Gente, so avisando que são três linhas temporais, a do presente. Que vai ser o desenrola da história, a segunda que é no passado do F4 e de Dominik e a terceira que vai desenvolver por mais esse capitulo a história de Mayã e Don Juan, voltando a ser apenas duas e mais dois capítulos ou três para ser no presente. Confuso? Acho que não, espero que estejam gostando. Porque Romeu e Romeu e Elite XXI estou fazendo como forma de válvula de escape para o que anda acontecendo e me distraindo com o hobby.
Desde de já uma boa leitura.
Viktor andava de um lado para o outro naquele corredor.
Seus olhos eram atentos a cada movimento, a cada olhar que ele recebia, um pirulito azul estava em sua boca, mais ele sempre tinha que se comportar como Dominik, o que ele odiava muito. A sua sala era sempre a mesma e ele sentava na última cadeira da sala.
Kris, Luigi, Julie e Hugo entravam dentro da sala de aula, como se fosse um desfile de moda. Viktor encarava o grupo e sabia que jamais seria aceito por eles, mais ele iria se divertir muito. Já que ele era apenas uma sombra do que Dominik queria ser. Viktor era bastante inteligente, apenas perdia para Dominik na área de informática, mais mesmo assim, ele gostava do seu outro eu.
Viktor era competitivo, e isso ele não abria mão. Como ele era um dos melhores alunos, seu plano era passar desse inferno e chegar a faculdade, proteger seu eu de verdade e enfim descansar. A promessa que os dois fizeram ainda era latente em sua mente. Ele queria viver, ele nasceu para isso.
- Dominik, você esta bem? Esta olhado para o nada. – Luigi estava ali na sua frente. O garoto de olhos claros e sorriso torto sentou bem na frente do mesmo. Viktor olhava para fora do colégio e pensando distante.
- Sim, eu estou bem. – ele amansou a voz e colocou seus ombros mais a frente do corpo, como alguém tímido que sentaria. – Eu apenas estou já pensando em como vai ser la fora. Depois que isso tudo terminar.
- E você? Porque esta aqui? – a voz de Viktor passava a calmaria que o Dominik era.
- Estou procurando um novo parceiro de trabalho. Preciso fazer o trabalho de historia e o Hugo já esta fazendo com outra pessoa. Julie como sabe, esta fazendo com Kris e queria que você fizesse comigo. – Ele encarou nos olhos do menino e sorriu tentando pegar a mão do mesmo, mais foi retirado logo em seguida.
- Você quer mesmo fazer a aula ou quer outra coisa? – Viktor estalou a língua a olhar para o menino, que se retraiu e gaguejou.
- Não, não, eu apenas quero fazer o trabalho. – Ele estava nervoso e olhava para todos os lados, procurando alguma brecha para não encara.
Viktor tocou na mão de Luigi, mais já não era mais ele, Dominik tomou a sua consciência.
- Então, o que acha depois do almoço, na biblioteca?
- Então isso é um si?
- Claro que sim, besta. – Dominik sorriu de um modo gentil ao maior que concordou com a cabeça.
- Nos vemos na biblioteca.
- Claro.
O professor de Japonês entrava na sala de aula e todos começavam a falar a língua estrangeira.
Mayã estava impaciente, ele tinha recebido o numero de seu pai, pela própria irmã o deixando impaciente sobre tudo que poderia acontecer naquele dia. Ele estava receoso, em ver o pai, receoso em saber do que ele queria.
A sua curiosidade o venceu, ele digitou o numero no celular e mandou um whats.
Ele contou ate 20 e o pai o respondeu.
“Oi pai, o que quer comigo?”
“ Oi meu filho, estou com saudades suas, queria lhe ver.”
“Eu... o que realmente você quer?”
“ Eu já disse, quero conversar com você pessoalmente, podemos ir num almoço agora, estou saindo de uma reunião e queria falar com você, pode ser no shopping. Daqui a meia hora, esta na capital ou não?”
“Estou... estou em Osasco, mais posso ir ai ver você e terminarmos isso de vez.”
“Então te encontro no shopping de são Paulo, o mesmo que gostava de ir, estou indo para lá daqui a meia hora”
“Eu acho melhor não ir... Melhor mantermos o que esta por agora”
“Não, Mayã meu filho, eu quero conversa com você tomei atitudes que não deveria e preciso me reconciliar com o você meu filho, eu apesar de tudo sou seu pai e te amo.”
Aquilo doeu no coração de Mayã, porque a tanto tempo queria ouvir isso de seu pai e nunca conseguiu, mesmo pelo celular foi algo de felicidade para o mesmo.
“Eu vou, eu vou de metro...
“Não, peça um uber para você, que transfiro o dinheiro para sua conta agora, não quero meu filho andando desse jeito por ai, não é certo.”
Ele pediu a foto da conta do filho, que rapidamente passou. A mãe não estava em casa e logo em seguida seu padrasto estava fora de casa, o deixando sozinho. Mayã andava apressado para pegar o uber e voltar para a casa rápido, ele não queria que a mãe ou o padrasto o olhasse com reprovação.
Chegar no shopping e espera o pai, foi uma eternidade, mais assim que o senhor de meia idade, de cabelos brancos e corpo de um ex lutador apareceu, a mente dele começou a se desfalecer, era seu pai, com os olhos escuros e um sorriso carrancudo no rosto. Usava roupas sociais folgadas. E em sua mão estava o celular e a carteira. Seu pai estava diferente de antes, diferente de como ele se lembrava.
- Já pediu? – a pergunta do seu pai foi grave, o homem de estatura mediana e com cheiro de arvores estava perto de Mayã. Sua barba rala estava grisalha como o cabelo e sua pele morena o deixava mais jovem. – Ou vai fazer isso agora?
- Eu, estava esperando você. E estou mais curioso em saber do porque me chamou papai, nunca, nunca fomos...
- Calma, vamos comer e depois falamos disso.
Os olhos das pessoas eram furtivos, eles conheciam o pai do garoto, só não conheciam o garoto que estavam ao lado, Eles sentaram em uma mesa redonda e se olharam por alguns segundos que mais passaram de uma eternidade. Até o silencio ser desfeito com o numero dos pedidos dos dois. Os pratos estavam quentes, mais o estomago de Mayã estava revirando, sem saber ao certo o que estava fazendo ali.
- Me diz logo do porque estou aqui, senhor Alexandre.
Era a primeira vez que Mayã dizia o nome do pai em alto e bom som, já que sempre tinha outros pejorativos para dar ao pai. Os olhos duros do pai se tornaram melancólicos.
- Sabe meu filho, lembra daquela nossa viagem, que foi com a Bruna e sua madrasta?
Aquela lembrança não era feliz. Ele lembrava da madrasta que o deixou, dentro de casa para não sair e conhecer a paisagem, lembrou do pai que não o queria ali, mais a justiça o obrigava o levar para a viagem. O pai o menosprezou e Mayã so conheceu o pais fora, por causa de um descuido que ele deu. A raiva rugia em seus ouvidos e ele não aceitou aquele maus tratos. Bruna, ria daquilo, ela não era uma pessoa muito boa e odiava dividir os holofotes com o irmão.
- Eu deveria ter feito tudo diferente meu filho. Eu estraguei sua vida e sei sobre seus casos com drogas e com a depressão.
Os olhos dos dois se cruzaram. A mente de Mayã estava gritando e berrando. O garoto estava com raiva, ele queria jogar a cadeira na costa do pai.
- Te trouxe aqui para lhe avisar de algo pessoalmente. Estou me tratando de um câncer terminal no pâncreas. – A noticia foi sem cerimonia alguma.
Mayã se engasgou com a própria saliva. Seus olhos se estreitaram ao lado. E ficou esperando alguém sair para a pegadinha. Mais contou mentalmente até cinco e não aconteceu nada.
- Você esta com o que? Mais estava bem, ou aparenta esta bem.
- Isso mesmo que ouviu meu filho. – ele ajeitou o óculos em seu rosto e limpou a mão. – Estou me tratando, mais temo que não tenho muito tempo para viver assim, descobri ele a pouco tempo e se tornou benigno. Aparentar esta bem não quer
- O senhor, o senhor não pode morrer assim, eu. – Mayã explodiu de vez. Ele não, ele não poderia fazer aquilo com ele. – Você não pode morrer. Eu ainda não esfreguei nada na sua cara, eu ainda não tive a oportunidade de provar que eu sou melhor que você, que nunca precisei de você.
O pai do garoto sorriu de escarnio. Mayã se preocupava com o pai, mesmo estando ali na sua frente, mesmo ele desejando varia e varias vezes o desejo de ver o pai morrer, agora isso estava acontecendo, acontecendo de verdade. O garoto não acreditava naquilo e isso se tornava ainda mais impossível.
- Estou aqui para fazer a trégua que precisamos. Por anos você me odiou e eu te odiei. – O pai do mesmo olhava bem no fundo dos olhos do filho. – Estou aqui meu filho para pedi desculpas. Para ver aonde eu errei e tentar recomeçar. Somos uma família, uma família que teve seu problemas mais quero realmente...
As palavras do pai estavam ainda em sua mente, ele dava seu discurso e tudo na mente de Mayã se revirava de uma forma confusa, seu corpo pesou para o lado. E se não fosse o pai, ele tinha caído no chão.