Ele me abraçou e simplesmente me beijou. Ele me desmontou. Ele me aceitou. Comecei a chorar novamente, soluços baixos. Estava muito feliz. Disse para ele:
- Obrigada Amor!
- Você está sendo o responsável da minha transformação.
- Amor estou com fome! Vamos levantar?
- Sim “baixinha”, vamos (risos).
Deu vontade de chama-la por um apelido, baixinha seria próprio. Acho que ela gostou.
Desta vez observei que Aurélio vestiu uma das suas camisetas justas e outra por cima mais larga, optou também em vestir também um calça de takitel. Arrumou algumas coisas, sua carteira e celular em uma pequena mochila.
Eram oito horas da manhã. Os dois amigos arruaceiros estavam roncando no quarto dos fundos. Ana e Leandro já estavam de pé. Nos encontramos na cozinha. Todos se cumprimentaram e começamos a preparar o café.
Fiz menção em pegar um xícara mas Aurélio disse para eu relaxar que iria me servir novamente se eu não achasse ruim. Ai ele olhou para Ana que respondeu:
- Tá bom Aurélio já entendi, Leandro quer que eu te sirva de novo?
- Opa esposinha, sim quero (risos). Você vai me acostumar mal!
- Nada (participou Aurélio), faz parte do contrato, você denga e ela te serve.
Ai Leandro maliciosamente alfinetou:
- E qual foi a parte que o Rodrigo te dengou para ter os seus serviços de hoje?
Ai vi que ele olhou para Ana e os dois olharam para nós. Fiquei calado, pois percebi que o Aurélio ia responder, ele me serviu o café, cortou o pão para mim, passou maionese como gosto e então disse:
- Amigos, Leandro e Ana, vocês são muito queridos, desejo saber se posso contar um lado da minha vida que vocês não conhecem até hoje.
Eu me admirei também, fiquei receoso com o que vou ouvir, olhei para todos, também confirmei com a cabeça junto com eles.
Leandro respondeu:
- Fique a vontade Aurélio, está entre amigos.
- Então, primeiro, eu não faço natação. Não me tomem por mentiroso, vou explicar. Nunca fui atraído por meninas. Mas também não era atraído por homens. Mas inclusive eu, fui criado como o hominho da casa. É para isso que meus pais me criaram. Sabe o que é viver sem atração ou motivação sexual, desde criança?
- Meninas contam para as amigas suas sensações por apenas olharem um menino.
- Meninos contam sua excitação por ver uma bunda.
- No entanto eu passei minha adolescência e vivo com isso até hoje. Então por não encontrar psicólogos que me entendessem e medo ainda de conversar com meus pais, acho que na realidade fui covarde até ontem. Iniciei no ano passado minha hormonização. Tomo uma injeção e um comprimido ao dia. Por isso vocês já perceberam que embora pequenos, não posso esconder mais meus seios. Me depilo porque me sinto melhor e usei a desculpa das competições justificar porque me depilava.
Ai Leandro perguntou:
- Então você é uma trans?
- Leandro eu até ontem não me considerava. Mas ao passar o dia com o Rodrigo, apesar de não ter acontecido nada entre nós (mentindo para proteger ele de alguma crítica ou preconceito) ele é o primeiro homem por quem eu tenho além de sentimentos de amor, também de prazer e tesão simplesmente por estar perto dele.
Ai ele me olhou com carinho, sorriu para mim. Eu acho que não podia deixar ele sozinho nessa, eu também seria um covarde, então pedi a palavra.
- Na verdade Leandro, Ana e principalmente você Aurélio. Já que você está contando algo que é tão particular, e pelo que estou entendendo não quer mais ficar mentindo para nós, precisa contar tudo. Sei que está me protegendo, mas quero mostrar que estou do seu lado pode ser?
- Ahhh Rodrigo... tem certeza?
- Sim “Amor”.
Ai houve um movimento entre Leandro e Ana, Aurélio me olhou e lacrimejou os olhos, percebi que suas mãos agora tremiam, ele moveu para cima dos seus joelhos para esconder o nervosismo e acabei inclusive, pegando a sua mão mais próxima, trazendo para cima da mesa e segurando ela com a minha mão.
- Leandro, com todo o respeito que tenho por você e pela Ana. Nunca fui gay, homossexual, tampouco procurei relacionamento além de mulheres. Mas este feriado está sendo o melhor da minha vida. Estou conhecendo uma pessoa maravilhosa, querida, inteligente, ponderado e que me faz sentir alguém melhor nesse mundo. Durante a noite acabamos tendo um romance. Iniciamos a noite super nervosos. As horas foram passando e mudando o nervosismo para intimidade, carinho e cumplicidade.
Ana interrompeu e perguntou:
- Vocês se beijaram? Fizeram amor? Estão namorando?
Eu respondi...
- Ainda não pedi ele em namoro, mas tudo isso fizemos e eu estou nas nuvens. E você amor?
Aurélio responde, soluçando:
- Eu estou nos ares. Estou tentando me conter para não me machucar. Ana eu era virgem até de madrugada. Nunca beijei uma mulher ou homem. Estava me guardando para uma pessoa especial que abrisse a porta do meu coração e me fizesse me sentir valorizada e especial. Quando que eu iria imaginar que era o meu amigo de tanto tempo, numa viagem de feriado que pretendíamos traçar todas as meninas da praia? (risos).
Leandro responde:
- Rodrigo quem diria? Aurélio nunca desconfiei, apesar de você ser sempre esquisitão. Mais você é e sempre será meu amigo. Mas e agora, vocês vão ser um casal de namorados gay?
Aurélio respondeu:
- Assim Leandro, agora vou completar o que tinha para compartilhar com vocês. Independente do que o Rodrigo descida, o homem que você via em mim, deixou de existir ontem, antes de entrar no quarto. Agora consegui quebrar a barreira que me deixava quase louca. Agora sei que sou uma mulher. O corpo irá se transformar em questão de tempo. Mais eu sou sim uma mulher e se vocês estiverem de acordo é assim que a partir de agora quero ser tratada. Mesmo vestindo essas roupas de “Sapo”.
Então eu perguntei para o Aurélio:
- E se você agora quer ser tratada como mulher, então não iremos mais te chamar de Aurélio certo? Você já tem o nome que quer ser chamada?
Ana interviu, eu quero ajudar, que tal Anelise?
Leandro participou, que tal Daniela?
- Aurélio respondeu, pensei também muito sobre o nome. Obrigada pelas suas sugestões, mais passei minha vida inteiro com nome de homem e o que não quero é um gênero feminino de um nome masculino.
Então eu sugeri:
- Amor que tal então Giselle? Não tem gênero masculino dele!
Todos olhamos para ela, ela pensou um pouco, deu um sorriso gostoso, pegou na minha mão, fez menção em se aproximar para me beijar mas interrompeu e voltou e disse:
- Amei amor, não podia ser melhor.
Então me dirigi para Giselle e perguntei:
- Giselle, na frente dos nossos amigos, no momento do seu nascimento, quero te dizer que você agora é uma mulher muito importante, está me contagiando e fazendo muito bem para mim. Será uma tragédia eu deixar você seguir o seu destino sozinha. Gostaria de ser a minha namorada?
Leandro e Ana se abraçaram, estavam com as cadeiras coladas e seus corpos colados, ambos olhavam para Giselle, estavam em silencio mais estavam sim fazendo torcida, quando ela respondeu.
- Amor, é o que mais quero na vida. Eu irei adorar ter outros por do sol ao seu lado como ontem. Quero também poder servir o teu almoço e o teu jantar. Quero que você cuide de mim! Eu aceito como nunca quis outra coisa na vida.
Apesar das palavras ela inclinou-se para a frente, metade da distância e eu entendi que deveria fazer o resto do caminho.
- Nos beijamos, rapidamente, mas nos abraçamos demoradamente. Agora puxei ela para o meu lado e abraçei-a. Giselle começou a falar novamente.
- Meu Deus é surreal, obrigada por vocês estarem me ouvindo e me entendendo, mesmo eu estando nessa forma de homem. Eu não quero e não vou ficar para sempre assim, mas Leandro, principalmente você, eu não esperava essa sua reação de apoio.
Leandro respondeu:
- Giselle, antes de ser seu amigo, quero que saiba que eu tenho um pai e uma mãe. Em casa eles me ensinaram o que é respeito. Respeito não tem sexo nem posição econômica. Aprendi a tratar qualquer pessoa como trataria minha mãe ou meu pai. Só não estou acostumado ver dois homens se beijando tão perto. Mais pelo jeito esse homem vai ser uma linda menina em breve certo!
Então Giselle disse para Ana.
- Ana, você está vendo que é o homem que você está namorando? Será que tem outro igual também? Obrigada vocês.
Ana então falou com nós:
- Então casalzinho de pombinhos. Nós vamos passar o dia fora. Finalmente pretendo pegar uma praia, me queimar, almoçar em restaurante. Então se cuidem, no final da tarde aparecemos de volta. Até lá se cuidem. Pois nem todos tem a educação ou pensam como nós, evitem por enquanto algum tipo de ataque ou crítica em público.
Giselle respondeu.
- Com certeza amiga, não podemos ser inconsequentes. Quero ver ao menos se faço umas comprinhas, quero sim, ter umas roupinhas femininas para usar aqui em casa, e quero jogar todas as minhas cuecas fora e realmente preciso de uns sutiãs, pois ao menos tenho peitos já para usar.
Todos nos despedimos. Fomos ao comércio de Praia de Leste, para comprar umas roupinhas para Giselle. Agora entendi porque ela fez questão de sair com a mochila.
Passamos em algumas lojinhas. Ela comprou três conjuntos de calcinha e sutiã. Os sutiãs com meia taça. Um dos conjuntos fio dental e outros dois tipo biquíni. Fomos na farmácia e ela furou as orelhas, comprou um batom, lápis, pó de arroz. Ela me disse que não comprou mais coisas, porque cosmético é muito caro e ela não tinha dinheiro para comprar tudo que era necessário nesse dia. Em uma loja questão de comprar uma camisete de cor branca e uma sandália tipo Anabele, provou e comprou. Ela viu um short feminino, com bolso em V e pregas na frente de linho cor verde musgo, e barra italiana na perninha. Ao provar chegava ao meio das suas cochas. Até que ficou lindinha nela. Seus cabelos já estavam para baixo das orelhas, fomos em uma cabelereira e ela pediu para fazer um corte e penteado feminino. A cabelereira queria por também mechas cor de ouro ela não quis. Ela disse que vai continuar sendo morena, até ficar com o cabelo na cintura. No momento apenas o corte feminino. Antes de iniciar o corte de cabelo, ela pediu para fazer suas sobramcelhas, agora feminina. Depois de terminado iniciou o corte de cabelo, durante o corte ela pediu para fazer a manicure e pedicure tipo francesinha. Eu ficava sentado, assistindo tv ou olhando as revistas para ver no que ia dar. Giselle me fez um pedido.
- Rodrigo, você pode ir dando um passeio, conhecer melhor aqui a praia, pode voltar quando eu te acionar pelo celular?
Não entendi nada, mais percebi que eu não deveria ficar por perto. Como bom entendendor concordei. Fui para um restaurante beliscar camarões com chop.
Já eram uma hora da tarde quando recebo o telefonema.
Eu entrei no salão, olhei a cabelereira que estava com a Giselle, mas não vi ela, fora algumas moças bonitas sentadas aguardando alguma coisa. Uma delas de pernas cruzadas estava atrás de um jornal. Comecei a perceber o salto anabele e o short verde musgo. As mulheres do salão estavam todas em silêncio. As clientes também. Ela começa a baixar o jornal e lentamente começo ver a sua cabeça, sua testa, seus olhos. Minha nossa, que mudança, que transformação, ela também pediu uma maquiagem, aquela sobramselha, cheia, igual a minha, grossa, agora estava delineada, era separada, vi a sombra em seus olhos, um brinco em cada orelha, de pedrinha, o corte ficou lindo, valorizando o pescoço, ela já tinha os dentes muito brancos, agora vejo seus lábios, com batom mate cor de rosa brilhante. Mas o maior brilho era o dela.
Agora eu com cautela, pedi licença, retirei o jornal das suas mãos, depositei junto dos demais. Peguei na sua mão esquerda. Auxiliei ela levantar. Ela estava usando a camisete branca, por fora do short. A camisete escondia um pouco do sobrepeso que ela tinha. O salto fazia ela estar agora perto da minha altura. Sua sandália era vazada nos dedos e percebi a faixa branca do esmalte em suas unhas. Olhei as unhas das suas mãos como que se estivesse descobrindo um tesouro, ficaram lindas. A camisete era semi transparente, existiam botões costurados até a altura do inicio do decote dos seios. Fiquei muito surpreso admirar que ela estava agora de sutiã, era de cor rosa antigo, achei que ficou muito bonito, apensar de não ver, estava presente na compra das usas roupas. Posso deduzir que ela está usando a calcinha do conjunto. Não percebi, mas acho que era só nós ali. Eu só tinha atenção para ela. Ela estava sorrindo, encantadora, e o perfume foi emprestado. O cheiro era do “2-1-2”. Disse então para ela:
- Giselle você está linda!
Ai somos interrompidos por todo o salão. Aplausos e assovios. Então que percebi que o salão estava novamente cheio e com torcida. Nos deram parabéns e desejaram toda a sorte do mundo para nós. Incrível o que se conversa em três horas num salão. Como dá tempo?
Eu estava tendo uma visão maravilhosa. O que a alta estima faz com uma pessoa. Como será então o resultado do restante da transição dela? Saímos do salão de mãos dadas sob os aplausos das mulheres. Como tem gente de bem nesse mundo!
Giselle às vezes falseava no caminhar. Mas estava tirando de letra. Éramos com certeza o casal de namorados mais bobo da praia. Almoçamos demoradamente, pois estávamos nos exibindo. Ela estava se apresentando ao mundo. Giselle queria ser...
Giselle.
No caminho para casa Giselle pediu próximo ao meu ouvido.
- Amor, vai ser carinhoso comigo de novo?
Dei risada e brinquei, vamos deixar os tapas e algemas para outro dia (risos).
Mas em relação a nossa situação baixamos a guarda e nos esquecemos dos nossos dois amigos. Afinal dois ainda não sabiam da nossa situação e eles não eram iguais ao Leandro e Ana.
Ao chegarmos em casa entramos rápido no quarto e Giselle trancou a porta. Ela me fez sentar aos pés da cama. Ela fechou a cortina da janela e ascendeu a luz.
Ela ficou na minha frente, e disse que estava muito feliz por ter me encontrado e que eu era o responsável por ela iniciar o caminho mais feliz da vida dela. Ela ia falando e desabotoando sua camisete, olhando meu corpo, minhas reações, que maravilha, acho que ela vai fazer um streaper.
Ela abriu a camisete, passava a mão pela sua cintura, e outra por cima do sutiã. Ela começou a quebrar o quadril e tirar sua blusa, ela caminhou até próximo de mim e cheirou meu pescoço e passou a mão sobre o meu pau fazendo ele acordar.
Voltou a minha frente e começou a desabotoar seu short, agora vi o seu corpo de calcinha, ela estava já entradinha na bunda. Incrível como a roupa certa valoriza as curvas. Ela estava muito gostosa, vi que ela tinha feito um tuking, não estava a mostra seu saco nem seu pau.
Ela veio para cima de mim novamente e começou a esfregar seus peitos no meu rosto. Seu sutiã era de desabotoar na frente e agora eles estavam na altura da minha boca, pontudos, duros, abracei sua cintura, comprimi o seu corpo contra o meu, ela começou a gemer, fazer carícias nos meus ombros, pescoço e cabelos com suas mãos. Eu passava a mão do seu peitinho do lado esquerdo, fazendo o contorno enquanto eu chupava seus bicos, tentatava engolir seu peito na minha boca, apertava as suas nádegas. Agora não era uma cueca, era uma calcinha enfiada na bunda, ela deixava empinada para trás, eu deslizava os meus dedos para dentro buscando achar o seu cuzinho. Alternava seus peitinhos.
Agora ela me empurrou mais para trás da cama, carinhosamente, tirou meu tênis, meia, desabotoou minha calça, tirou ele sem pressa, tirou minha camiseta. Me fez deitar na cama. Deitou com sua cabeça sobre a minha virilha e começou a pegar no meu pau sobre a cueca. Ela virou ele de lado para que a cabeça ficasse virada na direção da sua boca. Ela contornava o meu saco e apertava bem a base do meu pau. Mordiscava a cabeça dele, passava o rosto sobre ele, cheirava minha virilha até que baixou finalmente a cueca.
Ela engoliu ele todo de uma vez. Estava mais íntima, com um pinto e pelo jeito vai querer ele sempre. É muito gostoso ser chupado e o tesão é maior quando envolve sentimento. Agora ela chupava bem diferente de ontem a noite, ela estava gulosa, apertava minha cabeça com sua boca, engolia ele até a base, me massageava com suas mãos.
O quarto estava muito quente, pedi licença para buscar uma garrafa de água gelada na geladeira. Ao voltar, bebemos água mas acabei esquecendo de trancar a porta.
Giselle voltou a subir e desta vez, ela afastou sua calcinha para o lado, ela não queria tirar, foi encaixando sua “portinha” na cabeça do meu pau, foi pressionando, senti que passou pelos seus anéis minha cabeça e ela gemeu profundamente. Ela estava linda, maravilhosa e eu com muito tesão e feliz até que ouvi os dois chegarem, não me preocupei, até que eles bateram com as mãos e chutaram a porta. A porta se abriu. Inicialmente, eles na porta deram risada e deram os parabéns por eu estar comendo uma mulher finalmente. Giselle se assustou, pulou para o lado, eles estranharam mais reconheceram que era Aurélio.
O maior deles disse:
- Ih cara, dois viadinhos aqui, o Aurélio gosta de ser mulhersinha. Rodrigo vai ter que repartir com a gente.
O menor já foi partindo para a frente e abaixando o calção de banho. Eles chegavam da praia, meio alto de bêbados e só estavam de chinelos e sunga.
Eu me levantei, disse para eles saírem do quarto, o maior me deu um soco no queixo, cai no chão, ele subiu sobre mim, deu uma sequencia de socos depois o menor deles me chutou nas costelas e vi Giselle dando um soco no maior e jogando ele para o lado. Foi quando o menor me chutou a cabeça e eu desmaiei.
Os dois agora estão a sós com Giselle... e com muita raiva.
Eu passei por essa experiência um dia. Deixe sua avaliação e comentário, para que eu possa ter incentivo de continuar. Grata, Danyzinha.