Minha primeira vez

Da série Valquiria
Um conto erótico de Laura Sissy
Categoria: Heterossexual
Contém 1669 palavras
Data: 24/05/2024 15:03:11

Eu tinha 18 anos na época e era virgem. Só queria transar, mas não com qualquer uma, com uma namorada, com alguém que eu estivesse apaixonado. As pessoas que falavam apenas em sexo pareciam tão frias, meus amigos do colégio, falavam como se fosse um jogo de contagem numérica. Eu queria mais do que isso, queria pertencer a alguém, fazer parte de alguém.

Mas não sabia bem como fazer isso. Eu assistia pornografia de vez em quando, de mulheres lindas, às vezes gostava das com mais peitos, às vezes das com mais bundas. Teve um momento em que fiquei levemente obcecado por mulheres mais gordas, me imaginava sendo esmagado por mulheres maiores do que eu. Isso me incomodava um pouco, porque os meninos só gostavam das magrelas. Com o tempo aprendi a lidar.

Mesmo virgem, eu gostava de me dedar, aprendi a fazer fio terra e a me satisfazer assim, mesmo não contando a ninguém e tendo muita vergonha disso. Sempre fui um menino mais tímido, quieto, gostava de ler poesia e filosofia. Eu esperava pelo amor, mas ao mesmo tempo me sentia indiferente, vai que ele não existe de fato? E eu espere por algo que não exista, ou que não faça sentido para mim.

Entretanto, eu tinha que descobrir como era o amor, ou se apaixonar, ou comer alguém antes de morrer. Fiz um tinder. Dava like esporadicamente, e às vezes dava like em todas, só para ver se alguém realmente estava ali do outro lado, também me dando likes. Nada. Sou tão feio assim? Fotos erradas? Não sei.

Nessa mistura de abandono e procura, resolvi comprar um dildo no aliexpress, e me masturbar por trás inúmeras vezes. Quando me sentia abandonado, corria para o consolo, de alguma forma eu me sentia amado imaginando alguém me penetrando. Em algumas vezes, fiz greve de masturbação pelo pênis, para sentir o prazer anal aumentar, e dava certo.

Eu tinha cabelo grande, magrinho e com alguma bunda. Eu achava meu pau muito pequeno às vezes, e ficava com isso na cabeça por dias, pensando como que eu iria perder a virgindade com um pau tão pequeno. Mas, também achava que era só coisa da minha cabeça, que meu pau não era tão pequeno assim, e que era apenas meu padrão de pornografia me julgando, vendo paus tão grandes na tela e me comparando com eles.

Sentia atração por muitas pessoas, e também por homens, por isso entrava em sites de bate papo gay, para conversar com homens, mas não tinha coragem de responder, eles falavam comigo e eu saía da sala de bate papo na hora, impelido por algum impulso de vergonha. Com o tempo fui perdendo a vergonha, mas não saía com nenhum deles. Ainda morava com os pais.

Certo dia eu dei um match com uma mulher chamada Valquíria. Cabelos castanhos escuros, meio enrolados/ondulados, pele branca, usando um vestido azul na primeira foto, olhos esverdeados, boca grande, seios grandes, parecia brincadeira. Ela era muito bonita pra mim, pensei, sentindo um estupor de alegria no meu peito.

Tive medo de estragar tudo, ela fazia o meu tipo, não era uma mulher magra, e tinha o cabelo enrolado do qual eu sempre reparei em outras pessoas.

-Oie.

Ela mandou. No que eu não respondi, deixei a conversa lá enquanto meu coração batia em meu peito como um tambor. Fiquei pensando o dia todo no que responder. Dormi para esquecer. No dia seguinte, abri a conversa e me lembrei que tinha evitado para preservar minha saúde mental.

-Oi Val, sou seu fã!

Respondi. Achando que um oi tudo bem mataria a conversa, preferi esconder a ansiedade com uma mão e mostrar um bom humor com a outra. Depois fiquei achando que ela imaginaria eu ser um estranho, esquisito, stalker, falando como se já a conhecesse.

-hahahaha. Tudo bem contigo?

E a conversa fluiu lindamente. Ainda bem que ela perguntou como eu estava, e como iriam as coisas, eu não gostaria de ser a pessoa que faz as perguntas bobas. Ela me surpreendeu sendo receptiva e amigável, e até flertando um pouco.

-E então, quando vamos nos ver?

Fiquei sem reação ao ler essa pergunta. Mãos frias, boca seca.

Marcamos para o final de semana, no sábado, e ainda era segunda, meu deus. Até o final de semana já vou ter morrido.

Depois de um longo banho me acalmei e fomos conversando pelo whatsapp sobre filmes e coisas do tipo. Fiquei pensando como diria a ela que era virgem, depois de descobrir que ela tinha 23 anos e já tivera dois ex namorados.

Planejei falar por whatsapp, para não estragar algum plano dela de transar comigo, caso ela não quisesse transar com um virgem que não sabe o que está fazendo. Falaria, ei, então, sei que é cedo ainda para dizer algo sobre nós, ou se vamos ficar ou não, mas quero deixar claro que sou virgem, caso você tenha alguma expectativa sobre isso.

Porém, eu sou um homem certo? Não vou sangrar, é só mais uma desculpa pra caso eu meta mal, porque ninguém nasce sabendo. Se for ruim, é porque eu era virgem, sabe?

E por algum motivo eu queria contar, com medo da rejeição presencial, preferi a rejeição virtual e preparado para qualquer interrupção de interação eu falei. Mandei um áudio para parecer algo mais sério, com a voz meio tremendo e gaguejando disse, com menos palavras do que deveria, o que eu queria dizer.

Me senti entregando um currículo em uma empresa boa, sem nenhuma qualificação.

No que ela respondeu:

- Aaah, obrigado por avisar <3. Mas nosso date ainda está de pé, né?

Fiquei muito feliz com a resposta, senti alivio. Perguntei se ela não se importava, disse que não, tinha achado fofo o aviso.

No dia do encontro, marcamos de ir em um barzinho tomar chope e comer alguma coisa. Eu queria levar alguma coisa para ela, algum presente, mas fiquei inseguro achando que iria ser muito, logo no primeiro encontro. Tinha esquecido completamente de me masturbar com meu dildo, fiquei a semana toda pensando em Valquiria.

Marcamos nove horas da noite, fazia um tempo fresco: noite escura com vento frio e clima abafado, o movimento fazia esquentar o corpo, mas ficar parado fazia frio. Um típico dia abril. Ao sair de casa, mandei mensagem para minha pretendente tão esperada, e quando cheguei no local ela não tinha chego ainda, mas prontamente falou que estava chegando.

Veio de uber, e acenou para mim bem sorridente, saiu do carro com um vestido preto apertado, mas que deixava aparecer uma parte da sua coxa. Ela veio em minha direção e me deu um beijo no rosto e um abraço. Tive a impressão de achar ela muito gostosa, e ao mesmo tempo muito simpática. Deixando-me confortável, apenas o suficiente para mostrar a ela o que eu gostaria de mostrar sobre mim.

Ela queria fumar, então ficamos com uma mesinha do lado de fora. Ela começou a me falar sobre sua faculdade, e como a época da pandemia atrapalhou os estudos e a saúde mental dela. Ficou contente ao saber das minhas posições politicas, sobre meus interesses em letras e literatura, e coisas do tipo. Conversa vai, conversa vem:

-Você nunca saiu ou transou com ninguém?

-Não, já saí sim, mas tipo só alguns beijinhos sabe.

Falei, corando.

-Que fofo. Você deve se masturbar bastante então né? Hahaha

-Na verdade não, só por trás hahaha meu deus, tô meio bêbado já...

-Ah, sério, você gosta disso? Eu adoro também, tá falando de anal? To bebinha já também.

-Isso, às vezes só me masturbo assim, gosto de variar um pouco.

-Que massa! Meus namorados nunca deixaram eu fazer neles, sempre quis sabe, é um grande fetiche meu. Vamos pedir a conta e ir indo? Acho que já bebi demais!

-Vamos indo, quer caminhar na praia?

Pagamos a conta e fomos caminhar pela praia, eu nunca tinha me sentido tão amado como naquele dia. Compreendido e livre para falar sobre o que eu quisesse, e falamos sobre tudo. Até sentarmos num banquinho, nossos olhos repousassem um no outro, e nossas bocas se tocarem pela primeira vez.

Fomos para a minha casa, nos deitamos e nos beijamos muito. Mesmo bêbado, senti que era ela. No beijo, toquei seus peitos, enquanto ela tocava minha nuca. Ela tirou minha roupa, mas eu não estava duro ainda, acho que era a cerveja. Senti vergonha, mas ela continuou me beijando, tirou a roupa na minha frente, enquanto eu olhava deslumbrado e deitado.

Ela beijou meus mamilos, minha barriga, meu pênis flácido, passava a mão por meu corpo todo, mas nada acontecia do meu pau ficar duro, mesmo eu estando com muito tesão. Ela talvez tenha ficado cansada das tentativas e se deitou ao meu lado, enquanto fui a sua direção beijar o corpo dela, no que ela respondeu de imediato dando gemidos de prazer, enquanto eu acariciava seu pescoço e peitos com minha boca.

Descendo por sua barriga e beijando sua boceta, peluda e rosada, com um cheiro forte de quem já tinha ficado molhada por algumas vezes. Ao beijar e lamber ela lembrei-me dos inúmeros textos explicativos de como fazer sexo oral em uma mulher que eu já tinha lido na internet, e pus em prática o conhecimento teórico que tinha.

Parece que deu certo. O gemido dela, alto como uma gata no cio, as mãos dela empurrando minha cabeça para mais perto de seu clitóris, me fizeram ficar com muito tesão e ficar de pau duro. Chupei ela numa posição meio sugestiva, de 4, com a bunda mais empinada e a cabeça no meio das pernas dela, no que ela ficou passando os pés na minha bunda.

-Coloca a bunda na minha cara.

Ouvi ela dizer e fizemos um 69 assim, ela gozou muito na minha boca, enquanto enfiava a língua na minha bunda. Senti um tesão muito grande nisso, quase gozei muitas vezes, mas não cheguei lá.

Fiquei satisfeito em dar prazer a ela. Dormimos agarrados, em baixo das cobertas e pelados e apaixonados.


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