Cara, Cadê o Meu Bic - Parte 2

Um conto erótico de Raskcs
Categoria: Heterossexual
Contém 1917 palavras
Data: 06/03/2025 16:24:10

Toda sexta-feira, eu voltava do trabalho bebendo um Duelo de pêssego já no ônibus. Gostava de chegar no rolê já alcoolizado. Descia um ponto antes da praça e vinha bebendo pelo centro da cidade, observando a paisagem, olhando as pessoas. Eu sempre reparava nelas. Engraçado que era raro alguém reparar em mim.

Quando chegava à praça, sempre procurava por Ryan, meu melhor amigo. Ele era igual a mim, curtia a vida como se não houvesse amanhã, gostava de um baseado e de drogas mais pesadas. O álcool circulando no seu sangue era rotina.

Ryan havia presenciado tudo o que tinha acontecido entre mim e Camila na semana anterior. Não chegamos a conversar durante a semana, e eu sabia que ele iria tocar no assunto após alguns goles. Eu estava na expectativa de vê-la novamente.

— A Camila falou que vai vir aqui hoje só para te ver — disse Ryan, com seu jeito afeminado. Corpo magro, shorts curto, escandaloso e autêntico. Gostava de sua originalidade.

— Também tô a fim de ver ela. Ela comentou alguma coisa sobre semana passada?

Eu estava gamado na Camila, mas, naquela época, era apenas um garoto. Não queria demonstrar meu sentimento, mas sentia saudade dos seus beijos, do seu toque, de conversar com ela.

— Claro que comentou! E tem como esquecer aquela noite? — Ryan disse, sorrindo enquanto arrumava os cabelos.

A noite em que saímos juntos. A noite em que eu e Camila ficamos juntos pela primeira vez. Eu só queria que ela devolvesse meu isqueiro, mas o que se seguiu ninguém podia imaginar.

Enquanto eu pensava no beijo e no toque daquela menina incrível, ela apareceu na praça. Seus cabelos estavam mais curtos e tingidos de ruivo.

Camila se aproximou com aquele sorriso maroto, do tipo que faz o coração acelerar sem avisar. O cabelo ruivo recém-pintado realçava ainda mais seus olhos castanhos claros, e o vestido justo deixava evidente o corpo lindo que ela carregava com naturalidade. Pernas torneadas e grossas, cintura redondinha com suas gordurinhas grudadas no vestido, curvas no lugar certo. Ela sabia que chamava atenção e, pelo jeito como andava, sabia usá-la a seu favor.

— E aí, sumido — ela disse, parando à minha frente e mordendo de leve o lábio inferior. As mãos na cintura, ela estava usando um salto branco, os dedinhos dos pés para fora, apertados, avermelhados.

Fiquei sem reação por um segundo. Era impossível não reparar na forma como ela me olhava, aquele brilho de desafio misturado com algo mais. Desejo, talvez.

— Achei que tinha esquecido de mim — respondi, tentando parecer tranquilo.

— Esquecer? — Ela riu, inclinando a cabeça de lado. — Depois da última sexta? Nem se eu quisesse.

Ryan deu uma risada exagerada, batendo no meu ombro.

— Eu disse que ela vinha só por tua causa, meu bem! E agora, o que vamos fazer?

Camila se aproximou mais um pouco, tão perto que senti o perfume adocicado misturado com o cheiro suave de cigarro.

— Quero um doce. Vamos buscar?

Sabia exatamente o que ela queria dizer. Um "doce" era como chamávamos o MD que costumávamos pegar às sextas. Mas o problema era onde buscar. O melhor contato ficava na favela do outro lado da cidade, um lugar onde não podíamos vacilar nem por um segundo.

— Lá no Rato? — perguntei, olhando para Ryan.

Ele confirmou com um olhar e um sorriso de canto. Sempre animado, bateu palmas.

— Ai, amo uma adrenalina! Vamos antes que fique tarde.

Pegamos um ônibus para a zona norte, descendo perto de uma rua cheia de bares e vielas apertadas. O cheiro de maconha no ar, as pessoas encostadas nos becos, os olhares atentos— tudo ali gritava perigo. Mas a gente já conhecia o caminho.

Camila andava ao meu lado, e, em certo momento, segurou minha mão.

— Não solta — ela sussurrou. — Esse lugar me dá arrepios.

Não soltei. Na verdade, apertei de leve, sentindo o calor da palma dela contra a minha. Mesmo em meio à tensão, meu corpo reagia ao dela, à proximidade, ao jeito como seu vestido subia levemente conforme andava. Me lembrava daquela noite o modo que ela sentou em minha rola e fazia ela penetrá-la em toda a sua extensão.

Chegamos ao ponto de encontro: uma casa velha de portão enferrujado. Ryan bateu a sequência certa e, segundos depois, um cara grandalhão abriu a porta, nos analisando de cima a baixo antes de deixar a gente entrar.

Lá dentro, o cheiro forte de cigarro e suor dominava o ambiente. Um sofá rasgado, uma mesa cheia de carreiras de pó, uma música abafada tocando no fundo. O Rato apareceu, um sorriso amarelo e uma pistola enfiada na cintura.

— E aí, tão com dinheiro?

Camila me olhou e sorriu, aquele sorriso de quem adorava se arriscar.

O Rato se encostou na mesa, olhando para a gente com um sorrisinho malicioso. O cara era grande, ombros largos, pele escura e brilhante sob a luz fraca do cômodo. Seu olhar parou em Camila, escaneando cada centímetro do corpo dela.

— E aí, ruivinha… Nunca te vi por aqui. Tá perdida?

Camila, do jeito dela, só sorriu, sem responder. Mas eu vi quando ela desviou o olhar, desconfortável. O Rato notou isso e se aproveitou, avançando um pouco mais, lambendo os lábios.

— Qual foi, princesa? Fica tímida não… Se quiser um agrado, posso te dar algo mais forte, só falar comigo.

Meu sangue ferveu. Camila era desenrolada, sabia lidar com caras assim, mas aquele ali não era um idiota qualquer na balada. Era um traficante, armado, e a gente tava no território dele.

Ryan percebeu a tensão e ficou quieto, o que era raro.

O Rato riu baixo e levantou a mão, como se fosse tocar o braço de Camila. Antes que pudesse encostar nela, avancei um passo à frente, colocando meu corpo entre os dois.

— Ela não tá interessada. A gente veio pelo MD.

A tensão cresceu no ar. O Rato parou, me encarou por um tempo que pareceu longo demais. Eu não podia demonstrar medo. Ele analisou meu rosto, minha postura, e então riu, balançando a cabeça.

— Relaxa, moleque. Só tô trocando uma ideia.

Ryan respirou fundo, aliviado. Camila, atrás de mim, me segurou pela camisa, como se me puxasse de volta.

O Rato pegou um pacotinho na mesa, jogando em nossa direção.

— Tá aqui o doce de vocês. Mas vê se mantém a ruivinha por perto… Doce desse não aparece todo dia.

Fiz força para não reagir. Peguei o pacote, enfiei no bolso e puxei Camila pela mão.

— Vamos nessa.

Saímos rápido, a tensão no ar, o medo de alguém nos seguir. Quando já estávamos longe da casa, Ryan soltou um suspiro dramático.

— Ai, meu amor, que tensão! Você quase comprou briga com um traficante armado!

Olhei para Camila, que me observava de um jeito diferente. Um olhar mais intenso.

— Valeu por isso — ela disse, mordendo o lábio.

Ela parou, segurou minha camisa e me puxou para um beijo. Foda-se o lugar, foda-se tudo. Naquele momento, só existia ela.

Camila me beijou com intensidade, como se aquele momento fosse só nosso, como se o perigo que tínhamos acabado de passar só tivesse servido para aumentar a tensão entre nós. Sua língua explorava a minha com vontade, e o jeito como segurava minha camisa mostrava que ela queria mais.

— Gente… vocês vão se pegar aqui mesmo, na rua? — Ryan interrompeu, rindo e acendendo um cigarro. — Se for assim, me avisa pra eu desviar o olhar!

Camila se afastou um pouco, mordendo o lábio. Seus olhos brilhavam de excitação.

— Vamos pra um lugar mais reservado, então — ela sugeriu, passando os dedos pelos meus ombros.

— Motel? — Ryan perguntou, já animado.

Eu olhei para ela, esperando a resposta. Camila sorriu de lado.

— Motel.

Pegamos um táxi até um dos motéis baratos da cidade, aqueles com letreiros em neon piscando e nomes duvidosos como “Paraíso do Amor”. Não era o lugar mais chique do mundo, mas, para o que a gente queria, servia bem.

O quarto tinha uma luz vermelha meio brega e um espelho no teto, além de uma cama grande e lençóis duvidosos. Mas ninguém ali parecia se importar. Ryan jogou a jaqueta em um canto e pulou na cama, rindo.

— Pronto, agora podemos relaxar, beber e… quem sabe o que mais?

Camila tirou o pacotinho do bolso da jaqueta e balançou no ar.

— Hora do doce?

Eu me encostei na parede, observando ela abrir o pacote e dividir o conteúdo. Ryan pegou o dele e colocou na língua sem hesitar.

— Ah, eu amo a sexta-feira!

Camila olhou para mim, segurando um dos comprimidos entre os dedos.

— Confia em mim?

Aquela pergunta me pegou desprevenido. Eu confiava nela? Talvez não de maneira racional, mas meu corpo já tinha respondido por mim antes que eu pudesse pensar. Peguei o doce e coloquei na boca.

Os minutos passaram, e o efeito começou a bater. A luz vermelha do quarto parecia mais intensa, as cores mais vivas, os sons mais profundos. Camila se aproximou de mim devagar, os dedos deslizando pelo meu braço.

— Tá sentindo?

Eu assenti, sentindo cada toque dela com uma intensidade absurda.

Ryan, sentado na cama, riu.

— Ai, ai, acho que a noite vai ser longa…

Camila segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou de novo, mais devagar, mais profundo. Meu corpo inteiro reagia ao dela, ao calor, ao cheiro, à energia que nos envolvia.

"Então toda Sexta-feira vai ser assim?" O pensamento rolava na minha cabeça enquanto beijava a boca de Camila, estava com saudade do sabor do seu beijo, de tocar em seu corpo gostoso, Ryan observava tudo, dessa vez no canto da cama enquanto nós dois nos beijávamos do seu lado, o efeito do MD cada vez mais forte na minha mente.

Camila não titubeou, em poucos segundos ela já estava com a mão na minha pica, ela parecia faminta, o beijo continuava e ela batia uma punheta gostosa pra mim.

"Saudade do seu pauzão" ela disse olhando nos meus olhos, Ryan sorria baixinho no canto também olhando para minha rola com o mesmo olhar faminto de Camila.

Ele tirou a rola dele para fora, era enorme, maior que a minha porém mais fina e pontuda, Camila olhou babando para a sua pica, mesmo Ryan sendo Gay ele segurou a mão de sua amiga e a guiou até a sua rola fazendo a bater uma para ele também, ela ficou ali batendo para os dois, revesando os beijos na boca. Eu fiquei com um pouco de ciúmes, mas queria curtir a brisa do MD e me joguei nessa aventura.

Camila sentou na minha rola com a mesma vontade que havia sentado na sexta-feira anterior, com a mesma intensidade e agora Ryan participava ativamente do nosso lance, enquanto Camila sentava na minha pica, Ryan deu a sua rola para ela chupar, ele ficou em pé na sua frente, Camila a segurou com força e obedeceu sem pestanejar.

Mais uma noite em que eu, Camila e Ryan nos reuníamos e acontecia muita putaria, gozamos em Camila de muitas formas nessa noite, Ryan não chegou a meter em Camila, mas aproveitou de uma maneira bem melhor que na semana anterior, Camila deitou entre os dois e teve uma noite tranquila.

No mesmo dia quando fomos para casa Camila me mandou uma mensagem.

"Eu queria repetir essas sextas-feiras para o resto da minha vida"

Ela me ganhou com essa mensagem, fiquei feliz só queria acender um baseado e curtir a linda manhã que tive após receber essa mensagem, mas quando fui procurar meu esqueiro me veio o pensamento.

Cara, cadê o meu Bic????


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