Desconfiança

Um conto erótico de H20
Categoria: Heterossexual
Contém 1694 palavras
Data: 10/04/2024 15:13:44

Capítulo 3 - Desconfiança.

No dia seguinte, no sábado, acordei cedo, não por obrigação do trabalho, mas por hábito. Fiz meu café, busquei um livro na minha biblioteca e fui até a varanda apreciar minha leitura.

Fiquei ali concentrado em uma das obras de Tolkien por algumas horas, até ter minha atenção desviada por Lara, que vinha surgindo toda descabelada e ainda dentro da sua camisola cor vinho.

Ao chegar aonde eu estava, fui envolvido em seus braços fazendo minha cabeça repousar em sua barriga. Retribuir o carinho abraçando sua cintura enquanto ouvia ela me desejar bom dia, que eu rapidamente a desejei também.

O abraço durou segundos, em seguida já separados ela me questionou sobre o horário em que eu tinha acordado, então lhe disse que estava acordado desde as cinco e meia da madrugada, ela se impressionou e saiu andando em direção a cozinha.

Pouco depois ela retornou e sentou-se do meu lado começando a tomar seu café da manhã. Nesse momento, passamos a conversar, lembro dela dizer:

Tenho uma boa notícia para o senhor.

O que seria?

A partir dessa semana vou lhe fazer companhia na academia.

Olha aí, que bom.

Não se acostume, vai ser só dois dias da semana.

Então sua mãe lhe liberou por alguns dias?

Sim, ela conseguiu uma pessoa pra ficar lá na casa dela nesses dois dias e tá tentando vê se consegue o restante dos dias.

Naquele mês, Lara estava passando a tarde cuidando da minha ex sogra, que já era idosa e tinha sofrido um acidente doméstico.

Que bom que ela conseguiu alguém, acredito que você estava ficando muito sobrecarregada.

Um pouco, mas tá tudo bem.

Pouco depois do almoço, recebi uma ligação de um velho amigo que estava de passagem pela cidade em visita a sua família. Passamos a tarde toda conversando e por insistência dele acabei lhe fazendo companhia em uma andança pelo shopping em busca de presentes para seus familiares.

Quando retornei para casa, já eram mais de 17 horas, tomei um banho e fui em busca dos meus livros para relaxar um pouco. Peguei em minha biblioteca particular o mesmo livro da leitura da manhã ficando no sofá por algumas horas, até ser interrompido por Lara, que dizia:

E aí, vamos assistir?

Assistir? assistir o que?

- Já esqueceu?

- Como assim?

- Nós tínhamos combinado de assistir um filme juntos.

- É verdade, eu realmente esqueci.

- E ai, vamos assistir?

– É, pode ser.

Então começamos a assistir, ela sentou-se do meu lado já com sua roupa de dormir, um baby doll preto com figuras de coração branco. Na sala, tudo escuro, a única fonte de luz era a que vinha da televisão.

O filme foi se desenrolando prendendo nossa atenção, já próximo do final do filme, meu corpo começa a dar os primeiros sinais de cansaço, principalmente pernas e pés, fruto da minha andança de mais cedo, devido a isso, começo a ficar inquieto o que chama a atenção de Lara, que pergunta:

- O senhor está sentindo alguma coisa?

- Só uma leve dor nos pés e pernas, não é nada.

- O que o senhor andou fazendo nessa sua saída de mais cedo hein..?

- Nada de mais.

- Tou vendo aí o “nada de mais”, anda, coloca as suas pernas em cima da minha coxa. Vou fazer uma massagem.

Por insistência dela fiz o que ela pediu, passando a ter meus calcanhares massageados. Eu por natureza, já tenho muitas dores nessa região, como fiquei muito tempo em pé durante o dia, acabou deixando meu calcanhar dolorido.

Enquanto ela massageava eu fazia caretas, as dores eram intensas, doía muito, mas ao mesmo tempo trazia uma sensação de alívio.

-O senhor ta relaxando com relação a saúde.

-Como é?

-Essas suas dores no calcanhar devem ser por causa do seu aumento de peso.

-É eu sei, estou trabalhando pra resolver isso.

-Ainda bem que esse médico lhe assustou, só assim pra você fazer atividade física.

A massagem estava funcionando, já sentia um certo alívio com a pressão que ela fazia sobre meus calcanhares, aos poucos ela subia indo em direção as minhas pernas começando a fazer movimentos circulares sobre minha panturrilha. Nesse momento, em meio a sensação de alívio provocado pelas massagens, brinco dizendo a ela que pagaria facilmente alguém para fazer aquilo, ela olha de lado sorri dizendo:

- Se o senhor quiser me pagar eu aceito. (risos)

- É sério Lara, a sensação é maravilhava, muito obrigado.

- Não precisa agradecer pai.

Suas mãos macias continuavam apertando minha perna, porém notava uma aproximação esporádica ao meu joelho e coxas, locais esses que não reclamei de dor. Estranhei, mas não falei nada. Em seguida ela flexiona uma das minhas pernas, deixando um pouco abertas iniciando a massagem na parte interna da coxa.

Ela pressionava lentamente, podia sentir seus dedos deslizarem pela minha coxa, eu estava gostando da massagem, mas ao mesmo tempo minha estranheza só aumentava, me fazendo lembrar das coisas que li em seu diário. Nesse momento olhei para ela e notei que sua atenção estava totalmente voltada para a tv.

Seus toques suaves se alternavam sobre minhas coxas e pernas me fazendo questionar-me sobre sua intenção, o que começou a me deixar mal. Quando eu já estava a ponto de me levantar, o filme terminou e com ele veio a pergunta de Lara:

E ai, o senhor gostou?

Meio distraído respondo:

Sim, sim, mas acho que se eu tivesse lido o livro teria sido uma experiência melhor.

Ah , sim, com certeza.

Em seguida me levantei abruptamente e saí em direção ao meu quarto sem me despedir dela. Ao olhar para trás pude notar através do rosto dela uma expressão de quem não estava entendendo meu comportamento.

Deitei-me na cama e fiquei a pensar sobre o que tinha acontecido na sala, por frações de segundos questionei-me se aquela massagem estava acompanhada de alguma malicia. Pensar tal coisa me fez ficar mal, procurei com todas as forças tirar essa ideia da minha cabeça.

Depois da situação de sábado, torci para a segunda-feira chegar, estava precisando ocupar minha mente e parar de pensar besteiras. Já no trabalho, fiquei imerso nas minhas atividades, tanto que mal vi as horas passarem.

Quando o relógio bateu às 14 horas, saí do trabalho e fui direto para academia, ficando lá até o final da tarde. Um dia cheio, era isso que eu estava precisando para não pensar bobagens.

Ao chegar em casa, Lara já tinha ido para a faculdade, aquela semana se seguiu assim, comigo passando o dia fora, o que resultou em um certo distanciamento entre mim e ela. Nos poucos encontros que tivemos na semana, Lara me revelou que não ia poder ir comigo na academia, pois os dois dias que ela tinha livre, voltaram a ficar ocupados.

Também passei aquela semana inteira sem mexer no diário dela, confesso que estava com medo de lê, achei melhor esquecer tudo aquilo e fingir que nada aconteceu. Já no sábado seguinte, voltei a acordar cedo, fiquei lendo um pouco e em seguida saí e fui ao mercado fazer algumas compras para casa.

Quando cheguei, Lara já tinha acordado e pela roupa que vestia, um shortinho azul daqueles bem colado ao corpo ele ia quase na altura do joelho e um top preto, pude perceber que estava pronta para fazer yoga. Fiquei arrumando as coisas na geladeira e após terminar tudo fui para a varanda ler meu livro.

Pouco depois, Lara aparece, joga seu colchonete no chão e ainda em pé começa a se alongar. Enquanto ela se esticava daqui e dali, conversava comigo lamentando não poder me acompanhar na academia. Eu dizia a ela que não era necessário se preocupar, que quando fosse possível iríamos juntos, então ela olha para mim e diz:

- Tudo bem, o senhor tá certo. Vou fazer minha atividade aqui, espero que eu não vá lhe atrapalhar

- Claro que não, pode fazer.

Volto minha atenção à leitura, enquanto Lara se senta no colchonete iniciando uma série de exercícios acompanhados de expiração e inspiração e isso se transcorreu por alguns minutos. De repente, um de seus exercícios passa a chamar minha atenção, Lara fica de quatro de costas para mim, apoiando seus braços e cotovelos no chão. Em seguida, começa a inclinar-se para a frente e para trás.

De repente, através daqueles movimentos eu vejo surgir algo que me deixa desconcertado, era o desenho da boceta dela. Será possível que ela não esteja usando calcinha por baixo daquele short, me questionei olhava para aquele volume entre as pernas dela.

Bom, após aquele susto, tentei ignorar o que via, voltando a minha atenção ao livro, porém inevitavelmente direcionava meu olhar para o desenho de sua boceta que era produzido pelo short legging. Novamente me veio à mente as coisas que encontrei no diário dela, consequentemente voltei a fazer os questionamentos que eu não queria fazer.

Será que ela está fazendo isso de propósito? Ou era simplesmente coisas da minha cabeça?

Voltei a ficar mal comigo mesmo por especular tão possibilidade, no mesmo instante, ela mudou de posição, passando a ficar sentada. Ela então iniciou um outro exercício, onde colocava as pernas para cima e depois fazia um movimento de abrir e fechar.

E novamente voltei a ter que encarar o desenho do seu sexo que era produzido pela roupa que vestia, era incrível como aquela região se destacava, o volume era evidente.

Eu a olhava tentado identificar em seu rosto alguma expressão que lhe denunciasse algo intencional, mas ela mantinha os olhos fechados parecendo realmente se concentrar no que estava fazendo, logo conclui que devia ser coisa da minha cabeça, não tinha o menor cabimento pensar tão coisa.

Resolvi sai da varanda e ir para o meu quarto e repousar um pouco. Já deitado na cama, um sentimento de arrependimento foi tomando conta de mim. Fiquei pensando na maldita hora que peguei o diário dela para ler.

Eu tinha que fazer alguma coisa, não podia conviver com ela achando que qualquer comportamento que ela tivesse seria algo maldoso. Se continuasse assim, eu podia enlouquecer, fiquei vários dias pensando em como resolver a situação, foi então que pensei em procurar um psicólogo para conversar sobre o que estava acontecendo na minha vida.

Continua...


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