Eis-me aqui, vim te falar que tudo dará certo em algum momento da sua vida. Você acha que as coisas se perdem em um lugar, mas você saberá o seu ponto exato para a recuperação.
Sou Guilherme Azevedo Damásio, e a minha história é igual de todos os garotos classe média, que os pais têm negócios importante em uma cidade pequena. Mas vocês já tentaram recomeçar logo após uma decepção?
Tenho 23 anos, sou moreno, barba no estilo degradê, 1.80, faço academia e tenho um corpo definido. Essas informações são importantes, porque eu sempre me dediquei aos esportes, sempre gostei de natação. Talvez tenha tido alguma influência pelos meus pais serem sócios de um clube.
Sem mais delongas, irei iniciar a minha história. Era uma vez, um rapaz indefeso que precisava de ajuda na piscina e se afogou.
Brincadeira... Não parecia nada com um conto de fadas, pelo menos não como terminou o início dessa estória. Sempre fui um adolescente normal, com sonhos, namoradinhas, amigos, popular na escola e praticava meu esporte favorito. Tinha um melhor amigo e com ele eu descobri tudo, desde o primeiro beijo – sim, meu primeiro beijo foi com ele, eu não sabia na época, mas eu o amava-. É muito bom as fases da descoberta, a primeira punheta, a primeira bundinha, o primeiro romance. Mas acontece, que com essas descobertas a gente se deixa levar por algo que traz a perdição:
2013:
- Você tem que seguir o que te digo. Eu sou seu melhor amigo, Gui. Você poderia ser mais que isso e você sabe bem. – Ele me fala de um jeito sedutor.
- Não significa nada, você não me domina, não tem poder sobre mim. Não é a primeira vez que você tem um ataque de ciúmes do Rodrigues. Ele é só um amigo. – Eu falo nervoso com ele, eu me exalto sempre que estou assim.
- Seu amigo? Você me conhece desde sempre, eu sou seu amigo. Só eu. – Ele chega mais perto e eu sinto o corpo dele.
- Sai de perto de mim. Eu tenho outros amigos, assim como você que anda com essas suas novas amizades. Você mudou, eu mudei. Nada é como antes.
- Você não sabe o que diz, você me ama. Eu sinto isso, olha o seu estado aí debaixo da sua sunga. –
- Eu não aceito isso, não enquanto você estiver andando com essas pessoas. Você não apareceu no meu último aniversario, não foi para o churrasco em família. Será mesmo que somos amigos? Eu acho difícil. Agora temos uma competição importante para fazer, boa sorte para nós. – Falo isso, ele se aproxima cada vez mais. Ele me pressiona na parede do clube
- Me desculpa, mas me diz que você não quer isso. - Ele fala confiante.
- Não. - É claro que eu queria, eu descobrir que amava ele dias antes, mas eu estava o perdendo, ele estava me perdendo.
Com a minha negativa ele se afasta e me diz
- Tudo bem, só não esquece do que a gente fez aqui nesse lugar duas semanas atrás. Boa competição, meu amor. – Ele sai do banheiro.
* 2 semanas antes*
O clube estava praticamente vazio, já estava tarde e só restou eu, meu melhor amigo Leonardo, Daniel Rodrigues e meu treinador Castro. Leonardo sempre teve ciúmes de Daniel, pelo motivo de que devido ser o último ano de escola, eu e Daniel começamos a estudar juntos, com grupos de estudos. Leonardo havia entrado para um outro grupo de pessoas, que eu não gostava.
- Você está mesmo gostando desse rapaz, certo? – Ele sussurra ao meu ouvido.
Ele não estava mentindo, eu estava começando a nutrir um carinho pelo meu novo amigo, que no último ano me escutou bastante.
- Ele é um ótimo amigo, me escuta sempre que pode. – Falo e nado para o outro lado da piscina.
- Por que você foge quando eu estou perto? Ao fim do treino, vai para o vestiário quero ter uma conversa com você. - Ele me diz e sai
- Daniel e Guilherme, quero que vocês formem dupla. O treino de hoje é peito e crawl. Léo, vamos conversar um pouquinho ali sobre a competição. – O treinador Castro passa as informações e sai para o puxadinho, que é conhecido como seu escritório. Estranhei ele ter chamado o meu melhor amigo, afinal, a competição interessa para todos que ele treina.
- Você poderia relaxar, cara. Confia em mim e em você mesmo. Irá ganhar o campeonato. – Daniel me fala com naturalidade
- Eu queria ter sua confiança, Rodrigues. Mas o Castro está conversando mais com o Léo do quê comigo, será que ele já sabe que no próximo ano iremos contratar outros instrutores e se sente ameaçado? - Eu falo nervoso.
- Relaxa, lindo. Vai dar tudo certo. - Eu estranho ele me chamando de lindo.
- Lindo? - Eu indago ao meu amigo.
- Sim, maneira de dizer. - Daniel é negro, cabelo cortado em estilo militar, corpo definido e um sorriso maravilhoso. É o tipo de cara que você se apaixona só de olhar aquele sorriso e aqueles olhos puxados.
Eu o beijei. Ele retribui o beijo, mesmo na água eu estava sentindo algo crescer nas pernas dele.
- O que está acontecendo aqui? – Olho e vejo Leonardo com uma cara fechada.
- Acho melhor eu ir, já terminamos o treino por hoje. – Daniel fala com vergonha.
- Acho melhor você sair também, Rodrigues. – O Leonardo fala com raiva.
- Leonardo Filipe, você não tem o direito de ficar com raiva. – Eu falo sério para ele.
- Vamos para o vestiário. Agora, por favor. - Ele me fala calmo. E eu vou.
- Por qual motivo você estava beijando-o? Não era seu melhor amigo? Eu tenho um primo que está vindo morar aqui também, vou sair beijando-o. – Ele me fala um pouco exaltado.
- Primeiro que você é somente o meu melhor amigo, a gente não namora. Você nem gosta de homem, esqueceu o que disse?
- Você lembra muito bem o que eu falo, não é mesmo? – ele retruca
- Por falar nisso, o que o Castro queria? Você está andando com ele também? – eu pergunto com raiva
- Ele é só meu amigo- Ele provoca.
- Tudo bem, Léo. Obrigado pelas palavras confortantes. – Falo isso e saio.
- Você não vai a lugar algum, hoje você pode me usar todinho. – Ele fala isso me olhando sério e já pelado. Eu não resisto, só estava eu e ele ali, o que eu iria perder?
- Não me provoca.
- Vem, vem chupar teu macho. – Ele já me pressiona na parede e me dá um beijo.
- Fala aí se eu não beijo melhor que o seu amigo, diz vai. - Ele fala com raiva.
- Ele beija muito melhor- resolvo provocar ele.
- Então é assim, duvido. Duvido que você goze com ele do mesmo jeito que goza comigo, duvido que você bata punheta igual bate pra mim. – Ele fala de um jeito safado.
- A gente não transou, foi a primeira vez que beijei ele hoje. – Eu confesso a ele.
- Então me chupa, meu machinho lindo e tesudo. Saudades dessa sua boquinha, desse seu rosto na minha pica – ele fala já com tesão
- Está todo arrepiado, por isso que eu te amo. - Ele continua a me falar
Ajoelhei e comecei a lamber todo o seu corpo, enquanto olhava para cara dele e via ali o prazer dele, enquanto ele dizia todas aquelas palavras. O pau dele era lindo, mesmo com 17 anos ele tinha um pau grande e grosso, moreno, e estava gostoso pra caralho aquilo duro na boca.
- Isso, meu amor. Ninguém irá nos prejudicar, você é só meu. Que boquinha maravilhosa. Continua chupando, vai. – Ele me diz com tesão.
Comecei a chupar bem gostoso a cabeça daquele pau, gostava de como as coisas aconteciam, mesmo ele não sendo mais o mesmo. Mamei ele com uma vontade imensa, cheio de saudade, parecia até uma despedida.
- Que delícia, meu moreno. - Ele fala segurando minha bunda, eu afasto.
- Hoje não. - Falo com dificuldade.
- Tudo bem, tudo no seu tempo. Mas continua com essa sua boquinha. Vamos para o chuveiro, quero ver você me mamando de joelhos.
As veias dilatadas, com o saco enorme que eu colocava na boca. Vejo ele com os olhos fechados enquanto o mamo, e porra que delícia de pau. Mamo com mais força ainda, quando ele anuncia que irá gozar
- Goza na minha boca, vai, goza para o teu macho- eu falo provocando-o.
Ele goza na minha boca e estamos exaustos. Deitados no chão da academia, eu o beijo.
- Amo você, meu melhor amigo- eu digo.
- Também te amo. – Ele me fala.
* 2 SEMANAS DEPOIS*
O tom dele soou como uma ameaça, eu não entendi. Eu não reconhecia mais o meu melhor amigo, estava disposto que ao terminar essa competição, iria viajar para fazer minha faculdade de fisioterapia esportiva fora do país. Havia ganhado uma bolsa de estudos na Universidade de Otago, na Nova Zelândia. Eu estava pensando em convidar o Leonardo, assim que o revelasse a aprovação. Entretanto, as últimas atitudes dele me fizeram repensar um pouco.
Faltava apenas 15 minutos para a competição, quando fui chamado para o puxadinho do Castro.
- Oi, Guizinho. – Ele me olhava de uma maneira estranha.
- Oi, Castro. Por que você me chamou faltando 15 minutos? – Questiono, já que ele nunca veio me dá orientações igual fazia com o Léo.
- Porque eu tenho que te mostrar isso que está no meu celular. - Ele me fala e me mostra o que está lá. Eu fico estarrecido, não era possível que ele teve a coragem de fazer algo tão inútil.
- Quem fez isso? – Questiono novamente.
- Por que achas que eu estava chamando o Leonardo e não você? – Essa foi a resposta respondida com uma pergunta, que eu menos queria ouvir. Eu sabia que ele estava diferente, mas não imaginava que teria esta coragem.
- O que você quer?
- Eu sei que você será demitido, então...
- Não quer ser demitido?
- Não, eu não ligo mais para esse emprego inútil. Quero que você perca essa competição.
- Vai se foder. Eu não vou fazer isso.
Ele chega perto de mim e me empurra
- Ou você faz isso, ou eu coloco esse vídeo na internet.
- Tudo bem, não irei disputar. Mas saiba que você me pagará caro por isso.
- Hum, muito fácil. Mas ainda não acabou. – Ele revela.
- Ainda tem mais, seu filho da puta? - ele me fala
Ele sobe em cima de mim e me fala
- Quero comer essa sua bunda virgem, Léo me falou que você ainda é, me disse que você chupa bem, o que não precisei duvidar pois eu vi no vídeo.
Eu empurro ele de cima de mim, entretanto ele sobe novamente e começa a tirar minha sunga e a enfiar o dedo na minha bunda. Eu travo por um momento.
- VOCÊ TIRE SUAS MÃOS DE MIM, AGORA. - Eu começo a socá-lo todo e pego o celular da sua mão. Ele tenta pegar novamente, tenta se defender, mas eu estava possesso. Meus pais, Léo e meu irmão mais velho chega e separa.
- Meu filho? O que foi isso? O que está acontecendo aqui? - ela diz para mim.
- Esse filho da puta está me ameaçando com um vídeo que ele gravou meu e daquele patético ali. Ele quer que eu perca competição. - Olho para o Leonardo com raiva e ele não fala nada.
Meu irmão olha para ele esperando uma resposta, enquanto todos as outras pessoas começam a chegar.
- Eu só quero que você saiba, que não tem mais amor. Me esqueça e sofra sozinho com as suas atitudes. – Eu digo olhando para o Leonardo, que veio a ser campeão da natação, pois, eu fui desclassificado.
**** Atualmente************
Estou aqui, vivo, aprendi com meus erros, me recuperei e tive uma família para me apoiar. Vim para Nova Zelândia, tive apoio de um grande amigo meu, espero que seja seu também, ele é maravilhoso. Ele erra, mas ensina, e mostra como devemos agir nas dificuldades. Sobre Leonardo? Eu não tenho mais notícias. Estou voltando para minha cidade e sei o que falam de mim. O vídeo nunca foi postado, eu peguei o celular na briga e apaguei todas as coisas, tudo da nuvem (ele tinha 4 contas com aquele vídeo). Perdi o campeonato, mais ganhei uma vida de aprendizados, ainda não acabou. Mas estou morrendo de saudades do Brasil, e graças ao Daniel, todos esses anos foram importantes e essencial para essa volta. Sei, que estou propenso a risco de voltar ao passado, mas é um preço que se paga. Sobre o amor? Bom, eu tinha tudo para desacreditar do amor. Afinal, a pessoa que disse que me amava aos 17, me apunhalou 2 semanas depois. Mas como eu vou desacreditar de algo, só porque eu me magoei? Eu não mereço sofrer o tempo todo, eu não sei se tenho a razão, mas a vida ensina a ter um rumo.
Aos comentários: Obrigado, eu não queria uma história que tivesse somente sexo, até porque tenho uma certa dificuldade de escrever sobre. Os personagens são desenvolvidos, conforme umas pessoas que tenho uma certa admiração física ou pessoal mesmo. Eu queria escrever algo que saísse do clichê, que fosse uma mensagem. Sobre o tipo de relacionamento, não há. Mas o Júlio César é daqueles caras indecisos, que uma hora fica com homem e mulher, ele é um personagem que precisará se reinventar na história, talvez ele procure outros caminhos.
