peito, a voz cheia de provocação.

Jéssica:

“Quer saber, Vitor? Tu vai ter que se virar com a mão essa semana, porque eu não vou ceder, seu tarado. Mas ó, essa casa tá foda, acho que é a tua cara.”

Eu puxei ela pela cintura de novo, colando nossos corpos enquanto mordia o lóbulo da orelha dela, o tom baixo e cheio de promessa.

Vitor:

“Tá, eu aguento o castigo, mas quando essa semana acabar, eu vou te foder tanto que tu vai implorar por mais, Jéssica.”

Ela riu alto, me empurrou pra fora do banheiro, o clima quente pra caralho mas ainda na zoeira.

Jéssica:

“Sonha, seu idiota, agora bora que eu quero almoçar antes de tu me deixar louca de vez!”

A gente saiu da casa, o tesão pulsando entre nós, as provocações deixando o ar elétrico. Eu sabia que essa semana ia ser uma tortura, mas porra, valia cada segundo com ela.

A quarta casa era um puta achado, maior que as outras, com uma sala ampla, uma escada de madeira que subia pro segundo andar, e uma cozinha aberta que dava pra imaginar a gente cozinhando juntos — ou fodendo, que era o que tava na minha cabeça agora. O sol tava entrando pelas janelas grandes, iluminando o chão de madeira polida, e a Jéssica tava na minha frente, mostrando o espaço com aquele jeitinho provocador que me deixava louco pra caralho. Ela tava de short jeans apertado, a blusa soltinha deixando um pedaço da barriga de fora, e eu já não aguentava mais esse castigo de uma semana sem sexo.

Ela se virou pra mim na sala, apontando pro teto alto com um sorriso safado.

Jéssica:

“Olha só, meu amor, esse pé direito alto dá um charme foda pro lugar, né? Dá pra botar um lustre daqueles chiques que tu curte, Vitor.”

Eu me aproximei devagar, o pau já meio duro só de olhar pra ela, e colei o corpo no dela por trás, as mãos agarrando a cintura dela enquanto mordia o pescoço dela de leve, a voz saindo rouca e cheia de tesão.

Vitor:

“Charme é tu, Jéssica, porra. Eu não aguento mais esse castigo, caralho, tu tá me matando com esse short. Vamos estrear essa casa agora, que tal?”

Ela riu, o som ecoando na sala vazia, e virou o rosto pra me encarar, os olhos brilhando com uma mistura de zoeira e fogo que eu conhecia bem.

Jéssica:

“Tu é um tarado sem vergonha, meu lindo! Tá, foda-se o castigo, porra, mas se a gente for pego, tu que explica pro corretor, hein, meu gostoso?”

Eu não esperei nem um segundo, puxei ela pra mim com força, os lábios colando nos dela num beijo quente pra caralho, a língua dela dançando com a minha enquanto ela gemia baixo na minha boca. As mãos dela foram pro meu cabelo, puxando com força, e eu já tava perdido, o tesão explodindo enquanto a gente se agarrava ali no meio da sala. Ela mordeu meu lábio, rindo contra minha boca, e sussurrou, a voz doce mas cheia de sacanagem.

Jéssica:

“Se é pra foder, meu amor, então me mostra o que tu tem, Vitor. Vamos usar essa casa toda, porra, fazer ela nossa de um jeito bem safado!”

Eu ri, o coração disparado, e levantei ela no colo, as pernas dela envolvendo minha cintura enquanto eu carregava ela pra cozinha. Botei ela sentada na bancada, o mármore frio contra a bunda dela, e arranquei o short dela com um puxão, jogando ele no chão. Ela tava só de calcinha, uma preta minúscula que mal cobria a buceta dela, e eu já tava de joelhos, abrindo as pernas dela enquanto beijava a parte interna das coxas, chupando a pele macia até ela gemer alto.

Vitor:

“Tu é muito gostosa, Jéssica, porra. Eu vou te chupar até tu implorar pra eu te foder.”

Ela jogou a cabeça pra trás, rindo e gemendo ao mesmo tempo, as mãos agarrando meu cabelo enquanto eu arrancava a calcinha dela com os dentes, o cheiro dela me deixando louco. Enfiei a língua na buceta dela, chupando o clitóris com força enquanto ela se contorcia na bancada, as pernas tremendo ao meu redor. Ela era safada pra caralho, e eu amava como ela se jogava sem pudor, gemendo alto enquanto eu lambia ela inteira, o gosto dela na minha boca me deixando ainda mais duro.

Jéssica:

“Caralho, Vitor, tu chupa bem pra porra, meu lindo! Me fode logo, vai, eu quero teu pau agora, meu safadinho!”

Eu levantei, rindo enquanto tirava a camisa e a calça num movimento rápido, o pau já duro pra caralho saltando livre. Ela pulou da bancada, me empurrando contra a parede da cozinha, e se ajoelhou na minha frente, os olhos brilhando enquanto pegava meu pau com a mão, esfregando devagar antes de enfiar ele na boca. Ela chupava como ninguém, a língua rodando na cabeça enquanto engolia ele inteiro, os gemidos dela vibrando contra mim enquanto eu segurava o cabelo dela, fodendo a boca dela com força.

Vitor:

“Porra, Jéssica, tu é uma puta safada, caralho! Chupa mais, vai, eu amo essa tua boca!”

Ela riu com o pau na boca, o som abafado me deixando louco, e se levantou, me puxando pra sala de novo. Me jogou no chão, o tapete macio amortecendo a queda, e subiu em cima de mim, sentando no meu pau sem nem avisar, a buceta dela quente e molhada me engolindo inteiro. Ela cavalgava como uma louca, os peitos balançando debaixo da blusa enquanto eu segurava os quadris dela, metendo de baixo pra cima com força enquanto ela gemia alto, o som enchendo a casa.

Jéssica:

“Isso, meu amor, me fode assim, porra! Tu sabe como eu gosto, caralho, meu Vitor gostoso!”

Eu puxei a blusa dela, rasgando ela no meio sem paciência, e os peitos dela pularam livres, os mamilos duros pedindo minha boca. Chupei um enquanto apertava o outro, ela gemendo e rebolando mais rápido, o ritmo dos dois tão afinado que parecia que a gente tinha nascido pra foder assim. Ela era minha, e eu era dela, e a gente explorava tudo sem vergonha — eu sabia da bissexualidade dela, e ela da minha, e isso só deixava tudo mais foda.

Vitor:

“Tu já pensou em me dividir com outra, Jéssica? Eu te comendo enquanto tu chupa uma buceta, porra, ia ser foda!”

Ela riu, os olhos brilhando com safadeza enquanto me empurrava pro chão, mudando de posição. Ficou de quatro no tapete, a bunda empinada pra mim, e virou o rosto pra trás, a voz doce e provocadora saindo com um toque de carinho.

Jéssica:

“E tu, meu lindo, já pensou em me deixar te ver com um macho, hein? Imagina eu olhando enquanto um cara te come, Vitor, tu gemendo pra mim enquanto eu te toco, porra, ia ser tão gostoso te ver gozar assim, meu safadinho!”

Eu ri alto, o tesão explodindo com a provocação dela, e meti com força atrás dela, agarrando a bunda dela com as duas mãos, o som dos nossos corpos batendo ecoando pela sala.

Vitor:

“Caralho, Jéssica, tu é foda! Eu amo quando tu me come com aquele cinto, porra, tu sabe que eu dou a bunda pra ti com prazer!”

Ela gemeu alto, rindo enquanto se tocava, os dedos esfregando o clitóris, e respondeu, a voz melíflua mas cheia de sacanagem e amor.

Jéssica:

“E eu amo comer teu cuzinho, meu amor, porra, tu fica tão lindo gemendo pra mim, meu Vitor safado! Tu é meu, caralho, e eu quero te ver todo aberto pra um macho um dia, meu gostoso!”

A gente rolou pro sofá, ela de lado com uma perna levantada, e eu metendo por trás enquanto apertava os peitos dela, beijando o pescoço dela e falando sacanagem no ouvido.

Vitor:

“Tu me fode tão bem, Jéssica, porra, eu sou teu putinho quando tu quer, caralho. Imagina eu chupando um pau enquanto tu me olha, ia ser foda pra ti?”

Ela riu, gemendo com carinho, e virou o rosto pra me dar um beijo rápido, a voz saindo provocadora mas cheia de ternura.

Jéssica:

“Foda demais, meu lindo, eu ia adorar te ver chupando um cara, porra, tu ia ficar tão fofo com a boca cheia, meu Vitorzinho safado! Agora me fode direito, vai, meu amor!”

Ela me puxou pra cima dela, deitando no sofá com as pernas abertas, me chamando com o dedo enquanto lambia os lábios, os olhos brilhando de tesão e amor.

Jéssica:

“Vem, meu gostoso, me fode de frente agora, porra, eu quero olhar pra teu rostinho lindo enquanto tu mete em mim!”

Eu subi em cima dela, metendo fundo enquanto ela arranhava minhas costas, os olhos dela cravados nos meus com um tesão que me fazia perder o juízo. A gente mudou de novo, ela me empurrando pra escada, subindo alguns degraus e se apoiando no corrimão, de costas pra mim, a bunda empinada de novo. Meti nela ali, segurando ela pela cintura enquanto ela gemia alto, o som subindo pela casa inteira.

Jéssica:

“Caralho, Vitor, me fode mais forte, porra, eu quero gozar contigo, meu amor!”

Eu metia com tudo, o pau pulsando enquanto ela rebolava contra mim, e a gente desceu pra sala de novo, ela me jogando no chão outra vez. Subiu em mim de costas, no estilo cowgirl invertida, e cavalgava enquanto eu batia na bunda dela, o som das palmadas misturado com os gemidos dela enchendo o ar. Ela virou o rosto pra me olhar, os olhos cheios de fogo e carinho, e falou, a voz rouca de tesão.

Jéssica:

“Goza pra mim, meu lindo, porra, eu quero tua porra toda, caralho, me dá esse leitinho que eu amo!”

Eu ri, o tesão explodindo, e segurei os quadris dela, metendo mais forte enquanto pedia, a voz saindo quase como um grito.

Vitor:

“Porra, Jéssica, goza comigo, caralho, e depois eu quero minha porra na tua boca, tu vai engolir tudo pra mim, minha safada?”

Ela saiu de cima de mim, se ajoelhando na minha frente com um sorriso de puta que me deixou louco, os olhos brilhando enquanto abria a boca, a língua pra fora, as mãos esfregando os peitos como uma vadia sem pudor.

Jéssica:

“Vem, meu amor, goza na minha boquinha, porra, eu quero teu leitinho quente, caralho, me dá tudo, meu Vitor gostoso!”

Peguei o pau com a mão, batendo rápido enquanto ela se inclinava, chupando a cabeça com força antes de me deixar gozar, os jatos acertando a boca dela, o rosto, o queixo, até escorrer pro pescoço. Ela riu alto, a porra pingando enquanto lambia os lábios, esfregava no rosto com os dedos e chupava eles como uma puta safada, sem nenhum pudor, os olhos cravados nos meus com amor e tesão.

Jéssica:

“Caralho, Vitor, tu goza muito, porra, meu leitinho favorito! Vem cá, meu lindo, divide comigo, vai!”

Eu me inclinei, beijando ela com força, a porra dela na minha boca enquanto nossas línguas se misturavam, o gosto salgado e quente passando entre a gente. Ela riu contra meus lábios, brincando com a porra na língua antes de engolir, e eu segurei o rosto dela, o coração batendo forte enquanto falava, a voz rouca mas cheia de certeza.

Vitor:

“Eu confio 100% em ti, Jéssica, porra. Tu é tudo pra mim.”

Ela me olhou, os olhos brilhando com algo além do tesão, e respondeu, a voz suave mas firme, cheia de carinho.

Jéssica:

“Eu quero ter uma família contigo, meu amor. Tu e eu, pra sempre, caralho.”

Eu sorri, o peito explodindo de emoção, e perguntei, ainda ofegante do sexo foda que a gente tinha acabado de ter.

Vitor:

“Qual casa tu gostou mais, Jéssica?”

Ela ficou surpresa, rindo enquanto limpava a porra do queixo com o dedo, lambendo ele de novo com um sorriso safado.

Jéssica:

“Porra, Vitor, quem tem que gostar é tu, caralho! É pra ti morar, meu lindo!”

Eu me ajoelhei na frente dela, pegando a mão dela enquanto olhava nos olhos dela, o coração na garganta.

Vitor:

“Não, Jéssica, essa casa é pra nós dois morarmos juntos. Eu te amo pra caralho, e eu não vou dar sorte ao azar. Casa comigo, porra, sê minha esposa.”

Ela arregalou os olhos, o riso morrendo por um segundo enquanto processava, e então riu de novo, nervosa e surpresa.

Jéssica:

“Caralho, Vitor, é cedo pra porra! Nem o Carlos e a Ana se casaram ainda, e eles têm mais tempo que a gente, meu amor!”

Eu segurei as mãos dela com mais força, o tom firme mas cheio de amor.

Vitor:

“Se eles não têm certeza, problema deles, porra. Eu tenho, Jéssica. Eu não vou esperar pra te perder, eu quero tu como minha esposa, caralho, agora e pra sempre.”

Ela me olhou, os olhos marejados, o silêncio caindo entre a gente enquanto o peso do momento batia. A casa tava quieta agora, só o som da nossa respiração, o cheiro de sexo no ar, e eu sabia que tudo dependia dela.

Eu tava ajoelhado na frente dela, o coração na garganta, as mãos segurando as dela enquanto o silêncio pesava entre a gente. A casa tava quieta, o cheiro de sexo ainda no ar, e os olhos da Jéssica tavam marejados, brilhando com uma mistura de surpresa e emoção. Ela riu de novo, aquele riso nervoso que eu amava, e então puxou as mãos pra cobrir o rosto por um segundo, antes de me olhar de novo, os olhos cheios de amor.

Jéssica:

“Caralho, Vitor, tá, porra, eu aceito! Sim, meu amor, eu caso contigo, seu idiota safado!”

Eu senti o peito explodir, uma onda de felicidade me acertando como um soco foda. Levantei rápido, puxando ela pra mim num abraço apertado, os corpos ainda suados do sexo colados enquanto eu ria alto, o som ecoando na sala vazia. Beijei ela com força, as mãos no rosto dela, e ela riu contra minha boca, me empurrando de leve pra respirar.

Jéssica:

“Calma, seu louco, porra, tu quase me sufoca de tanta felicidade! Eu te amo, caralho, tu é tudo pra mim!”

Eu sorri, o coração batendo forte, e segurei ela pela cintura, os dois ainda no chão, ofegantes e felizes pra caralho.

Vitor:

“Eu te amo demais, Jéssica, porra. Então, qual casa tu gostou mais? Essa aqui tá foda, né?”

Ela riu, limpando o resto da porra do queixo com o dedo e lambendo ele com um sorriso safado, antes de responder, os olhos brilhando.

Jéssica:

“Essa aqui, meu amor, porra. Essa casa já é nossa, caralho, depois do que a gente fez aqui, não tem outra opção! Vamos morar juntos nessa porra e ser felizes pra cacete!”

Eu ri alto, puxando ela pra outro beijo, o tesão e o amor misturados enquanto a gente se abraçava no chão da sala. Mas aí ela se afastou um pouco, sentando de pernas cruzadas na minha frente, o rosto mais sério mas ainda com aquele brilho safado nos olhos.

Jéssica:

“Sabe, Vitor, o que a gente falou na hora do sexo, sobre tu com um macho e eu com uma mina… Pode ser só pra dar tesão, né, meu lindo? Mas se tu quiser mesmo experimentar algo diferente, tem que ser antes do casamento, hein. Depois que eu botar essa aliança no teu dedo, eu quero tu só pra mim, caralho.”

Eu ri, balançando a cabeça enquanto me sentava direito, ainda pelado no tapete, o clima leve mas com um toque de sinceridade entre a gente.

Vitor:

“Porra, Jéssica, eu amo brincar com essas coisas contigo, caralho. A gente fala isso pra se esquentar, né, eu te provocando com uma mina e tu me zoando com um macho. É foda pra caralho, mas eu não sei se teria coragem de fazer de verdade, sabe? Eu amo quando tu me come, e eu amo te foder, mas fora da nossa zoeira… não sei, porra.”

Ela sorriu, aquele sorriso carinhoso e safado ao mesmo tempo, e se inclinou pra me dar um selinho rápido, a mão no meu rosto enquanto falava, a voz doce mas firme.

Jéssica:

“Eu amo o quanto a gente confia um no outro pra falar sobre tudo, meu amor. Tu sabe que eu sou louca por ti, e essas brincadeiras nossas são perfeitas, porra, me deixam molhada só de pensar. Mas eu penso igual, Vitor, se tu quiser experimentar qualquer coisa, é antes do casamento, tá? Depois, eu quero um relacionamento fechado, só eu e tu, caralho, ninguém mais entra nessa porra.”

Eu assenti, puxando ela pra perto de novo, o peito quente com a certeza que ela me dava. Beijei a testa dela, as mãos na nuca dela enquanto respondia, o tom cheio de amor.

Vitor:

“Tá perfeito assim, Jéssica, porra. Essas provocações são nosso fogo, caralho, mas eu não preciso de mais ninguém. Tu é minha mulher, minha futura esposa, e eu só quero te fazer feliz pra cacete nessa casa e na vida.”

Ela riu, deitando a cabeça no meu ombro enquanto a gente ficava ali, pelados no chão da nossa futura casa, o futuro brilhando na nossa frente como nunca antes.

Jéssica:

“Então tá combinado, meu gostoso. Vamos casar, morar aqui e foder muito, só nós dois, porra. Eu te amo, Vitor.”

Vitor:

“Eu te amo mais, Jéssica, caralho. Bora fazer essa vida nossa ser foda!”

A gente riu junto, o som enchendo a casa, e eu sabia que tava tudo certo, que ela era minha e eu era dela, pra sempre.

Carlos e Ana

Seis meses tinham passado desde toda aquela merda que rachou nossas vidas, e eu tava aqui, na cozinha da nossa casa, olhando pro café esfriando na xícara enquanto o sol entrava tímido pela janela. A rotina tinha virado um peso, um looping de silêncio e tensão que eu carregava no peito desde aquele dia no hospital, quando a Ana acordou e eu vi nos olhos dela algo que não explicava. O relacionamento tava pesado pra caralho, a confiança entre a gente tinha virado pó, e eu não sabia mais como segurar as pontas. A barriga dela tava grande agora, sete meses de gravidez, uma menina que a gente decidiu chamar de Sofia, mas mesmo com essa luz no fim do túnel, os dias eram cinza.

Eu levantava cedo, fazia o café, levava pra Ana na cama antes de sair pro trabalho — consertando carros na oficina do meu tio, o único lugar onde eu ainda me sentia no controle. Voltava à noite, cansado pra porra, e encontrava ela tentando puxar papo, mas eu respondia com monossílabos, o rancor ainda queimando baixo no meu estômago. O Vitor e eu? Não retomamos a amizade como antes, caralho. Depois daquela briga, das palavras duras e dos socos, a gente se afastou. Ele tava focado no noivado com a Jéssica, o casamento ainda sem data, e eu tava aqui, preso na minha bolha com a Ana e a Sofia que tava pra chegar. Os casais tinham se dividido, cada um no seu canto, e eu não sabia mais se isso era bom ou ruim.

No começo, eu culpava ela por tudo. O ciúme, a desconfiança, o jeito que ela olhava pra Jéssica no hospital, como se tivesse um peso que ela não me contava. Eu me fechei, porra, e ela percebeu. Mas a Ana não desistiu, caralho, ela nunca foi de baixar a cabeça. Mesmo grávida, mesmo com o corpo pesado e os hormônios bagunçando ela, ela começou a lutar pra me trazer de volta. No primeiro mês depois da merda toda, eu mal encostava nela. Uma noite, ela tentou me beijar, a mão trêmula no meu rosto, e eu deixei, mas foi foda — um sexo rápido, quase mecânico, eu deitado de lado enquanto ela gemia baixo, os olhos dela cheios de culpa e os meus vazios. Terminei rápido, me virei pro outro lado e dormi com um nó na garganta.

Carlos (pensando):

“Porra, eu amo ela, mas como eu volto a sentir isso depois de tudo?”

Mas a Ana não parou. Ela começou devagar, me chamando pra tomar café com ela na varanda, mesmo com a barriga atrapalhando. Fazia bolo de cenoura — meu favorito — e deixava na mesa com um bilhete: “Pra meu mecânico favorito, caralho, te amo.” Eu lia, dava um meio sorriso, mas ainda guardava distância. Ela percebia, mas não desistia. Uma tarde, eu cheguei do trabalho e ela tava na sala, deitada no sofá com um vestido leve que marcava a barriga, os pés inchados pra porra, e me chamou com aquela voz doce que eu não ouvia fazia tempo.

Ana:

“Vem cá, Carlos, porra, deita comigo um pouco. Tua filha tá chutando, quer conhecer o pai dela.”

Eu hesitei, o peito apertado, mas fui. Deitei do lado dela, a mão na barriga dela, sentindo os chutes da Sofia, e pela primeira vez em meses, eu ri. Ela sorriu, os olhos brilhando, e segurou minha mão ali, falando baixo.

Ana:

“Eu sei que tá foda, Carlos, mas eu te amo, caralho. Eu vou consertar isso, tu vai ver.”

O clima foi ficando menos pesado, aos poucos. Ela começou a se abrir mais, me contando como se sentia perdida depois do hospital, como a culpa de quase perder a gente a comia viva. Eu ouvia, ainda calado, mas o muro dentro de mim tava rachando. Uma noite, umas três semanas depois, ela me puxou pra cama, o corpo dela quente contra o meu, e me beijou com uma vontade que eu tinha esquecido. Eu resisti por um segundo, mas ela sussurrou no meu ouvido, a voz rouca de desejo.

Ana:

“Me fode, Carlos, porra, eu preciso de ti. Vamos lembrar como é bom, meu amor.”

Foi sexo com culpa de novo, mas dessa vez tinha algo mais. Eu meti nela devagar, de lado por causa da barriga, ela gemendo baixo enquanto segurava minha nuca, os olhos dela pedindo perdão. Eu gozei rápido, ainda com um peso no peito, mas ela me abraçou depois, o corpo suado colado no meu, e ficou ali, quieta, até eu dormir. Não foi perfeito, mas foi um começo.

Os dias foram passando, e a Ana se jogou de vez pra me reconquistar. Ela cozinhava jantar pra mim, mesmo cansada pra caralho, e me esperava com um sorriso que eu não via desde antes da merda toda. Uma noite, ela me chamou pra tomar banho com ela, a barriga enorme mas os olhos cheios de fogo. Eu entrei no chuveiro, a água quente caindo enquanto ela se encostava em mim, as mãos dela no meu pau, esfregando devagar enquanto ria, a voz leve e safada.

Ana:

“Tu acha que eu não te quero mais, Carlos? Porra, eu sonho com esse pau todo dia, caralho!”

Eu ri, o som saindo fácil pela primeira vez em meses, e puxei ela pra mim, beijando ela com força enquanto a água escorria. Ela se ajoelhou, mesmo com dificuldade, e chupou meu pau como se fosse a última coisa que ia fazer na vida, a boca quente e molhada me levando à loucura. Eu segurei o cabelo dela, metendo na boca dela enquanto gemia alto, o tesão voltando com tudo.

Carlos:

“Porra, Ana, tu é foda, caralho! Chupa mais, vai, eu tava com saudade disso!”

Ela riu, subindo pra me beijar, e me puxou pra cama ainda molhados. Sentou no meu colo, a barriga entre a gente, e cavalgou devagar, os peitos balançando enquanto ela gemia, os olhos cravados nos meus com um amor que eu tava começando a sentir de novo.

Ana:

“Eu te amo, Carlos, porra, tu é meu homem, caralho. Me fode, vai, me mostra que tu ainda me quer!”

Eu meti nela com força, segurando os quadris dela, o tesão misturado com algo mais quente no peito. Gozamos juntos, ela tremendo em cima de mim enquanto eu segurava ela, o coração batendo forte. Depois, ela deitou no meu peito, rindo baixo enquanto traçava círculos na minha pele.

Ana:

“Viu, meu amor? A gente ainda é foda juntos, porra.”

Eu sorri, beijando a testa dela, e pela primeira vez em meses, dormi sem culpa, só com ela nos meus braços. A partir daí, o amor foi voltando, devagar mas firme. Ela me levava pra pintar o quarto da Sofia, rindo enquanto eu sujava a cara de tinta, e me chamava pra dançar na sala, mesmo sem música, só pra me fazer rir. Uma noite, já perto dos sete meses, ela me puxou pro sofá, deitou de lado e abriu as pernas, o olhar safado e carinhoso ao mesmo tempo.

Ana:

“Vem, Carlos, porra, me fode gostoso, meu amor. Eu quero gozar contigo, caralho, como antes.”

Eu ri, o clima leve pra caralho, e meti nela devagar, beijando o pescoço dela enquanto ela gemia alto, as mãos dela nas minhas costas me puxando mais fundo. Era tesão puro, mas tinha amor, caralho, um amor que eu tava deixando florescer de novo. Gozei dentro dela, ela rindo enquanto me abraçava, e ficamos ali, suados e felizes, o peso do passado ficando pra trás.

Carlos (pensando):

“Porra, ela tá tentando mesmo, caralho. E eu… eu tô cedendo, mas não sou um coitado. Eu amo essa mulher, e ela tá me provando que me ama também.”

A amizade com o Vitor não voltou, e eu não corria atrás. Ele tava na dele com a Jéssica, planejando o casamento, e eu tava aqui, focado na Ana e na Sofia. Os casais tinham se dividido, cada um lutando pelo seu amor, e eu tava bem com isso. A Ana me reconquistou, porra, com esforço, tesão e um amor que eu não podia mais negar.

Três meses depois do nascimento da Sofia, nossa casa tava cheia de vida, algo que eu nunca pensei que ia sentir de novo depois de toda aquela merda que a gente enfrentou. O sol entrava pela janela da sala, iluminando o berço que eu montei com suor e xingamentos, e a Ana tava ali, ninando a Sofia com uma música suave, os olhos dela brilhando com um amor que me acertava o peito. Ela tinha mudado, porra, mudado demais. A Ana cheia de dúvidas e culpa tinha virado uma mulher segura, calma, com o amor por mim e pela nossa filha tão firme que eu quase podia tocar.

Eu tava na cozinha, mexendo o café com uma colher barulhenta, e olhava pra ela de canto, o coração quente de uma alegria que eu tinha esquecido como era. A Sofia nasceu há três meses, numa noite que ficou marcada na minha alma. O parto foi tenso pra caralho, quase 12 horas de Ana apertando minha mão e eu tentando não surtar, mas quando o choro dela ecoou no quarto, porra, tudo fez sentido. A Ana tava acabada, o cabelo grudado na testa, mas quando ela pegou a Sofia e me deu aquele sorriso fraco, eu soube que a gente tinha atravessado o inferno e saído do outro lado.

O nascimento da Sofia foi mais que um marco pra gente, foi uma porrada que juntou tudo que tava quebrado. O Vitor e a Jéssica tavam no hospital, esperando na sala com cara de quem tomou café frio o dia todo. Os pais da Ana, dona Clara e seu Jorge, que não falavam com ela desde uma briga feia anos atrás, apareceram com flores e um ursinho que a dona Clara segurava como se fosse um tesouro. Eu tava no quarto, ao lado da Ana, quando eles entraram, e o ar ficou pesado. Ela olhou pro pai, depois pra mãe, os olhos úmidos, mas antes que eu abrisse a boca, dona Clara correu pro berço e desabou em lágrimas.

Dona Clara:

“Ai, minha Nossa Senhora, que netinha perfeita! Ana, minha filha, eu senti tanto tua falta, menina.”

A Ana ficou parada, a Sofia no colo, e então esticou a mão pra mãe, a voz baixa e cheia de sentimento, como quem escolhe cada palavra com o coração.

Ana:

“Mãe, eu também senti saudade. Vamos deixar o passado pra lá, tá? Minha filha precisa de vocês na vida dela.”

Seu Jorge, sempre sério, deu um passo à frente, ajeitando o chapéu nas mãos com um pigarro que parecia segurar um choro.

Seu Jorge:

“Eu falhei contigo, Ana, minha pequena. Me perdoa esse velho teimoso. Essa menininha é nossa bênção pra recomeçar.”

A Ana respirou fundo, os olhos brilhando, e assentiu, puxando os dois pra um abraço meio desengonçado com a Sofia no meio. Foi foda, mano, ver aquele peso se dissolver ali, com nossa filha juntando os cacos. Mas ainda tinha mais. O Vitor e a Jéssica entraram logo depois, ela com uma sacola de fraldas e ele segurando um balão brega escrito “É uma menina!”. A Jéssica foi direto pro berço, o sorriso malandro de quem tá tramando algo.

Jéssica:

“Nossa, Ana, que bebezinho lindo, hein! Parabéns, gata, tu arrasou! Olha, eu sei que a gente já se estranhou, mas que tal enterrar o machado e virar as parceiras da Sofia?”

A Ana riu baixo, aquele riso suave que carregava um monte de coisa, e respondeu, o tom calmo mas verdadeiro.

Ana:

“Eu aceito, Jéssica. A Sofia mudou tudo pra mim, e eu quero paz entre a gente. Vamos cuidar dela juntas?”

As duas se abraçaram, meio sem jeito mas com vontade, e eu senti o ar ficar mais leve. O Vitor veio até mim, esticando a mão com aquele jeito zoeiro dele.

Vitor:

“E aí, Carlos, mano, a gente já foi unha e carne, né? Vamos deixar essa briga idiota pra trás? Parabéns pela pequena, tá foda!”

Eu hesitei, lembrando dos socos e da raiva, mas apertei a mão dele, puxando ele pra um tapa nas costas.

Carlos:

“Tá certo, Vitor, porra. A Sofia merece uns tios decentes, caralho. Parabéns pelo noivado também, seu maluco.”

Foi rápido, mas foda. A Sofia tinha feito isso, juntado o que tava separado, e eu tava grato pra caralho por ela.

Agora, três meses depois, a vida com a Ana tava leve, cheia de risadas e um amor que eu sentia em cada canto da casa. A gente zoava um ao outro o dia todo, como amigos que se conhecem de cabo a rabo. Uma manhã, eu tava trocando a fralda da Sofia — um trampo que eu aprendi na marra — e a Ana apareceu na porta, rindo baixo com aquele jeito dela que me desarmava.

Ana:

“Olha só, Carlos, tu tá ficando um paizão de primeira. Quem diria que meu amor ia virar especialista em fralda?”

Eu ri, jogando a fralda suja na lixeira com um giro de braço exagerado.

Carlos:

“Especialista, é? Porra, Ana, eu sou o Rambo das fraldas, caralho, enfrento essas merdas como homem!”

Ela deu uma gargalhada suave, vindo até mim pra me dar um beijo leve, a Sofia rindo no trocador como se tivesse pego a piada. Era assim agora, a gente brincando, se curtindo, com uma amizade que tinha renascido mais forte. O baque do passado tava enterrado, e a Ana era uma mulher nova — calma, segura, com um amor por mim que brilhava nos olhos dela.

À noite, depois de botar a Sofia pra dormir, a gente desabava no sofá, cansados mas felizes. O pós-parto ainda barrava o sexo completo, mas a Ana mantinha o fogo aceso. Numa dessas noites, ela se aconchegou no meu colo, o pijama frouxo mostrando os peitos cheios, e me deu um olhar safado mas doce.

Ana:

“Carlos, eu sei que ainda não dá pra ir até o fim, mas eu quero te mimar um pouco. Tu merece, meu amor.”

Eu ri, o pau já animado só com a voz dela, e puxei ela mais pra perto, as mãos na cintura dela.

Carlos:

“É, é? Porra, Ana, então capricha, caralho, que eu tô na seca aqui!”

Ela riu baixo, aquele som que me aquecia, e desceu pro chão, os olhos brilhando enquanto abria minha calça devagar. Pegou meu pau com cuidado, esfregando com um carinho que misturava tesão e amor, e chupou devagar, a língua dançando na cabeça enquanto me olhava com um desejo quieto. Eu gemi alto, segurando o cabelo dela enquanto ela mamava com calma, o som molhado enchendo a sala.

Carlos:

“Caralho, Ana, tu me mata assim, porra! Vai fundo, meu amor, eu amo essa tua boca!”

Ela sorriu com o pau na boca, acelerando um pouco, e eu gozei forte, ela engolindo tudo com um olhar satisfeito, limpando os lábios com a língua antes de subir pra me beijar, o gosto salgado no beijo dela.

Ana:

“Viu, meu coração? Eu te amo tanto, tu é minha vida inteira.”

Eu puxei ela pro meu colo, rindo enquanto beijava o pescoço dela.

Carlos:

“Eu te amo mais, Ana, porra. Tu e a Sofia são meu mundo, caralho.”

Era assim, a gente se curtindo com tesão, amizade e um amor que tinha voltado com tudo. Mas ainda tinha mais. Uma tarde, os pais da Ana vieram visitar, dona Clara com um bolo caseiro e seu Jorge com uma sacola de brinquedos pra Sofia. A gente tava na sala, rindo enquanto a Sofia brincava no colo do avô, e eu troquei um olhar com a Ana. Ela sorriu, e eu levantei, batendo na mesa pra chamar atenção.

Carlos:

“Pessoal, presta atenção, porra! Eu e a Ana temos novidade, caralho. Vamos casar, tá decidido. A Sofia mudou tudo, e eu quero essa mulher como minha esposa pra sempre.”

A Ana segurou minha mão, os olhos úmidos, e falou com aquela voz calma e cheia de sentimento.

Ana:

“É isso, gente. Eu amo o Carlos com tudo que eu sou, e a Sofia me mostrou o que é família de verdade. Vamos oficializar isso.”

Dona Clara levou as mãos ao peito, os olhos cheios d’água.

Dona Clara:

“Meu Deus do céu, que alegria, Ana! Tu merece isso, minha filha!”

Seu Jorge me deu um tapa no ombro, rindo rouco.

Seu Jorge:

“Tu é um homem bom, Carlos. Parabéns, rapaz, que Deus abençoe vocês.”

O Vitor e a Jéssica tavam aparecendo mais em casa, a amizade voltando devagar. Uma noite, eles chegaram com cerveja e pizza, a Jéssica pulando pro chão pra brincar com a Sofia.

Jéssica:

“Olha só, Sofia, tua tia Jéssica trouxe pizza, hein! Vamos bagunçar essa casa, pequena!”

O Vitor me puxou pro canto, rindo com aquele jeito dele.

Vitor:

“E aí, Carlos, a gente tá de boa de novo, né? A Sofia é um estouro, mano, consertou tudo!”

Eu ri, dando um soco leve no ombro dele.

Carlos:

“Tá de boa, Vitor, porra. Ela é foda mesmo, caralho. Bora ser parceiros de novo, sem treta.”

A Jéssica e a Ana tavam rindo na sala, a Jéssica zoando a Sofia enquanto a Ana contava uma história calma, e eu senti que tava tudo no lugar. A Sofia tinha unido o que tava separado, e o amor entre mim e a Ana, nossas famílias e amigos, tava mais forte que nunca.

Ponto de Vista do Carlos

Era uma noite quente, a Sofia já dormindo no berço, e eu tava na varanda da nossa casa tomando uma cerveja gelada, o vento batendo leve enquanto eu olhava pro céu. O Vitor apareceu do nada, trazendo uma caixa de cerveja e aquele sorriso zoeiro que eu conhecia desde sempre. Ele se jogou na cadeira do meu lado, abriu uma lata com um estalo e me entregou outra, o olhar dele mais sério que o normal.

Vitor:

“E aí, Carlos, mano, tá tudo de boa agora, né? Mas olha só, pra gente não repetir as merdas do passado, eu acho que a gente precisa botar os pingos nos is. Conversar sério sobre tudo que rolou, sabe?”

Eu parei com a lata na boca, o gosto amargo da cerveja descendo enquanto eu encarava ele. O Vitor tava certo, porra. A gente tinha voltado a se falar, mas ainda tinha um monte de coisa não dita, uma nuvem que pairava desde a briga, os socos e toda aquela confusão com a Ana e a Jéssica.

Carlos:

“Porra, Vitor, tu tá certo, caralho. A gente varreu muita merda pra debaixo do tapete, né? Tá, mano, eu topo conversar. Quando tu quer fazer essa parada?”

Ele riu baixo, coçando a nuca com aquele jeito descontraído dele, mas os olhos tavam firmes.

Vitor:

“Fechou, seu bruto! Que tal amanhã, mano? A gente pega uma cerveja e desenrola essa treta de vez, tá foda.”

Eu assenti, batendo a lata na dele, o som ecoando na varanda.

Carlos:

“Então tá, porra, amanhã a gente resolve essa merda, caralho. Sem fugir dessa vez.”

A gente ficou ali, rindo de leve, mas eu sabia que a conversa ia ser pesada. Tinha muito pra botar pra fora, e eu tava pronto pra encarar.

Ponto de Vista da Ana

Eu tava na sala, sentada no sofá com a Sofia dormindo no carrinho do lado, o cheiro de café fresco enchendo o ar enquanto a Jéssica e minha mãe, dona Clara, mexiam nas xícaras na mesinha. A Jéssica tava contando uma história qualquer, gesticulando com aquele jeito exagerado dela, e eu ria baixo, sentindo uma paz que eu não trocava por nada. Aí eu soltei, num tom calmo mas com um sorriso no rosto.

Ana:

“Sabe, Jéssica, eu acho que logo vou engravidar de novo. O Carlos e eu já combinamos de dar um irmãozinho pra Sofia. Meu coração tá pronto pra mais um pedacinho dele.”

A Jéssica parou no meio da frase, os olhos arregalados, e deu um gritinho brincalhão, batendo na minha perna.

Jéssica:

“Nossa, Ana, tu é uma máquina, hein, gata! Já quer outro? Caraca, tu e o Carlos não param, né? Dá um tempo pra respirar, mulher!”

Eu ri, aquele riso suave que saía fácil agora, e balancei a cabeça.

Ana:

“É o amor, Jéssica. Ele me faz querer uma casa cheia, sabe? Cada pedacinho dele com a Sofia me deixa mais viva.”

Minha mãe, dona Clara, que tava ouvindo tudo quietinha, limpou as mãos no avental e olhou pra Jéssica com aquele tom curioso dela.

Dona Clara:

“E tu, Jéssica, quando vai querer um filho teu? Já tá na hora de encher essa casa do Vitor com uns pequeninos, não acha?”

A Jéssica riu alto, jogando o cabelo pra trás com um gesto teatral, o tom provocador de sempre.

Jéssica:

“Dona Clara, olha, eu e o Vitor passamos por uns altos e baixos, sabe? Por isso o casamento demorou, mas agora a gente tá firme, hein! Vamos casar logo, mas filho? Isso aí é bem mais pra frente, deixa eu curtir meu homem um pouco antes de virar mamãe! Quando eu tiver um, a Ana já vai tá com cinco, aposto!”

Eu caí na gargalhada, imaginando a cena, e dona Clara ficou olhando pra gente, confusa mas sorrindo.

Dona Clara:

“Cinco, Ana? Meu Deus do céu, tu quer me matar do coração, menina? Mas me digam uma coisa, já que vocês tão tão animadas com esses casamentos… por que não fazem um casamento duplo, hein? Tu e o Carlos, a Jéssica e o Vitor, tudo junto!”

Eu olhei pra Jéssica, os olhos dela já brilhando com a ideia, e a gente abriu um sorriso ao mesmo tempo, como se tivesse lido a mente uma da outra.

Ana:

“Mãe, isso é genial! Jéssica, o que acha? Um dia pra nós duas, lado a lado?”

Jéssica:

“Caraca, Ana, eu amei, gata! Imagina a gente casando juntas, hein? Vai ser uma festa doida, tu e teu bruto, eu e meu zoeiro, tudo misturado! Bora?”

Eu ri, segurando a mão dela, o coração leve com a ideia.

Ana:

“Bora, sim! Vai ser perfeito, né? A Sofia vai amar ver as mães dela brilhando juntas.”

Dona Clara bateu palmas, os olhos cheios d’água de emoção.

Dona Clara:

“Ai, que bênção, minhas filhas! Um casamento duplo, meu Deus, vou chorar tudo nesse dia!”

A Jéssica piscou pra mim, ainda rindo, e a conversa seguiu animada até que minha mãe perguntou, mudando de tom.

Dona Clara:

“E me digam, por que vocês duas tavam brigadas antes? Eu nunca entendi essa história.”

A Jéssica e eu trocamos um olhar rápido, os olhos dela brilhando com malícia, e eu já sabia que vinha zoeira. Ela se inclinou pro meu lado, cochichando alto o suficiente pra eu ouvir, mas não minha mãe.

Jéssica:

“Posso contar pra tua mãe que tu se apaixonou pela minha bucetinha, hein, Ana?”

Eu mordi o lábio pra não rir alto, sentindo o rosto esquentar, e cochichei de volta, o tom leve mas cheio de cumplicidade.

Ana:

“Só se tu contar que quase perdeu o Vitor pro macho do trabalho dele, sua safada!”

A gente explodiu em risadas, caindo uma na outra enquanto dona Clara ficava lá, franzindo a testa, sem entender nada.

Dona Clara:

“O que vocês tão cochichando aí, hein? Que segredinhos são esses, minhas filhas?”

A Jéssica limpou uma lágrima de tanto rir, ainda zoando.

Jéssica:

“Nada, dona Clara, só umas bobagens de amigas, né, Ana? Segredo nosso!”

Eu assenti, rindo baixo, e puxei a mão da minha mãe com carinho.

Ana:

“É só zoeira, mãe. A gente tá bem agora, e isso é o que importa. A Sofia nos juntou, e eu não troco essa amizade por nada.”

Dona Clara balançou a cabeça, ainda perdida, mas sorriu, dando um tapinha na minha mão.

Dona Clara:

“Tá bem, então, suas doidas. Que Deus abençoe vocês duas, esses planos malucos e esse casamento duplo!”

A Jéssica piscou pra mim de novo, e eu senti que a vida tava perfeita, com risadas, amor e um futuro foda pela frente.

Continua !!!


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