Os dias se passam e, continuo a trabalhar na organização pessoal da Srta. Helena, focado a cada detalhe conforme suas exigências. O perfume tornou-se uma parte do meu cotidiano, e embora eu ainda me sinta um pouco esquisito com a fragrância, estou determinado a me adaptar às novas expectativas.
Em um dia tranquilo, enquanto reviso alguns arquivos, atendo uma chamada telefônica.
“Sim, claro, vou encaminhar o relatório até o final do dia,” digo em meio a conversa, mantendo um tom de voz neutro e um vocabulário bastante formal.
Tento manter um tom profissional e cortês, mas ao terminar a ligação, sinto um olhar pesado sobre mim. Levanto os olhos e vejo a Srta. Helena parada na porta de sua sala, com uma expressão de desaprovação evidente.
“Senhor Daniel, quando puder venha em minha sala por favor.” Ela comenta de maneira firme, se virando para entrar na sala.
Lana, que presenciou a cena de trás de sua mesa, me encara, com um sorriso irônico, “Acho que alguém está encrencado...” ela comenta com satisfação,
Eu, sem entender o que fiz de errado, sigo para a sala da Srta. Helena. Minha mente está cheia de dúvidas e ansiedades sobre o que pode ter acontecido.
Ao entrar na sala, a Srta. Helena está sentada em sua mesa, com postura impecável e a expressão séria. Ela levanta os olhos e me observa com uma intensidade que transmite uma clara insatisfação.
“Senhor Daniel,” ela começa com um tom firme, “precisamos conversar sobre a sua forma de comunicação. Notei que, na ligação de hoje, o seu tom de voz e o seu vocabulário estavam um tanto ríspidos. Isso pode passar uma imagem negativa tanto para os clientes quanto para os colegas. É crucial que você transmita uma imagem de cordialidade e profissionalismo.”
Fico surpreso e um pouco envergonhado. “Eu vou melhorar, Srta. Helena. Não percebi que estava passando uma imagem tão ríspida.”
“Eu vejo o seu esforço, Daniel, e aprecio sua dedicação,” diz a Srta. Helena com um tom mais suave, mas ainda sério. “No entanto, precisamos acelerar esses ajustes. A imagem que você transmite afeta diretamente a forma como os outros percebem nosso trabalho, e não podemos arriscar manchar a minha reputação.”
"Isso... Isso nunca foi o meu objetivo." Respondo envergonhado.
“Bem. Isso não é um problema no momento, desde que essas mudanças venham logo, é claro. Para ajudá-lo a melhorar a sua postura e comportamento, gostaria que começasse a usar roupas íntimas que promovam uma atitude mais suave e refinada,” ela diz, mantendo o tom calmo. “Especificamente, eu sugiro que você comece a usar calcinhas. Acredito que isso ajudará a ajustar seu comportamento e sua postura de forma mais eficaz.”
A surpresa é evidente em meu rosto. “Calcinhas?" Repito tentando entender se entendi a palavra corretamente, baseado em sua postura e em suas expressões, é de se imaginar que sim. "Não entendo como isso pode ajudar, Senhora.” Completo constrangido.
Srta. Helena mantém a calma. “Entendo sua hesitação. Pode parecer incomum, mas objetivo é ajudar você a adotar uma postura mais suave e alinhada com as expectativas da empresa. Ninguém além de mim saberá sobre isso, a ideia é apenas promover uma adaptação mais rápida e efetiva.”
“Senhorita Helena… Eu…” Murmuro procurando uma resposta.
Ela me observa atentamente, esperando uma resposta que não sai, então ela continua. “Sei que pode parecer estranho, mas preciso que você compreenda a importância dessas mudanças e se dedique a elas. Comece a usar as calcinhas a partir de amanhã. Caso contrário, precisaremos considerar outras alternativas.”
Respiro fundo e, embora a ideia ainda me cause desconforto, dou um aceno de concordância. “Entendo, Srta. Helena. Vou começar a usar as calcinhas conforme solicitado.”
Ela acena com a cabeça em aprovação. “Ótimo. Confio que você fará o que é necessário para se adequar. Continue com o bom trabalho, estarei aqui para ajudar com qualquer dúvida ou dificuldade.”
Saio da sala com a mente cheia de pensamentos sobre o próximo passo. A decisão de me ajustar às novas exigências parece estar se intensificando, mas estou determinado a provar meu valor e atingir às expectativas.
Após a conversa com a Srta. Helena, minha mente está uma confusão de pensamentos e emoções. A tarefa de adquirir calcinhas para atender às novas exigências do trabalho não é uma tarefa simples, especialmente considerando o desconforto da situação.
Vou para uma loja de lingerie que fica próxima ao escritório. A loja tem um ambiente acolhedor e bem iluminado, sinto uma agradável fragrância doce de um perfume feminino assim que entro na loja. As lingeries estão dispostas em mesas e prateleiras por toda a loja.
É em uma mesa no canto que encontro uma seleção de modelos de calcinhas mais básicas, um pouco maiores e com tecidos mais sólidos, designs menos intimidadores para um rapaz como eu, mas que ainda assim que me deixam bem nervoso.
Mesmo sendo modelos simples, com materiais que já estou acostumado, percebo que os cortes traseiros das calcinhas são bem menores do que os das minha cuecas, e sempre trazendo alguns detalhes femininos como rendinhas laterais e lacinhos de cetim. A ideia de ter que escolher uma peça tão íntima e delicada é desconcertante, e eu me sinto cada vez mais envergonhado de fazer essa escolha.
Nesse momento, uma jovem garota se aproxima. Morena e magrinha, devia ter no máximo uns 20 anos e exala um ar de simpatia e profissionalismo. Seus cabelos lisos e castanhos emolduravam seu rosto com delicadeza. Sua presença é acolhedora e sua atitude é prestativa.
“Olá! Meu nome é Jade. Posso ajudar com alguma coisa?” ela pergunta com um sorriso caloroso.
Sinto um rubor involuntário subir pelo meu pescoço e, com um tom hesitante, respondo: “Sim, eu... eu estou procurando calcinhas.”
“Ah, entendi,” diz a vendedora, olhando para mim com curiosidade. “Presente para a namorada?”
Eu hesito por um momento antes de responder. “Sim, é isso mesmo.”
“Que romântico!” Ela exclama, com um sorriso genuíno. “Vem comigo, vou te mostrar alguns modelos que tenho certeza que ela vai adorar. Por aqui, por favor.”
Eu hesito por um momento. “Eu estava pensando nesses modelos aqui,” digo, apontando para as calcinhas que estava observando.
Ela olha mim e sacode a cabeça com um sorriso no rosto. “Esses modelos são bonitos, mas são muito básicos, se você quer impressiona-la, é interessante optar por algo um pouco mais sofisticado. Venha, confia em mim.”
A vendedora vira as costas, e segue esperando que eu a siga. Para evitar revelar a verdadeira razão da compra, concordo timidamente e a sigo.
Ela me leva para uma seção da loja que apresenta modelos mais sofisticados. A atmosfera é ainda mais convidativa, com luzes suaves que destacam o brilho das rendas e o acabamento das peças. ela começa a mostrar calcinhas em tecidos finos, com detalhes intrincados em renda e pequenas transparências que realçam ainda mais a delicadeza das peças.
“Aqui estão alguns modelos que são um pouco mais especiais,” ela diz, com um tom entusiástico. Pega uma calcinha de de oncinha cheia de rendinhas e me mostra com um gesto cuidadoso. “Essa é uma peça muito delicada e elegante. O que você acha?”
Eu sinto uma onda de timidez ao olhar para a peça. As rendas e sua estampa são muito mais extravagantes do que as que eu estava vendo antes. “É, é bem... chamativa...” eu digo, tentando esconder meu desconforto.
A vendedora ri suavemente. “Ah, com certeza vai deixar a sua namorada doidinha por você! Um pouco de ousadia é o que faz a diferença!”
Eu dou um sorriso nervoso, tentando seguir o tom brincalhão dela. “Sim, acho que sim.”
Ela continua mostrando outros modelos, cada um mais ousados e reveladores que os anteriores. Há peças com transparências sutis, rendas elaboradas e até mesmo com cortes vazados em pontos estratégicos. Fico cada vez mais constrangido, mas a vendedora continua com entusiasmo contagiante.
“Esse aqui é muito fofo e tem um acabamento perfeito,” Ela diz, pegando uma peça rosa, toda feita em rendas florais, extremamente feminina. “Você não acha que sua namorada vai adorar algo assim?”
“É, bem... Minha namorada não gosta muito de rosa” eu digo, tentando parecer convincente. “Além disso eu estava pensando em algo um pouco mais discreto.”
A vendedora dá uma risadinha. “Já vi que você é tímido... Um bom namorado precisa apimentar as coisas um pouco! Você já tá dando lingeries, porque não escolher um fiozinho mais safadinho? Olha esse aqui” Ela diz animada, já pegando outra calcinha na cor vermelha, com a parte traseira tão fina que ficaria completamente escondida nas minhas nádegas.
A persuasão dela é difícil de ignorar. Acabo escolhendo alguns modelos que considero pelo menos um pouco mais discretos, mas a vendedora consegue me convencer a levar alguns modelos fio dental também, que aceito para manter a história sobre a namorada, mesmo que eu nunca vá utilizar. Ela também tenta me convencer a levar os sutiãs combinando com as calcinhas, mas eu, mantenho firme, digo que não preciso. Meu salário era bom, mas não a ponto gastar com tantas coisas que não iria utilizar.
“Tudo bem, não tem problema,” ela diz com um sorriso compreensivo. “Se mudar de ideia, estarei por aqui.”
Depois de pagar, pego as sacolas com as calcinhas e saio da loja, sentindo um alívio depois de tanta tensão. A ideia de usar essas peças no ambiente de trabalho é intrigante e desconcertante ao mesmo tempo. Ao caminhar de volta para casa, meu pensamento gira em torno de como será o dia de amanhã, e como a Srta. Helena reagirá à minha tentativa de atender às suas exigências.
Na manhã seguinte, a realidade de usar uma das calcinhas novas se instala. O desafio de escolher uma peça entre as opções que comprei parece mais intimidador do que eu imaginava. Cada modelo que a vendedora me convenceu a comprar tem seu próprio nível de feminilidade, e eu fico com a constrangedora dúvida entre escolher uma peça com um corte mais ajustado, ou uma peça com mais babadinhos e detalhes femininos.
Finalmente, decido por um modelo na cor preta. Seu design não seria tão revelador, se não fosse pela cobertura transparente em uma delicada renda floral que cobria toda a calcinha.
O processo de colocar a calcinha é uma mistura de nervosismo e estranheza para mim. A sensação de algo tão íntimo e diferente provoca uma sensação de vulnerabilidade que é difícil de ignorar. O tecido é bem mais fino do que estou acostumado, e a renda delicada toca minha pele de uma maneira que é simultaneamente suave e incomum. A peça ajusta-se de forma mais justa do que a roupa íntima que normalmente uso, chegando a apenas pouco depois da metade das minhas nádegas, me fazendo imaginar que posso ter escolhido um numero muito pequeno. Sem tempo para troca, termino de me arrumar para ir ao trabalho.
Quando chego ao trabalho, a sensação da calcinha nova é um constante lembrete da minha situação. Cada movimento, cada ajuste na cadeira, faz com que eu esteja consciente da peça íntima que estou usando. O tecido fino e a renda delicada fazem com que eu me sinta tanto nervoso quanto vulnerável. O contraste entre o formalismo do meu traje externo e a feminilidade sutil da calcinha é desconcertante, e minha mente não consegue deixar de imaginar o que as pessoas pensariam se soubessem o que estou usando por baixo da roupa.
Logo depois de me ajustar na minha mesa, Lana Duarte se aproxima. Seus olhos claros fixos em mim, penetrando no fundo da minha alma.
“Bom dia, Daniel,” Lana diz com um sorriso que parece um pouco irônico. “Então, ainda está por aqui? Achei que a Srta. Helena pudesse ter decidido seu destino mais rapidamente.”
Eu olho para Lana sem jeito. “Não, Lana, está tudo bem.” respondo desviando o olhar, um nervosismo tomando conta de mim.
Lana ergue uma sobrancelha. "Humm... Não vai me retrucar é, Daniel?"
Algo em mim não está me deixando responder Lana a altura. Mesmo escondida, me dá uma agonia pensar que Lana pode estar vendo minha calcinha.
"Não, Lana. Tenho que trabalhar." Digo ainda sem conseguir encara-la.
“Depois do jeito que a Srta. Helena te olhou ontem, imaginei que você já estaria procurando outro tipo de trabalho...”
“Eu já me acertei com a Srta. Helena, Lana. Aquilo foi só uma diferença de abordagem, já estou focado em me ajustar ao que ela gostaria."Respondo tentando manter a calma.
Lana parece contemplar minha resposta por um momento. “Bom saber. Às vezes, pode ser difícil lidar com o estilo de gestão da Srta. Helena. Sinceramente acho que poucas pessoas nesse escritório além de mim conseguiriam”
“Eu também sou bem apto, Lana. Não é a toa que consegui o cargo.” Respondo firme, tentando recuperar um pouco de confiança.
Lana dá um sorrisinho cheio de falsidade. “Bem… É isso o que vamos descobrir.” Seu tom de voz é suave e enigmático. Lana vira as costas e vai para a própria mesa. Me deixando aliviado que ela foi embora, mas de alguma forma apreensivo com sua insinuação.
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