A Natureza Secreta de Uma Musa

Um conto erótico de DGT
Categoria: Heterossexual
Contém 2952 palavras
Data: 14/07/2021 18:53:32

Na mesa de sua cozinha, Adriana tamborilava o teclado, buscando as palavras corretas para finalizar a conclusão de sua tese de doutorado, ao passo que bebericava o resto de vinho tinto na taça. Havia prometido a ele buscá-lo no aeroporto, mesmo no meio da madrugada.

— Tenho que trabalhar na minha tese mesmo. — Como quem justificasse o sacrifício de quem passaria a noite acordada, quando poderia descansar enquanto o noivo retornasse de Uber.

Ela escolheu um tema atual e necessário para a psicologia, fez descobertas importantes sobre a saúde mental de profissionais do sexo, desmitificou alguns preconceitos, relacionou com a mesma síndrome que sofrem militares depois de longos anos de serviço na linha de frente. Muito provavelmente, seu trabalho poderia ser utilizado como base para outros estudos, o que, de certa maneira, era o seu sonho. Pressentiu uma boa frase, digitou algumas letras, até que a vibração do celular a tirou mais uma vez de foco.

Quase uma década havia se passado desde a publicação de "O Amor nos Tempos do Ódio", e a história continuava a conquistar novas pessoas. A trama era envolvente, abordando duas famílias no decorrer dos anos de chumbo. Logo, havia assassinatos, traições, dramas, críticas políticas e, obviamente, romances, alguns afortunados, outros extremamente trágicos. Aliado a isso, havia a necessidade de transformar tudo em séries, no mais formato hollywoodiano possível, o que facilitava ainda mais a popularização da obra, agora amplamente divulgada por algum serviço de streaming. Ela suspirou, enquanto lia, pela tela de bloqueio, a capa do anúncio da estreia mostrava Otávio, o autor do livro. Ele era moreno, com traços negros bem definidos; lábios carnudos, o nariz grande, a barba crespa e cheia. Quando estreou o livro, usava um black condensado, mas agora, dez anos mais velho, a parte de cima do cabelo era cortada bem rente, enquanto os lados jaziam desmatados por navalhas

Já havia feito toda a tese, exceto por aquele desfecho. Sim, era uma tese acadêmica, mas precisava de um desfecho, um parágrafo final forte, que marcasse quem quer que arrumasse paciência para ler, quase como uma recompensa pelo esforço. Dela, obviamente. Esforço esse que no presente momento mostrava-se em vão. Irritada, fechou a tela do notebook , guardando-o dentro do armário junto aos fios do carregador e ao celular. Então rumou rapidamente para o quarto, tomou seu banho quente demorado, colocou uma camisa preta de manga longa, ligeiramente maior para o seu tamanho e desbotada pelo passar dos anos, e voltou para a sala-cozinha, acomodando-se no sofá debaixo de uma luz fraca. Pegou o livro-conforto, era como Otávio chamava os livros que ela lia antes de dormir e começou a folheá-los.

***

Adriana o aguardava pacientemente, enquanto revisitava os itens da lista. A pizza, feita por ela mesmo, a receita da massa ensinada por Otávio, jazia no congelador, pré-assada e pronta para retornar ao forno assim que a fome apontasse. A cama forrada com lençóis novos e limpos, além dos travesseiros que ambos amavam, por conta do conforto. Até deixou um filme pronto na TV para assistirem, embora soubesse que muito provavelmente não passariam muito vendo.

Tudo aconteceu conforme o planejado por ela, desde a conversa banal enquanto comiam a pizza (pequena, feita propositalmente assim) até a quantidade correta de vinho, o suficiente para deixá-los levemente altos. Assim, que a garrafa esvaziou, e o filme não se mostrou minimamente interessante, Otávio e Adriana enrolaram-se num amasso, ocupando todo o sofá, trocando carícias quentes. Ela sabia muito bem o que iria acontecer senão começasse a controlar a situação, enquanto sentia o calor do peito dele irradiar para si.

— Você tá com muita roupa, não acha? — Ele brincou, fazendo menção de começar a desabotoar o short jeans curto, depois de a apalpar por cima. Ela gargalhou em resposta, ávida por finalmente poder assumir de vez o controle da situação.

— É, e se você se comportar direitinho, vai poder ver o que tenho por baixo disso tudo. — Adriana sussurrou, aproveitando para brincar com o lóbulo da orelha dele, logo depois, impedindo com o dedo indicador o avanço de Otávio. Afagou o rosto dele, dando um tapinha de leve no mesmo lugar.

— Claro.

— Claro, o quê? — Ela repetiu o gesto, dessa vez, com mais força.

— Claro, senhora.

Adriana assentiu, contente com a resposta.

— Agora, levante-se e vai tomar um bom banho, rápido, e sem brincadeirinhas. Deite na cama, apenas de cueca, e me espere.

Ele levantou-se devagar, como quem calculava os riscos de desobedecer a ordem, mas acabou, enfim, caminhando para o banheiro. Adriana o seguiu com os olhos, acompanhando os passos até que ele fechasse a porta, trancando-a. Então, fez sua parte do plano; livrou-se da blusa e do short que usava, revelando o corpete preto de couro, com o fecho na parte de frente, além da calcinha de mesma cor. Buscou no armário as meias-calças, as quais prendiam por uma presilha ao corpete, junto com um tecido fino que cobriam os seus antebraços. Por fim, escondeu-se na escuridão do restante do apartamento, esperando por Otávio tomar o seu lugar, o que não demorou muito para acontecer, denunciado pelo ranger da cama.

Adriana esperou um pouco, aumentando propositalmente a expectativa de Otávio. Distraído (ou pelo menos fingindo distração), ele não percebeu a entrada dela. Ela pigarreou levemente, chamando atenção para si. Todo o rosto dele abriu-se em admiração, surpresa e desejo, deslumbrado pela beleza de Adriana, potencializada pela lingerie mortal que ela utilizava, sem mencionar a postura dominante dela.

— Eu espero que você tenha se comportado direitinho.

A voz dela assumiu um tom baixo, que calculava cada sílaba, demonstrando a seriedade de sua frase, analisando o corpo relaxado dele. Ainda assim, Otávio mantinha a postura de um sorriso bobo, enquanto ela se aproximava, subindo na cama, engatinhando em direção a ele, que não havia percebido os apetrechos ao lado.

Acomodou-se no colo dele, permitindo que ele a tocasse. Segurou-o pela bochecha, antes de lascar um beijo lascivo nele. Lembrou o quanto o toque dele havia mudado desde do início do relacionamento; na primeira vez, era extremamente delicado, como quem tateava uma fina porcelana. Agora, ela ainda podia sentir a delicadeza, mas já era um toque muito mais firme, necessitado e decidido. Assim que sentiu que Otávio a puxando para si, levantou-se rapidamente mais uma vez, ordenando-o;

— Estica os braços. — Otávio cumpriu a ordem, não escondendo a sensação de surpresa diante do bracelete de couro, preso ao pé da cama por cordas pretas. Mordeu os lábios, confundindo a apreensão com a excitação por não saber até onde Adriana poderia ir naquele jogo.

Ela, por sua vez, estava pronta para vendá-lo, sabendo da força que privar uma pessoa de sua visão pode acarretar no sexo. Contudo, deteve-se; Otávio era uma pessoa expressiva, por vezes preferindo comunicar-se com uma careta do que falando. Como negar a necessidade de ver a reação dos olhos castanhos-escuro diante dela, enquanto executava tudo que havia planejado. Não, nada de vendas.

— Se você descumprir uma ordem que seja, eu prendo suas pernas. — Sussurrou no ouvido dele, desejando internamente que Otávio desse qualquer motivo para que cumprisse a ameaça. E se não desse, ela arrumaria, afinal, hoje é ela quem mandava.

— Sim, senhora. — A voz dele tremeu devido a respiração fragmentada pelo tesão, enquanto a mente tentava antecipar os movimentos de Adriana. Estava sentado na cama, assistindo-a desfilar, o corpete destacando a cada instante o corpo cheio de curvas insinuantes. Ela apagou a luz de cima, deixando os abajures responsáveis por manter o quarto com visibilidade o suficiente para perceber Adriana um pouco mais visível que um eventual vulto voyeur.

Embora não houvesse nenhuma música, Adriana resolveu fazer um show pessoal para ele. Subiu na cama, caminhando fatalmente até estar próxima dele, medindo o espaço com cuidado, fazendo movimentos lentos, dando-o tempo para perceber todos os detalhes, atenta para as reações do corpo parcialmente imobilizado dele. Sentia o olhar dele, gravando-a na mente conforme dançava, a calmaria típica de Otávio sendo dilacerada a cada vez que Adriana aproximava-se dele e fugia, mesmo ele preso, sem chance de reação.

Ela o conhecia bem demais para saber que aquilo era o suficiente para atiçá-lo. Entretanto, a noite ia ser longa, sendo o show apenas um pequeno ato. Odiava coisas mal finalizadas, tudo havia de ser o mais próximo da perfeição. Maquiavelicamente atrevida, esfregou-se no rosto dele, arrancando um gemido afetado. O instinto a instruiu para repetir mais uma vez, provocando o reflexo natural restringido dele de puxá-la para si. Gargalhou ao ouvir o movimento das cordas. Já era hora, pensou; por isso, virou-se de costas, aproximando o bumbum avantajado do rosto dele, de tal maneira que podia sentir o ar quente que saía de suas narinas, ele começando a sucumbir. Adriana alongou-se até que as mãos encontrassem a cueca dele, atestando o óbvio; a febril tortura de Otávio já havia começado.

— Que tal arrancarmos isso?

Agilmente, saiu da cama, para que ajeitasse melhor o corpo dele. Ele permaneceu obedientemente imóvel, demonstrando um bom comportamento para que não perdesse o privilégio. Deitou, conforme ela ordenou, relaxou as pernas enquanto ela as abria, colocando-as em cima das dela, vestidas pelo tecido da meia calça. Ali, Otávio, com as pernas abertas, estava à mercê de Adriana. Então, retirou a cueca dele, exibindo o pênis, deitado, mas atento, sobre o púbis coberto por pelos crespos curtos. Não pôde esconder o sorriso; entendia quem achasse feio, não julgava a opinião dos outros. Mas nem todos entendiam a beleza rústica de tudo que é feio, assim como a grande parte não é capaz de compreender a feiúra sutil de tudo que é belo. Com a mão espalmada, apreciava a sensação da pele maleável, em alguns pontos sobressaltada por veias, em outros decorados por marcas de nascença, outros por "mini-veias" vermelhas. Lentamente, movia a mão esquerda de baixo para cima, de cima para baixo, indo até da cabeça até as bolas, enquanto com a outra alternava entre carícias e leves arranhões o interior de suas coxas grossas e nas virilhas.

Não demorou muito para sentir o calor febril de Otávio irradiar para a mão. Prestando atenção nas reações, Adriana o segurou com firmeza, aumentou o movimento, enquanto brincava distraidamente com as bolas dele, massageando-o na aquela área antes da, um dia, "zona proibida dele"; a respiração dele acelerava, ao passo que o quadril se movimentava devagar, auxiliando na masturbação. Otávio sentia-se solto, e os gemidos, antes sopro de alívio que sentia, agora tornaram-se um incentivo para ela continuasse. Adriana sorriu, ainda senhora da situação. O conhecia bem demais, e antes que ele desse vazão ao que sentia em seu ventre, Adriana parou abruptamente, exclamando.

— Acho que você está muito sonoro, se sentindo muito confortável. Vou ter que dar um jeito nisso!

Ela saiu do arranjo que desenvolveu, engatinhando-se esfregando no corpo quente dele, sentindo-o arquejar, ávido por ter ficado no quase, provocado por sentir-la em cima de si. Primeiramente, sentou no peito dele, enquanto arrancava de maneira bruta o travesseiro dele, jogando-o no chão. Otávio respirou fundo, surpreso diante da reafirmação de quem estava no comando. Numa manobra não muito delicada, ela tirou sua calcinha, usando-o como se fosse sua própria cama. O reflexo fez com que fechasse os olhos, mas a sensação de calor que tomou suas orelhas, os lados de sua cabeça e pescoço o fizeram abrir. Adriana estava em cima de si, pronto para silenciá-lo.

— Sabe o que fazer, certo?

— Sim, senhora. — Ele sorriu agradecido quando percebeu o movimento de Adriana, montando em sua cabeça, calando-o. Sua única lamentação foi estar com os braços imobilizados; não poderia puxá-la para sim pelas nádegas, recheando suas mãos.

Adriana olhou para baixo somente uma vez, guardando a imagem para si; o rosto de Otávio parcialmente escondido por si, preso entre suas coxas e sua vagina. Fechou os olhos, apurando seu corpo para as sensações e instintos. Os gemidos denunciavam que a língua habilidosa dele ainda sabia como ela funcionava, onde tocar, como a estimular, enquanto ela movimentava o quadril para múltiplas direções. Apoiou uma de suas mãos na parede, ajudando-a manter o equilibro, enquanto com a outra mão acariciava-se pelo corpo, abrindo parte do corpete para tocar os seios, ou esfregando o seu próprio púbis, assim como o dele, revestido por pelos curtos. O comichão latejante provocado por Otávio ameaçava espalhar-se pelo corpo, relaxando o aperto que fazia em volta do rosto avermelhado dele fazia com que Adriana aumentasse a respiração. Não disfarçava o prazer que a tomava naquele instante; sabia que o rosto contorcia-se em desejo e a felicidade de abastar-se. Adriana sentia aquela sensação do corpo ser tomado por uma descarga elétrica, aumentando a força de cada terminação nervosa e nem por um momento considerou restringir-se, o instinto falando mais alto.

Quando deu por si, estava deitada de costas, com as pernas abertas voltadas para Otávio, recuperando a compostura que havia deixado de lado , aproveitando para retomar boa parte das sensações do corpo. Enquanto isso, Otávio aproveitava para reaver o ar em seus pulmões, respirando fundo, apreciando a visão da buceta dela (Adriana odiava essa palavra, mas a sonoridade dessa palavra era música para ele.) Na privacidade de seus pensamentos, ele esperava nunca esquecer aquele momento, muito menos aquela visão; Adriana, esparramada de prazer, tão próxima que podia sentir ondas de prazer emanando dela.

Alguns minutos depois, a sensação de saciedade passou parcialmente. Levantou-se da cama, buscou sua calcinha e um gel lubrificante. Embolou-a, e segurando-a firme, disse:

— Abra a boca. — Ele prontamente obedeceu, sentindo o tecido levemente molhado e o gosto indescritível de Adriana. — Agora, vou te mostrar como posso ser misericordiosa.

Adriana retornou para a posição de momentos antes. Otávio, amordaçado, sabia o que estava por vir quando viu ela amarrando os cabelos. Depositou uma quantidade considerável no agora sensível pau, lambuzando-o. Enquanto o gel escorria, ela o tocou; estava febril, mas parecia estar naquele processo lento de relaxamento. Depois de tanta provocação, talvez Otávio merecesse seu alívio. Para facilitar, acomodou-o no seu colo; colocou mais gel em suas mãos. Massageou-o, até que relaxasse, até inserir seu dedo médio dentro dele, arrancando um gemido forte e sufocado dele. Fez aquele movimento de "vem aqui", enquanto o masturbava, O olhar dele implorava por mais; misericordiosa (embora uma parte dela também quisesse), além de conhecedora, dobrou-se numa posição não muito confortável, brincando com sua boca e língua especialmente na glande avermelhada. Os gemidos abafados foram aumentando, assim como o movimento agitado do quadril dele. Alternava a intensidade entre o chupar, o tocar e o dedar, até sentir o ofegar de Otávio. Então ela manteve-o somente em suas mãos, sorrindo enquanto o corpo dele era tomado pelo alívio do clímax, perdendo o controle, gemendo, sem forças.

Adriana deu alguns minutos para ele, enquanto limpava-se. Tirou a calcinha, antes melada, agora também babada, da boca dele, para que Otávio recuperasse o fôlego e tomasse um gole de água. Livrou-se dos panos dos braços, observando o corpo dele relaxar de novo. Ao tirar o corpete, notou o suor que tomava seu tronco. Manteve as meias calças, com as presilhas soltas; sabia o quão gostava de estar impecável, mas aquele desleixo tinha seu charme. Parou ao lado de Otávio, o qual não tirava os olhos dela. Carinhosamente, afagava o cocuruto da cabeça dele, enquanto soltava o cabelo crespo dele.

— Ainda não estou saciada, sabe? — Adriana indagou de forma sonsa, como quem já sabia a resposta para a pergunta marota. Otávio estava visivelmente cansado. Até tinha como dizer não. Mas sabia o quão louco tinha que ser para dizer não a Adriana. Afinal, como se nega um pedido de sua musa.

— Então, o que posso fazer por você, Pietra? — Adriana sorriu diante do nome, um nome escolhido por ela para uma personagem que Otávio fez pensando nela. Agachou-se para buscar as pulseiras de couro presas na ponta oposta da cama. Depois, o imobilizou definitivamente. Deleitou-se com a sensação que sentiria daqui a alguns minutos, sem mencionar os gemidos de esforço de Otávio. Adriana era cautelosa. Pietra não.

***

Despertou sentindo a presença de alguém na cama, afundando o colchão, beijando-a com ternura. Ela murmurou por Otávio, ainda envolta no sonho luxurioso que reviveu.

— Oi, amor, não quis te acordar. Acabei de chegar do aeroporto. Você tava cochilando no sofá, acabou dormindo lendo "O Amor nos Tempos do Ódio".

Mesmo tomada pelo sono, Adriana relembrou o que havia acabado de experienciar. O abajur iluminava fracamente o quarto, mas o suficiente para ver o rosto cansado, mas sorridente, do Guto. Respirou fundo, relembrando o sonho e a promessa feita ao noivo.

— Perdão, amoreco! – Ela murmurou mais uma vez, rendida pelo sono, embora lutasse para disfarçar seu desejo de retornar ao sonho. — Como foi a viagem?

Guto deitou-se sobre a cama, alcançando e dando um selinho na dorminhoca.

— Foi boa. Vou te poupar dos detalhes e tomar um banho para dormir.

Talvez, sua mente estivesse saciada, mas o desejo ainda latente estava em seu corpo, o que a fez esperar por ele. Quando ele retornou, com as pontas do cabelos lisos ainda molhadas pelo banho, a encontrou segurando o livro. Mesmo após alguns minutos parecia sonolenta, portanto, Guto já estava pronto para dormir quando ela, delicadamente sonsa, pediu para ele.

— Pode ler para mim esse trecho, por favor? — Adriana a indagou, enquanto se aninhava em seu corpo.

Ele pigarreou, surpreso com a mão febril e desbravadora da noiva, a qual descia pelo corpo de Guto na medida que ele avançava na leitura do parágrafo, afagando-o até chegar na área de seu pau, provocando aquela sensação indescritível de excitar e encaixar-se confortavelmente dentro de uma palma da mão. Antes de mergulhar na leitura da relação picante entre Pietra e Thiago, em meios aos afagos, beijos e provocações de Adriana, não pôde deixar de sentir-se extremamente grato a Otávio, autor da obra sensação da década.


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