Há aproximadamente três meses atrás, eu e minha esposa Cláudia decidimos fazer algo que há tempo tínhamos vontade, que é subir o Pico Da Bandeira, que para quem não conhece fica na divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo, e para quem já se aventurou sabe que os melhores meses são de julho a setembro, período de frio, onde a possibilidade de chover é menor e o nascer do sol é deslumbrante, só quem já foi consegue entender o que estou dizendo.
Chegamos lá no sábado pela manhã e a previsão era de começar a subir por volta de 23:00 hs, como eu havia dito a ideia era chegar lá em cima antes do por do sol. Pegamos um jipe que nos levou até o acampamento, onde ficaríamos até a hora da subida, montamos as barracas e como ainda faltava muito tempo para a subida fomos fazer algumas trilhas e conhecer algumas cachoeiras.
O parque do Caparaó é repleto de cachoeiras, sendo assim começamos por umas mais lá embaixo e fomos subindo, como fomos através de excursão havia outras pessoas no mesmo grupo, vários casais e algumas pessoas sozinhas, dentre essas pessoas um grupo de três amigos, que como na viagem dois deles estavam sentados ao nosso lado acabamos fazendo amizades, aqui irei chamá-los de Evandro, Flávio e Fernando.
Quando chegamos nas cachoeiras mais altas devido ao calor e a caminhada o pessoal inventou de entrar nos poços de águas, lá existem vários. Começamos a tirar as nossas roupas e pular dentro, apesar de a água ser muito fria naquela região. Eu como estava só de bermuda já cheguei pulando com os meninos e Cláudia ficou sentada próxima ao poço, nisso algumas mulheres também começaram a pular o que deve ter encorajado a minha esposa, que não perdeu tempo e tirou a blusa ela estava com um biquíni Branco, que a deixa uma delícia.
Cláudia tem 28 anos e sempre se cuidou muito, malha quase todos os dias e por isso é bem definida, ela é branquinha tem aproximadamente 1,60 mts, cabelos longos e pretos, seios médios e bem durinhos e uma bunda praticamente perfeita, redonda e dura, não é algo exagerado mas no tamanho ideal, e só usa biquini que realça o seu corpo, normalmente bem cavado o que me deixa louco.
Pois bem quado ela terminou de tirar o short e ficar somente de biquini não teve um homem que não olhasse, é até difícil não olhar tamanha perfeição. Ela pulou próximo de onde eu estava e ficamos ali desfrutando do nosso mergulho que estava muito bom, porém quando ela saiu da água, devido ao frio, os bicos dos seus peitos ficaram contraídos formando aqueles bicões que ficavam bem realçados, deixando os homens doidos.
Após ficarmos praticamente toda a manhã por ali, resolvemos retornar ao acampamento para comermos algo e descansar um pouco, afinal a subida é bem cansativa. Chegamos ao acampamento nos alimentamos e aproveitamos para tirar um cochilo, pois ainda estávamos cansados da viagem.
Quando foi por volta de 17:00 hs o pessoal começou a acordar, alguns fizeram café e ficaram por ali batendo papo, eu havia saído para ir ao banheiro, que fica um pouco mais pra cima e quando retornei Cláudia estava próxima a barraca dos meninos que ficava um pouco mais afastada das demais, conversando com eles e filando um café, eu me aproximei e ficamos conversando acerca da subida. Por volta de 20:00 hs os meninos que haviam levado um pequeno fogareiro, acenderam e começaram a assar carne e mais uma vez nos chamaram para participar, como a subida estava prevista para 23:00 hs resolvemos nos alimentar bem pois sabíamos que iríamos precisar de energia.
Para nossa surpresa eles estavam com uma garrafa de uísque e como estava já bem frio, não teve como rejeitar uns goles, dessa forma ficamos um bom tempo conversando e bebendo, até a hora de começar a subir a montanha, que ocorreu por volta de 23:10 hs, o guia nos reuniu passou algumas instruções e começamos a subida.
A trilha para subir não é muito fácil pois o solo é bem pedregoso e tem alguns trechos bem elevados, de forma que normalmente sempre desiste uma boa parte do pessoal e dessa vez a primeira a desistir foi Cláudia, ainda no começo da trilha ela se sentiu mal e resolveu retornar, e como ainda não tínhamos subido muito perguntei se ela queria que eu retornasse junto e ela falou que não havia necessidade, que ficaria me esperando no acampamento, dessa forma prosseguimos e ela retornou.
A subida até o topo da montanha são aproximadamente 7 km e a medida que íamos subindo mais pessoas iam desistindo e quase na metade do caminho foi a vez de Fernando desistir, apesar de novo, aparentava ter no máximo uns 24 anos e bem preparado, sentiu os efeitos da altitude e resolveu voltar. E assim continuamos caminhando e quando estávamos chegando a metade do caminho começou a chover muito forte, por sorte já estávamos próximos a um lugar chamado terreirão, que é um segundo acampamento antes do topo, fica na metade do caminho.
Conseguimos nos abrigar na casa de pedra, que é uma espécie de cabana, que mais parece uma senzala e ficamos ali na esperança de a chuva passar, porém após mais de meia hora de chuva intensa o guia nos comunicou que naquelas condições não poderíamos subir até o topo, uma porque era perigoso e a outra é que não iria dá pra vê nada, e que o ideal era permanecer ali até amanhecer e retornar.
Estava previsto para chegarmos ao topo antes de 05:00 da manhã, para vê o sol nascer e depois desceríamos, devendo chegar ao acampamento por volta de 10:00 hs da manhã, que era o horário que Cláudia esperava que eu retornasse, porém como eu soube que não subiríamos mais, não achei interessante permanecer ali naquele local, e também fiquei preocupado com Cláudia, pois se no acampamento também chovera daquela forma poderia entrar água na barraca, sendo assim decidi retornar, perguntei se mais alguém queria vir mas todos acharam melhor ficar ali até amanhecer.
Já havíamos caminhado umas duas horas até chegarmos no terreirão, com o tempo que esperamos na cabana, quando iniciei a descida já era por volta de 02:00 hs da manhã, e como para descer é sempre mais fácil gastei um pouco menos de tempo e cheguei no nosso acampamento por volta de 03:30 da manhã, a maioria das barracas estavam vazias, somente algumas poucas pessoas que não iam subir a montanha permaneceram lá, o restante todos foram.
Assim que cheguei fui em direção a minha barraca e como fiquei preocupado em abrir o zíper da barraca e assustar a minha mulher decidi chamá-la antes: Cláudia, Cláudia! Chamei umas três vezes e ela não respondeu, comecei a ficar preocupado e abri a barraca, porém para minha surpresa a barraca estava vazia, nessa hora fiquei desesperado, mil coisas me passaram pela cabeça, o meu maior medo era de que algo pudesse ter acontecido com ela no retorno, apesar de lá ser um lugar bem seguro.
Pensei um pouco e cheguei a conclusão que devido a chuva haveria possibilidade de ela ter ido para alguma outra barraca, apesar de a nossa não aparentar estar molhada, dessa forma comecei a ir em todas as barracas, abrir o ziper e dá uma olhadinha dentro com a lanterna, e assim fui fazendo, o problema é que lá costuma ter umas quarenta a cinquenta barracas espalhadas nessa época, então não seria fácil, mas não havia outra opção.
Após olhar em quase todas as barracas lembrei que Fernando também havia retornado antes da metade do caminho, então pensei na possibilidade de ele saber onde a Cláudia estava, dessa forma me dirigi até sua barraca, que ficava um pouco mais distante que a maioria num local mais ermo, um pouco mais acima.
Assim que cheguei próximo a barraca de Fernando comecei a vê a barraca balançando um pouco, como se a pessoa que estava dentro estivesse se mexendo dentro dela, e ao me aproximar mais ouvi uns barulhos meio estranhos, e quando estava praticamente ao lado da barraca entendi o que estava acontecendo, pelos gemidos e pelo barulho eu sabia que eram duas pessoas fazendo sexo, fiquei receoso de chamá-lo e resolvi esperar um pouco mais.
A minha intenção era esperar ele terminar e só então chamá-lo para perguntar acerca de Cláudia, porém após alguns minutos, a barraca parou de balançar e comecei a ouvir eles conversando lá dentro, foi nesse momento que identifiquei a voz de minha mulher.
Nessa hora não pensei duas vezes e abri o zíper da barraca, liguei a lanterna dentro e a deitada ao lado do Fernando, como estavam cobertos só deu pra vê parte dos seios dela despidos.
Nesse momento fiquei meio sem ação e após desferir alguns xingamentos, como puta, piranha, safada, vagabunda etc retornei para a minha barraca e fiquei lá, não demorou muito e Cláudia veio me procurar, porém falei pra ela pra sumir da minha frente pois não iria responder por mim.
Ela saiu, não sei nem pra onde foi e fiquei até amanhecer dentro da barraca, assim que o dia clareou peguei as minhas coisas e desci a pé até a entrada do parque, peguei um ônibus e retornei pra casa.
Durante a minha volta o meu celular começou a tocar, era ela que naquelas alturas dos acontecimentos já havia descoberto que eu não estava mais no acampamento, desliguei o meu celular e continuei a viagem.
Cheguei em casa por volta de 14:00 HS e como moramos em um apartamento alugado foi só pegar as minhas coisas e ir para um outro local, naquele momento não queria nem olhar para ela.
Fiquei na casa de um amigo por aproximadamente uma semana, até arrumar um local pra ficar e nesse tempo ela me ligou inúmeras vezes, porém não atendi a nenhuma ligação, até porque não havia nada para conversarmos e decidi bloquear ela no meu telefone.
Aluguei um kitnet em um bairro distante de onde eu morava e decidi recomeçar a minha vida, comecei a saí a noite, andei saindo com algumas pessoas, mas nada sério e aos poucos consegui superar o que havia acontecido.
Após algum tempo ela conseguiu descobrir o meu endereço e apareceu na minha casa a noite, eu havia acabado de chegar do serviço, estava no banho e alguém bateu a porta, como eu havia pedido um lanche imaginei que fosse o entregador e quando abri a porta era ela.
Antes que eu falasse qualquer coisa ela me pediu somente para escutá-la por alguns minutos e que depois iria embora, apesar de saber que nada que ela me dissesse iria me convencer a voltar pra ela, resolvi deixar ela falar até pra me deixar em paz, mas antes pedi que fosse breve pois estava esperando uma pessoa, o que não era verdade.
Vi que seus olhos se encheram de lágrimas mas ainda era pouco pelo que ela me havia feito passar. Começou pedindo desculpas, falou que se arrepende todos os dia pelo que havia feito, que não sabe porque fez aquilo, me pediu perdão e perguntou se eu daria uma chance pra ela.
Nesse momento o meu telefone tocou e quando olhei era uma daquelas ligações de empresas de marketing ou algo parecido, fingi atender e comecei a falar como se estivesse conversando com uma mulher e falei que daqui há uns 15 minutos iria passar lá. Nesse momento comecei a me arrumar e falei que precisaria sair que tinha um compromisso, aquilo foi o golpe de misericórdia.
Eu continuei fingindo indiferença e falei que no momento não havia qualquer possibilidade de retorno, que não confiaria nunca mais nela e que ela fosse viver a sua vida e me esquecesse, não quis alimentar esperanças.
Cláudia então se despediu, mais uma vez disse que sentia muito e esperava que um dia eu a pudesse perdoar, eu não respondi nada apenas a acompanhei até a porta, ela me olhou como se esperando alguma coisa mas como vou que não ouve reação de minha parte, abaixou a cabeça e foi embora.
E essa foi a última vez que a vi, espero que para ela tenha valido a pena jogar uma vida fora por alguns momentos de prazer.