Bom.
Um dia de Workshop - parte 1/4
Hoje eu acordei me sentindo poderosa, afinal de contas, eu teria 20 homens sob a minha tutela, e querendo arrancar de mim todas as informações possíveis sobre o meu ofício... afinal de contas, sou uma mulher bem-sucedida profissionalmente, e sirvo de exemplo para muitas pessoas...
Tomei meu banho, fiz uma escova no cabelo e me vesti com discrição e elegância, mas deixando uma pitada da minha sensualidade à flor da pele.
Vesti uma blusa de seda champagne, não transparente, mas que deixava exposto no decote o meu colo sardento e a pele alva contrastando de forma sexy; uma saia até os joelhos de um tom marrom, um sapato de salto não muito alto, mas que torneia muito bem as minhas pernas fortes e enrijecidas por muitas horas de academia...
Por baixo, uma meia taça valorizando o meu busto, e uma calcinha bem pequena, de algodão, para ficar mais confortável durante o dia de trabalho...
Uma última olhada na agenda do celular para confirmar os horários e locais das apresentações: eu teria três apresentações a fazer ao longo do dia: a primeira, às 08:30hs, no auditório principal da faculdade situada ao lado do hotel, que seria a abertura do workshop para todas as turmas de especializações, com um tema comum a todos. Depois da minha primeira palestra, às 9hs tem um intervalo de 45 minutos para o coffee-break e então as turmas iriam para as salas, de acordo com o assunto da palestra ou especialização para o qual se inscreveram. Prazo de 15 minutos para chegar nas salas e eu assumiria uma turma da sala 26 às 10hs, que iria até a hora do almoço. Na parte da tarde, a primeira aula (14hs) seria com outra pessoa e eu retornaria com esta turma somente às 16hs, para a minha terceira e última apresentação, e conclusão do workshop. Saio do quarto de hotel pensando comigo mesma: "Vai lá, gata! Arrasa!"
Chego na faculdade e vejo alguns olhares me medindo de cima abaixo, independente do sexo. Homens e mulheres me olhavam e alguns não escondiam a atração que sentiam. Isto só alimenta o meu ego e me faz sentir mais poderosa.
Me posiciono no local reservado para mim na mesa dos professores em cima do grande palco e observo os alunos e alunas que chegaram antes de mim, os que chegaram em cima da hora e sempre aqueles retardatários, que chegaram após a saudação do Reitor e algumas explanações iniciais.
Dentre os retardatários, um deles agiu "fora dos padrões" de sentar no fundo do auditório e veio sentar na segunda fileira, chamando toda a atenção para si. Não era nenhum "Deus Grego", apenas um jovem rapaz normal, que ficaria muito atrás no quesito beleza, se comparado a outros jovens que ali estavam.
Voltei minha atenção ao Reitor, e não me preocupei mais com o rapaz.
Após todo o processo de abertura dos trabalhos, apresentações do corpo docente e suas capacitações, sou anunciada e introduzida no palco para a primeira palestra. Me levanto, vou ao púlpito e começo meu trabalho.
Durante meu treinamento para palestrar, a frase que mais me marcou foi "Quando você foca o olhar nos olhos de quem o ouve, inspira confiança e segurança", e sempre levo isso para minhas palestras. Óbvio que não consigo olhar nos olhos de todos, não priorizo pessoas para olhar mais atentamente para elas, mas tento, de certa forma, olhar para todas! Assim eu fui, olhando nos rostos "de todos", desde o fundo, vindo para a frente, trazendo os mais afastados para mais perto.
Quando chego na segunda fileira, algo chama minha atenção. Continuei a olhar para todos os restantes, da segunda e primeira fileira, antes de voltar a olhar para entender melhor o que mexeu comigo.
Ao completar a missão de olhar para todos, voltei a olhar no ponto que ficou destacado na minha memória e meu olhar cruzou direto com o olhar daquele atrasadinho que fugiu dos padrões e veio se sentar ali na frente. Gente... que olhar era aquele? Sabe aqueles desenhos animados anos 80, quando alguém vai hipnotizar alguém e fica aquele olhar de redemoinho em preto e branco?
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Gente, aquele atrasadinho estava fazendo isso comigo! Daí eu comecei a reparar nele. Cavanhaque de safado, de cafajeste, cabelinho curtinho, estilo militar, um rosto fino com sobrancelhas bem destacadas, e AQUELE OLHAR que parecia estar ao mesmo tempo me despindo e me alisando dos pés à cabeça! Eu cheguei até a sentir um ar quente entre minhas pernas ao mesmo tempo em que ele estava respirando mais profundamente!!! Ele estava a pelo menos 10 metros de mim, mas eu sentia como se ele estivesse ali, embaixo de mim!! Fiz um esforço para não perder a compostura e continuei a palestrar, mas não sem conseguir me prender naquele olhar em diversas ocasiões, que me renderam um atraso de 5 minutos em uma palestra que eu sempre acabava 3 minutos ANTES, para alegria da turma que tinha sempre um tempinho a mais para o café ou um cigarrinho!
Esperei todos saírem do auditório para sentar um pouco e me recuperar antes de arriscar ir lá fora e encontrar aqueles olhos de novo! Eu tinha por hábito não fumar até finalizar todas as apresentações do dia e voltar para minha casa ou o hotel onde eu estivesse, mas depois da inusitada "cafungada nas coxas", eu precisava e merecia um cigarro!
Saí do hotel e fui no estacionamento, bem afastada dos olhares e das pessoas, e fumei tranquilamente. Consegui me controlar um pouco e então fui ao restaurante tomar um café e beliscar alguma coisa.
Ainda faltavam dez minutos para a próxima palestra, eu tinha tempo para ir ao banheiro antes de ir para a sala 26. Durante o percurso, me peguei lembrando daqueles olhos que pareciam penetrar minha alma e acariciar meu corpo, o que foi o suficiente para eu me desconcentrar ao ponto de errar a porta do banheiro, entrando por engano no banheiro masculino! :o
Quando é para dar tudo errado, a gente não sai da cama com o pé esquerdo, a gente cai da cama arrebentando o lado esquerdo do rosto no chão! E hoje parecia um desses dias!
Ao entrar no banheiro, só tinha uma viva alma lá dentro além de mim e vocês imaginam QUEM era esta viva alma?
Sim, ele mesmo, o atrasadinho da segunda fila de olhar hipnotizante!
Ele estava naquelas separações que todo banheiro masculino tem, só com uma pedra entre dois mictórios e com o susto de me ver entrar no banheiro, ele saltou para trás tentando se virar de costas, mas parece que o corpo não reagiu como esperava e ele se virou de frente para mim.
Ali eu achava que meu dia tinha acabado de vez! Já não bastava ele ter dois olhos hipnotizantes... e ele ainda tinha um membro que eu sempre sonhei... estava completamente mole e não era muito comprido, embora sobrasse um tanto além da mão que estava segurando, mas era bem grosso e cabeçudo, uma obra prima que poderia ser chamada de Picasso, literalmente falando!
Eu apenas congelei... apenas me lembro de sentir minha boca se abrindo no mesmo diâmetro daquela rola, e eu sei que abri bastante! E ali fiquei, indecisa entre olhar para aqueles olhos ou para aquela rola....
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