Antes de o nome de Bruna aparecer pela primeira vez na agenda do meu consultório, eu sempre tinha sido um marido fiel e um médico leal a cada trecho do Juramento de Hipócrates, até mesmo àquele que diz para manter-me longe “de toda a sedução, sobretudo dos prazeres do amor” com minhas pacientes.
Mas aquela quinta-feira chuvosa chegou, eu entrei no consultório, consultei a agenda e vi, no horário das 9h, o nome dela, logo abaixo. Era a primeira consulta do dia - e minha vida nunca mais seria a mesma.
Quando saí para a sala de espera a fim de chamá-la, apenas ela estava lá - além, é claro, de Márcia, a secretária do consultório. Olho para a poltrona e vejo uma linda morena com o cabelo preso num coque e roupa parcialmente molhada pela chuva. Ela deu um sorriso ao ouvir o seu nome, se levantou e caminhou na minha direção - e o seu cheiro chegou até mim antes.
Um perfume maravilhoso, inebriante, que me tirou de mim, tanto que nem lembro como foi que a cumprimentei. Só lembro que no instante seguinte estávamos no consultório, eu na minha cadeira e ela sentada na cadeira em frente à escrivaninha, começando a anamnese.
Além de linda e maravilhosamente perfumada, Bruna tinha uma voz melodiosa e agradável, música para os ouvidos. Eu já a tinha experimentado com os olhos, com o olfato e com a audição, e completei o quarto sentido da lista quando pude enfim tocá-la - profissionalmente, a princípio. Não que fosse necessário, mas, por algum desses impulsos impensados que a gente tem de vez em quando, quando está muito excitado, pedi que ela tirasse a blusa para que eu pudesse auscultar coração e pulmões. Ela obedeceu e precisei de esforço consciente para segurar meu queixo quando vi que, por baixo da blusa parcialmente molhada, ela usava um lindo sutiã vermelho escuro, que realçava seu colo sedoso e seus seios fartos.
Com cuidado para não transparecer minhas reais intenções, toquei nas suas costas e senti toda a maciez aveludada daquela pele bronzeada. A muito custo contive meu impulso de beijar a linha da nuca e de acariciar aqueles seios enormes. Além de ser uma conduta nada profissional da minha parte, o anel no dedo dela indicava que ela era casada - como eu, aliás. Faltava experimentá-la com um dos sentidos, e eu salivava só de pensar em beijar aquela boca carnuda e todo aquele corpo.
Pedi a Bruna alguns exames de rotina e não esperava vê-la novamente tão cedo. Ficou impregnado nas minhas narinas aquele perfume, assim como a sensação da textura daquela pele se recusava a sair das pontas dos meus dedos.
Para a minha surpresa, apenas uma semana depois o nome de Bruna apareceu de novo na minha agenda. Desta vez, ela veio com cabelos soltos e um vestidinho também solto que deixava à mostra belas e bronzeadas coxas. Usei a agenda para esconder minha ereção quando ela levantou para a consulta e novamente fui nocauteado pelo seu perfume.
Bruna trazia os resultados dos exames, todos normais. Virei para meu terminal de computador para registrar os dados na ficha dela e, enquanto isso, ela perguntou se eu desejava examinar seus pulmões e coração outra vez. Quando virei para ela para responder que não seria necessário, notei que ela já estava de pé - e tirando o vestido!
De calcinha e sutiã pretos, ela se virou para caminhar até a maca de exames no canto do consultório e eu, boquiaberto, pude ver toda a extensão daquela bunda majestosa. Bruna é um pouco gordinha, mas deliciosamente firme e farta, um corpaço de encher as mãos.
Eu estava transtornado, com medo de perder o controle de mim e da situação.
Em vez de sentar na maca, como na semana anterior, ela apenas encostou a barriga lá, ficando de pé e de costas para mim.
Me aproximei bem devagar. Eu podia quase ouvir os batimentos do meu próprio coração, o tempo parecia ter parado. Encostei o bocal do estetoscópio nas costas dela e senti sua pele se arrepiando ao toque frio do metal. Senti meu pau começando a latejar. Aproximei minha boca do ouvido de Bruna o máximo que pude sem tocar nela e sussurrei, com voz rouca:
- Inspire bem profundamente...
Ela estava ofegante. Eu também.
Depois de auscultar os pulmões, eu deveria pedir que ela se virasse para ouvir o coração, mas meus procedimentos tinham ido para as cucuias desde que ela tirou o vestido. Pedi que ela continuasse como estava e a envolvi com meu braço, para ouvir seus batimentos com ela de costas para mim. Para alcançar o peito dela com a mão, precisei me aproximar mais dela e meu pau, já rijo como uma tora, roçou naquela bunda maravilhosa.
Bruna não apenas não se afastou ao sentir o toque do meu pau como se inclinou levemente sobre a maca, apertando ainda mais a bunda dela contra o meu quadril. Minha mão direita, que estava na altura dos seus seios, instintivamente desceu para a região do ventre…
Ela se virou para mim e me encarou, com uma expressão de desejo. Eu olhei para ela longamente e disse:
- Bruna, eu não posso.
- Mas você quer? — ela perguntou.
- Quero. Muito.
- Então, você pode — disse ela, e em seguida me dando um beijo fervoroso.
Era o sentido que faltava. Senti o gosto, o calor, a força daquele beijo e uma tempestade de fogo se formou em meu corpo. Quando dei por mim, estávamos ambos em cima da maca e ela, de algum modo, já tinha tirado quase toda a minha roupa.
Deitei na maca e ela veio sobre mim, tirando a minha cueca e me chupando com força e suavidade ao mesmo tempo. Quando avisei que estava prestes a gozar, ela apenas murmurou: "Uhum", e continuou me chupando com vontade, até que jorrei na sua boca e ela seguiu, engolindo tudo. Depois de um tempo, foi a minha vez de tirar sua calcinha e mergulhar a língua na cálida e umedecida caverna que era sua vagina. Com movimentos precisos que não se aprende na faculdade de Medicina, logo a levei ao orgasmo, e ficamos um tempo deitados e ofegantes, suando o mesmo suor, um sentindo a pulsação do outro.
O juízo, ou o que restava dele, voltou e lembrei da secretária Márcia e dos outros pacientes que aguardavam lá na frente, na sala de espera. Nos vestimos e entreguei a Bruna a prescrição do dia: uma folha de papel timbrado do meu receituário, com meu número de Whatsapp pessoal e a frase: CONTINUAREMOS ISSO O QUANTO ANTES.
Ela leu o papel e disse:
- Obrigada pelo seu número, mas eu te quero aqui. Nessa maca. Vou ligar pra agendar uma consulta. Que dia fica melhor?
Eu pensei um pouco e respondi:
- Pode pegar o último horário de sexta. A Márcia sempre sai antes do final da última consulta nesse dia.
Dei mais um longo beijo na boca de Bruna, que saiu pela porta, e tentei me aprumar para a consulta seguinte, do Senhor Lotário. Que eu pretendia atender com todo o profissionalismo que tinha me faltado com Bruna.