Procurando novos rumos
Depois de ter saído do meu apartamento, deixando para trás a mulher que até aquele momento era o amor da minha vida, eu sentia uma dor dilacerante no peito, a dor da perda, da impotência mediante as escolhas que ela fez na vida dela que impactou diretamente na nossa vida, na vida de toda nossa família. Ela com um “simples” caso destruiu, ao mesmo tempo, três casamentos, tudo bem que ela não fez nada sozinha, mas ela não deveria ter aceitado tudo como aceitou. Foram três famílias desfeitas devido a sua falta de empatia e acho até falta e amor por mim e por nossos filhos.
Por falar em filhos, eu não sabia como contar para eles sobre a nossa separação, afinal a separação não seria somente entre mim e mãe deles, seria de nós quatro. Naquele primeiro momento eles, com certeza, iriam ficar com ela, afinal, nem lugar para morar eu tinha, mas conforme pensava em quais passos dar, a única certeza que eu tinha era que iria brigar pela guarda dos dois, não tinha mínima ideia de como fazer, mas com certeza eu faria.
Fui direto para a casa de meus pais. As crianças fizeram festa com a minha chegada, mas perguntaram por que a mãe não estava junto, expliquei que ela não estava se sentindo muito bem e que tinha resolvido ficar em casa. Os dois ficaram meio desconfiados, entretanto não perguntaram mais nada. Eu fui com minha mãe até a cozinha, eu precisava comer alguma coisa, eles tinham acabado de almoçar. Comi um pouco, meu estomago revirava, foi difícil engolir aquela comida deliciosa que minha mãe tinha preparado.
As crianças ficaram na sala jogando um pouco de vídeo game. Em um breve momento foi possível conversar com meus pais, confirmei tudo o que tinha acontecido, que a Cris estava me traindo com dois caras e que eu conhecia os dois. Contei de forma bem reduzida de onde eu os conhecia, os dois ficaram bem espantados quando falei que tínhamos feito troca de casais, meu pai até me confrontou perguntando se já tínhamos feito tudo aquilo, ela sair com outros homens e eu estava de acordo, nesse caso não seria traição.
– Pai é traição sim! Quando tivemos nossas aventuras, estávamos nós dois juntos, um dos homens que ela está saindo agora, com ele nunca fizemos nada, até tivemos a proposta mas não aceitei, e mesmo que já tivéssemos feito alguma coisa com ele e a esposa, eles não teriam o direito de sair escondidos. Pai, ela me deixava nos sábado com as crianças para passar a tarde com seus amantes no motel, ela afirmava que estava trabalhando, eu acreditava, questionei poucas vezes, mas o argumento dela era muito bom, eu confiava cegamente na minha esposa, mas ela agiu pelas minhas costas, se por um grande acaso ela tivesse conversado comigo e eu tivesse liberado que ela saísse sozinha com alguns deles, não seria traição, existem muitos casais que fazem isso, mas eu nunca concordaria com algo do tipo.
Respirei um pouco e continuei tentando explicar para eles o que tínhamos feito. Claro eu não entrei em detalhes, minha cabeça girava de tanto nervoso, por fim ele concordou que realmente ela tinha me traído e muito. Eles me aconselharam em como conversar com as crianças, teria que falar com muito jeito, não poderia expor a mãe deles, apesar de que a vontade era muito grande, mas os dois não iriam conseguir entender nada.
Eu tinha a ideia de conversar com eles ali na casa dos avós, mas meus pais me convenceram em levar as crianças e junto com a Cristiane contar a eles que iriamos nos separar, não deveríamos dar detalhes, mas tínhamos que mostrar que eles dois eram muito importantes.
No meio da tarde, no horário que costumamos ir embora para nossa casa, liguei para a Cristiane e diferente da outra vez demorou para atender, cheguei a ficar preocupado, tentei mais uma vez aí sim ela atendeu.
– Oi Cristiane, estou na casa dos meus pais, está chegando o horário que normalmente vamos para casa, eu ainda não falei nada com as crianças sobre nossa separação, achei melhor ir com eles até aí e nós dois conversarmos com eles.
Ela chorava no telefone, mal conseguiu responder, mas acabou concordando. Chamei os dois e avisei que era hora de irmos para casa, que eu e mãe deles tínhamos um assunto bem sério para conversar com eles. Que eu só poderia falar quando chegasse lá, claro que ficaram muito curiosos, mas não falei nada.
Quando chegamos em nosso apartamento a Cris estava com o rosto inchado de tanto chorar, pela maneira de falar e andar era possível perceber que tinha bebido bastante, no estado que ela estava seria impossível conversarmos. Acabei pedindo para as crianças irem para seus quartos, levei a Cris para tomar um banho e deixei a água bem gelada. Ela ficou sentada no box um bom tempo, fiz um café bem forte, eu precisava tentar melhorar o seu estado para poder comunicar as crianças.
Fiquei esperando na cozinha, eu não queria mais nenhum contato íntimo com ela, nem mesmo ver ela se trocando na minha frente. Eu estava com nojo da mulher que ainda amava e sentia muito tesão, mas naquele momento, ela já não representava mais quase nada.
Demorou um pouco, mas ela chegou na cozinha. Não me olhava direito, falava bem pouco, só agradeceu por não ter falado nada para as crianças e pediu para que eu não falasse o motivo real da separação, pediu para falarmos que o casamento chegou num ponto que não iria mais dar certo, acabei concordando.
Quando percebi que ela estava melhor chamei as crianças, eu fiquei sentado em uma poltrona e a Cris em outra, pedi para eles se sentarem juntos no sofá à nossa frente.
– Crianças, eu e a mamãe temos um assunto muito sério para conversar com vocês. Nós dois nos últimos tempos temos conversado bastante e vimos que, nesse momento em que estamos, o melhor a fazer, tanto para nós dois, como para vocês, é que vamos nos separar, nosso casamento já não está muito bem já tem algum tempo, temos discutido muito, e para parar com todas as discussões e que não piore ainda mais o nosso convívio, o melhor, no momento, é o papai ir morar em outro lugar.
Os dois estavam assustados. Em um primeiro momento não esboçaram nenhuma reação, somente a Cris chorava muito, ela ficou o tempo todo com as mãos no rosto, tudo levava a crer que a intensão dela era de me fazer sair como o errado de toda a história e a forma que encontrou foi de se fazer de vítima, deixando que eu assumisse a responsabilidade de falar com os dois. Mais adiante eu iria ter certeza que essa era realmente a sua intenção.
Quando parei de falar os dois olhavam para nós e praticamente ao mesmo tempo vieram no meu colo, me abraçaram, pedindo para que não fosse embora, pediram para eu ficar ali com eles que devagar iriamos conversar e iriamos nos entender. Com a minha negativa, chegou ao ponto dos dois acharem que eles eram os culpados por tudo aquilo, choravam bastante, expliquei e conversei muito com eles falando que nunca eles seriam culpados de alguma briga entre eu e mãe deles, que naquele momento continuava a fazer o seu teatro, sem falar nada, apenas chorando.
Ficamos algumas horas ali na sala, estava ficando tarde, eles perguntavam muita coisa. Eu tentei explicar tudo da forma mais simples possível, de como iriamos fazer com escola, quem iria levar ou buscar, onde eu iria morar entre outras coisas, foram muitos questionamentos, por fim, já bem tarde, minha filha chorando novamente agarrou meu pescoço e pediu para que eu dormisse, pelo menos mais essa note ali com eles, o irmão também pediu a mesma coisa.
Resolvemos que eles iriam dormir no meu quarto junto comigo e a Cris no quarto da minha filha. Quando colocamos os dois na cama a Cris me pediu para conversarmos mais um pouco, mas cortei a sua onda dizendo que já tínhamos conversado quase tudo pela manhã, mas o mais importante ela não me contou, então nossas conversas estavam encerradas, falei que no dia seguinte pela manhã eu iria embora e que para o “nosso” apartamento eu não voltaria.
Mesmo sem sono algum, fiquei com os dois, nos deitamos os três na grande cama, e ainda sobrava espaço, mas não deixei a Cris ficar por lá. Demorou um pouco, mas os dois dormiram. Eu não tinha sono algum, resolvi recolher um pouco mais de minhas coisas, arrumar alguma mala com mais peças de roupas e itens pessoais, a vontade era de deixar tudo aquilo para trás, mas naquele momento não teria nem cabeça e muito menos tempo de correr atrás de comprar peças novas.
Já que não conseguia dormir mesmo, no meio da madrugada resolvi descer até a garagem levando a mala com minhas coisas. Quando sai do quarto a Cris estava dormindo no meio da sala, deitada no chão, ao seu lado tinha uma garrafa de Gin de uma marca bem famosa quase no fim. Achei melhor não fazer nenhum barulho, desci até a garagem, deixei a mala no carro e voltei, quando entrei ela ainda estava dormindo da mesma forma. Era visível que no dia seguinte ela não iria conseguir trabalhar. Eu, com dó, consegui levá-la até a cama de nossa filha.
Mais uma noite em claro, minha cabeça fervilhava com tantas informações e tantas coisas para serem resolvidas naquela semana. Pela manhã acordei os pequenos, eles precisavam ir para a escola, mas os dois estavam tão impactados com a notícia da separação que achei melhor levá-los para a casa dos meus pais, claro que os quatro adoraram, eles e meus pais.
Quando estava saindo da casa dos meus pais recebi uma ligação de um número desconhecido. Eu não iria atender mas acabei fazendo. Contudo, com receio do que poderia ser, resolvi colocar para gravar a ligação e isso foi muito importante. Do outro lado da linha era o Edson, ele estava transtornado, falando que eu iria me arrepender de ter feito o que fiz. De ter jogado a esposa dele contra ele, que se ela realmente se separasse dele, eu iria pagar muito caro por aquilo, que iria me quebrar inteiro e depois me dar um tido na cara.
Ele estava com muito ódio, falava sem parar, eu não respondi nada, deixei ele falar a vontade e desliguei o telefone, mas fiquei com um pouco de receio, não tinha ideia do que ele seria capaz de fazer. Como dizem nas ruas, “na mão” eu me garantia, mas precisava me precaver, apesar que cão que ladra não morde, pelo menos assim eu pensava, nesse momento me deu um estalo e pensei em trocar de carro. O meu era bem conhecido, apesar do horário estar apertado devido aos muitos compromissos que eu tinha naquele dia, corri em uma locadora no aeroporto, lá havia um grande estacionamento, assim poderia deixar meu carro e sair com o alugado sem me preocupar.
Eu tinha pedido alguns dias para o Sr. Gomes, mas passei pela empresa para dar algumas coordenadas sobre os assuntos mais urgentes a serem resolvidos, quando estava saindo, o Tales me ligou. Com ele a conversa foi mais calma, ele estava ciente da cagada que tinha feito.
– Adriano, por favor não desliga, cara me escute por favor.
– Tales, eu não tenho nada para conversar com você, com quem você precisa conversar e se resolver é com a sua esposa, eu que era seu amigo, não deveria te falar nada, mas eu nunca poderia imaginar levar uma punhalada tão grande de você, eu não merceia uma traição desta magnitude, sempre te tratei muito bem, sempre tive muito respeito por você e pela Marcela, mas com tantas mulheres no mundo para comer, você resolveu comer a minha, já tinha comido, mas parece que não tinha sido suficiente, e agora estava comendo pelas minhas costas, isso não se faz com um amigo.
– Adriano, eu sei que eu errei feio com você, me perdoe, cara a Marcela me enxotou para fora de casa, meu sogro me escorraçou da loja, eu tô fodido, cara, por favor me perdoe, conversa com a Marcela para que ela, pelo menos me escute, preciso explicar e provar para ela que eu estava sendo chantageado, tudo isso é culpa do Edson, ele não vale nada, eu tenho alguns áudios das chantagens dele.
Ele iria continuar, mas cortei e falei.
– Tales nem precisa falar mais nada, me desculpe, mas não tenho nada a ver com sua vida. Você fez uma escolha, agora tem que arcar com as consequências, você poderia ter vindo falar comigo, me alertado sobre o que estava acontecendo, mas não fez isso, achou mais fácil aceitar a chantagem e comer a mulher do amigo, em vez de pelo menos alertá-lo de tudo o que estava acontecendo.
E ainda continuei.
– Tales, depois de assistir aos vídeos e ouvir o que você está falando agora, sei muito bem o porquê você aceitou participar de toda essa sujeira, saindo com eles dois você teria a grande chance de finalmente comer o cuzinho da Cris, algo que você nunca tinha feito. Mas veja como são as coisas nessa nossa vida louca, por causa de um cu, que já estava arrobado, você perdeu um casamento, o emprego, o respeito e tudo mais. Você pode falar o que quiser, eu não vou te perdoar tão cedo, não quero seu mal e não vou te prejudicar de forma alguma, mas você já está pagando pelos seus erros e por suas decisões. Você fez sem nem imaginar a merda que iria dar.
Ele chorava, sabia a merda que estava metido, que não teria apoio de ninguém, estava sozinho.
Desliguei e bloqueei o número, sai da empresa, iria direto para o escritório do nosso advogado já estava quase dando o horário que iria encontrar a Carla. Resolvi ligar para ela e confirmar nossa reunião. Ela me atendeu rapidamente, estava chorosa e parecia com medo. Conversamos e falei que iria buscá-la, que ela não estava em condições de sair sozinha na rua, ela aceitou sem nem pestanejar, avisei sobre o modelo do carro que eu estaria.
Quando estava chegando no prédio onde ela morava, avisei e ela desceu e entrou rapidamente no carro, me deu um beijo no rosto e um grande abraço, muito apertado. Começou a chorar no meu peito, eu acariciava seus cabelos tentando confortá-la, eu não falei nada, só deixei ela ir se acalmando.
No caminho da reunião, conversamos sobre o que poderíamos fazer a respeito das nossas separações, eu percebia que ela sentia muita segurança em estar ao meu lado, eu admirava muito aquela linda mulher, ela sozinha, em uma cidade longe de toda sua família, estava enfrentando aquela tempestade sozinha, ela parecia uma fortaleza.
Fomos muito bem recebidos no escritório, nossa reunião foi muito produtiva e os advogados nos explicaram passo a passo todo o processo, o que deveríamos fazer e o que poderíamos exigir. Nossa reunião demorou algumas horas, quando saímos estávamos com muita fome, fomos almoçar juntos, ficar aquelas horas ao seu lado, estava me fazendo um bem gigantesco e para ela também. Como já mencionei, ela se sentia mais segura ao meu lado, nós dois não poderíamos imaginar o que iria acontecer após alguns meses com essa grande segurança.
À tarde a deixei em sua casa e fui buscar meu filhos na casa dos meus pais. Eles não queriam voltar para casa sozinhos, acabei concordado em subir com eles, minha ideia era ficar pouco tempo e logo ir embora, mas quando chegamos a Cris estava deitada no chão quase da mesma forma que estava quando a levei para o quarto durante a madrugada. A casa estava com um cheiro horrível de vómito, ela tinha feito sujeira na corredor dos quartos e no nosso banheiro, dei um jeito de levá-la para o quarto, deixei ela na nossa cama e fui limpar toda aquela nojeira, meus filhos ficaram muito assustados com o estado que a mãe se encontrava.
Limpei toda aquela sujeira e depois a coloquei novamente para tomar um banho gelado, ela reclamou bastante, mas foi uma forma de tentar fazer com que ela melhorasse.
As crianças, mais uma vez, me convenceram a passar a noite com elas. Fizemos igual a noite passada, no outro dia pela manhã ela se levantou com uma ressaca gigantesca, mas pelo menos tentou ir trabalhar. Eu sabia que ela não iria conseguir fazer nada, mas pelo menos poderia instruir os dois funcionários que tinham restado a fazer o trabalho.
Enquanto eu estava no apartamento junto com meus filhos, ficava pensando em como iria fazer para me vingar daquela traidora, mas vendo a forma que ela estava indo para o fundo do poço sozinha, cheguei a desistir de fazer alguma coisa. Eu tinha certeza de que ela iria se prejudicar e se ferrar sozinha, eu só iria ficar de camarote assistindo sua derrocada, sem mover nenhuma palha para ajudá-la.
Acabei ficando aquela semana no apartamento, para poder dar suporte a meus filhos e ficando de olho se a traidora não iria fazer nenhuma besteira, eu tinha medo dela pular pela janela. No sábado resolvi ir para a casa dos meus pais, seria muito melhor do que ficar gastando com hotel e também as crianças ficariam mais perto de mim.
Na semana seguinte não aconteceu nada de relevante, somente que ela estava retomando todas as suas atividades. Eu já não precisava ficar no apartamento, quando deixava as crianças por lá depois da escola, ela já estava esperando. Em poucos dias ela me ligou, falando que não tinha conseguido um advogado, se eu não poderia pedir parar com o processo até ela conseguir um bom advogado, claro que não aceitei, e a alertei.
– Cristiane, eu já dei entrada em tudo. Por esses dias você deve receber um ofício ou algo do tipo, te comunicando sobre o processo, acho melhor você agilizar logo, converse com alguns de seus clientes e peça uma indicação, ou melhor, peça uma indicação para o Edson ou para o Tales, afinal eles também devem estar precisando, o Tales, então, deve conhecer gente importante, afinal a loja que ele trabalhava é uma das mais conceituadas da cidade, tenho certeza de que um deles vai conseguir te ajudar.
Ela não me respondeu mais nada, desligou o telefone.
Os dias foram passando e durante algumas semanas ela me procurou diversas vezes, sempre pedindo para conversarmos, mas eu sempre cortei qualquer tipo de contato. Ela resolveu apelar e pediu para o pai me procurar, claro que ela não tinha falado tudo sobre o motivo de nossa separação. Meu sogro em um primeiro momento me cobrou explicação de tudo que estava acontecendo, que com certeza eu tinha aprontado alguma coisa muito séria. Ele em um determinado momento da conversa me acusou de estar traindo sua filha, nesse momento acabei perdendo um pouco da paciência que me restava, e também, para me defender de tantos ataques, falei para ele que o traidor da história não era eu e sim a sua filha.
Não entrei em detalhes, me expliquei que eu tinha descoberto que a Cris tinha me traído e por isso resolvi acabar com o casamento, porque já não existia confiança da minha parte. Ele ficou muito assustado no momento, nunca poderia imaginar que sua filha iria fazer algo do tipo, ele me perguntou com quem era e como eu descobri, mas não contei nada, só falei que tinha descoberto e que ela confirmou.
Ele ficou bem perdido, todo o discurso que tinha ensaiado foi por água à baixo, me pediu perdão por achar que eu tinha aprontado alguma coisa e que iria conversar com a Cris antes de dar mais alguma opinião. Ele foi embora. Com certeza deve ser desesperador para um pai descobrir que sua filha está traindo o marido.
Nesse tempo eu já tinha alugado um pequeno apartamento. Nele era possível receber meus filhos para passarem os finais de semana junto comigo. Sem eu perguntar nada, eles me contavam que a mãe estava muito estranha, não prestava atenção em nada, que tinham escutado ela discutindo com uma pessoa, parecia que ela tinha esquecido alguma coisa do trabalho. Fiquei preocupado, porque se ela perdesse clientes logo iria a ruína de verdade.
Tentei descobrir alguma coisa e o que descobri me deixou mais preocupado ainda. Depois do sogro do Tales ter tirado a contabilidade do escritório dela, alguns clientes conhecidos dele que o Tales tinha levado para ajudá-la, acabaram por fazer o mesmo, ela tinha perdido clientes importantes. Se continuasse da mesma forma não iria demorar muito e precisaria fechar o escritório. Enquanto estava pensando nisso cheguei a ficar com dó, ela era uma excelente profissional uma das melhores do ramo, mas se perdeu em meio a fatores particulares que estavam acabando com sua reputação.
Todo o processo do divórcio a estava deixando perdida. Quando nossos advogados marcaram uma reunião de conciliação, para entrarmos em um acordo em relação aos nossos bens e aplicações, eram poucos, conquistados a duras penas, muitas economias e sacrifícios, mas naquele momento, tudo iria escorrer pelo ralo, tanto eu quanto ela sairíamos perdendo com tudo aquilo. A partilha, iria dar um bom valor, mas separadamente seria somente o suficiente para recomeçarmos.
Ela chegou muito abatida, olheiras profundas, me cumprimentou friamente. Eu já tinha combinado com meu advogado, sobre os limites na divisão dos bens, pensando um pouco no conforto de meus filhos, nós iriamos propor, transferir o apartamento em que estavam morando, para os dois, assim iria garantir um bem, muito valorizado para quem sabe, em um futuro distante eles dividissem entre os dois.
Na minha proposta eu ficaria com o primeiro apartamento que compramos, era pequeno, mas naquele momento seria mais que suficiente para mim, dessa forma, com a venda da chácara, iria descontar a minha parte equivalente ao valor do apartamento e ela ficaria com o restante, mas morando ainda no atual apartamento e tentaríamos que definir um percentual de pensão para as crianças.
De início ela não aceitou a forma de divisão proposta, achando que iria ficar em desvantagem, ela tinha imaginado vendermos tudo e dividir em partes iguais, mas assim nossos filhos não ficaram com nada, chegou a propor criarmos uma poupança para os dois com uma porcentagem dos valores da divisão.
Eu já tinha providenciado uma avaliação com três corretores de imóveis, os três avaliaram quase no mesmo valor, argumentei e mostrei que já tinha até uma excelente proposta na venda da chácara, um amigo do Sr. Gomes tinha interesse em comprar, iria pagar o valor pedido, mas em poucas parcelas. O Advogado dela solicitou um momento a sós para discutir com sua cliente e eu e meu advogado esperamos uns cinco minutos, ele então tomou a palavra e concordaram com a partilha daquela forma. Sobre o valor da pensão eu apresentei a porcentagem que no momento eu poderia arcar, além de pagar a mensalidade do colégio e o plano de saúde que já vinha descontado na minha folha de pagamento, ela ficou surpresa com minha proposta e aceitou de imediato, agradeceu com lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
Assinamos todos os documentos, ali na frente deles eu liguei para o comprador, marcamos horário e local para concretizar a venda, expliquei para ele sobre os valores a serem depositados separadamente na minha conta e na dela.
Eles foram embora da mesma forma que entraram, praticamente em silêncio, ela sempre de cabeça baixa evitando me encarar, eu agradeci muito em silencio por ela não ter feito nenhum show, eu achava que ela iria chorar e pedir para não separarmos e coisas do tipo, mas ela me surpreendeu muito.
Em poucos dias assinamos a transferência da chácara, e dos apartamentos. O que eu iria morar estava alugado, e ainda iria demorar alguns meses para eu poder ir morar lá.
Nossos filhos ficaram muito tristes com a venda tudo, eles adoravam a chácara, mas eu prometi que iria conseguir comprar uma outra num futuro próximo e consegui cumprir em partes.
Minha vida estava correndo numa boa, mas a falta que fazia o convívio diário com as crianças, judiava demais. No começo sentia falta até dela, acabei ficando um bom tempo sem me relacionar com nenhuma mulher. Eu estava tão focado em resolver tudo e deixar tudo organizado que nem tinha cabeça para conhecer outra pessoa e quando pensava em outra mulher a Carla sempre vinha na minha cabeça, e por falar na Carla, ela estava tendo problemas com o processo de separação do Edson, tanto que pediu ajuda para mim e para a Marcela.
Enquanto o meu divórcio e o da Marcela saíram sem empecilhos, o dela estava bem complicado, o Edson chegou a fazer algumas ameaças, ela estava com muito medo. Juntamente com nosso advogado ela registou boletim de ocorrência contra ele, pedindo uma medida protetiva, ele deu muita dor de cabeça para aceitar e assinar tudo, mas no dia seguinte que tinham assinado, ele foi me procurar na empresa, no final do dia quando eu estava saindo ele me abordou.
Me assustei, porque ele já tinha me ameaçado diversas vezes.
– Olha só quem vem lá!!! Sr. Adriano, como tem passado? Está curtindo muito a vida de solteiro? Aposto que sim, e sei que está ajudando muito uma certa pessoa que você deveria manter distância, a pessoa você sabe muito bem quem é, eu te falei pra se manter à distância dela e não se intrometer nos assuntos dos outros, cuidado hein, a qualquer hora um carro desgovernado pode passar um sinal vermelho, ou subir na calçada e atropelar alguns pedestres, esse nosso trânsito está cada dia pior.
Ele ria e fazia uma cara de cínico enquanto me ameaçava, eu não conseguindo me segurar comecei a responder suas ironias. Nem pensei que estava na frente da empresa que trabalho e pirei na frente de diversos funcionários.
– Aí esta o cara mais vagabundo que existe em nossa cidade, o cara que ofereceu a esposa para poder comer a mulher do colega e a do primo, aí esta o mais traíra de todos, cara que fez de um tudo para conseguir transar com minha mulher, o covarde que sempre correu e se escondeu de mim, o covarde que fica ameaçando a mãe dos próprios filhos.
Ele rindo me respondeu.
– Cara você é muito corno mesmo, eu não precisei fazer nada para comer sua mulher, ela que se ofereceu para mim, naquela noite que nós nos conhecemos ela me passou o número do telefone dela escondido, quem você pensa que me avisou que você estaria no mercado e pediu para eu disfarçar e ir lá pedir desculpas, para não levantar nenhuma suspeita?
Conforme ele falava meu sangue começava a ferver e ele ainda continuou a tripudiar.
– Bem que falam que o corno é o último a saber. Na mesma semana que eu fui ao mercado, eu e ela nos encontramos e ela fez um dos melhores boquetes que eu ganhei na vida, gozei na boca dela dentro do carro, no estacionamento do shopping, tenho certeza eu ela, quando chegou em casa com a boca suja da minha porra, foi correndo te beijar, para você sentir o sabor do macho dela.
Eu estava a ponto de explodir e ele ainda continuou.
– Só para você saber seu corno, foi ela quem me contou que vocês faziam troca de casal com meu primo, ela contou tudo aquilo para poder dar para mim sem remorso, ela sempre foi louca para dar aquela bucetinha apertadinha para mim, eu só não comi antes porque ela ficou com medo e se distanciou, mas nós continuamos a nos falar por mensagens. Ela me enviou diversos nudes, fizemos vários videozinhos, se você não quiser acreditar em mim não tem problema eu te envio tudo, tenho tudo registrado.
E finalizou:
– Seu grande corno! E agora, não satisfeito com o chifre que ganhou, resolveu se intrometer nos meus assuntos, vou te avisar uma única vez, fica longe da minha mulher senão eu acabo com você, eu não sou corno igual a você não, seu manso.
Foi a minha vez de falar:
– Bom, seu merda. Eu já resolvi o meu problema com a traidora. Agora é você que tem que se resolver com a sua esposa. E pode confiar, no que eu puder ajudá-la e se livrar de um estrume como você, eu vou.
Nesse momento, ele partiu para cima de mim tentando me dar um soco, mas eu consegui me esquivar. Aí, foi a minha vista que escureceu, parti para cima dele, dei um grande soco em sua boca. Ele não esperava a minha reação, tanto que caiu para trás, eu dei vários chutes em suas costelas. Me debrucei em cima dele e continuei a socar sua cara, foi um espetáculo dantesco na porta do meu trabalho. Eu só parei de bater quando alguns colegas funcionários da empresa me retiraram de cima dele, só nesse momento é que percebi a grande cagada que cometi, agredi um homem na porta do meu trabalho, aquilo foi muito ruim para a imagem da empresa.
Ele estava bem machucado, estava com o nariz sangrando, andava curvado devido aos chutes em suas costelas, que depois fui saber que quebrei pelo menos três delas. Quando eu fui percebendo a grande merda que tinha feito o Sr. Gomes apareceu ao meu lado, não falou nada, só pegou pelo braço e fez eu entrar em seu carro me tirando do local rapidamente. Durante alguns minutos ele não falou nada, mas estava vermelho igual a um pimentão. Estava com muita raiva da merda que eu tinha feito.
Quando estávamos bem distantes, ele entrou no estacionamento de um hipermercado e ali parado ele me deu o maior esporro da minha vida. Ele me falou tantas coisas que tenho até vergonha de repetir a mais leve foi de moleque, me acusou de denegrir a imagem da empresa, que ele só não iria me mandar embora no dia seguinte, porque eu sempre fui um funcionário exemplar e o bom funcionamento de tudo se devia a minha competência.
Mas que ele iria me dar um “gancho” de, pelo menos, uns quinze dias, ele não queria ver minha cara antes disso, eu deveria trabalhar em home office, disse que iria descontar todos aqueles dias, ele gritava me lembrando de que com certeza tinham gravado alguns vídeos da agressão, que em poucos minutos tudo estaria rodando na internet com o título: “gerente geral da loja, além de corno é muto valente e espancou um cara na porta do trabalho”. Me falou que eu deveria ter batido sim, mas levado o cara para longe, que aquilo tudo iria acabar com minha reputação e ainda iria colocar o cara como vítima de tudo.
Conforme ele falava eu não respondia nada, fiquei de cabeça baixa, tinha vergonha de olhar para ele, eu sabia muito bem que tinha feito uma grande cagada. No início eu achava que estava no meu direito, porque depois de tantas humilhações, descontar um pouco de tudo na cara daquele canalha era o mínimo que eu deveria fazer, mas não poderia ter sido na porta do meu trabalho.
Quando ele parou de falar, eu resolvi tentar me justificar um pouco.
– Sr. Gomes o Sr. tem toda a razão em tudo o que falou, me perdoe, eu nunca faria algo parecido se já não estivesse de cabeça quente, esse cara me humilhou muito, não só agora, ele gravou vídeos transando com minha mulher, falou barbaridades enquanto estavam no motel, eles dois conseguiram destruir quase tudo o que tínhamos construído a duras penas, eu nuca fui atrás dele para cobrar qualquer tipo de satisfação, mas a mulher dele também descobriu o caso dele com a Cristiane e se separou dele, por isso que ele foi lá tripudiar, ofender e também me ameaçar, infelizmente tudo o que estava guardado aqui dentro transbordou de uma só vez, perdi a cabeça.
Ficamos um bom tempo ali dentro carro em silencio, até que ele resolveu finalizar tudo.
– Adriano meu filho! Você sabe muito bem que lhe tenho com um filho, você não é somente meu funcionário, você é o filho que toma conta de tudo para mim. Eu como dono da empresa estou irado com tudo isso, mas como seu “pai” eu estou contente de ver as porradas que você deu, ele mereceu cara murro e cada chute de levou, mas infelizmente você vai ter alguns ou muitos problemas com tudo isso, porque ele nesse momento deve estar no hospital e depois vai para uma delegacia registrar um boletim de ocorrência contra você.
– Se fosse eu no seu lugar eu teria feito mesmo com ele, talvez até pior, mas veja bem, isso pode até respingar na relação com seus filhos, a Cristiane pode pedir algum tipo de proibição de você ver as crianças, afinal o nome dela foi dito muitas vezes naquela discussão toda. Vamos fazer o seguinte, vamos para a minha chácara, você vai ficar por lá por uma semana, até a poeira começar a baixar, lá ninguém vai atrás de você, se a polícia aparecer na empresa e na sua casa não irão te encontrar, nesse meio tempo vou falar com o nosso advogado e ver tudo o que pode acontecer, tomara que isso tudo não te prejudique, em relação a empresa iremos dar um jeito.
Enquanto ele falava tudo isso me deu uma crise de choro, acho que chorei tudo o que tinha direito, tudo o que estava guardado no meu peito, ele não falou mais nada, saiu em direção a chácara, naquela noite ele ficou lá comigo, eu falei com meus pais, expliquei tudo o que tinha acontecido, levei um puta esporro dos dois e com razão.
Durante aquela noite eu o Sr. Gomes bebemos e comemos, aliás bebemos muito mais do que comemos, nessa bebedeira eu contei tudo o que fazíamos, das transas em um mesmo ambiente, até chegar nas trocas de casais e depois da traição da Cristiane, ele não me recriminou em nenhum momento, só ria de algumas coisas que eu contava.
Mas quando tudo está uma grande bagunça na nossa vida, algumas coisas podem piorar, e foi o que aconteceu, diversos vídeos correram pela internet, tudo aquilo respingou em todos os envolvidos, em relação ao meu trabalho quando voltei para a empresa descobri que fiquei com a alcunha de o “corno nervoso”. Vários funcionários, me olhavam e riam pelas minhas costas, mas eu tentava não deixar me levar por tudo aquilo, eu sabia que em algum momento aquilo iria entrar no esquecimento, só precisava de um grande fato novo, coisa que no nosso dia a dia está sempre acontecendo.
Rapidamente descobriram que a mulher que ele falava era a Cristiane, e isso acabou de enterrar de vez o seu trabalho, os poucos clientes que tinham restado, pediram baixa do escritório. Ela, em poucos dias, viu tudo indo pelo ralo e veio com tudo para cima de mim, falando que as crianças estavam sendo humilhadas na escola, que os vídeos corriam entre todos os alunos, falou que iria me processar por calunia, o que eu dei muita risada, afinal eu não falei o nome dela nenhuma vez, mas o Edson sim, ela teria que ir atras dele para tentar reaver um pouco do seu prejuízo.
Mas, mesmo assim, aquela briga jogou a última pá de cal no escritório, ela precisou fechar e ficou um bom tempo parada. Nenhum escritório grande queria ligar a imagem deles com a da mulher adultera e chantageadora de funcionária, ela ficou à mingua, a pensão que eu pagava dava somente para as despesas básicas da casa, apesar que o grosso eu ainda pagava que era a escola e plano de saúde, ela chegou a me ameaçar de me processar, mas com certeza foi aconselhada a não fazer, mas eu com medo de meus filhos passarem algum tipo de dificuldade, resolvi ajudar com um pouco mais de dinheiro, mas não ofereci diretamente a ela, eu passava o dinheiro para meu pai e ele falava para ela que o dinheiro era dele, ela aceitou rapidamente, foram pelo menos uns seis meses ajudando.
Ela conseguiu uma vaga em um escritório pequeno, ganhava uns 40% a menos do que chegou a ganhar como funcionária, mas já era uma forma de tentar se reerguer.
Com relação ao Edson, ele me ameaçou mais algumas vezes e depois desapareceu. A nossa briga aconteceu exatamente quando ele saiu da cadeia. Ele acabou sendo preso por conta das falcatruas na empresa e depois teve que “sumir do mapa”. Eu achei muito estranho aquele sumiço, ele com medo de ser preso novamente ele desapareceu, até da Carla e dos filhos ele tinha se distanciado.
Eu tive muito apoio da Marcela e da Carla, com a surra que dei nele, elas duas se sentiam vingadas de toda a traição que tínhamos sofrido. Nós sempre marcávamos algum jantar na casa de algum de nós, ficávamos conversando diversos assuntos. Depois de alguns jantares não falávamos mais nada sobre os nossos “ex”. Também durante estes encontros, a aproximação entre mim e a Carla começou a aumentar, eu estava perdidamente apaixonado por ela e sentia que era recíproco, mas os dois tinham medo de dar o primeiro passo, tínhamos medo de sermos mais julgados ainda, apesar de não devermos nada.
A Marcela foi nosso grande cupido, ela nos encorajou muito e nos apoiou mais ainda, ele me ligava e falava que eu deveria ir em frente que a Carla só estava esperando a minha iniciativa, que ela estava doida para que eu a procurasse.
Depois de um pouco de insistência da Marcela eu resolvi chutar o balde e assumir o meu sentimento pela Carla, em um de nossos encontros eu tinha combinado com a Marcela que eu iria me declarar, ela adorou a ideia e na última hora não apareceu para o jantar. De início nós dois ficamos sem graça tínhamos medo da dar o primeiro passo, mas depois de umas duas taças de vinho tomei coragem e fui com tudo, em um momento de distração dela, roubei um beijo, ela se assustou, mas correspondeu ao beijo.
Ali, naquele momento, no meio da pequena sala do meu apartamento, eu estava assumindo o meu grande amor, fizemos amor por muitas horas, começamos na sala e terminamos na minha cama, selamos nosso amor de uma forma maravilhosa
Eu sentia sua pela macia, ela estava arrepiada de tanto tesão, os seios com os bicos duros, eu chupava os dois alternadamente, fui tirando toda sua roupa, beijava seu corpo inteiro, a deitei no sofá, a puxei bem na ponta do acento e eu com os joelhos no chão cai de boca naquela xoxota deliciosa, ela exalava um perfume maravilhoso, estava começando a escorrer, passei a língua por toda a extensão e beijava cada pedacinho daquela maravilha, ela ficou com as pernas levantadas, eu a segurava pelas coxas, parecia que eu iria entrar dentro do seu corpo.
Ela gozou forte, gemendo bastante, rebolava seu quadril em meu rosto, que já estava todo molhado com seu mel, sem parar de chupar fui tirando o restante da minha roupa, quando ela começou a relaxar do gozo forte que tinha tido, eu me levantei, direcionei meu pau e fui colocando em sua bucetinha, ela estava tão olhada que recebeu até o fundo meu pau comprido, parei um pouco curtindo seu calor, quando sentiu ele entrando, ela gemeu mais alto, parecia que tinha gozado novamente.
Ficamos nos curtindo, eu metia devagar, ela rebolava levemente, nos beijávamos, que sensação maravilhosa sentir aquela mulher ali somente para mim, eu não aguentando de tanto tesão e de amor me declarei.
– Carla que delicia poder fazer amor com você, estar aqui com você me faz sentir o melhor dos homens, que maravilha poder sentir seu corpo sendo todo meu e o meu sendo todo seu, aqui junto de você estou tendo a certeza de que você é a mulher da minha vida, eu te amo, não quero nunca mais ficar sem você ao meu lado, quero me casar com você, quero ter filhos com você, construir uma linda família.
Enquanto eu falava ela me olhava sem nem piscar, seus olhos estavam bem abertos, conforme eu falava, as lágrimas rolaram pelo rosto, ela me abraçou com as pernas e com os braços, me deixando totalmente grudado em seu corpo.
– Adriano, você também é o meu amor, o homem que quero passar o resto de meus dias, tenho certeza de que vamos formar uma linda família com todos os nossos filhos juntos, eu te amo, não quero nunca mais ficar longe de você.
Ficamos ali no sofá um pouco, mas logo a peguei no colo e fomos para minha cama, ela merecia ser muito bem tratada, fizemos amor por muito tempo, nós dois estávamos nos curtindo, não tínhamos pressa, o que importava naquele momento era a afirmação do amor que sentíamos um pelo outro.
Naquela noite estava nascendo o maior relacionamento que poderia acontecer na minha vida, enquanto nos beijávamos eu sentia que ela era mulher com quem eu iria passar o resto dos meus dias e eu seria o seu marido.
Começamos a namorar. Primeiro sem ninguém saber, aos poucos fomos revelando para os mais próximos, achávamos que logo iriamos poder assumir para nossos filhos, ficamos alguns meses dessa forma.
Uma tarde ela me ligou e pediu para nos encontrarmos, que estava com saudades, queria me ver e me dar uma grande notícia, que tinha certeza de que eu iria adorar, eu perguntei o que era, mas ela não disse mais nada, combinamos o horário e fiquei de pegá-la na frente do prédio e irmos jantar e depois namorar à vontade em algum motel ou no meu apartamento.
Quando estacionei o carro e fui ao seu encontro, tivemos a pior surpresa que poderíamos ter. Depois de darmos um pequeno beijo, nos viramos em direção ao meu carro, mas demos de cara com a pior pessoa, a mais desagradável que poderia encontrar naquele momento, a Carla se assustou e de um pequeno grito.
– Edson o que você está fazendo aqui.
Ele no maior cinismo possível ainda falou
– Olha só que lindo o casalzinho de pombinhos, onde vão jantar hoje e em qual motel vão passar a noite?
Eu tomei a frente, deixei ela nas minhas costas e perguntei o que ele queria ali, que ele tinha que manter mais de cem metros de distância da Carla, mas ele não se intimidou.
– Fica tranquilo Adriano, eu vou manter distância dela, hoje vai ser o último dia que ela vai me ver, pode ficar tranquilo.
Enquanto ele falava eu me assustei com o grito que ela deu.
– EDSON PARA!!! POR FAVOR, NÃO FAZ ISSO ...
Continua ...