Enquanto me arrumava para ir para a faculdade, respirei fundo e me olhei no espelho, certificando-me de que estaria bonita para a aula do meu professor preferido. Eu ainda estava nua, com o corpo coberto apenas por gotas de água. Meus cabelos pretos e encaracolados estavam macios e definidos, meus olhos castanho-escuro me encaravam de volta com ansiedade, minha pele morena estava limpa e hidratada, meus seios grandes e redondos estavam ainda com os mamilos marrons enrijecidos por causa do banho gelado. Escolhi cuidadosamente as peças que ia usar no dia: a calcinha tampava pouco, era preta e de rendas, com argolas de prata laterais. Eu adorava usá-las, porque quando eu andava podia senti-la roçando entre os grandes lábios. Decidi que iria sem sutiã, motivada pelo exibicionismo de usar uma camisa de botão apertadinha, branca e suavemente transparente, que marcava meus seios e cintura perfeitamente. Vesti as minhas calças boca-de-sino que destacavam as silhuetas das minhas pernas, e por fim coloquei meus saltos baixos estiletto pretos.
No auge dos meus vinte anos, eu cursava faculdade de sociologia. No quinto período, ele dava aulas de antropologia brasileira. Eu adorava essa matéria tanto quanto adorava ele, mas já não conseguia me concentrar nas aulas. O horário do ônibus que eu pegava estava próximo, mas me perdi na minha imaginação pensando no professor Gustavo. Eu queria montar em cima dele e beijá-lo com intensidade enquanto sentia suas mãos robustas apertando minha bunda, sentindo cada dedo em cada lugar, com meus sentidos ampliados pelo desejo. Saí de casa correndo, tropeçando em mim mesma pelo meu salto, mas o ônibus já tinha ido embora. Ele demoraria mais cinquenta minutos para passar de novo, e eu desesperada para não perder a aula e sem dinheiro para um táxi, tirei o salto e carreguei ele na mão enquanto corria o mais rápido possível para o próximo ponto.
Descabelada e suada, já a dez minutos correndo, ouvi um carro buzinando para mim e freando do meu lado, senti medo e olhei para ele, e tive uma surpresa agradável quando o vidro se abaixou. A voz grave se dirigiu a mim:
"Tá atrasada também, Alice?!" Gustavo exclamou, me encarando de modo convidativo. "Entra no carro! No banco da frente mesmo... deixa a bolsa ali atrás, te dou uma carona!"
"Profê!" eu respondi animada, quase gritando, enquanto ajeitava o cabelo e a blusa, molhada de suor e totalmente transparente na área dos seios. Entrei no carro e sentei ao lado do professor, e percebi seus olhos caminhando pelo meu corpo, desde as pernas, até os seios, pescoço, parando e encarando a minha boca por pouquíssimos segundos. Retribui o olhar rapidamente, mas não fiz nada, pensei que ele estava apenas conferindo se eu estava bem.
Ele voltou a dirigir o carro e aumentou o som da música. Uma música de fundo estava tocando, mas foi totalmente ofuscada pela análise que eu estava fazendo sobre seu corpo e rosto. Ele era um homem que tinha por volta de quarenta anos, mais alto que eu, com braços fortes e peludos, estava com a barba por fazer, e estava com os cabelos longos e ondulados amarrados no dia.
"Alice, você ouviu o que eu falei?" ele disse, e percebi que já era a terceira vez que ele estava falando comigo, mas eu estava completamente imersa nos meus pensamentos.
"Me desculpa, professor. O que você falou?"
"Perguntei se você gosta de Red Hot Chilli Peppers."
"Ah," notei que era a música que estava tocando desde que entrei no carro, "Não gosto muito. Por quê?"
"Só estou tentando conversar. A faculdade ainda tá meio longe. No mínimo uns vinte minutos daqui, com esse trânsito."
"Eu prefiro música nacional." procurei algo no carro que pudesse render um assunto. Era uma oportunidade única de estar sozinha com o professor. Percebi uma foto pendurada no espelho retrovisor, com ele e uma garota alguns anos mais nova que eu. "A garota da foto é sua filha?"
"Sim" ele continuou com as mãos no volante, concentrado "Mas eu moro sozinho, ela mora com a mãe. Sou divorciado desde o ano passado."
"Sinto muito por você" eu respondi, mentindo e escondendo minha felicidade por ele estar solteiro.
"E você? É solteira também?"
"A última vez que me envolvi com alguém foi no segundo período", paramos num sinal vermelho. Ele me encarou profundamente e perguntou:
"E não está interessada em ninguém agora?", os olhos dele se voltaram para o meu corpo novamente.
"Talvez eu esteja. Mas talvez ele seja velho demais pra mim"
"Se eu fosse esse cara, eu não me importaria com isso. Eu nunca desperdiçaria uma mulher bonita dessas por um motivo tão tolo..."
"Talvez esse cara seja meu professor também. E talvez isso seja um pouco antiético..." viro totalmente meu corpo na direção dele, desabotoando o primeiro botão superior da minha camisa.
"Você fala muitos talvezes. Estou curioso agora."
"Você não vai conseguir me obrigar a falar quem é. Não desse jeito."
"Por favor..." ele implora, abaixando o som da música.
"O sinal já vai abrir. Que tal discutirmos melhor sobre isso quando você estacionar o carro lá na faculdade?"
"Tudo bem. Espero que você me diga mesmo. Tá brincando comigo."
Passamos os próximos quinze minutos conversando sobre assuntos acadêmicos. Tirei algumas dúvidas de antropologia enquanto sentia o cheiro dele, perfumado e amadeirado. Quando paramos no estacionamento da faculdade, tinham poucos carros, e todos eles estavam afastados. Os vidros estavam fechados.
"E então, vai me contar em quem você está interessada?" ele pergunta, implorando por uma resposta.
"Vou te contar isso quando formos pro banco de trás" eu digo, abrindo mais um botão. Ele obedientemente pula para a parte de trás. Eu faço o mesmo, me sento ao lado dele e chego bem perto do ouvido dele, e digo, sussurrando: "Você". Empurro ele e faço-o se deitar, subo em cima dele e começo a beijar seu pescoço. Mexo meu quadril pra frente e pra trás, e consigo sentir sua ereção encaixada na minha buceta. Beijo o canto de sua boca lentamente, e depois faço nossos lábios se encostarem lentamente. Ele coloca as mãos na minha bunda, controlando o ritmo que eu me mexo, tornando-o levemente mais intenso.
Ele coloca minha mão em seu pescoço e pede: "Me enforca, por favor". Encarei ele por menos de um segundo, um pouco perplexa.
Ele queria ser enforcado por mim? Logo ele, tão másculo, forte e robusto? Mas é claro que isso me deixou muito animada. Encaixei melhor meus dedos no pescoço dele, e apertei com força. Vi ele perdendo o ar e revirando os olhos, e falei, encostando a minha boca em seu ouvido:
"Você é um pervertido. Sendo sufocado por uma aluna... imagine se os outros soubessem disso, o que seria de você..."
"Ah... por favor..." ele tenta falar, ainda com minha mão em seu pescoço, "Não conta... pra ninguém..." eu tiro a mão e deixo a marca dos meus dedos nele.
"Não sei. Só se você for muito obediente comigo a partir de agora.", eu digo, acariciando a boca dele com meus dedos.
"Eu vou ser, minha Dona..."