Que sobrinhos mais tarados
O CHALÉ - Cap. 3
À noite, jantando com uma Mariane contente e loquaz, flagrei-me desejando-a. Ela falava, eu não escutava. A mente erotizada, eu a imaginava nuazinha. Ah... a bundinha... ah, a bocetinha... como seria?
Pouco depois, fumando um cigarro e imerso em pensamentos pervertidos naquela cadeira que traziam tantas lembranças levei um susto ao ouvir:
— Boa noite, tio!
Um ano mais nova que Marquinhos, apesar de parecer o contrário, Mariane tinha uma beleza de boneca. Cabelos loiros e pele branca, herdados do falecido do pai germânico, e o andar leve de um gato, ou melhor, de gata. Por isso eu não percebera sua aproximação.
Vestindo apenas um top e uma calcinha tipo hipster, ela me beijou no rosto. Senti seu perfume, meus braços ganharam vida. E lá estava ela em meu colo, alimentando minha lubricidade.
— Titio... — disse ela, certamente sentindo minha ereção, pois as novas gerações não têm a ingenuidade das antigas.
— O que foi, linda?
— Nada, nada — respondeu, pulando fora e dirigindo-se para a cama que sua mãe lhe havia preparado, com lençóis novos e fronhas estampadas.
A chuva começava a cair. Apagando as lâmpadas, ocupei a minha cama, também cheia de recordações.
Então ribombaram os trovões, após o estalar de relâmpagos.
— Tô com medo, titio — disse ela. — Deixa eu dormir com o senhor?
De costas para mim, pediu que a abraçasse. Tentação, tentação. Quando dei por mim, estava com a mão entre suas pernas. De início levemente, depois aumentando a pressão, eu me pus a apalpar por cima da calcinha.
Ela não reagia, estaria dormindo?
O coração pulsando descompassadamente, deslizei ousadamente a mão para dentro de sua calcinha, encontrei o púbis lisinho por natureza. Ela se mexeu, achei que ia rechaçar meus indecentes avanços. Mas não; ela abriu ligeiramente as pernas, dando espaço para que eu empalmasse sua bocetinha. A emoção foi grande, mas persistia a dúvida se sua reação havia sido proposital ou involuntária.
Dúvida que se diluiu na noite seguinte.
Apesar do sol, que brilhou após a tempestade da noite, a praia não estava muito convidativa. Mesmo assim, Mariane, vestida de biquíni, com um desnecessário sutiã, lá se foi, brincar nas águas tranquilas que se levantavam em pequenas ondas. Sentado numa cadeira, eu a observava.
No final do dia, decidi me exercitar na praia, caminhando e, por vezes, correndo na areia; exercício que me esgotou. Por isso, deitei na rede, acabei dormindo, e só despertei quando Mariane me chamou.
Um banho, cama.
— Posso dormir com o senhor? — pediu ela.
Não havia trovões nem relâmpagos. Apenas o calor do corpinho que se encostava ao meu sob o edredom. E eu, sonolento. Por isso, acreditei estar sonhando quando ela pegou minha mão e a colocou entre as suas pernas. Mais ainda, quando ela baixou a calcinha até às coxas, dando total liberdade à mão que acariciou sua bocetinha até ser vencida pelo sono.
***
Como vocês recordam, com Marquinhos tive problemas de consciência, apesar de ter sido ele o iniciador do jogo sexual que me colocou na rota da vergonhosa concupiscência. Com Mariane foi diferente. Ainda sob efeito do estado de lascívia recém-vivido, fui eu que dei o primeiro passo. Depois, a situação mudou.
Na outra noite, seu desejo de vir para a minha cama foi expresso por um verbo de dupla interpretação:
— Posso “ficar” com o senhor, titio?
Guiando-se na escuridão com olhos de gata, ela veio, mexeu e se remexeu sob o edredom. Quando ela se aquietou, minha mão tateou entre suas pernas. Surpresa: estava sem calcinha. E já excitada. Comprovou-o meu dedo ao deslizar na rachinha úmida.
— Gosta do carinho do titio?
— Gosto...
— Então o titio vai fazer uma coisa bem gostosa.
Empurrando o edredom para os pés da cama, rolei para cima dela, deslizei e, acomodando-me entre suas pernas, aspirei deliciado os seus eflúvios, que me serviram de guia na escuridão do quarto. Abocanhando a bocetinha, permaneci um tempo imóvel, para que ela sentisse impacto, o calor, o frisson, a novidade do contato de uma boca com a zona mais sensível de seu corpo.
Depois, comecei a lamber.
Primeiro, às cegas; depois, deslizando sem pausa a língua na rachinha, de baixo até à juntura dos lábios, para atingir o clitóris.
— Titio... — murmurava ela.
As mãos sob suas nádegas, para lhe alçar a pelve, chupei com dedicação e técnica aquela vulvinha que eu ainda não tinha visto.
***
Fazia um sol radiante. Prestes a abrir a porta para me dirigir à praia, sou interrompido por Mariane.
— Espera — diz ela. — Também vou. Só vou tomar um banho rápido.
Não foi um banho rápido. Eu já estava decidido a ir sozinho, quando ela sai do banheiro. Recendendo a xampu e sabonete, ela se abraça a mim, com a toalha atada pouco abaixo do sutiã.
— Vamos ficar, titio?
Vocês já entenderam. Não era ficar em casa; era “ficar”.
Ela se deitou, eu desatei a sua toalha, esperando encontrar o biquíni. Mas não. O que encontrei foi a visão mais emocionante de toda a minha vida. Pequena, porém saliente, como eu já percebera pelo tato, a graciosa vulvinha se oferecia com um mudo pedido de beijo. Beijei. E chupei, e chupei, e chupei.
— Titio... — sussurrava ela.
A rachinha se abria à passagem da minha língua, mostrando as róseas ninfas normalmente escondidas; o clitóris aflorava. E lambi, e lambi, e lambi.
E gozei.
Sim, gozei apenas chupando a maravilhosa bocetinha de minha sobrinha, que entrou no banheiro quando eu tomava banho. Sem box, nem cortina, ela observou minha nudez. Sentada no vaso, ela urinava e olhava para o meu pau, que, apesar da ejaculação, continuava duro.
— Vem tomar banho comigo — convidei.
Sabonete na mão, fiz espuma entre suas pernas. “Você deve sempre se lavar depois de fazer xixi”, aconselhava-a. “Pra bocetinha estar sempre cheirosa.”
Então ela pegou no meu pau. Pegou, apertou, riu e saiu para se enxugar.
Pouco depois, estávamos na praia.