“Klaus é uma pessoa perigosa, você não deve esta conversando com ele - Comentou Arthur, um dos amigos do grupo de estudos de Victor.”
Klaus era sim uma pessoa que foi diagnosticada como doida e foi preso por isso. Victor ficou conversando com o rapaz que o intrigou. Klaus era um brutamontes em forma fisica, com braços grossos e pernas grandes, seus olhos eram intensos e desafiadores, mas quando Klaus falava, Victor via que ele falava a verdade, que ele não tinha cometido nada de errado.
Ele não via um ser ruim, e aquilo para ele mais parecia a bela e a fera, só daquele pensamento o fez sorri e quase gargalhar. Victor já tinha seus próprios problemas, com a familia, com Magnus, com a familia Marinho. Ele não queria um caminhão de Klaus na sua vida.
A sua sala era bem quieta, mesmo com os outros meninos estando em pontos mais distantes deles. Felipe estava sentando com uma garota ao seu lado, que provavelmente os dois se odiavam. Mona sentava com seu novo melhor amigo Kaike, Murilo estava pedindo a Deus para ele ser trocado para sentar ao lado de Felipe. E Victor era o unico da sala que se sentava sozinho, ate a porta se abrir e ele se deparar com seu novo caminhão de problemas.
Magnus e seu grupo ficou calados, nenhum deles ousou falar nada. O garoto ficou parado na frente da porta e o professor engasgou quando viu o rapaz.
“Oi senhor… Klaus… E seja bem vindo de volta. - o professor de Portugues quase teve um mini infarto.”
“Obrigado. - respondeu o mesmo colocando o óculos de grau no rosto e olhando a sala.”
“Se sente ao lado do senhor Victor e comece a escrever o que estou passando na lous..”
“Eu não acredito nisso professor. Que essa escola vão deixar esse sociopata voltar a estudar. - Indagou Magnos tentando soar o mais falso preocupado possível. - Como posso estudar sabendo que temos uma pessoa que tem problemas mentais e que…”
“Sim professor, isso é verdade. Quem me garante que Klaus não pode piorar e ter um surto dentro dessa sala? - Perguntou Michelle, a garota que se relacionava com Klaus, a loira de cabelos tão escuros que pareciam vermelhos. Seus olhos bicolores e seu nariz arrebitado com aqueles lábios finos. Seu rosto mais parecia um felino preste a atacar. - Isso não importa para nossa segurança?”
"Senhor Klaus voltou a escola por ordem médica e isso já basta ao garoto, todos nós temos problemas e acredito que muitos de vocês tem alguns surtos, mas escondem e é apenas revelado na noite. - O professor de Portugues respondeu a sala. Que soltaram murmúrios baixos.”
“Então espero professor que o seja muito bem conivente a volta dele. - Magnus soltou mais um pouco de veneno. - Porque caso aconteça com qualquer um de nós, automaticamente a escola será punida, por causa dele. Temos tanto direito de não nos concentrarmos como de até ter uma reprovação mútua, por causa do medo que temos que ele surte. Klaus, estou aqui para te ajudar, e não quero que você piore, mas entenda meu amigo, você não deveria voltar. Você deveria estar em casa.”
Aquilo irritou profundamente Victor, ele sabia o'que Magnus queria fazer, colocar a culpa toda em Klaus, fazer o garoto se sentir perdido, fazer a sala não apoiar a volta do garoto, fazer todos criarem um revolução e dar mais poder a Magnus. Ninguém falava com o garoto e agora por causa dos pontos de Magnos, jamais alguém falaria com ele, isso doeu tanto em Victor, porque foi assim que ele fez com que o irmão dele e Victor tivesse terminado. Ele manipulou tudo, deixando a acreditar que Victor era um viciado em drogas e estava fazendo seu irmão ir junto.
“Cala a boca Magnos, você não tem o direito de falar assim com ele, você é uma das pessoas que jamais devem abrir a boca e falar certas coisas. - Victor encarou o colega de classe que soltava uma expressão de surpresa e falsa mágoa. - Você é a pessoa que causa problemas nessa escola, você é o imbecil que deveria estar em casa. E se Klaus voltou, ele tem todo direito como cada um de nós aqui de terminar o colegial como se fossemos pessoas normais.
Os colegas de grupo de Magnus sorriam. Eles sabiam no que toda essa discussão daria, mas Victor não entendeu até ser tarde demais.
“Realmente eu sempre soube que você era uma pessoa que chama desastres para seu lado, Victor - Magnus fingiu uma mágoa na voz - Klaus, quer um conselho? Se afaste de Victor, porque ele pode te dar coisas bem piores para sua recuperação, como drogas. Daqui a pouco ele vai fazer você ser preso injustamente por algo que ele cometeu."
Magnus sorriu, um puro e prazeroso sorriso debochado, como se ele tivesse tocado mais fundo na ferida em que ele fez Victor abrir novamente. O loiro encarou Victor com os olhares brincalhão dele, como se disse-se ande, faça alguma coisa, se defenda.
Victor se levantou e jogou um caderno que rapidamente foi desviado e quebrou a janela, espalhando vidro para os cabelos de Michele e seus outros amigos. A raiva do asiatico tinha subido e explodidos em seus ouvidos, Magnus passou dos limites e ele jamais perdoaria o imbecil por isso.
“Victor, diretoria, agora.”
“MAGNUS COMEÇOU E ELE NÃO VAI COMIGO? - gritou Victor”
Magnus gemeu de dor, apenas Klaus viu que ele tinha se cortado de propósito, para não ir para a diretoria e Victor ser responsável por tudo. Klaus pegou a mão de Victor.
“Ele não vai, senhor Marinho, direto para enfermaria com seus amigos. - Disse o professor de Portugues a contro gosto. - E Senhor Klaus você pensa que vai para onde?”
“Vou levar Victor para a diretoria, antes que aconteça coisa pior. - Klaus disse pegando Victor e colocando em suas costa como se fosse um saco de batatas.”
“Me solta, Klaus, eu vou..”
Victor olhou para Mona, Felipe, Murilo e Kaike espantados, o que realmente tinha acontecido?
Klaus deixou o rapaz no banheiro e trancou eles dois ali.
“Se acalme, Victor.”
“Me acalmar? Eu quero matar Magnus, eu quero estrangular aquele imbecil com tanta força que vou fazer os olhos saírem das órbitas - Victor vociferava aos ventos, ele chutou a porta do banheiro e socava a parede.”
Klaus tentou pegar e agarrar com força Victor, o fazendo parar e se acalmar. O corpo de Klaus era macio, mesmo sendo um corpo musculoso. Victor chorou ali mesmo nos braços do desconhecido, Magnus tinha feito de novo, ele tinha pegado uma faca e girado na ferida aberta que tinha do namoro que o rapaz teve.
Depois de alguns minutos estando agarrados, Victor foi saindo do abraço de Klaus aos poucos. E parando de soluçar, Klaus pegou alguns papéis e entregou ao garoto que começou a se enxugar.
“Você está melhor? - Klaus perguntou gentil ao encarar os olhos de Victor.”
“Eu… to melhor sim, eu vou ficar. Obrigado por me tirar de lá antes que tudo piorasse. - Victor lavou seu rosto e virou para Klaus que estava parado a encarar o menino de costa. - Klaus, eu sei que não precisa de um defensor, mas eu odeio a forma como as oii pessoas te encaram. Eu não ia deixar ele falar aquelas coisas. E agora eu vou ser no mínimo suspenso”
“Eu sei, Victor, isso é muito bom. Mas conhecemos Magnus, sabemos como ele é. E eu vi que ele se cortou para você tomar toda a responsabilidade. - Klaus bufou e fechou as mãos em punho fechados.”
Victor ficou encarando o grandalhão a sua frente, realmente ele tinha pagado por muita coisa injustamente, mas ainda assim se preocupava com pessoas que poderia ter te prejudicado. Porque Victor foi uma das testemunhas que ouviu a versão de Magnus e confirmou tudo, para os boatos se formarem e tomarem vida na escola. Victor se sentia culpado.
“Vamos, tenho que realmente te levar para a diretoria. - Klaus abriu a porta e os dois sairão. - Fique sentando um pouco aqui, que vou te trazer água."
Klaus saiu andando apressado enquanto Victor ficou encarando o nada, seus olhos ficaram nublados, já não bastava tudo o que estava acontecendo, ainda tinha aquele peso de olhar nos olhos de Klaus e ver o quão ele gostava daquela atenção.
Pobre Victor, já não basta Benjamin ser tirado de você, agora por causa de seus erros Klaus vai ser tirado também, um garoto bom salvado um garoto ruim. Se quer acabar com tudo isso aceite minha proposta.- Joker.
Victor tocou que fazia 5 minutos e Klaus não voltou, ele tinha feito algo.
Assim que Murilo chegou na escola ele recebeu a mensagem estampada no seu celular e isso foi de destruir ele por dentro.
Murilo, com M de Meretriz, já não basta enganar os alunos pela boca dos outros. Se realmente quer acabar com Magnus, aceite minha proposta. - Joker.
Murilo encarou aquela mensagem quase botando fogo no celular. Alguém da escola sabia de seu segredo. O garoto começou a pensar, a tentar se acalmar. Magnus gostava desse tipo de brincadeira, gostaria de auto denominar como Joker. Murilo sorriu.
Ele estava ficando bituta das ideias, Magnus jamais faria uma coisa como aquelas. Murilo ficou ancioso para falar com os outros sobre as mensagem, pergunta para os outros se ele tinham recebido a mensagem mensagem.
Mas tudo aconteceu muito rápido, que nem ele mesmo conseguiu ver, só conseguiu acompanha o vidro quebrando e derrubando nos garotos. E ali ficou parado em choque.
A mensagem de Joker pesava em seu bolso. Aquilo tinha ido longe demais, aquilo estava num outro parar, ele não sabia quem era o Joker ou porque queria ajudar. Mais ele faria qualquer coisa para poder ver Magnus pagando pelo que ele fez.
Por todas as humilhações que passou. Murilo pegou Mona, pelo pulso e saiu levando a garota com ela gritando em protesto, pegou Kaike pela orelha e saiu empurando o garoto enquanto forçou a Felipe a segui-los.
“Precisamos conversa com algo importante. - Disse o mesmo jogando o celular na mesa.”
Ele tinham levado os três para uma sala abandonada, perto da sala do diretor.
“Se isso for importante mesmo, está faltando alguém do grupo. - Obervou Kaike e logo em seguida se sentou no sofá que tinha na sala. - Víctor saiu para diretoria. Já não basta os pais de Felipe terem que me defender, agora vão ter que defender Víctor?”
“Eu espero que não, meus pais estão animado com isso, pelo menos um ponto para mim. - Felipe cruzou os braços, mas não estava tão feliz assim. - Mais Kaike tem razão, se isso é para todos, nos todos temos que estar aqui.”
“Vamos procurar Víctor, espero que ele não tenha sido expulso. - Mona ajeitou os óculos escuros no rosto e apertou mais o casaco nela. - Anda, o que estão esperando? Convite?”
A morena saiu andando a passos pesados para a diretoria e sendo acompanhada pelos outros. Murilo não queria que Victor saísse da escola, Magnus tinha ido longe demais.
Víctor estava na porta da diretoria, tentando entrar, seus amigos pararam e viram o mesmo ali tentando entrar, mais os guardas da escola não deixando.
“Víctor, o que você está fazendo? - Mona perguntou segurando o garoto.”
“Klaus está lá dentro, ele vai se integrar em meu lugar… - Víctor admitiu tentando não tremer. - Eu…”
“Como você sabe disso? - perguntou Murilo desconfiado.”
“Eu… - Ele engoliu em seco e apertou o celular em sua mão. É isso que confirmou tudo o que Murilo suspeitou. Todos receberam a mensagem que ele recebeu mais cedo.”
“Temos que sair… - Murilo tentou falar, mas a porta se abriu e Klaus saiu da diretoria.”
“Seu idiota, o que pensou em fazer? - Víctor bateu no rapaz. - Você me deixou lá e veio aqui…”
“Você tem muita coisa a perder e não podemos deixar Magnus te tirar daqui. - Klaus admitiu sorrindo timidamente. - E eu só fiquei de castigo. Até segunda ordem. Não machucaram, mas menti dizendo que foi por causa do remédio. O diretor não quer mais escândalos do que posso fazer.”
Klaus se sentou e Víctor o encarou, sentou ao seu lado e pegou as mãos do desconhecido.
“Obrigado… Mas não preciso de sua proteção. Sei me cuidar bem, não sou um garoto indefeso. Klaus.”
Klaus riu e ficou ali sentado. Enquanto Murilo pegou os meninos.
“Eu sei que o casal vai querer se beijar, mas preciso do Víctor por um momento. - Murilo pegou a mãos do garoto e saiu arrastando. Deixando um Klaus rindo consigo mesmo.”
“Para onde vamos? - Perguntou Víctor acertando o passo.”
“Para um local seguro.”