ENTRE CAMINHOS E SEGREDOS [95] ~ UMA NOVA CHANCE!

Um conto erótico de Rafael
Categoria: Gay
Contém 3069 palavras
Data: 17/02/2025 09:17:43

Era dezembro de 2019, e como em todos os anos, minha cidade estava em festa. A micareta era tradição, e eu, como sempre, iria aproveitar os quatro dias ao máximo.

Eu estava animado—afinal, eu amava essa festa. Amava o trio elétrico, a energia do povo, e, claro, minha cantora de axé favorita, que fazia questão de marcar presença todo ano.

Os primeiros dias foram intensos, mas sem grandes surpresas. Muita música, muita bebida e muito beijo na boca. Eu já era um rosto conhecido por ali. Ao longo do ano, participei de outras micaretas pelo Brasil e fiz amizade com gente de todo canto, mas não vem ao caso entrar nesses detalhes agora.

O que realmente importa aconteceu no último dia da festa.

O bloco já estava chegando ao fim quando meus olhos cruzaram com Lucas. Ele vestia o abadá do camarote e estava cercado por alguns amigos. A essa altura, eu já tinha bebido bastante, mas estava longe de estar inconsciente. Sem pensar muito, me aproximei.

— Oi, Lucas, tudo bem? — falei, puxando ele para um abraço.

Ele retribuiu com um sorriso discreto, como quem não esperava me ver ali.

— Oi, Rafa. Tudo ótimo! Como foi o bloco, tava bom?

— Tava ótimo! Nem te vi por lá!

— Fiquei no camarote. — Ele então apontou para os amigos ao lado. — Esses são Lucas e Luke.

Ele então me apresentou seus amigos. Eram um casal. No mesmo instante, senti que já conhecia um deles. Lucas... Onde eu já tinha ouvido esse nome antes?

Foi quando me lembrei—o dia do açaí com o Carlos. Ele tinha mencionado um ex chamado Lucas, e ali estava ele, na minha frente.

Por um breve momento, fiquei me perguntando: será que o Lucas era "marmita" deles? Ou eram apenas amigos? A dúvida passou pela minha cabeça, mas logo deixei isso para lá. Ficamos conversando por mais alguns minutos antes de me despedir e voltar para onde meus amigos estavam.

E, pela primeira vez, ao vê-lo, senti algo diferente. Algo leve.

Não senti ciúmes.

Meu coração não disparou.

Será que, enfim, eu tinha esquecido o Lucas?

Ou será que algo dentro de mim ainda estava adormecido?

Enquanto lanchava com meus amigos, peguei o celular e vi uma mensagem dele:

— Vai pra onde depois daqui?

— Vou pra casa! Por quê?

— Foi bom te ver. Você tá mais lindo do que nunca.

Sorri de leve antes de responder:

— Obrigado! Foi bom te ver também. Você tá muito bonito!

Pausa. E então, sem rodeios, eu perguntei:

— Você tá junto com aquele casal?

— Não, não. São só meus amigos. Já fiquei com o Lucas, mas não rola nada entre a gente... — Ele digitou mais um pouco antes de completar: — Queria te beijar!

Meu coração deu um pequeno salto. Talvez não estivesse tão adormecido assim.

— Entendi. Bom... Se você quiser, podemos ir para o meu apartamento.

Esperei alguns segundos antes de acrescentar:

— Tem um amigo hospedado lá, mas ele vai pra um hotel com um carinha que conheceu. Então... Estou ‘só’.

Pronto. Lá estava eu, prestes a cair em uma armadilha… ou seria apenas algo passageiro? Bom, decidi que não ia pensar nisso. Apenas viver o momento.

Afinal, o Lucas era meu ex. Eu amava os beijos dele.

Amava transar com ele.

Então, por que não?

Respondi dizendo que estava no Pitts, uma lanchonete perto da micareta. Ele logo respondeu:

— Tô chegando.

Não demorou muito e outra mensagem apareceu na tela:

— Já tô aqui fora.

Paguei minha conta, me despedi dos meus amigos e saí. Assim que cheguei lá fora, ele estava me esperando, encostado em um carro, o olhar carregado de intenções.

Chamou um Uber. Entramos.

Durante o trajeto, nossos dedos se tocaram discretamente. Primeiro de forma tímida, depois com mais certeza. Eu deslizava os dedos sobre a palma da mão dele, e ele correspondia com leves apertos. Enquanto conversava casualmente com o motorista, sua outra mão permanecia firme sobre a minha perna. A viagem seguiu, e quando finalmente chegamos ao meu apartamento, mal fechei a porta e ele já me puxou para um beijo.

E sim, devo admitir: naquele instante, o mundo parou.

O beijo dele era como eu lembrava. Ou melhor, ainda melhor.

A pegada dele era intensa, forte, do jeito que me desarmava completamente.

Eu estava sedento.

Eu estava faminto.

Eu queria o Lucas.

E naquela madrugada, até quase sete da manhã, nós simplesmente não paramos. Transamos de todas as formas. Foi diferente. Foi intenso. Foi surreal.

Nem nos tempos em que estávamos juntos tínhamos transado daquela forma. Era como se cada toque, cada movimento, fosse uma forma de matar a saudade… e de colocar tudo em dia. Adormecemos exaustos , quando acordei, já passava das 14h.

O lado dele na cama estava vazio. Ele tinha ido embora.

Sobre o criado mudo tinha uma cartinha:

*"Rafa, tive que ir embora. Tenho algumas coisas para resolver. Pensei em te acordar, mas você estava dormindo tão profundamente... e estava tão lindo, que preferi deixar você descansar.

Preparei um café pra você, tá na mesa. Espero que goste.

Quando acordar, me manda mensagem.

Ah, tem remédio pra ressaca no banheiro. Toma, vai te fazer bem.

Um beijo,

Lucas."*

Segurei o papel por alguns segundos.

E foi ali, naquele silêncio pós-noite insana, que percebi...

Achei completamente fofo a maneira como ele escreveu.

Era só um bilhete. Ele podia muito bem ter mandado uma mensagem no celular.

Mas não. Ele escolheu deixar uma cartinha. E isso... isso me fez sentir especial. Sorri, sem perceber. Era diferente, mas ao mesmo tempo, não respondi, não sabia quais eram as intenções dele, e para ser sincero, nem mesmo sabia quais eram as minhas. Havia sido bom. Muito bom, mas para mim, aquilo não podia passar dali. Preferi deixar pra lá.

Fui para a cozinha preparar algo para comer. Belisquei umas besteirinhas enquanto colocava o café para esquentar.

Logo depois, meu amigo, que ainda estava hospedado lá, chegou. Ficamos conversando e colocando o papo em dia sobre como tinha sido nossa noite.

A vida seguiu.

Já era noite quando fui para a casa do meu pai. Foi então que meu celular vibrou.

Lucas.

"Tá vivo? Tá tudo bem?"

Olhei para a tela por um instante antes de responder:

"Oi, Lucas. Tô sim, só com um pouquinho de ressaca, mas tomei o remédio que você deixou. Rss. Acho que amanhã estou 100%."

Ele respondeu rápido.

"Por que não me mandou mensagem quando acordou? Ficou com raiva de algo?"

Respirei fundo. Não queria ser grosso, mas também não queria alimentar algo que eu não sabia onde ia dar.

Então, fui sincero:

"Não, não. Não me arrependo, Lucas. Mas sei lá... pra mim, foi só uma ficada de micareta, pra encerrar com chave de ouro. Acho que já passamos, e eu passei, por muita coisa. Então, preferi ficar mais na minha."

Dessa vez, ele demorou um pouco para responder.

Quando a mensagem chegou, era curta.

"Tudo bem!"

Pela primeira vez, me senti forte , me senti decidido, se fosse em outros tempos, eu estaria caidinho e correndo atrás do Lucas, mas dessa vez, não, e não foi por pirraça nem foi para me vingar, simplesmente aconteceu de forma natural. Eu finalmente havia me curado do Lucas, E talvez isso tenha ferido o ego dele, porque, de certa forma, ele sempre me teve na palma da mão, e eu não queria mais isso.

Durante o mês de dezembro, antes de ir para a fazenda, acabei encontrando Lucas na balada. A gente ficou, Mas foi só um beijo, nada além disso, da minha parte, era apenas um impulso, uma vontade de usar o Lucas, não havia raiva entre a gente, então, quando nos encontrávamos, simplesmente acontecia, depois, fui passar o Natal na fazenda.

Trocamos algumas mensagens, ele me desejou Feliz Natal, fez chamada de vídeo para ver Bruninho, e nosso papo acabou seguindo um tom mais leve. Algo próximo de uma amizade, talvez. O Ano Novo eu passaria em Pipa, com meus amigos da faculdade.

Lucas também ia.

Combinamos de nos encontrar por lá, só para nos vermos rapidamente e darmos um abraço. Eu ia para uma festa famosa, e ele ficaria pela praia com alguns amigos.

Nossos caminhos não se cruzariam o tempo todo. No final da tarde do dia 31, peguei meu carro e fui até o hotel onde Lucas estava.

Eu queria vê-lo antes da festa, ele entrou no carro e seguimos para o Chapadão de Pipa.

Ali, estacionados, ficamos conversando, ele contou como tinham sido seus dias por lá.

Eu falei das festas, das pessoas… E de repente, senti aquela coisa leve entre nós de novo.

Me teletransportei para anos atrás, para aqueles tempos em que passávamos horas no carro, conversando...

— Tava lembrando aqui... No começo, quando a gente passava horas conversando. Quem diria que ia dar no que deu, hein? — falei com um sorriso.

— Eu também lembrei disso esses dias. A gente sempre teve muito papo, né?

— Sim. E não tinha nenhuma intenção por trás... Era só o prazer de conversar. Pelo menos da minha parte!

— Da minha já nem tanto — ele admitiu, rindo de leve. — Meu coração bateu um pouquinho mais rápido desde que te conheci, mas eu não pensava em você o tempo todo. Foi algo que aconteceu aos poucos. Quando percebi, já estava completamente apaixonado. Sentia ciúmes de você e do Bernardo, e meio que entrei em negação. Minha sorte foi o Arthur, que me ajudou a entender esses sentimentos.

Fiquei em silêncio por um momento, e nossos olhares se encontraram. Então, nos beijamos. Um beijo apaixonado e calmo. Não sei explicar, mas minha intuição dizia que agora tudo seria diferente. Que talvez, dessa vez, nós estivéssemos na mesma sintonia.

Era isso que eu queria acreditar. O Lucas sempre foi especial, mas agora parecia que estávamos finalmente no mesmo ritmo, andando lado a lado. Ainda assim, eu não queria me precipitar. Resolvi deixar acontecer. E foi o que aconteceu.

Ficamos juntos até dar minha hora. Eu poderia ter largado a festa para ficar com ele, mas não queria deixar meus amigos de lado. Da mesma forma, também não queria que o Lucas fizesse isso pelos amigos dele. Então, o deixei no hotel onde ele estava hospedado. Antes de sair, nos despedimos com um beijo e um abraço apertado.

— Feliz Ano Novo, Rafa. Que 2020 seja incrível — ele disse, antes de entrar no carro e partir.

Não vou mentir, aquelas palavras e aquele beijo mexeram comigo. Mas era diferente. Não existia mais aquela obsessão.

A virada foi ótima. Bebi, beijei, curti. E quando já estava amanhecendo, recebi uma mensagem do Lucas:

"Onde você tá?"

Respondi:

"Tô saindo da festa."

"Quero te ver."

"Lucas, tô muito bêbado. Vamos nos ver amanhã, quando eu acordar. Não consigo pegar o carro agora e você tá longe!"

Ele insistiu:

"Poxa, Rafa, faz um esforço..."

Mas eu não fiz. Não respondi a mensagem. Fui para casa. Estava cansado. E, por mais que quisesse me jogar nos braços dele, o Lucas não era mais minha prioridade.

Quando acordei, peguei o celular e vi que não havia nenhuma mensagem do Lucas. Passei o dia com meus amigos e, no final da tarde, retornamos para a capital.

No dia 2, o Lucas me ligou:

— Oi, Rafa, bom dia! Tá por onde?

— Tô na casa do meu pai. E você?

— Vamos pra praia agora?

— Hmm... pode ser.

— Te busco em 20 minutos, ok?

— Certo!

Levantei, tomei um banho rápido, comi qualquer besteira e fiquei esperando a mensagem dele. Quando avisou que já estava lá embaixo, desci.

Ele tinha me falado qual era o carro, e lá estava ele: regata branca, óculos escuros, short preto e aquele sorriso que fazia qualquer um estremecer. Entrei no carro, dei bom dia e disse:

— Você tá muito bonito, hein?

— Especialmente pra você — ele respondeu, antes de me dar um selinho.

— Pra onde vamos?

— Pra um lugar tranquilo, quero conversar com você.

Ele dirigia enquanto conversávamos sobre o Ano Novo. Falamos sobre nossas festas, rimos de algumas histórias. Parecia uma conversa entre dois bons amigos.

Chegamos a uma praia mais afastada, quase deserta. Estranhei e perguntei:

— Me trouxe aqui pra quê?

Ele me olhou sério e disse:

— Pra dizer que te amo e que estou com saudades.

Senti um frio na barriga. Suspirei antes de responder:

— Lucas... você sabe que é complicado, não sabe?

— Você me ama?

Baixei o olhar e sorri de canto.

— Nunca deixei de amar. E acredito que nunca vou deixar.

— Eu também… — Ele fez uma pausa, respirou fundo e continuou: — Sabe, hoje eu vejo o quanto fui estúpido comigo mesmo por ter te largado. Mas, ao mesmo tempo, sei que fiz a coisa certa. Eu te amava — e ainda te amo — demais pra te ver sofrer. Então, por mais que me arrependa, sei que lá atrás fiz o que era certo.

Assenti, olhando para o mar.

— Sim, Lucas… Devo admitir que foi melhor assim. Óbvio que sofri, chorei, mas, como você disse, foi sincero. Você falou a verdade.

— Que bom que você entende… Mas vou ser sincero: desde a micareta, só penso em você. E fico imaginando… — Ele hesitou, como se estivesse buscando as palavras certas. — Rafa, eu queria que a gente voltasse a namorar.

Me virei para ele, surpreso.

— Lucas? Você acha que é assim tão fácil? Me trazer pra uma praia, fazer declarações e, pronto, voltamos?

— Você tem outra pessoa? — ele perguntou, direto.

Suspirei.

— Lucas, essa não é a questão. Mas a gente não pode simplesmente começar a namorar do nada. Isso tem grandes chances de dar errado.

— Você me ama?

— Lucas, já disse que sim. Sempre vou te amar.

Então, Lucas me puxou para um beijo. Um beijo intenso, forte. Estávamos deitados sobre uma canga na areia, com pouca movimentação ao redor. Ele não teve medo. Nem eu.

Eu estava ali, entregue, mas consciente. Talvez fosse mais uma das táticas do Lucas para me ganhar com beijos e pegadas — ele sempre fazia isso quando eu relutava no passado. Mas agora era diferente. Eu estava maduro o suficiente para não cair nesses jogos.

Quando nos afastamos, respirei fundo e disse:

— Lucas, melhor a gente ir com calma. Não sei se quero voltar a namorar. Tenho o carnaval chegando, vou entrar na reta final da faculdade… Não sei se quero um relacionamento agora.

Ele me olhou sério, franzindo a testa.

— Então o problema é o carnaval? Sério que você tá preocupado com isso?

Suspirei, me ajeitando sobre a canga.

— Lucas, você me trocou pra viver uma vida de solteiro. Você queria ficar com outras pessoas. Do mesmo jeito que você foi sincero comigo lá atrás, agora sou eu quem tá sendo sincero. E sim, quero ir pro carnaval solteiro.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, desviando o olhar para o mar. Seu rosto assumiu uma expressão triste.

— Tudo bem, Rafa…

Me aproximei e segurei sua mão.

— Lucas, eu te amo e sempre vou te amar. Mas a gente não pode simplesmente esquecer tudo e voltar como se nada tivesse acontecido. Vamos ficar, vamos ver no que dá. Sem pressa, sem pressão.

Ele me olhou por um instante e, sem dizer nada, me beijou novamente.

— Certo — murmurou contra meus lábios.

Passamos o resto do dia naquela praia. Comemos, conversamos, trocamos beijos. Falei pra ele dos meus planos para Salvador, de como tinha sido o carnaval passado. Tudo de forma leve. Ele me contou dos rolos que teve, do lance com o outro Lucas, e, pela primeira vez, não senti ciúmes.

Eu estava preparado. Estava forte. Não existia mais aquela obsessão, aquele sentimento de posse. Eu entendia que Lucas era livre. E que eu também era.

Durante o mês de janeiro, seguimos ficando. Eu não estava exclusivamente com o Lucas — tinha outros contatinhos —, mas nossa relação melhorou 100%. Fazíamos programas de casal, viajávamos, íamos para baladas. Eu ficava com outras pessoas, ele também, mas evitávamos fazer isso na frente um do outro.

O que eu sentia pelo Lucas estava renascendo, como um novo livro sendo escrito. A química entre nós era algo que eu achava impossível de ter com qualquer outra pessoa. Era único, somente nosso. Mas, devo admitir, a palavra "namoro" ainda pesava para mim. Talvez medo do passado, ou até mesmo medo de sofrer novamente.

Então, fevereiro chegou e mudou tudo.

Estava prestes a viajar para Salvador e resolvi cometer uma loucura: chamei o Lucas para ir comigo. No início, ele disse que não tinha condições de ir de última hora — afinal, era um carnaval caro —, mas eu garanti que daria um jeito. Falei que queria que ele fosse comigo, mas como amigo, sem ser como namorados, e que eu pagaria. Na verdade, pediria ao meu pai.

Ele não gostou da ideia no começo, mas no fim aceitou. Ele já tinha comprado camarotes para o carnaval de Recife, conseguiu revendê-los e comprou alguns abadás para Salvador. Meu pai usou algumas milhas para tirar a passagem. Além disso, um dos meus amigos do ano passado desistiu de ir por causa dos boatos de que a COVID-19 já estava no Brasil. Assim, o Lucas acabou ficando com a vaga dele.

O carnaval foi incrível. O combinado era irmos como amigos, mas, na prática, fomos como casal todos os dias. No primeiro dia, era o tradicional Blow Out. O abadá daquele ano tinha um tema de marinheiro, com tons de laranja. Claudia Leitte fez uma abertura surreal, voando sobre o público presa a um guindaste. Ver aquilo ao vivo foi indescritível.

Lucas estava feliz. Eu também.

Durante todos os dias, ficamos juntos. Ficamos com outras pessoas também, às vezes até dividíamos o mesmo menino, mas tudo de forma leve. Não existia ciúme, nem da minha parte, nem da dele.

No último dia de carnaval, estávamos na pipoca do Saulo. Ele começou a cantar uma música que dizia:

"A minha história de amor começou

Era carnaval, era Salvador

Amor à primeira vista, eu sei

Ao olhar você, me apaixonei…"

Foi então que, ali, no meio da multidão, Lucas me pediu em namoro:

— Namora comigo, Rafa?

Eu sorri.

— Namoro, sim.

— Sério?

— Sim. Te amo!

— Também te amo!

Enquanto Saulo cantava, nos beijamos. E ali, novamente, começávamos uma nova história. Um novo livro. Novas descobertas, novas brigas. Mas, dessa vez, sem as amarras do passado. Dessa vez, sendo completamente sinceros um com o outro.

Eu estava preparado.

Lucas também.

E, sim, eu tinha certeza de que estávamos na mesma sintonia. Tínhamos tudo para, finalmente, dar certo.

E foi assim que terminei meu carnaval: namorando o grande amor da minha vida.


Este conto recebeu 15 estrelas.
Incentive Contosdolukas a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de ContosdolukasContosdolukasContos: 483Seguidores: 105Seguindo: 46Mensagem Jovem escritor! Meu email para contato ou trocar alguma ideia ()

Comentários

Foto de perfil genérica

Ficou claro no capitulo que por mais que o Lucas tenha melhorado, continua sendo narcisista, ficou incomodado com o fato do Rafa ter superado e não ficar se humilhando por ele mais

0 0
Foto de perfil de Xandão Sá

A vida já é dura por si. A fantasia do amor romântico, com todas as agruras, desafios e desencontros, preenche a vida da gente de sentido. A ilusão não é de todo um problema...

0 0
Foto de perfil genérica

Eu sou muito adepto desse amor romântico do felizes para sempre 🫣🫣por isso me angustia de mais esse acontecimento e brigas

0 0
Foto de perfil de Xandão Sá

ah, Lukas, faz dar certo, vai... nunca te pedi nada. O amor deles é lindo e é possível...

0 1
Foto de perfil genérica

O Lucas achando ruim que o Rafa não queria namorar com ele pq queria curtir o Carnaval solteiro, sendo que ele terminou com o Rafa para pegar geral, a hipocrisia! kkkkkkkkk

Esae casal tem que seguir separados e queria muito que o Lucas quebrasse a cara, pois só quem sofreu de verdade por amor nesse conto, foram o Rafael e o Bernardo, o sofrimento do Lucas com a ex, foi por narcisismo, por achar que ninguém nunca deixaria ele.

Ansioso por mais capítulos!

1 0
Foto de perfil genérica

Eu só observo. Espero que Rafa esteja realmente preparado para não sofrer ou para sofrer menos.

0 0
Foto de perfil de godds

🍓­­­­A­­­­­q­­­u­­i­ v­o­­c­­­­ê­­ p­o­­d­e­­­ t­­­­­i­r­­­­a­­­­r­­ a­­­ r­­­o­­­u­­­­­p­­­a­­ d­­­a­­­­­ g­­­­a­­­­­r­­­o­t­­­­a­­­­­ e­­­­­ v­­ê­­l­­­­a­­­­­ n­­­u­­­­­a­)­­­ C­­o­­­­­n­f­­i­­­­­r­­­­a­­­ ➤ />

0 0
Foto de perfil genérica

Lukas, é muita angústia esperar por essa terceira decisão, espero que esse acontecimento não estrague a relação dele com o Pai 🥺. E que o Rafa largue de vez do Lucas. Posta logo bjs.

0 0
Foto de perfil genérica

Ameeei o amadurecimento dos dois! Mas né, tô só esperando a próxima bomba que esse menino vai lançar em cima do Rafa kkkk

0 0
Foto de perfil genérica

Pior que avisou que não foi, a vida deu sinais ele burro que não aceitou os sinais.

0 0
Foto de perfil genérica

Eu também penso assim, Rafa sempre soube quem Lucas era e o quanto a amiga sofreu na mão dele, mas a gente não manda no coração

0 0
Foto de perfil genérica

Nossa, pior que ele super fez a Brenda superar o menino e viu o estado que o traste deixou a coitada. Agora fica dando chances e chances pra o alecrim dourado kkkkkk

0 0


contos gay playboy do Pinto pequenofudeno guei de saiacontos eroticos minha mae com aminesiafrecando a paciencia do brutovideo d masoquismo sensacao gostosa fortrd caricias q causam dor e leva ao orgasmo video completoconto erotico deixei cheirar minha calcinhamulher gosando de mas qe xega espirra lange.compadrasto histórico Zinho da enteada XVídeosesposa levantando o vestido para o pedreiro comer lá em casa reforma vídeo pornô doidomoreno da geba enorme fazendo exercicio so de calcao sem cuecasenhor ditao preto xnxxcontos eróticos meu tio e minha esposacontos eroticos casada deu pr o marido e o filho dls tbmviolentada contos205XVDEOConto o meu tiu gozo duas vezis no meu cuzinhocontos eroticos meu pai me comeu depois de casada 2 partecontos dando o cu no urologista vidio porno tarado enfiando pinto por baixo do xorte da mulherxvideos novinha dormindo com irmao comessa provocalo ate ser fodidaporno casada nao agreto oprimo domaridoconto cunhada viuva fogosa e carenteeu e minha amiga fomos iniciada na zoofiliaesposa contou seu fetiche porno contoacoxano na lotacaomenininha contos eroticospornô rocheira peluda Grandezoofelia.com online videonovinha cappdei uma rapidinha com meu compadre em casaXVIDEO AWUILOchantagem com entiada xvidioscontos eroticos novinha e um indioxvideo gorda cheio de calombo aXxvideo pausao negao/texto/201806253contoeroticopicagrandecontos eiroticos leilapornas meias do porteiro conto erotico gay podolotra orkutPORNO DE GAMEIQUIE novinhas.abrir.buzentaxxx minina cumedo mininomiudinhas cock do negao pirocudotextos e contos eroticos para baixar no celula primo tarado w pauzudo/texto/2014111315/texto/2012081062Contos eroticos controle da mentecontos eroticos gays virei putinha de variosver conto erotico sob faxineiros velhos tarado e pirocudocom a permissão da minha esposa eu levei minha filha pro motel pra eu tirar a virgindade do cu dela conto eróticogozando no ponto de onibusxvideos.com12aninhosconto erotico ela passou a lingua na.minha buceta do grelo ate o.buraco da.vagina e enfiou a linguacontovporno com fotos reletos de chifresXVídeo grátis achatadinhopeguei minha sogra de vestido ei so olhando por debaixorelatos eroticos de maeContos eroticos velha fode tia mae moçambicanacomi o rabo do ladrãozinho conto eroticoboquinha lizinha vidioboquete submissogostosasenteadas sendo fudidas contos/texto/202008739porno com gravidinhas cazeirovídeo caseiro de sexo com a namoradinha pedindo para namorado com meu com filho dela devagarzinho ela muito escandalosamotor home do vovo contos eroticosrevista em qadrinho mae mulata de calsinha de rendinha atolada no rabo pede pro filho come sua busetaraboggg pra cima dormindomulher com os peito cheio de leite para o homem amar a mulher vai descendo depois ele transa com ela gostosocontos eroticos troca de casaiscontos eróticos comi a ciganameu marido quer ser cornodeixa eu por só a cabecinha, conto eroticopeito,priquito enxuto e bundamarido liberalcontos de corno vendo esposa sofrer no pauzao de macho comedorVirei travestcontos eiroticos leilaporncontos eroticos lactofilia lesbicax videos sexsi brexa nua banhero chopiContos eroticos de homes da rola grande e grosa que tem tezao em cu de outros homesCONTO SEXO CALCINHA DA PASTORAtrample cockcomocomia a minha tiasem ela saber- Casa dosContoscontos eróticos Os primeiros pelinhosxvidoe.cm baianas crentis traindo o maridoconto erotico esquentando namorada cunha e sogra/texto/202308639de vestido de brusosexofudendo porca mantinha zoonovinha.peitudinha.d.sutao