BACO E ZEUS - O DIA SEGUINTE

Um conto erótico de ClaudioNewgromont
Categoria: Grupal
Contém 1076 palavras
Data: 17/04/2024 21:48:01
Assuntos: Grupal

A chuva caiu durante toda a noite. Não tão forte quanto quando chegou, mas continuamente, em constante cantiga de ninar, que acalentou os corpos dos felizes habitantes daquele apartamento, e todos dormiram felizes e satisfeitos, em seus respectivos leitos. Fernando e sua esposa Sílvia, ambos gozados – Fernando em mim, Sílvia por ela mesma; e eu, na solidão do meu quarto, de cu comido por Fernando e gozado pela mão dele. Dormimos.

Dia seguinte, a manhã chegou molhada, a brisa úmida, a Bahia daquele recanto respirava o orvalho intenso deixado pela chuvarada da noite toda. Não mais chovia, mas o sol, preguiçoso, ainda não dera o ar de sua graça, de modo que um prata cinzento dominava a paisagem. Era por volta de cinco da manhã quando me levantei, lavei-me e, pegando um copo de suco de acerola na geladeira, fui degustá-lo na varanda, no mesmo lugar onde fui degustado na noite anterior.

Fazia certo frio, mas eu não abriria mão da possibilidade de estar sem roupa, e o arrepio meio trêmulo do meu corpo era antes motivo de prazer que de incômodo. A rola fazia tempo que acordara e se mostrava rígida e pulsante, estimulada pelo puro prazer daquele agradável início de dia. As cenas da noite anterior deram-me a certeza de que não precisava mais disfarçar coisa alguma, e, se não provocava a continuação da rigidez, também não a reprimia.

Sentei-me numa das aconchegantes cadeiras de palhinha e deixei-me ficar, apreciando as metamorfoses cromáticas do horizonte, à medida que a luz da manhã se insinuava, por entre as nuvens, que ainda se mantinham no alto, como a guardar mais um pouco de água, para derramar quando achasse conveniente.

Depois do último gole de suco, recostei-me sobre o espaldar da confortável cadeira, abri ligeiramente as pernas esticadas, experimentei o prazer de alongamento dos braços, ao colocar as mãos cruzadas sob minha cabeça, e cerrei os olhos, procurando usufruir, por todos os meus sentidos, a beleza e o encanto daquele paraíso, que reunia a selvagem natureza a minha frente e o conforto da civilização atrás de mim.

Minutos se passaram, quando senti uma presença na varanda. Preferi não quebrar o encanto e apenas ativar a minha imaginação. Permaneci de olhos fechados, e instantes depois, notei algo úmido tomar a cabeça da minha rola. Mantive-me na mesma posição, tentando identificar a quem pertenciam os lábios que roçavam meu falo, a língua que o acariciava suavemente; não havia como saber se era Fernando ou Sílvia que me dava bom dia com delicioso boquete – porque agora meu pau já se encontrava todo dentro de uma boca. Pude então constatar a teoria que defendo desde minha adolescência: se os olhos não veem, o corpo, por si, não identifica se o que lhe dá prazer é alguém do mesmo gênero ou do oposto.

Quando os movimentos já eram mais intensos, de entrada e saída, senti que era tempo de participar. Ainda de olhos fechados, baixei uma das mãos e encontrei os cabelos presos de Sílvia; acariciei-os com ternura, agradecendo mentalmente a todos os deuses da floresta adiante a bênção de experimentar também o tesão daquela mulher maravilhosa. Ela mostrou-se competente, variando a intensidade das lambidas e sugadas de acordo com as reações do meu corpo – este já se requebrava sofregamente sobre a cadeira. Abri os olhos e pude acompanhar a mais tocante cena que um ser humano pode apreciar: uma mulher agachada diante de si, entre suas pernas, com as mãos acariciando seu pau e a boca lambuzando-o por inteiro.

Ao perceber os involuntários movimentos de um possível gozo, Sílvia parou de chupar meu falo, e subiu delicadamente sobre meu corpo, colando-se a ele; e então me beijou com a sofreguidão imensa de quem ansiava por ser comida. Senti em sua boca o gosto do meu pau – e nada pode se comparar à delícia desse paladar. Enquanto nos beijávamos vorazmente, seu corpo se acomodava sobre o meu e senti sua buceta encapar meu pau como se fosse uma bainha, e me deslizei pela caverna lubrificada daquela fêmea no cio.

Seus enleios sobre meu corpo, sonorizados pelos gemidos abafados que vibravam dentro de minha boca, dava àquela cena um quê de tão divino e edênico quanto a penetração que eu recebera do seu marido, na noite anterior. Então ela ergueu o tronco, entregando-me às carícias os seios túmidos, e enquanto cavalgava sobre mim, seu olhar vagueou para um ponto atrás de mim; antes que eu pudesse pensar qualquer coisa, senti o aproximar-se de um corpo por trás e tomar a boca da esposa, num longo beijo. Ao encurvar levemente o tronco para alcançar o rosto de Sílvia, que estava sentada sobre mim, a rola dura de Fernando vadiou na frente do meu rosto. Sem hesitar, tomei-a e a engoli, sugando-a com frenesi. Ele a socava suavemente em minha boca e eu sentia o gosto maravilhoso daquele membro teso, enquanto sua esposa agora gemia mais e mais, cavalgando sobre minha rola.

A explosão fez-se quase simultânea: Sílvia acelerou os movimentos, e meio que se atirou para trás, expondo o vermelho da buceta, que se derramava em lava, e seus gemidos foram mais fortes, a cada descarga de prazer. Meu pau não conseguiu segurar a onda, com tamanha fricção e explodiu em jatos de gozo dentro daquela caverna ardente, enquanto eu acelerava a chupada no pau de Fernando, que também gemendo, espirrou seu leite quente em minha boca, escorrendo pelos cantos. Os segundos seguintes foram de necessário e completo relaxamento, um corpo por cima do outro e eu embaixo dos dois. Quando conseguimos nos mover, nos soltar e soltar nossa voz, foi para nos desejar bom dia, sorrindo e cada um se dirigindo ao seu banheiro, para refazer a higiene do começo da manhã.

Cerca de vinte minutos depois, estávamos reunidos, ao redor da mesa do café da manhã, saboreando panquecas com café pingado e jogando conversa fora, perguntando-nos sobre os planos de cada um naquele dia. Sobre as escaramuças sexuais da noite anterior e de há pouco, nem uma palavra, nenhuma referência, nem no café da manhã, nem no resto do dia. É como se houvesse um tácito acordo silencioso entre nós, que nossos prazeres eram tão somente para serem vividos, não comentados ou deformados pela imperfeição da linguagem falada. O restante das diárias foi aproveitado como três amigos naturistas, sem muita conotação sexual senão rápidas (e deliciosas) olhadas para o corpo do outro – ninguém queria estragar o que fora tão pleno, tão bom.


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Comentários

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Cada palavra parece ter sido escolhida para dar um toque de serenidade erótica, sem pressa, sentindo a pulsação que o leitor também percebe ao ler. Um texto com ritmo e pulsação. Parabéns!

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Nooooossa, sei que é conto criado e não real mas, cheio de tesão e desejos. Fica o meu pensamento depois da leitura, imaginando eu nessa aventura super legal.

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