REGRA NÚMERO 2 - JAMAIS DE UMA SEGUNDA CHANCE
Eu não acreditava no que estava lendo. Não é possível que a Amanda tenha feito algo tão escroto: contar da minha sexualidade pra um cara que ela conhecia a 3 meses. Aliás, poderia conhecer a 10 anos, eu confiava nela e jamais imaginaria que ela contaria algo tão pessoal pra alguém. Fiquei muito puto com o Junior também, logicamente por ter contado aquilo num GRUPO com tantos homens e ainda mais héteros, onde coisa boa não iria sair ao descobrirem minha bissexualidade. Quando terminei de ler todos os prints eu só sentia ódio. Após a mensagem do Júnior me chamando de “viadinho” no grupo, outras mensagens tipo “ah, até que ele tem um jeitinho mesmo” ou “agora tão chamando viado pra jogar? vão manjar no vestiário agora” apareceram nos prints. Minha vontade era de ir na casa do Júnior naquele momento e quebrar a cara dele. O print terminava com uma última mensagem do Júnior assim:
Júnior - KKKKKKKK. vão se fuder porra. agora ngm fala nada pro cara nao, ele é gente boa e essa porra aí é preconceito. deixem ele se não vai sobrar pro meu lado, por conta da Amanda.
Nossa, na hora eu só pensava: como alguém pode ser tão mal caráter assim?
Depois do print, o Antônio me mandou outra mensagem.
Antônio - Cara, isso que o Júnior falou é verdade? Você é tipo, gay?
Achei engraçado o jeito que ele perguntou. Na hora eu só sentia raiva, mas hoje lembrando eu acho até engraçado. Depois de uns 15 minutos pensando na resposta eu mandei:
Eu - Não, eu não sou gay Antônio. Mas se eu fosse, vc acha que eu ia manjar vc tbm? Não fode, porra - Eu estava muito puto e acabei descontando no meu amigo..
Antônio - Arthur, você é meu irmão.. vc pode ser qualquer coisa que eu vou estar junto de você. Só perguntei pq queria ter certeza.
Eu - Você pode vir pra cá? Por favor..
Demorou mais ou menos uns 30 minutos e ele chegou aqui em casa. Tentei disfarçar minha raiva e cara de choro (chorei um pouco durante a vinda dele pra cá. Saber que alguém expôs algo tão íntimo da sua vida não é a coisa mais fácil do mundo) e fui abrir a porta pro Antônio. Ele cumprimentou minha mãe e meu irmão e fomos pro meu quarto.
Desabei no choro naquele momento. O Antônio não é aquele amigo hétero que não demonstra sentimento ou que acha frescura amigos se abraçarem. Então a gente ficou se abraçando até eu me acalmar. Ele é muito foda comigo. Acabei contando tudo pra ele. Sobre minha bissexualidade e tudo mais. Falei que tinha contado pra Amanda a muito tempo e que por isso ela sabia e tinha contado pro Júnior. O Antônio ficou até chateado por não ter contado a ele a muito tempo. A gente realmente era muito amigo, mas eu tinha medo da reação dele. Em determinado momento eu perguntei:
Eu - Você vai mudar comigo? Nossa amizade vai mudar? - Falei tentando controlar a emoção.
Antônio - Claro que vai mudar, mas pra melhor mano. Fico triste por saber disso dessa maneira mas tô feliz pq agora espero que não existam segredos entre a gente.
Eu - Claro que não, não vai existir. Você é foda, obrigado - falei mais uma vez abraçando ele.
Antônio - Se bem que naquele dia no banheiro.. - Ele falou meio que se afastando de mim e dando um sorriso de leve, meio que esperando a minha reação. Logicamente era uma piada. Não aguentei e ri. Rimos juntos.
Nós sempre fomos palhaços um com o outro. Nem em momentos ruins a gente conseguia parar de se zoar. Hahahah. Nossa amizade é muito foda e naquele momento me sentia aliviado. Depois da gente tirar resenha um com o outro, as perguntas apareceram. “Você já ficou com quantos homens?” “Mano você já deu o cu?” “Vc prefere comer homem ou mulher?”. A cada pergunta nova era uma risada minha. Tentei responder as coisas da melhor maneira possível e claro, o que realmente eu queria responder.
Eu - Mano, sai fora, tem coisa que eu não vou responder não - Falei meio irritado
Antônio - Ah, qual foi Arthur, isso é preconceito da sua parte. A gente sempre falou de mina um pro outro, agora só pq eu descobri que tu pega homem não vai querer falar? Preconceito seu.
Eu - É.. tem razão.
Depois disso tentei mudar de assunto. Queria saber mais sobre o grupo e do babaca do Júnior que só fala merda ali.
Eu - Mas e aí cara, alguém falou mais alguma coisa lá no grupo?
Antônio - Mano, eu nem sei. Fiquei tão puto que acabei saindo do grupo quando li aquelas coisas. Pensei em mandar algo, xingando aqueles fdps mas achei melhor só sair.
Eu - Você fez bem cara.
A gente ficou conversando mais sobre algumas coisas, sobre como o Júnior nos surpreendeu fazendo uma bosta daquelas. Será que a Amanda não falou pra ele que era segredo? Como ele pode expor alguém assim tão facilmente? Estava nítido que ele não é uma pessoa confiável.
Depois dali não demorou muito pro Júnior me ligar. Logicamente, não atendi.
Eu - O babaca tá me ligando - Falei mostrando a tela do celular pro Antônio.
Antônio - Nao atende agora que você está de cabeça quente. Se prefirir não atenda nunca. Bloqueia ele e vida que segue.. o foda é que ele e Amanda tão quase namorando e você é o melhor amigo dela.
Eu - ERA, né Antônio? ERA. Eu não quero mais olhar pra cara daquela filha da puta - falei aumentando um pouco o tom de voz. Ainda estava bastante irritado.
O Antônio ficou mais um pouco comigo e depois foi pra casa. Disse que eu poderia ligar pra ele qualquer horário que ele me atenderia. Muito bom se sentir querido assim.
Assim que ele foi embora dei uma olhada no WhatsApp. Tinha algumas mensagens do Júnior pra mim, meio que colhendo verde, querendo saber se o Antônio tinha falado algo pra mim, já que ele saiu do grupo. Aliás, ele foi muito burro de ter esquecido que um dos meus melhores amigos estavam ali.
Ele mandou um áudio pra mim mais ou menos assim:
Júnior - Fala mano, beleza? Escuta, tá tudo bem por aí? Você tá com o Antônio ou com a Amanda? Me responde aí ou me liga.
Meu sangue voltou a esquentar. Não consegui me controlar. Eu realmente queria ter resolvido as coisas com calma e de maneira fria pra sair por cima, sabe? Mas quando ouvi o áudio dele na maior cara de pau, resolvi responder.
Eu - Muito cara de pau você né? A cara nem treme de vir falar comigo como se nada tivesse acontecido. Como se você não tivesse me chamado de VIADINHO e me exposto pra um monte de marmanjo filho da puta como você. Me esquece PORRA. Você e a Amanda se merecem.
Enviei e bloqueei ele na mesma hora. Lembrando da situação de toda essa situação, vejo que fui bastante corajoso. Em nenhum momento pensei em negar o fato (até porque Amanda deve ter contado detalhes) e só fui sincero.
Amanda aquele momento também não tinha se pronunciado o que é compreensível, é óbvio que ele não ia falar nada pra ela. Naquele momento eu tinha certeza de que se ela descobrisse o que o Júnior fez ela com certeza terminaria com ele, no mínimo.
Apesar de ter enviado a mensagem na raiva, eu não tinha me arrependido e não me arrependo até hoje. Ele merecia ouvir aquilo e até um pouco mais. Não demorou muito e o Júnior voltou a me ligar. Estava com muito ódio. Fiquei desligando em todas as tentativas. Era óbvio que a insistência dele era por conta da Amanda. Se eu abrisse a boca sobre o que ele fez já era pra o relacionamento deles dois. Lembro que em uma das vezes que ele me trouxe em casa depois de um rolê nosso ele falou pra mim:
Júnior - Mano, eu realmente tô curtindo ficar com a Amanda. Ela é maravilhosa, gente boa. Já conheci a mãe e as irmãs dela que são incríveis.. os amigos, nem se fala. Ganhei amigos também, e você é um deles.
Eu - Pô cara, fico feliz que esteja dando tudo certo entre vocês. Nosso grupinho todo curtiu muito você também, tu já é amigo nosso também. Mas me fala, quando vcs vão assumir namoro mesmo? Já tá na hora né? - conforme o tempo foi passando e eu fui conhecendo o Júnior, meu tesao por ele tinha diminuído um pouco, sabe? Fui vendo ele mais como amigo e como namorado da minha melhor amiga mesmo e realmente torcia por eles.
Júnior - Cara, só tô esperando o momento certo. Mas não vai falar nada pra ela não em? Tô pensando em fazer uma surpresa bacana pra ela.
Voltando pro fatídico dia, parecia que o Júnior tinha desistido de me ligar. O telefone parou de tocar por um tempo, mas não demorou muito pra eu receber um SMS dele.
Júnior - Estou aqui no seu prédio e sou vou embora quando você falar comigo.
Fiquei uns dois minutos olhando pra tela do celular sem saber o que fazer. Meu coração dizia pra ir lá embaixo e quebrar o pau com ele. Minha razão dizia pra eu ficar em casa e ignorá-lo. Tentei fazer uma mediação entre os dois e resolvi de maneira calma e tranquila resolver aquilo de uma vez por todas. Apesar da raiva que estava, tentei ao máximo me controlar e não me precipitar (até porque o Júnior era bem maior que eu e numa briga eu sairia no mínimo quebrado kkkk). Saí de casa (o pessoal já estava dormindo, então foi bem tranquilo), peguei o elevador e fui pra portaria. Chegando lá o Júnior estava do outro lado da rua, encostado no carro, meio afoito, olhando pro telefone e digitando. Provavelmente mandando mais uma mensagem pra mim. Cheguei perto dele e falei:
Eu - Fala Júnior, o que você quer? - Na hora que ele ouviu minha voz tomou um susto enorme. Quase que o celular dele caia no chão. Ele olhava pra mim com uma cara de assustado, como se tivesse visto um fantasma. Lembro que esse dia ele estava fardado. Ele fica muito gostoso com a farda. Foi rara as vezes que o vi pessoalmente de farda. Ele odiava usar sem ser no seu ambiente de trabalho. Achava foda isso.
Júnior - Mano.. calma... queria conversar contigo.. tipo.. não me leve a mal.. fiz merda.. cara.. sei que fiz merda - Ele estava falando da mesma forma do dia da piscina, lembram? Mas dessa vez de uma maneira mais desesperada e afoita. O Júnior não consegue se expressar muito bem em momentos muito tensos pra ele. Fui percebendo isso aos poucos.
Eu - Júnior, seguinte - Interrompi ele - Pode ficar tranquilo que não falarei nada a Amanda. Não se preocupe que você ainda vai ter sua amada. Quero que vocês dois se fodam e me esqueçam. - Falei isso, me virei e vim andando em direção ao meu prédio. Não demorou muito e senti a mão de Júnior segurando meu braço.
Júnior - Mano.. espera.. não é sobre a Amanda não, cara. Eu gosto de você. Você foi uma das pessoas que mais me abraçaram nesses últimos tempos. Eu falei aquelas merdas por ciúmes da sua amizade com a Amanda. - Depois disso ele foi se acalmando e contando com detalhes algumas coisas... Ele explicou que a Amanda realmente contou que eu era bissexual, mas que também contou que tivemos um rolo e que foi muito importante pra ela e que os caras do baba começaram a zoar minha relação com a Amanda a alguns dias e ele ficava incomodado em como eles tratavam essa relação. Nesse momento eu o interrompi novamente..
Eu - Ah, então pra resolver e inflar ainda mais esse seu ego, você resolveu me expor pra todo mundo? Você tem noção do quão escroto isso foi? - Eu me orgulhei muito de mim. Estava conseguindo me expressar sem perder a cabeça. Mas confesso que ele me ajudou nisso. As vezes enquanto eu falava ele pedia pra eu ter calma, pra eu respirar porque ele estava vendo que eu estava puto.
Júnior - Eu sei Arthur, me perdoa.. por favor. Eu sou um filho da puta. É foda. Eu nunca consigo fazer nada certo. Eu sempre tenho que estragar algo que está indo bem. Sempre faço isso - Algo que eu odeio nesse homem e vocês vão perceber que ele SEMPRE faz isso: se autocriticar. Eu não suporto quando ele faz isso. Lembro que ele ficou um tempão falando essas coisas nesse dia e como foi a primeira vez que o vi fazendo isso, deu até uma pena dele. Imaginem um homão de 1,80 de altura, fardado se martirizando? hahahahaha.
Depois de passar quase 10 minutos falando mal dele mesmo ele parou, olhou pra mim e fez uma expressão do tipo “tive uma ideia” e falou:
Júnior - Mano, já sei! Eu vou falar no grupo que era só zoacao minha, que tava com ciúmes e eles vão acreditar em mim. Acredite, Arthur, eu não tenho essas paradas de preconceito, ainda mais com você.. sei que agora está de cabeça quente e com razão. Mas tenta me desculpar, por favor. E agora falo de mim pra você. Sem Amanda no meio, só NOSSA RELAÇÃO importa aqui agora. - ele enfatizou o “nossa relação”. Vocês precisavam ver na hora. Pareceu algo até sexual e nem tô exagerando. Hahahaha. Quando eu ouvi ele falando isso deu até um leve tesao.
Eu - Bom, desmentir é o mínimo que você pode fazer né? Agora eu preciso voltar pro quarto. Amanhã tenho prova na faculdade e preciso focar. Tchau. - Virei novamente pra ir embora e dessa vez não senti a mão pesada do Júnior me puxando. Ele ficou tranquilo e não falou mais nada. Antes de abrir a porta da portaria dei uma olhada rápida pra Júnior. Ele ainda estava no mesmo lugar, de braços cruzados, olhando pra mim. Segui minha vida.
Passaram-se 15 dias dessa confusão toda. Amanda mandava mensagem pra mim todos os dias e eu quase não respondia. Cumpri minha palavra e não disse nada pra ela sobre o ocorrido. Fiz isso pelo Júnior. Tá, eu sei que posso ter sido trouxa (e fui) e que eu deveria era expor ele e acabar com o namoro dos dois. Mas esse não seria eu. Ainda alimentava muito ódio pelos dois naquele momento mas sabia separar as coisas. No fundo acho que eu precisava de um empurrãozinho pra não ligar tanto se as pessoas descobrissem minha sexualidade. Claro que foi um empurrão bem escroto, maldoso e cheio de futilidade, mas enxergo dessa forma.
Por me afastar da Amanda, acabei me afastando dos meninos também. O Antônio ainda ia me visitar com a namorada dele, o Jaime também via algumas vezes na faculdade, mas quando eles marcavam alguma coisa com a Amanda e o Júnior, eu sempre dava uma desculpa boba e não ia. Lembro que um dia a Amanda me ligou de um outro número que não sabia de quem era. Eu evitava atender as ligações dela e so respondia por mensagem.
Amanda - Alô, amigo?
Eu - Alô, quem é? - Eu sabia que era ela, mas fingi.
Amanda - Para com isso. Você sabe que sou eu. Poxa, tô com saudades. Você só me responde de maneira seca agora no WhatsApp. O que aconteceu, Tur?
Eu - Nada Binha, eu só estou ocupado com algumas coisas.
Amanda - Ocupado? Você está de férias da faculdade, o estágio está em recesso também que eu sei. Ocupado de que?
Eu - Amanda, escuta. Me deixa, tá? Eu só quero ficar na minha mesmo, não tô muito legal. Depois a gente se fala.
Nem esperei a resposta dela e desliguei.
Eu sentia falta dela, mas não podia dar o braço a torcer. Estava sentindo falta do Júnior também. Ele sempre me tratou bem todas as vezes que saímos juntos. Me dava carona toda vez que não conseguia pegar o carro da minha mãe, sempre falávamos de tudo. Tínhamos um gosto muito comum pra músicas, filmes, coisas relacionadas a arte em geral. Sentia falta da companhia dele.. do jeito que ele sorria quando eu falava uma bobagem. Quando estávamos só nós dois juntos ele me tratava com muito carinho, sabe? Sabe perguntava se eu estava com frio, se queria que diminuísse a temperatura do ar do carro, se eu estava com fome.. quando estávamos no campo, era nítida a diferença de tratamento, talvez por ele se sentir acuado por estar com os amigos héteros dele. Depois fiquei pensando: “Será que ele me já sabia que eu era bissexual quando essas coisas aconteceram? Ou será que ele trata assim outros amigos dele quando estão sozinhos?”
Eu sempre me pegava pensando nele, mas óbvio que nunca cheguei a mandar mensagem. Seria humilhação demais.
O tempo foi passando e a poeira abaixando. Estava conseguindo evitar o casal, mas sabia que em algum momento um encontro com eles iria rolar, e aconteceu.
Era aniversário do Antônio, meu melhor amigo. A festa aconteceu na mesma casa que eu conheci o Júnior. Eu já tinha ido várias vezes pra lá, mas a casa virou algo simbólico pra mim. Aquele cara conseguiu mexer comigo.
Pensei várias vezes em não ir pra festa, mas sei que se eu não fosse, o Antônio iria ficar muito chateado. Pensei até em pedir pra ele não convidar a Binha nem o Júnior, mas seria muito cara de pau da minha parte. Acabei deixando a maturidade falar mais alto e resolvi ir e ficar de boa em relação a presença deles lá. Óbvio que iria me incomodar, mas eu saberia ter jogo de cintura pra passar por aquele constrangimento. Tudo pelo meu amigo.
Era umas 15:00 da tarde quando eu cheguei na casa. Mandei uma mensagem pro Antônio pra ir me buscar na porta do condomínio e ele foi. Assim que o vi dei uma abraço nele, entreguei o presente (comprei uma camisa da marque que o Antônio mais ama) e o parabenizei.
Antônio - Obrigado por ter vindo, mano. Você sabe que sem você não seria a mesma coisa.
Eu - É óbvio que eu viria, você é minha família também.
Fomos andando da portaria até a casa do Antônio.
Antônio - Antes que você pergunte, sim, eles estão aí.
Eu - Tudo bem. Eu já imaginava. Fique tranquilo que estou de boa. Talvez role umas garrafas pra cima, mas nada que uma boa faxina não resolva.
Antônio - HAHAHA. Bem engraçadinho você.
Chegamos na casa e entramos. Como sempre, a festa do Antônio é bem cheia. Família, amigos de infância, da faculdade, do futebol, da igreja, da academia de todos os lugares. Ele sempre foi um cara cheio de amigos.
Assim que cheguei, avistei a Amanda e o Júnior na piscina. Os dois fizeram cara de paisagem quando me viram. Dei um boa tarde geral pra todos e entrei pra falar com os pais do Antônio. Deu pra escutar a voz dos dois me respondendo mas também nem dei importância. Eu amo ficar conversando com tia Ana nas festas. E naquela em específico a vontade tinha duplicado. Não queria socializar nem com Amanda nem com Júnior.
Fiquei um tempo falando bobagens com a mãe do Antônio até que em um momento a gente avista um homem só de sunga entrando na casa com uma toalha amarrada na cintura. Era ele.
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Pessoal, desculpa pela demora. Espero que gostem. A parte 3 já está escrita, então lançarei o mais rápido possível, valeu!