Provocantes 4: Devil my cry

Um conto erótico de Duque Chaves
Categoria: Gay
Contém 2122 palavras
Data: 14/09/2021 11:04:01

Kris on

Amar ou não amar Richard?

Essa era uma questão que eu estava tentando sobreviver e engolir a seco, sem tomar nada para isso. Já não bastava essa do Dante, dizer que ficaríamos fazendo uma aposta idiota por causa de Huang, e descobri que ele era meu parceiro de sangue e de meu irmão. Alguém realmente nos odeia. Como eu anseio em descobrir quem era a pessoa que fez essa maldição para matar mais uma vez essa vadia que fez isso.

Lá estava ele, de longe, com seus irmãos. Eles riam e falavam alto, e mais uma vez aquela maldita voz me fazia me irritar. Aquela risada dele, e a forma como ele observava e encarava tudo, com aqueles olhos preguiçosos e com aquelas olheiras que praticamente eram charmosas. Eu realmente estava encarando Richard OuroPreto Huang? Céus, alguém me mata.

- Dá para alguém calar a boca dele? A voz dele está me irritando e to quase lá para calar a boca dele. – Falei três décimos acima do normal. De tanto eu estava estressado e com raiva de tudo que tinha descoberto.

- Calma garotinho. Ele apenas esta exalando seu charme e você está assim só porque gosta dele, vai lá e acaba beijando ele. – Alexsander soltou novamente seu veneno, sendo cutucado por Murilo raivoso. – Para ne Murilo, estou apenas me divertindo. E outra é tão bom Kris ter um parceiro, ele para de ser ranzinza. Então não vem com esse sermão não.

- Não desse jeito. – repreendeu Murilo. - As vezes você pede pra todo mundo ter raiva de você. Eu vou dar uma volta.

Murilo se levantou e saiu andando enquanto Alexsander ficou na mesa calado, sem reação alguma.

- Eles estão olhando. – murmurou Lay, olhando para o céu disfarçando, usando seus óculos escuros no rosto.

- Você ainda vai admitir que ama ele. Kris e Richard sentados debaixo de uma árvore. – comentou Dino sorrindo de canto de boca. E logo em seguida tomando um grande gole de sangue da garrafa que ele levava na bolsa e dando pra Baltazar dar um outro gole.

- Olha ai, não só sou eu que implico com ele! – indagou Alexsander, Mas Murilo não estava mais la pra ver o que o namorado queria provar..

Como eu odiava meus irmãos às vezes, eles eram irritantes, mas ao mesmo tempo a família vinha em primeiro lugar para cada um de nós, mesmo sendo disfuncional.

Olhei para aqueles olhos de Huang, um desejo súbito pelo seu sangue subiu minhas entranhas, meu corpo tremeu e o destino dando um jeito de ser filho da puta comigo, o vento bateu e sentiu o cheiro de sangue do garoto, o doce cheiro do sangue de Richard.

Para o nosso clã que foi amaldiçoado. Era impossível se apaixonar por outra pessoa que o sangue não fosse compatível, e como o destino não gosta de mim, ele veio em dose dupla, se apaixonar por mim e também pelo meu irmão. Se existisse um Deus, eu queria realmente ter uma conversa com ele.

- No que esta pensando? – A voz de Lay me tirou daquele devaneio. – Em Richard? Fiquei sabendo de uma coisa.

- Que coisa? – a pergunta quase morreu em minha garganta.

De todos Lay era um dos mais que me preocupava em saber dessa aposta, Lay era o tipo de garoto que odiava demais esse tipo de brincadeira, e ele julgava e não aceitava, ele era rigoroso com tudo isso, por causa do que passou e por causa do que nossos pais nos contaram. Lay me puxou para um canto, e disparou sua irritação duplicada pelo visto

- Soube que apostou com Dante, por causa do Huang ali, acha isso certo? Vocês dois às vezes tem brincadeiras tão sem graça, brincar com o coração de alguém. Você não é assim, Yifan. Dante pode ser um filho da puta, mais mesmo ele não faria isso

Respiro de aliviado, ninguém poderia saber disso, muito menos saber que nós dois éramos os sanguessugas que iriam devorar a alma do garoto. Mas o lado consciente logo voltou a tomar conta de minha mente, mas tinha que fingir que não ligava.

- Deixa disso Lay, só estou me divertindo. Até porque ele precisa de uma lição também. – dou de ombros para meu próprio comentário, sabendo que deveria mudar de assunto e não encarar um Lay julgador.

Lay fechou a cara, sabia o quão ele gostava dos seres humanos e de como queria ter seu parceiro. E enquanto ele estava furioso e arrasado depois da notícia. E isso era algo que eu entendia, e às vezes não queria entender e não me esforçava para isso, tinha apagado minhas memórias de ser um humano.

- Sabe que de mim não tem minha aprovação. – Ele contou até cinco e voltou a respirar, o que era muito engraçado, por sermos mortos vivos, e ainda precisa respirar para o corpo funcionar. – Somos família e jamais irei te abandonar, mas se continuar, entrarei em guerra com você e Dante. Você não é assim Kris, você só fica assim quando ele está próximo.

Lay gentilmente se levantou da mesa e saiu andando, para o campus da escola. Voltando para onde meus irmãos estavam, comigo ao seu encalço.

- O que deu nele? – perguntou Baltazar me encarando. Mesmo que nós, os vampiros, possamos ouvir tudo, Baltazar odiava ser intrometido em ouvir conversas alheias. Ainda mais, quando ele sentia que era algo bastante serio. Ele não era tão fofoqueiro quanto Dino.

- Ele apenas está estressado. Deixa ele. – dei de ombros. A roda estava quase completa, até que ao longe vi Dante.

Como sempre, ele gostava de usar seu charme tanto de antes de vampiro, como o do vampiro para chamar atenção. Ele gostava de ser o centro das atenções e gostava de sentir isso. Seus olhos vermelhos estavam num tom vivo e seu sorriso de cafajeste mostrava o quão um garoto bonito e perigoso ele era. De calça preta e camisa quadriculada com uma jaqueta azul amarrada na cintura. Ele poderia ser confundido por um adolescente qualquer. E isso ele sabia fazer muito bem.

- E ai bando de sanguessuga, o que estão aprontando? – Dante pegou o sanduíche de Dino, que quase bateu nele e mordeu um pedaço. – Pelo visto Lay está irritadinho, o que você fez Alexsander?

- Porque sou culpado? Ele se estressou com o idiota do Kris, não me meta nessa. – resmungou Alexsander virando o rosto, sentido sua mágoa sozinho ali com seus pensamentos.

- Porque ele ficaria irritado em Kris? – Dante me olhou atravessado e isso não era bom. Eu sabia como ele poderia ser maníaco, controlador e manipulador.

- Nada, ele está estressado a toa. – Dei de ombros, acreditando que o convenceria. O que seria um tiro muito no escuro.

- Sei. – a resposta meio atravessada me fez gelar. – Depois, queria conversar com você Kris, uns assuntos pendentes.

- Tudo bem. – respondi apresado, não querendo que os outros se metessem.

Os meninos se entreolharam. Um sorriso maldoso se formou em cada um. Todos sabiam do meu fascínio pelo autocontrole e por toda história de Dante. E até mesmo boatos diziam que eu era afim de Dante, e que eu queria ser seu parceiro de sangue. O que não foi uma verdade dita, eu tinha Dante como um irmão que cuidava de mim, e agora tinha ele assim, não que eu fosse apaixonado. Nada a ver.

- Deixa eu ir ali irmão. – Dante olhou para o seu alvo, Richard. Que ria de alguma coisa que seu irmão contava a ele.

Fecho meus punhos e saio da mesa, pisando tempestivamente. Não entendo meu jeito de sair assim. As emoções que eu sentia jamais tinha sentido antes, tudo num turbilhão, por causa de apenas um ser humanoT.O.POlha para aquele garoto, era como se eu fosse caçar pela primeira vez, o gosto do sangue descendo pela minha garganta e tudo o que mais me restava era se aproximar, querer encostar nele, sentir meus dentes em sua garganta e ter ele apenas ali para me, beijar seus lábios.

Como Huang me deixava louco, por séculos passei a procurar uma pessoa compatível e fosse acessível ao meu veneno. Eu sabia quem era a bruxa que fez tudo conosco, e por causa dela, todos os meus irmãos tiveram que pagar pelo que eu fiz.

Como ainda a odeio e por isso tentei conversar com várias Bruxas, e até obrigá-las a incorpora Hwasa, mas ela era poderosa demais para uma mera bruxa conseguir imergi-la do purgatório. Ela não queria ser encontrada. Era a mensagem que ela me dizia. E isso me irritava demais, me deixava frustrado e toda vez, por mesmo que me controla-se teria que caçar e me afastar das pessoas, antes que matasse elas.

- Olha, quem eu encontro aqui, o meu garoto preferido. – sentei do lado de Richard, que se afastou rapidamente, seus olhos se mostraram nervosos e seu corpo tremia.

A garota de cabelos negros, me olhou, seus olhos eram ríspidos, como se me analisa-se, o garoto do lado deles, trocou olhares nervosos com Richard e isso me deixou mais animado.

- Eu sei de seu segredinho. - Eu disse bem no pé do seu ouvido. Richard tremeu, e seu coração bateu mais forte.

Ver a reação de Richard e sua surpresa era algo que me fazia me excitar.

- Que segredo? – ele me encarou de uma forma defensiva, tentava não demonstrar o medo que emanava.

- Não se faça de idiota. – o olho, passando a língua pelos lábios. – Eu sei que é um bruxo.

- Tao, do que ele está falando? – perguntou a garota com uma voz dócil, mas só a voz. Seus olhos se tornaram sombrios como a noite mais escura.

- Ele deve estar falando besteira. Se me derem licença, irei... vocês sabem…

Ele pegou meu pulso e me puxou para fora da cantina. Richard tinha um cheiro peculiar, que me lembrava um campo de rosas, seu cheiro era tão doce que era tentador não morder aquele pescoço. Deus, onde estou amarrando meus dentes?

- O que pensa que está falando? – a primeira coisa que falou para mim depois de quase dar na minha cara.

- Apenas a verdade, Bruxo, ou prefere o termo conjurador? – Eu dou um sorriso sapeca e ele se irrita bufando e cruzando os braços.

- Se realmente sabe quem eu sou. Sabe muito bem o que posso fazer...

- Sei, seu cheiro e sua magia é ainda de um aprendiz, ainda não consegue matar um vampiro. – Richard por milésimos de segundos apareceu espantado, mas logo voltou a tentar não transparecer algum sentimento de medo.

- Sim, você é um vampiro ou um bruxo? Nunca soube de um vampiro que era um bruxo. Ou vice versa. E porque que estou conversando com você? Vocês deveria estar mortos. – Richard OuroPreto tentou sair e rapidamente eu o jogo na parede perto. Me certificando não ter tanta força assim.

- Está falando comigo, porque sou irresistível e não, nunca fui um bruxo ou alquimista, mas já namorei bruxos e bruxas, e entendo o conceito básico de magia. – Richard era curioso, já que seus olhos brilharam quando comentei de namora vários bruxos, o que eu poderia ensinar ele e o que ele poderia aprender – Tenho séculos de vivência e sei como reconhecer magias e feitiços, maldições, almas perdidas até mesmo reencarnações.

- Ainda acho que foi um bruxo. – disse Richard revirando os olhos, mas ele estava apavorado, ele queria sair dali, eu sentia seu coração disparar e seu corpo tremer.

- Eu quero você. – fui direto, sempre fui direto na vida.

- Para de palhaçada garoto, mal te conheço e além do mais, pode se alimentar dos garotos que estavam perto, se fizer isso não perdoarei, tem a lei…

- Eu sei dessa lei, foram meus pais que criaram, por causa de um acidente que ocorreu a muito tempo, onde Vampiros não podem beber sangue humano. E ainda mais ter uma nova briga com as bruxas. A chacina conhecida como Lua de sangue.

Foi naquela noite, que Hwasa morreu, onde eu a matei. Onde todos ativaram a maldição que ela lançou e se modificou conosco.

- Eu sinto dor em você, sinto que sua alma está frágil. Despedaçada, seu passado é doloroso. - Richard tentou pegar meu rosto, o que fiz foi algo de reflexo, pegar seu pulso. - O que você fez?

OuroPreto me encarava, ele não olhava para mim diretamente, era como se eu não estivesse ali, naquele lugar, como se ele tivesse vendo uma tv e narrando uma história a minha história.

Cheguei perto do garoto e quando tentei o beija-lo novamente, sou empurrado para longe. Algo duro e forte me fez bater com força total na parede de concreto do outro lado da arquibancada.

Saio com dificuldade, e observo que me jogou.

Não o toque. – rosnou Kris olhando para mim.

- Que bom irmãozinho, agora sim entrou de vez na brincadeira. Vamos ver quem vai levar o premio.

Eu avanço contra Kris...


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