Parte 7.
Quando eu percebi, estava relatando para aquela mulher, que eu nunca havia visto antes, os detalhes dos últimos acontecimentos da minha vida. Eu precisava mesmo desabafar, comentar com alguém que, como ela, não sabia de nada, não conhecia ninguém, e não precisava falar nada. Mas a Suzy, ao contrário do que eu imaginava, se mostrou interessada. E em algumas das situações, ela me pedia esclarecimento. Mas não falava, apenas me ouvia.
Claro que não contei tudo com muitos detalhes, resumi muita coisa, mas quando ela queria saber alguma coisa que eu não expliquei, ou detalhes, me perguntava e eu esclarecia.
Acho que falei por uns quarenta minutos. Conforme eu contava, ia me acalmando. Até que eu já me sentia com a garganta seca.
Fui no frigobar, peguei uma latinha de guaraná e um copo, fui ao banheiro dar uma mijada, e voltei.
Ao chegar perto da cama, Suzy estava bebendo um gole do guaraná e depois me entregou.
Bebi o que restou de um só gole. Me servi de mais um pouco. Ela perguntou:
— Bom, e daí, conta o resto:
Me sentei novamente na cama e relatei:
— O resultado é que eu saí de casa, briguei com a esposa, com o meu primo, e vim para este hotelzinho. Estava revoltado. Depois, hoje, pensando em tudo, acabei achando que o babaca aqui é que foi o principal culpado de ter chegado nesse ponto.
Suzy me acariciou o rosto de um jeito muito carinhoso e disse:
— Pelo que entendi, tudo levava para o que aconteceu. Desde o começo. Tu achava o quê? Que a tua esposa ia esperar tu convocar uma reunião ou fazer uma petição para resolver o problema dela?
Eu fiquei olhando para ela, meio invocado, mas ela estava com uma expressão sorridente, como se estivesse mexendo comigo. Por isso, ainda respondi sério:
— Eu não achava nada. Tudo foi acontecendo, como lhe disse, sem programar, e eu confesso que fiquei muito travado, sem reação.
Suzy se deitou de lado na cama e me pediu para me deitar ali ao lado dela. Quando me deitei ela falou:
— Vamos ver se entendi direito. Tu não estava dando conta da esposa, e deixando a safada muito na vontade. Né isso?
Concordei. Ela emendou outra pergunta:
— Tu disse que andava fugindo de fazer sexo com ela, explique, o que se passava?
— Minha esposa é muito fogosa, e não se sacia fácil. Com o tempo eu fui percebendo que, mesmo eu tentando segurar ao máximo, esperar ela gozar, eu gozava depois, e ela ainda queria mais. No começo a gente voltava a transar, mas com a rotina, a ansiedade, a diminuição dos jogos de preliminares, eu fui ficando meio sem muito entusiasmo. Ela interpretou que eu já não gostava tanto dela, já não a desejava como antes, e também se desleixou um pouco. Só quem é casado que sabe como essas coisas de rotina, e vidinha repetitiva, atrapalham.
Dei uma pausa, só para organizar minhas ideias e continuei:
— Eu sou advogado, e coordeno uma área da empresa. Nosso escritório tem interface com direito civil e Processo Civil, Direito da Criança e do Adolescente, Direito Administrativo e Gestão Pública, Direito da Família e Sucessões, Direito do Trabalho, e recentemente Direito Digital. Eu tratava de uns casos, onde haviam umas causas bem cabeludas, traições, mulheres com amantes que os maridos descobriram serem sustentados pelas esposas, litígios entre casais na empresa familiar, e também questões de fraudes e litígios financeiros. Acabei ouvindo uns depoimentos, que mexeram com a minha imaginação. Especialmente de um marido que tinha fetiche de ver a esposa fazendo sexo com o amante. Eles tinham uma combinação entre eles, até que a esposa resolveu quebrar o trato, ele não gostou e acabou em litígio. Aquele caso despertou minha curiosidade e fui pesquisar e ler a respeito. E encontrei muitos casos de maridos que tem esse fetiche e se excitam.
Suzy cortou:
— Você também se excitou e ficou fantasiando com isso.
Fiz que sim. Ela disse:
— Safadinho! Tesão de corno! Adoro.
Não sei por que motivo, senti uma certa excitação quando ela disse aquilo. Concordei novamente:
— Isso. Pior que aquilo me excitava muito. Eu fantasiava, mas não tinha coragem de falar sobre aquele fetiche com a minha esposa. Tinha vergonha.
— Nunca fantasiaram juntos? – Suzy queria mais fofoca.
Fui contando:
— Com uns probleminhas que eu tive, de perder umas causas, por falta de atenção, fiquei meio traumatizado, e isso tudo junto afetou meu psicológico. Não contei para a minha mulher meus tropeços, meu chefe me deu uma bela comida de rabo, mas mandou que eu tocasse em frente e superasse. Ele foi muito legal. Mas eu fiquei abalado, a libido caiu. E com isso, nosso sexo foi ficando cada vez pior.
— Pior como? Não fodiam ou a foda era ruim? – Suzy não tinha vergonha de perguntar.
Expliquei:
— Como muitas vezes eu ficava até tarde no escritório, trabalhando, às vezes eu assistia nos canais privados, alguns vídeos eróticos de maridos cornos vendo as mulheres com outros. Eu me masturbava, excitadíssimo, e quando chegava em casa estava um caco. Não tinha tesão mais. E sabia que minha esposa ia querer muito, pois ela gosta muito de sexo.
— Mas tu é mesmo um corno! A mulher gostosa e boa de cama em casa e tu se masturbando no escritório! Pior que tem muita gente assim! São muito machos no virtual e broxas no real.
Eu vi que ela não falava para ofender, apenas era sem filtros. Apenas comentei:
— A gente faz a merda sem saber. Mas deve ser por fuga da realidade. A fantasia é mais excitante.
— Tua cova estava sendo escavada por você mesmo – disse a Suzy.
— Pois é. Mas deixa eu contar outra coisa. – achei que era importante ela saber:
— Na nossa juventude, eu e o meu primo, o Geni, éramos muito parceiros, e muitas vezes pegávamos duas garotas e íamos acampar no sítio de um parente nosso, tio da mãe dele, e da minha mãe. Acampamento simples, pois sempre fomos gente humilde. Mas o meu primo sempre foi safo, sem-vergonha, pegador, e no acampamento, ele acabava pegando a garota que ia com ele e também pegava a que ia comigo. Eu também pegava, mas não era páreo para ele. O safado, além de ter um pau que é o dobro do meu, ainda fode como se fosse máquina. Ele dava um jeito das duas mulheres se pegarem. Depois eu ficava vendo ele comer as duas, e achava ótimo, me masturbava muito. Eu também fodia, mas não era como ele. Sempre soube que ele era bom de cama e eu não ia chegar nem perto.
— Aí, tu chamou o primo para ficar na tua casa! Com a esposa louca para dar. Queria o quê? – Suzy matou a parada.
— Espera, não fui eu que chamei. Ele pediu só por uns dias, e eu achei que não seria legal negar. Ele sempre foi muito camarada comigo, e muitas vezes arranjou garotas para nós dois. Aí eu aceitei, e na mesma hora, minha cabecinha cheia de fantasias ficou imaginando besteiras. O safado do meu primo logo de cara viu minha esposa, gostosa, carente, e ficou maluco de tesão, que eu sei. Ele nunca esconde. E a minha mulher também viu nele a oportunidade de resolver o problema dela.
Ao contar a ela esses detalhes eu reparei que estava excitado, e meu pau ficando duro. A Suzy falou:
— Então, meu caro, por que é que tu foi ficar puto? Sabia desde o início que tudo caminhava para o que aconteceu. – Suzy era rápida e chegou logo no ponto.
Tentei me justificar:
— Sabe, eu fiquei muito dividido. Essas coisas são muito complicadas. A gente, na hora, não sabe o que é certo fazer. Uma parte de mim, queria testar a fidelidade da minha esposa. A outra parte, queria ver como a coisa progredia, e eu fiquei muito excitado com aquele jogo. No começo foi mesmo um jogo, mas minha mulher estava louca para dar, e sentindo um pouco de raiva de eu deixar tudo rolando na maior facilidade. Isso ela não disse, mas eu sei.
Suzy comentou:
— O marido corno com tesão não ia cortar o barato.
Reparei que ela também estava excitada pois seus mamilos se projetavam. Meu pau trincava de tão duro. Eu continuei a contar:
— Aí, o Geni, que me conhece há muito tempo, experiente, percebeu que eu estava tarado para ver a minha mulher cair na rola dele, e só me provocava. Me excitava com tudo que eles faziam. Ele disse para ela que eu tinha fetiche de ser corno, que no fundo queria aquilo, e contou das nossas saídas nos acampamentos. A Maraísa, ficou mais tarada de saber aquilo e resolveu prosseguir naquele jogo, pois ela queria mesmo cair na vara do primo. E só o primo que estava segurando as pontas, me testando, o filho da puta sabia que era uma questão de tempo.
— Porra, meu amigo, já disse! Quer dizer que tu sabia onde ia dar, então, por que é que ficou puto? – Suzy falava na lata!
— Eu juro que não sei. Eu fiquei puto, acho, porque na minha cabeça a minha esposa ia brincar, provocar, mas não ia ceder sem eu autorizar. Claro que eu viajei. Também achava que o primo, por mais que me tivesse alertado, não ia fazer sem me dar um toque. Engano meu.
Lembrando aqueles momentos, meu pau latejava bem duro. Eu prossegui:
— E depois que eu voltei para casa e vi os dois juntos, a Maraísa cheia de tesão e dengos com ele, enquanto eu tinha ido trabalhar, fiquei revoltado ao constatar a traição. Mais ainda com ciúme da intimidade deles. A traição, na hora, me revoltou.
— Caralho, amigo, mas então tu é doido! Esperava o quê? – Suzy falou isso meio rindo. Eu acabei rindo também. Ela tinha razão.
— Agora, olhando de mais longe, sei que fui totalmente um babaca. Podia ter conversado na hora, e resolvido. Ia questionar, eles iam se justificar, eu relevava, e estaríamos todos bem. Mas eu não sei, na hora me subiu o sangue, achei que tinha que defender uma honra, era a minha casa, a minha esposa precisava de uma reação minha, sei lá. Nunca pensei que ver a esposa da gente com outro fosse tão impactante. Dá tesão e dá ciúme. Raiva e desejo. Na hora eu surtei. Achei que ia perder a esposa para sempre.
— Aí tu vai, e faz a merda, sai de casa e rompe com ela. Tá de brincadeira! Agora, está no sal.
Ela ficou me olhando por uns segundos, com expressão admirada. E eu também olhava, sem falar nada. Ela viu que eu estava de pau duro. Naquele momento ela me deu um tapa no ombro e disse:
— Queria ser corno, foi corno, e agora que ia aproveitar, dispensou a mulher e quer separar? Tu não gosta dela? – Suzy era direta.
— Gosto muito. Isso que me dói demais, e ela também gosta, e está sofrendo.
— Ah, meu amigo, assume esse chifre, assume que gosta de ser corno, faz as pazes com ela, logo, e se acerta com o primo.
Questionei:
— Acha isso mesmo? Não vou perder a moral?
— Claro! Ser corno tem seu lado bom, e não arranca pedaço. Ela vai querer dar para ele outras vezes, e você aproveita para ver, já que tu gosta. Vai que tu aprende com eles – Suzy resumiu sua análise. Ficou um pouco calada, depois caiu na gargalhada e exclamou:
— Cada corno que me aparece! Pior que tu é gostosinho, charmoso, inteligente, bom profissional, bom marido, bom de papo, deve ter um coração enorme, e ela não vai querer trocar. Só falta aprender a foder melhor, e isso eu garanto que sei ensinar.
A ideia me deixou excitado e vi que ela também estava. Achei graça dela falar, misturando sotaques do Sul, do Nordeste, e do Sudeste. Perguntei:
— Você é de onde Suzy?
— Sou do mundo. Nasci no Norte, filha de gaúchos, me criei no Nordeste, onde meus pais foram viver, fugi para o Sudeste para me prostituir, queria ser independente, e muitas vezes fico temporadas no Sul, Porto Alegre e Joinville. – ela esclareceu.
Eu tentei resumir:
— Eu ainda não sei o que eu vou fazer. Na conversa que tive com meu primo e na outra com minha esposa, tentei manter a minha posição de revoltado com a traição. Eu queria relevar. Mas, depois de pensar melhor, para manter a minha imagem, e ser respeitado, estou imaginando não voltar atrás, quero ver o que acontece. Não vou tomar iniciativa, quero ver o que eles fazem.
— Se tu embaçar, eles vão foder até o-cu-fazer-bico. Sem você mesmo. – Suzy falava rindo, mas soava sério.
Fiquei calado, pensando, e ela me abraçou e disse:
— Enquanto tu não decide, que tal a gente fazer umas aulinhas de safadeza? To vendo que tu já está tesudinho.
Ela me beijava e com uma mão me acariciava no meio das pernas. Apertava meu pau. A tomada de iniciativa dela me animou ainda mais, na hora, e comecei a retribuir os beijos, acariciando seu corpo. Beijei os mamilos dela ouvindo Suzy gemer:
— Vai com calma corninho, eu sou toda sua a noite inteira, e tu vai ser meu. Aposto que vou fazer tu gozar umas três vezes até a hora de ir embora.
Nos abraçamos e continuamos aquela dança de carícias sobre a cama, com as mãos e com as bocas. O cheiro gostoso dela me inspirava sexo safado, depravado, e sem vergonha.
Continua ....
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