Segredos de Família - Capítulo 27: Seis meses depois

Um conto erótico de Th1ago-
Categoria: Gay
Contém 1612 palavras
Data: 05/01/2025 01:35:01

O som da televisão preenchia o silêncio da sala, um contraste com a quietude quase sufocante que parecia envolver tudo ao meu redor. Eu estava sentado no sofá, as pernas esticadas e os braços cruzados sobre o peito, olhando fixamente para a tela como se cada palavra dita ali fosse um soco direto no estômago. O Tenente Erick aparecia na entrevista, sua postura impecável, o semblante sério, mas com um ar de alívio, quase como se ele estivesse satisfeito por finalmente ter desmontado um esquema que, por tanto tempo, parecia intocável.

A imagem de Marc apareceu na tela, o rosto dele estampado como o principal nome por trás do escândalo: tráfico de pessoas, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, entre outros crimes que eu nem conseguia processar. Meu peito se apertou ao vê-lo ali, aquele homem que, por tanto tempo, manipulou tudo e todos ao redor, inclusive... mim.

Eric falava com firmeza, explicando os detalhes da operação que desmantelou o esquema. Era surreal pensar que tantas pessoas estavam envolvidas, que tudo isso acontecia enquanto eu vivia achando que entendia o que estava acontecendo à minha volta.

O nome da minha mãe foi citado em seguida, e a cena mudou para uma gravação dela, chorando enquanto dava sua declaração. Ela parecia arrasada, mas para mim, aquele choro parecia tão falso quanto sua personalidade.

– Eu não sabia... eu não sabia o que eles faziam... Eu confiava nele, achava que tudo estava em ordem, mas... mas ele destruíu tudo... – A voz dela falhava, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Ela estava claramente tentando se passar por vítima, e talvez até fosse. Mas quem poderia saber?

Suspirei fundo e desliguei a televisão, jogando o controle remoto sobre a mesa de centro. A sala parecia mais pesada agora, como se até o ar tivesse absorvido a tensão do que acabávamos de assistir. Giovana, sentada na poltrona ao meu lado, mexia distraidamente em um copo de água que ela segurava. Seus dedos traçavam círculos na borda do copo enquanto ela olhava para o chão, perdida em seus próprios pensamentos.

Era a primeira vez que a via desde que ela havia saído da clínica. Giovana parecia mais magra, mas também mais... leve? Havia algo diferente nela, uma força que eu não reconhecia antes. Ela finalmente levantou os olhos para mim, quebrando o silêncio.

– Você acha que mamãe realmente não sabia de nada? – perguntou, sua voz baixa, quase cautelosa.

Dei de ombros, olhando para minhas mãos.

– Não sei, Gi. A essa altura, eu não confio em ninguém mais.

Ela assentiu lentamente, mas não disse nada. O silêncio voltou a se instalar, até que ela respirou fundo e voltou a falar.

– E... o Yago? Você teve notícias dele?

O nome dele era como uma ferida aberta que alguém acabava de cutucar. Apertei os lábios antes de responder, tentando manter a calma.

– Não. Ele sumiu. Provavelmente está com o Marc, como sempre esteve. – A amargura em minha voz era palpável.

– Não acho que seja tão simples assim. – Amanda, que estava sentada em uma cadeira próxima à janela, se pronunciou pela primeira vez desde que desliguei a TV. Ela estava quieta até então, os olhos focados em algum ponto do lado de fora, mas agora me encarava com uma expressão séria.

Amanda parecia mais forte do que quando a encontrei seis meses atrás na casa do Tenente Erick, mas ainda havia algo nela que mostrava os traumas que carregava. Sua postura era ereta, mas suas mãos estavam entrelaçadas, os dedos apertando uns aos outros como se fossem a única coisa que a mantinha ancorada no presente.

– O que você quer dizer com isso? – perguntei, virando-me para ela.

– Quero dizer que... já estive nessa posição. Já passei por isso. Sei como Marc manipula as pessoas, como ele faz você se sentir preso, como se não houvesse saída. Não acho que o Yago estava com ele porque queria. Talvez ele não tivesse escolha.

– Não sei... – murmurei, desviando o olhar. – Não sei mais o que pensar.

Amanda continuou:

– Você ainda o ama, não é?

O silêncio que se seguiu foi quase ensurdecedor. Giovana olhou para mim, mas não disse nada. Eu não sabia como responder, porque nem eu tinha certeza da resposta. Amava Yago? Ou era apenas a ideia de quem ele era antes de tudo desmoronar?

Meus pensamentos estavam um caos, mas uma coisa era certa: o nome dele ainda fazia meu coração apertar.

Giovana tocou meu ombro de leve, me tirando do turbilhão em que minha mente se encontrava.

– Kadu, você precisa saber a verdade antes de tirar conclusões. Talvez... talvez ele esteja tão perdido quanto você.

Amanda assentiu, e eu suspirei, afundando mais no sofá enquanto tentava organizar meus sentimentos. Naquele momento, a única coisa que eu sabia com certeza era que nada nunca mais seria o mesmo.

Seis meses depois. Ainda parecia surreal pensar em como minha vida tinha mudado de ponta cabeça em tão pouco tempo. Minha rotina, que antes girava em torno de treinos, jogos e conquistas no futebol, agora era preenchida por pensamentos que eu não conseguia calar. E em todos eles, sem exceção, o rosto de Yago aparecia.

Naquele dia, resolvi que não podia mais adiar. Precisava fazer algo, mesmo que fosse pequeno, mesmo que fosse apenas ouvir o som da voz de alguém que também sentia a ausência dele.

Dirigi pelas ruas do bairro onde a mãe de Yago morava, o coração pesado com uma mistura de ansiedade e medo. Eu sabia que, ao chegar lá, provavelmente ouviria a mesma coisa: “Não sei dele.” Mas, ainda assim, algo em mim precisava tentar. Talvez fosse a minha culpa me guiando até lá, ou talvez fosse apenas a saudade.

O caminho até a casa dela parecia mais longo do que eu lembrava. A cidade estava movimentada, mas o barulho lá fora parecia distante, abafado pelos pensamentos que me consumiam. “E se ele estiver bem e simplesmente não quiser mais contato? E se ele realmente estivesse envolvido com Marc desde o começo?” Essas perguntas me atormentavam como fantasmas, e a cada esquina que eu dobrava, parecia que ficavam mais fortes.

Quando finalmente cheguei, estacionei o carro em frente à casa dela. Era uma casa simples, mas acolhedora, com plantas no jardim que ela sempre cuidava com tanto carinho. Antes de sair do carro, respirei fundo. Não era fácil estar ali, mas eu precisava.

– Kadu? – A voz dela veio de surpresa, enquanto eu ainda subia os degraus da varanda. Ela estava na porta, o olhar cansado, mas gentil, e o sorriso de sempre tentando esconder a tristeza que carregava.

– Dona Bia... Desculpa aparecer assim, sem avisar. Eu precisava conversar com a senhora.

Ela me convidou para entrar com um gesto simples, e logo estávamos sentados na pequena sala de estar. Havia um cheiro suave de café no ar, e a mesa ao lado do sofá estava cheia de fotos antigas de Yago. Olhar para elas era como levar um soco no estômago.

– Então... O que te trouxe aqui, Kadu?– ela perguntou, tentando esconder a emoção na voz.

Eu demorei um pouco para responder, encarando minhas próprias mãos como se procurasse nelas as palavras certas.

– Eu precisava saber... A senhora tem notícias dele? Alguma coisa? Qualquer coisa?

Ela suspirou, e eu vi seus olhos se encherem de lágrimas. Por um momento, ela tentou segurar, mas logo desabou.

– Não muitas, Kadu. Ele me manda mensagens, às vezes. Nunca do mesmo número, sempre curtas. Ele diz que está bem, que não quer que eu me preocupe. Às vezes, ele manda dinheiro. Já chegou até a enviar um relógio com alguém para entregar. Ele não quer que eu fique sem nada, mas... isso não é o que importa para mim.

As palavras dela saíam entrecortadas pelo choro, e eu senti um aperto no peito tão forte que mal conseguia respirar.

– Ele não deveria estar fazendo isso, Kadu. Eu não quero dinheiro. Eu só quero meu filho de volta. Ele está sacrificando tudo por mim. E para quê? Eu sei que minha doença não tem cura. Sei que o fim está perto. Eu preferia morrer com ele ao meu lado do que assim, sem saber onde ele está.**

Ela colocou o rosto entre as mãos, chorando baixinho, e naquele momento eu senti como se fosse minha responsabilidade carregar a dor dela também. Não consegui segurar as lágrimas.

– Dona Bia, eu sinto muito. Eu sinto muito por tudo. Se eu pudesse mudar alguma coisa, eu faria. Eu faria qualquer coisa para trazer o Yago de volta para a senhora... Para mim.

Ela ergueu a cabeça, os olhos vermelhos de tanto chorar, e me olhou com uma tristeza que parecia infinita.

– Você o ama, não é?

A pergunta dela me pegou de surpresa, mas não havia motivo para mentir.

–Amo. Sempre amei. E talvez seja isso que mais dói. Não saber se ele está bem, não saber se ele também sente a minha falta.

Ela assentiu lentamente, como se entendesse exatamente o que eu sentia.

Naquele momento, percebi que, nos últimos seis meses, a única pessoa que realmente podia compreender o vazio que Yago tinha deixado era ela. Dona Marta era um reflexo da minha própria dor, alguém que também acordava todos os dias com a esperança de que, talvez, aquele fosse o dia em que ele voltaria.

Ficamos ali por mais algum tempo, conversando sobre Yago, compartilhando memórias e tentando preencher o vazio com palavras. Quando finalmente me despedi, prometi a ela que voltaria, que não a deixaria sozinha. E, no fundo, sabia que também precisava disso.

Enquanto voltava para casa, o peso no meu peito parecia um pouco mais leve. Talvez porque, pela primeira vez em meses, eu tinha compartilhado minha dor com alguém que realmente entendia.


Este conto recebeu 6 estrelas.
Incentive Th1ago a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de Jota_

Thiago, adorei esse salto temporal. Aliás, adoro como você brinca com o vai e vem do tempo na sua escrita! O Yago deve estar com a cabeça bagunçada também

0 0


/texto/201906141Vidio novos noviha perdeno ucabasuzdorovsreda.ruezibi vizinhas goistozaVoltei arrombada e cheia de porra mostrei para o cornofazendo sexo com gravidas enquanto elas dormian pornodoidoprimo come o c****** da prima e ela cagaesposa sendo enrrabada por dois garçons no banheiro da churrascaria/texto/20191155conto erotico negao fecundandoconto erot claudia minha irma 07/texto/202012981morena dando uma gozada grande de vua cala pra simafacebok de rio das pedras jpa rjMulata toda certinha com uma bunda maravilhosa negao enfiou o pau todo nela.video sexo ragando ocu de buna cm adois maovídeo de 2 minutos novinha galeguinha baixinha deitado na cama de casalconto erotico marido armou uma arapuca para a esposa e viu ela dando/texto/200912578/texto/201003796revesando no cu da gravida pornoepregada no xvdiorelatos de chuva douradadeibpara os meua primoscontos eróticos/texto/200712153porno ela foi faser a unha dele e viu ele de pinto duro fragachupano pau groso na marraxvidio.com/texto/2013111157xxxvidios panteras a nova conhadagorda peidorreira contosvizinho me ajudou conto eroticomuher desmai trazandoirma ver a outra de calcinha e quer chupar elaxvidio panteras.com/testedefudeludadecontos eiroticos leilapornconto erótico de mulher madura desempregada que virou putaContos eroticos van escolarconto erótico o Início de Lúcia como escravacontos gay dormindo com o lourinholipesonhador casa dos contos gay/texto/202005746xexeca mais gtz e peludinhacheirando a calcinha da cunhada gostosa da vidaMeu+tio+ficou+brabo+com+migo+e+arrombou+meu+cu+conto+eroticoContos eroticos mete no meu cusinho vovocontos eroticos dormindo com primovou passar esse chocolate na sua buceta contoAmamentação tetuda contosLuciana meu pinguelo assado/texto/201507130wattpad contos incesto fui estrupada pelo padrasto/texto/201207546/denunciagarota misterio cdzinhacontos eroticos crossfit analgostosaginecologistacontos eiroticos leilapornmulher pelada revista da revisão mas bem bucetuda com quero ver a mãe bem peladona grandonanao aguentei e comi minha irmazinha.contosvai tomar remédio para dormir fica com A Pecadora e o pai e a filha como ele XVídeosxvidios porno coroa com rapaizinhominha mae deu cu meu amago xvidiosContos erorico de esposa de osasco S.P traiu com irmao do maridopornodoido transex deu pramimpulando na cama so de causinhapai dotado enfregrando rola hdXVídeos cara tapeando a mulher baixinha no meio da rua buchuda/texto/200901156/texto/202210650contos erotico,meu genro me enrrabou dormindocontos eroticos pastor comedor de mulher casadacontos porno hentai arrombei o cuzinho virgem da filha da minha vizinhamenina dorme sem calsinha e leva puca cu virgem/texto/201205814conto erotico de mulher casada que arrumou um emprego de massagistasvidio caseiro brasileiro rapais cheio de tesao pega sua cunhada resem casada so de calsinha na cosinha e mete a piknovinha dando ciuminho pó dotadoconto gay sexo aptekaxividio vo come o cu dela dormindocontos eroticos de tambaba mulheres que deram a dois dentro do matagalpornodoido enchendo a buceta de chantilli pra ele chuparcontos eróticos o meu amigo dormiu a minha casa e peguei ele comendo a minha esposa Baxa.sex.de.menina.guniada.de.tanto.fude.sua.busetinha.cabiluda.conto erotico mae nao aguento pau pau do filho comesou achora no paucomtos eroticos comi mulher na frete da sogradentista loira casada contosgay nao aguentou o pica exagerada do macho peidou e levou porrada xvideosmulhereres evanjelicas peludas porno caseisogra xuba a rola do genro ate gosar na boca delaconto minha primeira ciriricaprensada no colchão pornamigos espiando a irma conto gayContos eroticos meu marido me apostou numa partida de video gamex vidios seduzimdo inocentecontos eiroticos leilapornchupando no mangezal xvideosp://www.xvideos.com/vide