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Jucélia:
Eu fiquei encantada com a história das duas, pelo menos com a parte que Jennifer contou. Deu para ver o quanto Jennifer amava Marina; largou tudo por causa dela, uma garota rica, linda e popular. Jogou tudo para o alto para viver um amor, e só de olhar para elas dava para perceber que valeu a pena. A felicidade estava nítida no rosto das duas.
Quem não parecia muito feliz era Day, que, pelo jeito, ficou meio chateada porque Jennifer parou a história sem terminar. Mas isso durou pouco; foi só o tempo de Jennifer tomar uma cerveja e dar uns beijos em Marina.
Jennifer— Bom, agora posso continuar, já molhei a garganta. kkkkk
Como eu disse, meus sogros me acolheram muito bem, mas eu não queria morar ali. Queria um lugar só meu e também tinha que pagar minha faculdade, que com certeza meu pai não iria pagar. Então, resolvi correr atrás de um trabalho e dar um jeito de vender minhas joias.
As joias não foram difíceis de vender. Primeiro, fui a um joalheiro e pedi para ele avaliá-las. Não levei todas, porque algumas eu não iria vender, pois tinham muito valor sentimental. Três peças eram presentes da minha mãe e outras duas, presentes dos meus avós maternos. O resto eu resolvi vender. O joalheiro avaliou e o valor somado dava quase quinhentos mil reais. Ele perguntou se eu iria vender e eu disse que sim. Ele falou que comprava, mas só me daria quatrocentos e cinquenta mil por todas. Poderia até vender em outro lugar, mas não acharia quem pagasse mais pelo lote todo. Talvez, se eu vendesse separadamente, conseguiria um valor maior, mas seria mais demorado e o valor dificilmente passaria de dez mil a mais do que ele estava oferecendo. Achei melhor vender logo tudo de uma vez, e assim eu fiz.
Assim que ele transferiu o dinheiro para minha conta, eu saí e fui a uma concessionária tentar vender meu carro, mas me ofereceram só trezentos e cinquenta mil por ele, e achei muito pouco. Meu carro novo custou mais de quinhentos mil, tinha apenas quatro meses de uso e estava sem nenhum arranhão. Resolvi tentar em outros lugares. Fui para a casa da Marina, conversamos bastante, e eu falei para ela que queria morar em uma casa minha ou, então, nossa. Ela disse que preferia que fosse nossa, porque não queria que eu ficasse sozinha. Então, resolvemos arrumar um trabalho e procurar uma casa para morarmos juntas.
Resolvi colocar um anúncio de venda do meu carro nas minhas redes sociais e apareceram alguns interessados, entre eles um rapaz que gostou muito do meu carro. Ele disse que me pagaria quatrocentos e trinta mil se eu esperasse ele vender uma de suas casas de aluguel. Perguntei onde era a casa e qual o valor, e ele disse que vendia por trezentos e cinquenta mil e me falou o bairro. Eu disse que, se gostasse da casa, poderíamos incluir ela no negócio. Ele disse que seria perfeito. Combinamos dele me mostrar a casa, e eu e Marina gostamos do lugar e do bairro. Fechei negócio, comprei os móveis e, depois de pedir a Marina em casamento e ela aceitar, nos mudamos. Ainda sobrou um bom dinheiro, mas decidimos trabalhar para guardar esse dinheiro para alguma emergência.
Minha mãe nunca deixou de falar comigo nesse tempo. Ela me ligava, mandava mensagens; não me aceitava, mas me respeitava. Isso não durou muito. Depois de cinco dias que eu tinha me mudado, ela veio aqui. Almoçamos juntas, ela tratou Marina super bem e me ofereceu um emprego em uma loja dela. Eu aceitei. Com o tempo, ela foi aceitando melhor minha nova vida. Hoje, ela vem aqui direto, me aceita de boa e conseguiu um emprego para Marina com um advogado amigo dela. Ela nos ajuda bastante, inclusive paga a metade dos meus estudos.
Meu pai nunca mais me procurou e não aceita de jeito algum minha nova vida, mas, sinceramente, não ligo. Fiquei muito magoada com o que ele me falou quando descobriu; ele me ofendeu muito, e isso machuca.
Minhas amigas antigas foram se afastando de mim, com raras exceções. Na verdade, não fazem falta alguma. Estou feliz com a pessoa que amo. Hoje, não escondo de ninguém quem sou; me sinto livre e muito feliz. O que faltava, às vezes, era algumas pessoas legais para compartilhar nossa felicidade.
Mas acho que isso não será mais um problema, já que conheço Karen e sei que ela é uma boa amiga. Marina vem me falando da Jú há algum tempo, que tinha conhecido uma garota muito legal no trabalho e que era aqui do bairro. Bom, acho que agora vamos ter algumas amigas para fazer parte da nossa vida, e pelo olhar da Day para a Jú e o olhar da Jú para ela durante o tempo que contei nossa história, Day também vai fazer parte das nossas vidas daqui para frente. 🤭
Day— Olhares?!?
Nem percebi.
Jennifer— Quando a gente está apaixonada, nem percebe que faz isso. kkkkk
Karen— kkkkkkk a casa caiu. kkkkk
Day— Karen?!?
Jennifer— Jú, não vai dizer nada?
Às vezes, tentar tampar o sol com a peneira é pior.
Jú— Você errou feio, não estamos apaixonadas; nós nos amamos. A fase da paixão passou rápido.
Day— Já vi que vai ser difícil esconder nosso amor das pessoas, meu amor. kkkkk
Marina— Eu já tinha notado isso, só não falei nada porque não sou bocuda como certas pessoas aí, não é, amor? kkkkk
Jennifer— Desculpe, amor, você sabe que não aguento ficar calada. kkkkk
Day— Na verdade, isso foi bom. Eu ainda tenho a Karen, que é minha melhor amiga e sabe da gente, mas a Jú não tem com quem conversar, ou melhor, não tinha, já que agora vocês sabem. E você tem razão, Jennifer; não ter com quem compartilhar nossa felicidade é ruim mesmo.
Jennifer— Mas por que vocês não assumem? E há quanto tempo estão juntas? Ou melhor, conta a história de vocês para nós, como contei a minha e a da Marina.
Jú— Por sinal, bela história a de vocês! Bom, por mim não tem problema em contar, mas acho que é melhor a Day contar, porque começou por causa dela. Teve uma parte bem ruim também, que acho que é melhor ela contar para vocês entenderem os motivos.
Day— Tudo bem, eu conto, sem problemas.
Day começou a contar nossa história, não escondeu nada, principalmente seu erro. Aquilo me deixou bem feliz; ela realmente reconheceu seu erro e não escondia isso. Foi bem legal da parte dela.
A conversa rendeu, rimos muito. Fazia tempo que eu não me divertia tanto. Jennifer e Karen juntas é impossível não rir; as duas são muito divertidas. No meio da conversa, descobrimos que estudamos todos na mesma faculdade, mas em horários diferentes. Day e Karen fazem administração de manhã, enquanto eu, Jennifer e Marina estudamos à noite. Elas fazem direito e eu engenharia mecânica. Nunca as vi na faculdade, e com razão; estamos em campos diferentes e as três raramente saem de sala.
A conversa estava boa, mas tivemos que ir. Karen fez um grupo no WhatsApp para a gente ir se falando. Quando saímos dali, Karen parecia pensativa no caminho. Perguntei a ela se tinha algo errado. Ela disse que queria encontrar um amor para ela também, de preferência uma mulher, e até sentiu inveja de como eu, a Day, Jennifer e Marina estávamos felizes. Day soltou meu braço e abraçou ela, dizendo que a amiga estava carente. Isso rendeu boas risadas nossas.
Chegamos em casa e elas foram se despedir dos meus pais. Quando estávamos no quarto, chamei Day para ir comigo rapidinho, pois queria falar com ela. Assim que entramos, tranquei a porta, encostei-a na parede e fui beijando-a. Levantei sua saia, passei a mão debaixo da calcinha e comecei a fazer carinho na sua menina. Ela falou que eu era doida, que podiam ouvir a gente.
Nem dei ouvidos para ela, continuei a beijá-la e a fazer carinho na sua menina. Logo senti que ela estava bem molhada na minha mão. Fui penetrando dois dedos dentro dela, fazendo um vai e vem devagar, mas não estava como eu queria. Então tirei a mão, desci sua calcinha até os joelhos, chupei meus dedos, voltei com a mão entre suas pernas e penetrei três dedos nela, começando a foder com vontade. Ela começou a ter dificuldades em segurar os gemidos. Coloquei minha outra mão na boca dela e levei minha boca até seu ouvido.
Jú— Goza para mim, safada! Vai, minha putinha, sinto meus dedos te fudendo gostoso. Goza, cachorra, gostosa, delícia!
Eu falava e fazia um vai e vem bem rápido e forte na sua menina. Ela estava toda vermelha, senti seu corpo tremer, e ela gozou nos meus dedos. Tirei a mão da boca dela para que pudesse respirar melhor, chupei meus dedos um por um e a beijei. Fui até o guarda-roupa, peguei uma toalha e limpei entre suas pernas. Aproveitei e passei a língua na sua menina, dei um beijo, levantei sua calcinha e a beijei de novo. Ela me olhou e disse:
Day— Você é maluca, mas eu te amo!
Sorri e disse que também a amava muito. Fui abrir a porta e ela perguntou se eu não iria gozar. Eu disse que a vontade era grande, mas não tínhamos tempo e que a noite era para ela me ligar e falar besteira no meu ouvido para eu gozar por ela. Ela sorriu e disse que só faria isso se fosse em uma vídeo chamada e deu um sorriso safado. Eu disse que podia ser.
Saímos e voltei para o quarto da minha mãe. Day foi ao banheiro, e logo ela voltou. Ela e Karen se despediram dos meus pais. Levei-as até o portão e nos despedimos. Infelizmente, havia alguns vizinhos curiosos na rua, então não rolou nem um beijo, só um abraço apertado e um "eu te amo" no pé do ouvido.
Elas se foram e eu voltei para dentro. Ainda era cedo, fui falar com meus pais, e eles adoraram as meninas, principalmente a Karen. Eu já imaginava que gostariam mais dela, porque Karen é mais falante e brincalhona, mas fiquei feliz por terem gostado da Day também. Minha mãe disse que ela parecia ser muito educada e carinhosa, e eu confirmei que sim.
Eram umas 20 horas quando fui tomar um banho. Minha calcinha estava toda molhada por causa do tesão que senti ao fazer Day gozar no meu quarto. Não aguentei e me masturbei debaixo do chuveiro. Saí, vesti uma roupa e, quando estava prestes a sair para preparar o jantar, alguém chamou no portão. Escutei meu pai abrir a porta da cozinha. Enquanto ele atendia, vesti minha roupa, dei um trato no cabelo e fui sair, mas antes de sair, alguém chamou na porta do meu quarto. Eu reconhecia aquela voz em qualquer lugar, mesmo não a ouvindo há muitos meses.
Corri até a porta e abri. Encontrei um sorriso e um abraço muito apertado. Minha prima Cássia estava de volta! Depois de tanto tempo sem vê-la e sem ter notícias, ela estava ali, agarrada ao meu pescoço. Assim que nos soltamos, ela me olhou com os olhos marejados e me disse que estava morrendo de saudades de mim. Perguntei como ela estava, e ela disse que estava bem e que agora era para valer; estava limpa há mais de seis meses e que agora iria recuperar sua vida e nunca mais dar dor de cabeça para ninguém, mas que precisava da minha ajuda.
Chamei-a para entrar para conversarmos melhor. Nos sentamos, e ela me contou que tinha chegado naquela noite, mas não foi muito bem recebida em casa. Disse que, infelizmente, meus tios não acreditavam mais na sua palavra e que não os culpava. Depois de tudo que ela fez, era compreensível. Mas que, dessa vez, era diferente; foi ela quem quis ficar mais três meses na clínica, mesmo com autorização para sair. Não quis sair antes de se sentir segura para resistir ao vício. Agora, tinha certeza de que conseguiria, mas que na casa dela seria complicado, porque lá era tratada como um lixo de pessoa. Ela precisava de um lugar onde se sentisse segura e amada, por isso veio pedir para ficar na minha casa.
Ela continuou falando, me disse que eu era sua melhor amiga e que nunca faria algo para me prejudicar, mas que entenderia se eu não a quisesse ali. Ela tinha certeza de que meus pais aceitariam se ela pedisse a eles, mas que não faria isso sem conversar comigo primeiro.
Eu não sabia o que responder. Era minha prima, minha melhor amiga, mas era uma ex-viciada que já tinha aprontado muito. Eu precisava tomar uma decisão, mas não sabia qual.
Continua…
Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper