Parte 11
Na sexta-feira quando voltamos do trabalho, Ricardo estava sentado na sala com um Senhor, de 66 anos, 1,75 de altura, 112 kg, bem grisalho, rosto vermelho e cheio de marcas. Entramos fui apresentada a Fernando que me cumprimentou com 3 beijinhos, cumprimentou Renata e Bruna, pelo jeito do cumprimento, Fernando e Renata, já se conheciam de longas datas, sentamos todos e Ricardo explicou motivo de estarem lá, era que Fernando o tinha procurado, pois ficou interessado em mim, me achou bonita e atraente e pediu minha mão em namoro, Ricardo completou: “expliquei para ele que você ainda é “donzela” e ele prometeu ser um cavalheiro, respeitar seu “selinho”, por outro lado você já esta “mocinha” e precisa de um namorado, sendo assim não vejo motivos para não conceder sua mão em namoro para o Fernando, ele sabe que mesmo sendo a namorada dele você ainda me pertence e poderei te usar do jeito e quando eu quiser”. Fernando balançou a cabeça como que concordando com a situação depois tirou do bolso do paletó um caixa, da caixa tirou um anel de compromisso e colocou em meu dedo, a partir daquele momento além de dono eu tinha um namorado. Antes de ir Fernando disse que domingo cedinho passaria para me pegar passaríamos o domingo no litoral, e foi embora junto com o Ricardo. Sábado transcorreu normalmente, a não ser pelo fato de algumas clientes do salão já pedirem para lavar o cabelo comigo, Renata me elogiou, disse que eu levava jeito, outro fato que não passou despercebido foi o anel em meu dedo. Depois que o salão fechou Renata, pediu para que Bruna lavasse meus cabelos, que já estava com uns 10 cm de comprimento, me colocou na cadeira e disse “meninas tem que estar sempre arrumadas, como pode sair com seu namorado assim”, e começou a cortar deixando a frente mais comprida e a nuca raspada, bem feminino, por falar em cabelo o de Renata já tinha uns 5 cm, nos usávamos shampoo para acelerar o crescimento, fomos para casa e depois da higiene, ordenha e os remédios, me deitei, lógico que demorei um bocado para dormir, quem em sã consciência namoraria um sujeito daquele, não tinha beleza facial, nem um corpo bonito, ao me dar conta dos meus pensamentos fiquei assustado, pois o que estava me incomodando era a beleza e não o fato de ele ser homem, mais uma vez chorei.
Acordei cedo, preparei o café, tomei um banho, arrumei algumas coisas para levar, roupa de praia, biquínis, roupa de noite e roupa para dormir, e sapatos é claro, esses não podia esquecer, vesti uma calcinha branca bem coladinha e um vestido de alça bem solto, nos pés, usei uma rasteirinha, sentei na sala liguei a TV e fiquei esperando, nem sei o que passava na TV meus pensamentos estavam longe dali, respirei fundo e decidi, já chupei tantos paus, um a mais não vai fazer diferença, é só fechar os olhos cair de boca, um riso saiu de meus lábios. Meus pensamentos foram interrompidos pela voz de Renata, “hummm...ansiosa? Juizo em menina”, e foi para a cozinha rindo, pouco depois o porteiro anuncia pelo interfone que o senhor Fernando me aguardava lá embaixo, dei um tchau, e desci apressada, em pensamento, percebi como estava ansiosa e eufórica, me portando como uma menina adolescente, tentei controlar os impulsos, mas foi impossível.
Chegando na portaria lá estava Fernando, com uma bermuda, sandália fechada e camiseta, quando me viu se levantou, me cumprimentou com um beijo no rosto e disse você esta linda, adorei seu cabelo, fiquei sem jeito e surpresa todas as mulheres dizem que os homens não reparam quando elas vão ao salão, agradeci o elogio, e por dentro, confesso que meu ego foi bem massageado. Ele pegou minha bolsa, caminhamos até o carro, colocou a bolsa no porta-malas, depois como cavalheiro abriu a porta para que eu entrasse, em seguida entrou o carro ligou e partimos. Já conhecia São Paulo um pouco para perceber que ele não estava pegando a marginal para descer a serra, mas sim indo em direção ao centro, fiquei quieta, o percurso até um grande edifico transcorreu em silêncio, ele entrou na garagem, um empregado já o estava esperando, abriu a porta para que eu descesse colocou a bagagem em um carrinho e pegamos o elevador. No elevador Fernando apertou o botão de cobertura, pouco tempo depois estávamos no topo do edifico onde um helicóptero nos esperava, confesso que fiquei surpresa, entramos e a aeronave decolou, nunca tinha andado em um antes, o piloto disse “para Angra Doutor”, ele respondeu que sim, e seguimos viagem.
Depois de um tempo chegamos à Angra, ou melhor a uma ilha de Angra o helicóptero aterrizou e descemos, na ilha havia uma casa imensa maior do que a da chácara, bem maior, tinha piscina, salão de festas e uma pequena marina, com lanchas, barcos e jetskys. Entramos e fomos direto para uma suíte, que devia ter mais de 120 metros quadrados, com um banheiro imenso, coisas de se ver só em filmes. Fernando disse para eu ficar à vontade e que ele iria dar umas ordens aos empregados e voltaria logo, e me pediu para vestir algo mais confortável, pois iríamos dar uma volta de barco, coloquei um biquíni uma saída de praia, óculos de sol, bronzeador e esperei pela volta de Fernando. Minutos depois uma empregada veio perguntar se eu estava pronta que o Dr. Fernando me esperava no barco, disse que sim e ela me conduziu até o barco.
O barco era enorme, um iate, partimos para alto mar, além do comandante, tinham mais três tripulantes, um deles um cozinheiro, ficamos na proa tomando sol, tirei a saída de praia, e fiquei só de biquíni, no começo envergonhada, mas depois mais a vontade, peguei o bronzeador para passar, quando Fernando disse “deixe que eu passo para você”, entreguei o tubo na mão dele, que besuntou a outra mão e espelhou pelos mãos ombros de forma bem suave e agradável, foi descendo deixando toda minhas costas, com o bronzeador, num gesto instintivo me deitei de costa para que ele pudesse passar o óleo pelo resto do corpo, suas mãos percorreram minha bunda e pernas, com leves toques provocando arrepios em mim, fiquei assustada, a sensação era gostosa e diferente de tudo que tinha sentido até aquele momento. Depois de um bom tempo ele pediu para que eu me virasse e passou o óleo na parte da frente sempre me deixando meu corpo todo arrepiado, coisa que ele notou e esboçou um sorriso de felicidade. Ele compensava sua falta de beleza física com o trato e gentileza que dava a uma “mulher”.
Um dos tripulantes trouxe um balde com “pró seco” que foi servido em taça de cristais, ficamos umas duas horas ali bebendo e conversando, ele me contou sobre sua vida que era separado, que tinha 2 filhos, e uma filha o mais velho casado, e que depois de ser traído por sua esposa se desencantou com mulheres, que preferia os “meninos moça”, modo que ele se referiu aos bichinhas, que sua família sabia de suas preferências e que o apoiavam, que era empresário e tinha um império, que construiu com muito suor e trabalho, disse também que apesar de romântico e fiel, gostava de coisas diferentes as vezes, foi isso que o vez se aproximar de Ricardo, preferi não falar muito de mim, com certeza ele já sabia o bastante. No meio do nosso papo o cozinheiro comunicou que almoço estava servidor, almoçamos peixe e salada, depois voltamos para a ilha, tomei um banho e descansei o resto da tarde. Levantei-me depois da 19h00, tomei um banho bem demorado, olhei no espelho e as marcas do sol estavam em meu corpo, deixando bem destacado a pele branca coberta pelo minúsculo biquíni. Vesti uma calcinha branca, fio dental com rendas, transparente na frente, passei no corpo um óleo de amêndoa para deixar a pele macia e perfumada, apliquei uma maquiagem bem leve, um batom, arrumei o cabelo, pelo corte só penteie, depois com a mão dei uma mexida para ele ficar desalinhado, vesti um vestido preto tomara que caia que realçava ainda mais o dourado do sol e um salto alto. Olhei no espelho e me achei linda, mais uma vez me senti estranho, meu lado feminino vencendo mais uma batalha.
Continua ...
espero que estajam gostando...quem quiser pode me escrever, ou me adicionar no