Comecinho de noite, estava no banho quando mamãe entrou agitada:
— Desliga esse chuveiro, Nicole, pelo amor de Deus! — Vai se vestir.
Uns minutos depois a dona Helena voltou apavorando. Estava em meu quarto, só de calcinha em frente à penteadeira. Dava uma última ajeitada nos cabelos.
— Cacete, Nicole! Ainda não está pronta?
— Só mais dois minutos, Mami.
Levantei rapidão e peguei o vestido para não estressar ainda mais a nervosinha.
— Você vai começar o ano com esta calcinha surrada?
Seria meu terceiro Réveillon com aquela lingerie que me trazia boas recordações. Era melhor que a mamãe não entendesse meus verdadeiros sentimentos pela peça íntima que foi presente do meu pai.
— Eu gosto dela, e amarelo me traz sorte.
— Tá, você que sabe! Se arruma rápido que vamos sair em cinco minutos.
Naquele 31 de dezembro, mamãe e eu fomos convidadas a passar o Réveillon na casa dos pais da Adriana, namorada do Dr. Osvaldo.
Lá chegando, no primeiro instante a sós com o advogado, que também era meu cúmplice de loucuras, compartilhamos nossos desejos secretos e idênticos: dar uma foda como saideira daquele 2019.
O doutor era o meu P.A (Pinto Amigo). É aquele cara que transamos ocasionalmente, sem apego e sem compromisso. O quarentão, apesar de ter mais que o dobro da minha idade, era tão irresponsável quanto, também tornou-se uma figura constante naquele momento da minha vida. A adrenalina gerada durante nossos instantes de ousadia sempre levava minha libido a milhão.
Como se não bastasse a química legal existente entre nós, ainda brincávamos com o perigo transformando uma transa em um prazer incomum.
Concordamos que mesmo uma super rapidinha seria impossível naquela residência cheia de gente, então bolamos um plano.
Passava das 21h quando saí de fininho e mandei uma mensagem para a minha mãe, mentindo que fiz amizade com uma menina ali da rua e estava na casa dela.
— Vê se volta logo, dona Nicole, a ceia aqui começa cedo.
Havia combinado com o doutor de encontrá-lo em um parque próximo. Já estava na metade do caminho e continuei andando.
Cheguei no local uns dez minutos depois e ainda aguardei mais uns quinze até o homem aparecer.
Entrei no seu carro e fomos para um setor sem movimento e com pouca iluminação no interior do lugar público.
Os primeiros beijos já foram calientes, mas não foi por causa do sabor de uísque sentido por mim em sua boca, mas sim, por sua pegada eficiente. Seguiu seu ritual dando amassos deliciosos em meus seios, com direito a mordiscadas gostosas em meus biquinhos durinhos.
Fiz minha parte em seguida, metendo a boca no seu pau e fazendo um boquete de respeito, tanto que quase senti o gosto da sua porra. Mas concordamos que ainda era cedo para ele ejacular.
Enfiei as mãos por baixo do meu vestido curto e branquinho, tirei minha calcinha de renda amarela que estava completamente úmida, guardei no porta-luvas.
Quando ele veio para o banco do passageiro, ajeitei-me de perninhas abertas sobre o seu colo e de frente para ele. Seu pau escorregou para dentro da minha fenda me fazendo suspirar de tesão e gemer bem safadinha. Saboreei o início da transa e seu abraço carinhoso rebolando suave e viajando de olhinhos fechados.
Se já estava uma delícia, ficou ainda melhor um tempinho depois ao atingir o orgasmo e soltar com vontade meus gritinhos de curtição.
Mas nada está tão bom que não possa ficar maravilhoso. Isso aconteceu quando ele agarrou firme em meus quadris, socando seu cacete feito um alucinado e gozou dando urros delirantes ao encher minhas entranhas com seu líquido… Deeeus! O homem me fez estremecer de tanto tesão, era como sentir a descarga de um raio longo e trepidante.
Demorou um pouquinho para que retornássemos daquele transe. Lentamente reduzimos nossos movimentos até ficarmos quietinhos e abraçados como namorados. Encaramo-nos surpresos com a intensidade daquele instante, sorrimos feito bobos e demos um beijo delicioso e safado.
Na sequência levantei expulsando seu pau de dentro e fizemos uma limpeza com punhados generosos de papel higiênico.
Desta vez estava protegida por comprimidos, sabia que poderia rolar assim, sem uma capinha. Deus me livre de uma gravidez indesejável.
Passamos para o banco de trás, ignorando o avançar das horas e que havia gente nos esperando. Nossa libido ainda estava no topo nos impulsionando a continuar. Fiquei de quatro, de frente para a janela, ele aconchegou-se por trás de mim, cobrindo meu corpo com o seu e murmurou suas putarias excitantes em meu ouvido, tudo simultâneo aos apertos que suas mãos davam em meus peitos. Seu pau estava aninhado em meu rego e latejava exibindo seu vigor. Ele direcionou a glande em minha fenda encharcada e enfiou gostoso. A primeira enterrada sempre é um prazer incomum. No entanto, comecei a gemer exageradamente dizendo:
— Puta que pariu! Tira, tira, Osvaldo, pelo amor de Deus!!! Ele percebeu meu desespero e tirou rápido se afastando.
— O que foi anjo, machuquei você?
— Não, estou com uma cãibra da porra, preciso ficar em pé.
Ele saiu do carro e ajudou-me a sair. Eu quase chorei com um incômodo angustiante. Fiquei em pé, junto ao carro, com as mãos apoiadas na lateral do banco traseiro.
— Onde dói, linda?
— Na batata da perna direita.
Ele agachou e iniciou uma massagem alisando suavemente minha perna.
Uns minutos depois:
— Passou, linda?
— Passou, mas ainda está esquisito. Tenho medo que volte caso eu entre.
Ele continuou a massagem, contudo, suas mãos subiram e chegaram ao alto das minhas coxas. Ele ficou em pé e uma mão massageou meu sexo, enquanto o outro braço envolveu meu corpo colando ao seu. De ladinho comigo ele disse estar louco de vontade de continuar e mordiscou o lóbulo da minha orelha. Eu só gemi sentindo seu dedo tocando meu clitóris.
O homem desceu novamente suas calças e cueca, roçou seu pau à procura da minha entrada e deslizou seu membro para dentro bambeando as minhas pernas de tanto tesão que me deu por estarmos expostos.
Ouvimos alguns rojões próximos, e os estouros estavam cada vez mais frequentes. O pessoal entusiasmado começou a comemorar antes da hora da virada.
Mesmo com os fogos luminosos no céu do parque iluminando nosso ato imoral, continuamos com toda a nossa intensidade ignorando o perigo de sermos flagrados, principalmente pela guarda municipal. Aquele setor era quase deserto e as poucas pessoas estavam muito distantes de nós. No entanto, havíamos visto várias câmeras espalhadas no local. Foda- se! Pensei, só o prazer da transa e nossa química me importava naquele instante.
Ele socou forte, deu tapas na minha bunda arrancando meus "ais". E não demorou até chegarmos ao orgasmo em conjunto. Aquilo foi demais, permaneci debruçada no encosto do banco e gemendo alucinada como uma louca curtindo uma infinidade de golpes em minha boceta.
Instantes depois, após a respiração voltar ao normal, ele retirou e foi pegar o rolo de papel. Minhas pernas bambas permaneceram abertas expelindo o grosso do seu sêmen.
Enquanto ele recompunha sua roupa, agachei e fiz xixi, não aguentei segurar por mais tempo.
Deu um medinho ao ouvir uma sirene próxima, olhei na direção do portão de entrada e vi dois faróis altos vindo devagar em nossa direção.
— Entra aí atrás, Nicole, rápido! — disse o homem apavorado.
Entrei e fechei a porta traseira. Ele já estava ao volante, ligou o carro e partiu em direção contrária ao carro que vinha.
Saiu pelo portão dos fundos do parque e segundos depois vi os faróis altos e giroflex também saírem partindo em nosso encalço. O doutor deu um gás no Honda Civic e se distanciou do carro que nos seguia.
Após dar algumas derrapadas pisando fundo nas entradas à direita e à esquerda e quase nos matar, ele disse orgulhoso:
— Estamos seguros, não estamos mais sendo seguidos.
— Ainda bem! — falei aliviada, mas foi por ele ter reduzido a velocidade.
Mesmo tremendo de nervosa dei risadas com ele ao comentarmos nossa loucura praticada no local público.
Assustei com o toque do meu celular sobre o painel do carro. Era o som de mensagem da minha mãe. Já havia ouvido outros toques na última hora, enquanto estava ocupada sendo comida pelo homem.
Ele me deu o aparelho. Eu ainda estava no banco de trás. Peguei e ouvi a mensagem rápida, também as outras três, todas da mamãe: perguntou onde eu estava e prometeu me arrebentar se eu não voltasse em cinco minutos.
— Para, doutor, é melhor eu descer aqui — falei ao notar a proximidade da rua onde seus sogros residiam.
Saí do carro dois quarteirões antes e continuaria o restante do caminho a pé. Não poderíamos ser vistos juntos.
Assim que ele pisou no acelerador e começou a tomar distância…
— Espera, doutor, minha calcinha, porra!!! — meu grito não foi ouvido por ele, mas foi por toda a vizinhança da rua.
— Filho da puta! — xinguei dando um pulo e jogando o braço de punho fechado.
Segui caminhando rápido ao ouvir moradores da rua zoando com o que eu disse.
Ele não respondeu à mensagem que mandei pedindo para ele voltar.
Quando estava chegando de volta à casa, o carro do doutor estava estacionado quase em frente com as lanternas acesas. Aproveitaria para pegar minha rendinha amarela. Todavia, não foi possível, a Adriana estava com ele no interior do veículo e os dois pareciam estar discutindo. Passei direto e entrei na residência.
Tomei o maior esporro da minha mãe e ouvi um monte.
A Adriana entrou chorando minutos depois. Minha mãe a abordou querendo saber o que aconteceu.
— Aquele filho da puta estava com outra até agora — desabafou a chorona.
— Como você soube? — perguntou a dona Helena.
— Estava cobrando um pouquinho mais da atenção dele, pelo menos nesse último dia do ano. Quando fui pegar um pedaço de papel para enxugar as lágrimas, ao abrir o porta-luvas dei de cara com uma calcinha usada e ainda úmida.
— Cacete, amiga! E o que ele disse?
— Eu não quis ouvir mais nada e falei para nunca mais me procurar, ou eu cometeria uma besteira. Saí do carro e disse que nem se atrevesse a entrar na casa dos meus pais.
Ouvi tudo até elas saírem do meu lado. Fiquei apreensiva, aquele enrosco acabaria dando ruim para mim.
A doideira seria iniciar 2020 sem calcinha. Se começaria assim logo no primeiro dia do ano, imaginei que os outros 364 seriam muito loucos.
Fim
Agradeço a atenção de todos vocês!
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