Às vezes as coisas estão ali na sua frente e você não enxerga. Talvez por criar sua própria visão das coisas, esqueci de olhar ao redor e enxergar o óbvio. Mas aí a vida dá um jeito de abrir nossos olhos e fazer a gente ver a realidade. Foi exatamente o que estava acontecendo comigo naquele momento ali naquela janela. Minha filha estava com outra mulher na cama. Aquilo me deixou em choque por algum tempo, mas resolvi reagir e fiz o que achei que devia fazer. Voltei para dentro de casa o mais rápido possível e fui para o meu quarto. Fechei a porta, apaguei a luz e fiquei sentada na beirada da minha cama pensando no que tinha acabado de acontecer.
As coisas pareciam claras como água agora. Júlia era uma garota linda, não é porque era minha filha não. Ela é realmente muito bonita, porém nunca teve um namorado sequer. Sempre dizia que não queria saber disso quando eu ou alguma outra pessoa tocava no assunto. Ela sempre dizia que queria focar nos seus estudos para depois pensar nisso. Acho que esse é o sonho de todos os pais. Júlia era uma filha perfeita, estudiosa, amorosa, educada e que nunca deu trabalho algum. Sua vida era o colégio, sua família e sua melhor amiga Lorena.
Ela e Lorena se conhecem desde o início do colegial, já nos primeiros meses estudando juntas, as duas se tornaram grandes amigas. Lorena mora aqui bem perto com a mãe. Ela é filha de pais separados, seu pai é canadense e sua mãe brasileira. Lorena com o tempo passou a fazer parte das nossas vidas, já que ela vivia aqui e Júlia também vivia indo para casa da amiga. As famílias se conhecem e eu tenho uma boa amizade com a mãe da Lorena, não somos amigas íntimas mas somos amigas. Já frequentamos a casa uma da outra e eu realmente gosto dela.
Lorena, assim como Júlia, é uma garota muito gentil, educada, estudiosa e muito bonita. Agora eu entendia porque duas garotas lindas como as duas nunca tinham namorado ou sequer falavam de garotos como qualquer outra garota na idade delas. Elas não eram amigas, elas com certeza eram namoradas e pelo jeito a muito tempo. Agora eu entendia o grude das duas e aquele jeito carinhoso que elas tinham uma com a outra. Não que não existam amigas assim, até porque geralmente amigas mulheres são carinhosas. Mas as duas eram demais, elas só se separavam para dormir mesmo, isso quando uma não dormia na casa da outra. Era tão óbvio isso e eu não vi. Estava muito preocupada com o trabalho e não vi o que estava acontecendo debaixo do meu nariz.
Fui tirada dos meus pensamentos com sons de risadas vindo do corredor. Era as duas passando pela porta do meu quarto. Logo que ouvi a porta do quarto da Júlia fechar eu me levantei e fui lavar meu rosto no banheiro. Voltei e fiquei uns 40 minutos ali sentada na cama pensando na vida. Depois sai do meu quarto e fui até o quarto de Júlia. Bati na porta e logo escutei ela falando que podia entrar. Ela estava sentada no chão do quarto com alguns livros e cadernos abertos. Quando me viu ela abriu um sorriso enorme e veio me abraçar.
~ Mãe, que saudades! Quando foi que a senhora chegou?
Júlia estava com o cabelo úmido, provavelmente tinha acabado de tomar um banho.
~ Estava com saudades de você também, filha. Eu acabei de chegar. Está tudo bem por aqui?
Claro que estava. Dava para ver isso na cara de felicidade dela.
~ Está sim mãe. Maria deve estar descansando. Ela dormiu agora à tarde. Lorena veio me fazer companhia, ela está no banho. Vamos estudar um pouco porque as provas finais começam essa semana.
Pelo menos iriam estudar as outras matérias, porque anatomia, elas já tinham estudado bastante.
~ Tudo bem filha. Faz bem em estudar. Eu vou fazer um lanche, tomar um banho e descansar um pouco. A Lorena vai dormir aqui?
Nem sei porque perguntei isso, era meio óbvio.
~ Vai sim mãe. Tem algum problema?
Acho que já era tarde demais para eu proibir alguma coisa.
~ Não filha, problema nenhum. Nem sei porque perguntei isso.
Logo vi Lorena sair do banho já de pijama. Ela me viu e veio me dar um abraço. Ela era uma boa garota. E as duas formavam um casal muito bonito por sinal. Mas aquilo ainda estava meio confuso na minha cabeça. Claro que eu não iria tentar impedir minha filha de namorar uma garota. Até porque se fosse um garoto com as qualidades da Lorena, eu não impediria. Também seria muita hipocrisia da minha parte fazer isso. A poucas horas atrás eu estava com uma mulher na cama e amei cada momento com ela. Eu sempre sonhei em ver minha filha casando e me dando netos. Mas ela poderia fazer isso do mesmo jeito, só que não seria com um homem como imaginei. Mesmo antes de saber disso eu sabia que esse sonho era meu e não dela. Se não acontecesse eu não iria ficar com raiva dela. Cada pessoa tem seus próprios sonhos e ver minha filha feliz, sempre foi meu maior sonho.
Me despedi das duas e fui tomar um banho. Eu estava um pouco chateada. Não por descobrir a sexualidade da minha filha. Mas por não ter percebido e por ela esconder de mim. Com esses pensamentos algo veio à minha cabeça. Será que Maria sabia e escondeu de mim? Provavelmente sim, as duas eram muito grudadas e provavelmente minha filha confiava mais nela do que na própria mãe. Não culpo nenhuma delas por isso, eu não fui uma mãe em tempo integral, Maria sempre teve mais convívio com minha filha do que eu. Aqueles pensamentos ficaram borbulhando na minha cabeça durante o banho e até o momento que apaguei na minha cama.
Acordei no outro dia bem cedo e fui tomar meu café. Logo Júlia e Lorena apareceram e se juntaram a mim. Maria não apareceu e apesar de tudo, eu estava com saudades dela. Sentimentos são uma coisa complicada. Eu ainda sentia muita mágoa pelo que Maria fez, mas nesse tempo a raiva passou e eu não sabia direito o que sentia por ela. Mas eu sentia saudades da minha amiga de antes e na atual situação eu não só sentia saudade, eu sentia necessidade de falar com ela. Não só para tirar a dúvida se ela já sabia ou não, mas também para desabafar. Eu precisava falar com ela, só não sabia como.
Fui para o trabalho e antes deixei as garotas no colégio. Assim que cheguei para trabalhar já fui avisada pela minha secretária que Marcos queria me ver. Fui na sala dele, entreguei o contrato e recebi um monte de elogios. Sai dali toda feliz por isso. Mas quando estava indo para meu escritório, eu me encontrei com Marina. Ela me olhou com a mesma cara de raiva dos últimos tempos. Eu não sabia o que eu tinha feito, mas ela com certeza não gostava de mim. Quando ela começou a trabalhar na empresa, a gente fez uma pequena amizade. Éramos duas estagiárias que tinham sido contratadas. Nós nos ajudamos no início, mas depois que o marido dela começou a se engraçar comigo e eu cortei ele, Marina se afastou de mim. Provavelmente o infeliz inventou algo para ela, que como sempre acreditou no marido.
Meu dia foi tranquilo e quando voltei para casa, Júlia não estava. Ela tinha ido para casa da Lorena "estudar". Assim que cheguei vi Maria na cozinha conversando com a nova empregada. Quando entrei, ela me cumprimentou e disse que iria descansar. Maria ainda tinha dificuldades de olhar nos olhos. Ela conversava comigo só o essencial e sempre de cabeça baixa. Júlia já tinha notado que a gente andava meio estranhas uma com a outra, mas nós duas falamos a mesma coisa. No dia que discutimos, as duas se alteraram e falamos coisas que não deveríamos ter falado. Isso acabou abalando um pouco nossa amizade, mas estávamos bem e tentando superar isso.
Tomei uma água e fui ver com nossa empregada se estava tudo certo na casa. Depois fui para meu quarto e tomei um banho rápido. Mas aqueles pensamentos sobre Julia voltaram. Eu não entendia o porque minha filha escondia seu namoro de mim. Do seu pai eu até entendia, já que ela sabia o motivo do pai não gostar da Maria. Mas eu nunca demonstrei ter qualquer tipo de preconceito, até porque eu realmente não tinha. Ali mesmo no banho, eu tomei uma decisão.
Sai do banho, vesti uma roupa e fui no quarto de hóspedes. Bati na porta e Maria falou que podia entrar. Ela estava sentada, com as costas apoiada na cabeceira da cama. Quando ela viu que era eu ,ela abaixou o olhar. Me aproximei da cama e perguntei se eu podia falar com ela por um momento. Ela disse que sim e eu sentei na beirada da sua cama.
Respirei fundo e fui direta com ela.
~ Maria, você sabia que a Júlia e a Lorena são namoradas?
Quando terminei a pergunta, ela me olhou nos olhos com uma cara de espanto.
~ Como assim namoradas? Não, eu não sabia disso não. Você tem certeza disso?
Acho que ela não esperava por aquela pergunta.
~ Namoradas Maria. Bom eu acho que é namoro, já que elas vivem grudadas. Mas que elas têm um relacionamento, eu tenho certeza. Quando cheguei de viagem ontem eu fui procurar minha filha. Ela estava com Lorena lá na sua casa. Eu não vi, mas escutei os gemidos e uma frase que deixou meio óbvio o que elas estavam fazendo.
Maria estava de boca aberta. Sinceramente tive vontade de rir da cara que ela fez.
~ Eu juro que eu não sabia disso. Sei que você não confia mais em mim. Mas eu não sabia. A chave da casa fica em cima da geladeira, juro que não dei a ela.
Acho que ela achou que eu fui ali acusar ela de algo. Dava para ver o medo no olhar dela.
~ Maria, eu acredito em você. Não vim aqui te acusar de nada não. Só queria saber se ela tinha lhe contado, já que ela confia mais em você do que em mim.
Fazia tempo que a gente não se falava assim, uma olhando no olho da outra.
~ Ela não me contou não e você está enganada quando diz que ela confia mais em mim do que em você. A gente pode conversar alguns assuntos que não é muito confortável para falar com uma mãe, por mais que seja uma mãe tranquila como você é. Sua filha confia muito em você, ela só não fala alguns assuntos e pelo jeito nem comigo ela fala tudo.
Eu não acreditei muito no que ela falou dessa vez não.
~ Não sei não. Eu não fui uma mãe em tempo integral para minha filha. Primeiro por causa dos estudos e depois por causa do trabalho. Não fui ausente, mas fiquei devendo muito nessa parte. Ela sempre teve mais tempo com você e com o pai dela. Sei que ela nunca me culpou e já me deixou isso claro algumas vezes. Mas acho que eu fiquei um pouco para trás, ela é muito mais apegada ao pai e até a você, do que a mim.
Maria balançou a cabeça discordando do que eu falei.
~ Quando vocês se divorciaram ela ficou com você, mesmo podendo escolher ir morar com o pai. Ela sempre se esforçou muito nos estudos porque quer entrar em uma universidade boa e fazer administração como você. Ela fala sobre seu trabalho e suas conquistas, toda cheia de orgulho. Ela se inspira em você e quer seguir seus passos porque se orgulha da mãe que tem. Você tem razão em dizer que você foi a que menos teve tempo com ela, mas mesmo assim ela a escolheu como espelho. Júlia te ama mais do que qualquer coisa nessa vida. Nunca duvide disso!
Tudo aquilo que ela falou me emocionou, eu nem percebi, mas algumas lágrimas se formaram e banharam meu rosto. Talvez a falta de confiança não era da minha filha, mas sim minha por causa das minhas inseguranças. Aquilo que Maria falou era verdade. Júlia queria fazer administração como eu e sempre me enchia de elogios a cada promoção que eu recebia, na verdade ela ficava mais feliz que eu. Acho que estava na hora de eu dar mais valor ao amor que minha filha tinha por mim e parar de comparar esse amor com os que ela tinha por outras pessoas queridas por ela.
Limpei as lágrimas do meu rosto e abri um pequeno sorriso.
~ Obrigada Maria. Você é uma boa amiga.
Não falei aquilo por mal. Só saiu naturalmente.
~ Não precisa agradecer e não sou uma boa amiga não, na verdade com você eu fui péssima.
Mais uma vez ela abaixou a cabeça e encolheu o corpo.
~ Desculpe eu falei sem pensar. Não quero voltar a esse assunto e não queria te deixar triste. Só me dá mais um tempo, é que eu..
Minha voz não saiu, só senti um nó na garganta.
~ Tudo bem. Não é culpa sua, fui eu que estraguei tudo. E não adianta te dar tempo, porque mesmo como todo tempo do mundo você não vai esquecer o que eu fiz. Eu já aceitei isso, nunca mais vou poder te chamar de amiga de novo ou poder te dar um abraço. Assim que eu puder eu prometo que vou para outro lugar, só estou aqui pelo meu filho. Mas me dói demais saber que por minha culpa, a minha presença te causa dor. Eu realmente sinto muito.
Aquelas palavras dela me quebraram e eu não sei se por eu estar meio emotiva, mas fiz o que achei certo. Me levantei e dei um abraço nela. Ela demorou a reagir, acho que aquilo a assustou.
Eu aproveitei o disse o que eu sentia naquele momento.
~ Eu não sei se vamos voltar a ser as amigas de antes, eu estou muito magoada com tudo. Como eu disse, me dê mais um tempo para tentar diminuir essa mágoa. Mas vamos tentar consertar as coisas juntas. E por favor, considere ficar aqui com a gente. Vamos criar essa criança juntas, tenho certeza que Júlia vai querer isso e eu também.
Maria só chorava balançando a cabeça no meu ombro. Ela me apertava forte e chorava. Nosso abraço só não durou mais porque Júlia chegou na hora.
~ Meu Deus que cena fofa. Eu também quero um abraço.
Nem deu tempo de eu falar nada. Julia abraçou nós duas ali meia torta já que as condições não eram favoráveis. Mas foi gostoso ficar ali entre as duas, me senti muito bem naquele abraço. Quando nos soltamos eu dei um abraço muito apertado na Júlia e disse que a amava muito. Ela ficou toda feliz e disse que me amava muito também. Sai daquele quarto mais leve. Eu ainda não sabia se eu iria falar com minha filha ou se iria deixar ela tomar a iniciativa. Provavelmente eu voltaria naquele quarto para falar sobre isso com Maria. Acho que ela poderia me ajudar a tomar a melhor decisão.
Fui para o meu quarto e depois de um tempo fui jantar. Um pouco antes de dormir recebi uma ligação da Gabi. Conversamos um pouco e achei muito legal ela ter ligado para mim. Depois que encerramos a ligação, comecei a me lembrar dos momentos que passei com ela e Hugo. Aquelas memórias ainda estavam muito frescas na minha mente e não tinha como não ficar cheia de tesão. Pensei em me masturbar ali na cama, algo que eu não fazia a muito tempo. Mas achei arriscado, não queria que ninguém me ouvisse gemendo por acidente. Me levantei e fui para o banheiro.
Tirei toda minha roupa e entrei na ducha. Fui deixando a água morna descer pelo meu corpo e comecei a lembrar dos beijos da Gabi. Aqueles lábios macios tocando os meus. Sua língua atrevida se entrelaçando na minha. Aquela maciez que me fazia querer morder seus lábios. Sua boca descendo para o meu pescoço me beijando e chupando. Suas pequenas mordidas na minha orelha e as sacanagens ditas com sua voz rouca no meu ouvido.
Eu ia imaginando e tocando meu corpo com as mãos bem devagar. Deixava elas deslizar pela minha barriga, seios, coxas, bumbum. Às vezes passava os dedos na entrada na minha buceta e acariciava meu clitóris, mas com suavidade. Aquilo estava muito gostoso e eu não estava com pressa de gozar.
Comecei a lembrar da boca da Gabi me chupando gostoso. Seus lábios macios sugando meu clitóris e sua língua explorando toda minha intimidade. Eu ainda podia me lembrar com detalhes da sua língua brincando com meu grelinho enquanto ela me olhava nos olhos. Era uma imagem perfeita aquela cena.
Comecei a massagear meu critoris com mais força, porém lentamente. Minha outra mão apertava o bico de um dos meus seios. Imaginei as mordidas que Hugo dava enquanto chupava eles gostosamente.
Não aguentei de tesão e desci meus dedos para minha fenda e comecei a penetrar dois dedos bem devagar. Eu estava muito molhada por dentro e meus dedos deslizaram fáceis. Eu comecei a fuder gostoso minha buceta com meus dedos e esfregava a palma da minha mão no meu clitóris. Meus gemidos tomaram conta do ambiente. Eu fiquei brincando daquele jeito por um bom tempo, me lembrando do casal me deixando louca de tesão.
Me lembrei do Hugo me fudendo d4 e da Gabi debaixo de mim lambendo e sugando meu clitóris. Eu gozei daquela vez com Hugo fudendo meu rabinho e Gabi me chupando. Mas antes do orgasmo eu estava chupando aquela buceta gostosa que ela tem. Eu queria sentir novamente aquele gosto na minha boca. Eu demorei muito a fazer isso, como era gostoso lamber uma mulher molhadinha, poder devorar ela até ela melar a minha boca com seu mel.
Me lembrei novamente do Hugo atrás de mim fudendo meu rabinho e puxando meu cabelo. Eu tirei minha mão dos seios e levei até meu bumbum. Comecei a fazer carinho no meu rabinho com os dedos. Ao mesmo tempo, aumentei a velocidade dos movimentos da minha outra mão na minha buceta. Eu estava prestes a gozar gostoso.
Eu gemia gostoso e as cenas apareciam nítidas nos meus pensamentos. Senti meus músculos se contrair. Pressionei mais meus dedos no meu rabinho. Tirei os outros dedos de dentro da minha buceta e friccionei meus clitóris com movimentos rápidos e fortes. Eu estava gozando gostoso. Minhas pernas estavam perdendo as forças, eu dei dois passos para trás e me apoiei na parede. Coloquei dois dedos de uma mão bem rápido dentro da minha buceta e soquei gostoso. Depois voltei e a friccionar meu clitóris. Eu tinha perdido o controle do meu corpo. Meus músculos estavam rígidos, eu mal conseguia respirar. Eu sentia uma sensação tão boa que ia do meu útero até entre minhas pernas. Deu vontade de gritar, mas eu não podia e nem conseguia. Aos poucos meus músculos foram relaxando e eu desci escurecendo as costas pela parede até minha bunda tocar no piso gelado.
Fiquei ali até recuperar minhas forças. Nossa aquele orgasmo tinha acabado comigo. Mas foi relaxante. Tomei um banho rápido e voltei para minha cama. Logo dormi um sono maravilhoso. No outro dia quando voltei do trabalho fui no quarto de hóspedes novamente. Mas Júlia e Lorena estavam lá conversando com Maria e alisando a barriga dela. Eu achei fofo e acabei me juntando a elas. Ficamos de papo um tempo até que Lorena falou algo que eu ainda não tinha pensado.
~ Desculpe me meter, mas no nome de quem você vai registrar seu filho Maria? Pelo jeito você não quer nada do pai dele, vai registrar só no seu nome?
Acho que Maria também não tinha pensado nisso.
~ Eu não sei. Se puder registrar só no meu nome, é o que vou fazer.
Lorena parecia entender muito do assunto
~ Pode sim. Hoje se pode registrar só no nome da mãe, ou de duas mães, ou de um pai e duas mães. Tem muitas opções de registro hoje em dia.
Eu não ia deixar aquela passar de jeito nenhum.
~ Você parece entender muito do assunto Lorena.
Ela ficou meio sem graça, mas pensou rápido.
~ Minha mãe é advogada e ela já me explicou sobre isso por causa de um caso que ela estava trabalhando. Como eu tenho pensado em fazer direito, sempre pergunto as coisas para ela.
Fazer direito uma ova, eu sabia que ela iria fazer administração também, mas me fingi de boba.
~ Que legal. Espero que você se torne uma grande advogada como sua mãe.
Ela sorriu e me agradeceu. Maria me deu uma olhada que quase me fez rir e Júlia deu uma cutucada com a perna na Lorena, foi bem disfarçada, mas eu vi.
Eu na verdade, achei legal Lorena saber daquilo. Sinal de que ela queria ter filhos e eu queria ter netos, então estava tudo certo. Mas aquele assunto me fez pensar. Se Maria registrasse a criança só no nome dela, isso poderia trazer problemas. Se caso acontecesse algo com Maria ela ficaria órfão aos olhos da lei. Fora que ela iria perder um monte de ajuda que o pai verdadeiro dela poderia dar a ela. Como uma boa pensão, um convênio de saúde e outros benefícios que ele perderia por o pai ser quem era.
Eu fiquei pensando naquilo depois que saí do quarto. Passou uma ideia maluca pela minha cabeça e talvez desse certo. Mas isso iria depender da Maria e da Júlia também. Se elas concordassem eu acho que iria me tornar mãe novamente.
Continua..
( Críticas, dicas e elogios são sempre muito bem vindos, desde que feitos com respeito e educação. Obrigado.)