VIUVINHA - Parte 16

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 1517 palavras
Data: 22/01/2019 01:40:41
Última revisão: 29/05/2019 10:57:14
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

Percival alugou uma casa de praia em Pau Amarelo, município de Paulista, já mobiliada. A residência ficava à beira mar e quase isolada das outras moradas. Ela adorou. Continuava feliz. O mulato, também. Haviam passado a manhã se banhando de mar. Na hora do almoço, como não tinham levado comidas para a casa, ele a chamou para andarem pela orla até encontrar um bar ou restaurante. Acharam um barzinho de pescadores, onde serviam pescados. Sentaram-se e o dono foi muito gentil com ambos. A sósia de Maria Bauer encantou os poucos clientes que estavam no local. Conversou com todos como se já os conhecesse havia muito tempo. Então de repente, ela estancou. O mulato perguntou:

- Que foi, amor? Ficou pálida de repente...

- Tem alguém nos observando. Posso sentir. Mas não o estou vendo.

Percival olhou em volta. Viu um carro parado distante. Um homem estava em pé perto dele. Fumava um cigarro. Mesmo de longe, o detetive o reconheceu. Disse para a moça:

- Fique aqui. Já volto.

Pouco depois, ele apertava a mão de Santo. Perguntou-lhe:

- O que faz aqui?

- Estou te seguindo, óbvio.

- Como conseguiu me localizar?

- A mulata te entregou uma arma?

- Sim.

- Pois é. Ela tem um chip de localização. Mas não se apoquente com a jovem. Ela não sabia disso.

- Puta que pariu. Vocês são fodas. Não dá para confiar.

- Dá, sim. Eu mesmo lhe dei aquela pistola porque sabia que iria precisar da tua ajuda.

- Com quê?

- Hoje, pela manhã, foi a última sessão de transfusão de sangue da tua amiga Bárbara. A doutora Bauer pediu um favor a ela, por fazê-la voltar a andar: que me pedisse que eu raptasse os corpos de Lázaro e sua esposa, assim como o dela.

- Está me dizendo que a médica morreu?

- Ainda não. Fui falar com ela e ela me disse que, a partir de hoje, começa uma greve de fome. Quer morrer de morte natural. Pediu-me que eu não interferisse na sua decisão, mas quer que eu leve os cadáveres, inclusive o seu próprio, para um lugar que só eu saiba. E me disse que não enterrasse ninguém.

- O que significa esse pedido?

- Acredito que ela vai querer ressuscitar, como faz o padre.

- Caralho! Você acredita mesmo nisso?

- Sim. Já vi coisas piores, vindas dessa médica. Está comigo?

- O que pretende fazer, cara?

- Sequestrar os corpos dos três. A médica pediu que eu impedisse que fossem dissecados. Foi difícil convencer a diretoria da PF de que eles, mortos, não tinham serventia. Mas como agora tenho minha própria equipe, ganhei o direito de requisitar os corpos. O homenina está numa missão em Brasília. Não vai ser problema pra gente. Mas a irmã dele está de olho em mim. Temos que tira-la de tempo.

- Você fala como se eu já tivesse aceitado essa missão.

- Tenho certeza de que sim.

- Vejamos: o que quer que eu faça?

- A morena Cassandra vai me escoltar até o cemitério Parque das Flores, onde a médica pediu para ser enterrada. Quer ter certeza de que os corpos continuarão lá, pois já mandou instalar câmeras de vigilância defronte aos túmulos que a própria médica pagou já há anos. Temos em mãos os documentos das compras dos jazigos. O que eu preciso é roubar os corpos antes de chegarem ao cemitério. Lembre-se de que a agente Cassandra estará me seguindo de perto. Eu estarei no carro funerário, logo à sua frente.

- Quem estará conosco?

- Ninguém. Não posso dizer pro meu pai que vou lesar a PF. O Açougueiro talvez topasse, mas é um cara que não sabe guardar segredos, entende? Sobra-me a mulata, mas as duas Cassandra estão de olho nela.

- Já tem um plano?

- Não. Deixo isso com você. E nem quero saber o que vai fazer. Desse modo, se eu for interrogado, não saberei responder.

- Entendo. Vou pensar em algo. Mas não garanto. Quanto tempo eu tenho?

- Pouco. É só a médica falecer e fazemos os enterros pois o clone dela, assassinado por você, já está fedendo. Felizmente, está guardado em geladeira.

- Comece enterrando essa cópia dela. Eu vou precisar desse corpo.

- Já formou um plano? Posso autorizar o enterro hoje mesmo.

- Qual casa funerária vai cuidar do féretro?

- Isso importa?

- Muito.

- Okay. Vejo isso e te mando pela Internet. Já tem conexão na nova casa?

- Não, nem vou querer. Mas já comprei um celular novo. Tenho conexão através dele. Não se preocupe.

- Está bem. Quem é a moça que está contigo?

Pouco depois, o agente federal estava pasmo diante da sósia de Maria Bauer. O mulato apresentou-os:

- Santo, essa é tua irmã. Maria, este é Santo, filho da doutora, também.

Ela olhou bem para o rapaz. Depois, levantou-se e abraçou-se com ele. Disse:

- Minha mãe já havia me falado que tinha um filho. Não pensei que fosse tão bonito.

- Você é um clone, como as outras?

- Não como as outras. Minha mãe me disse que sou especial. Não sou defeituosa, como a maioria. E tenho uma conexão mental com ela. Com você, também. Percebi quando nos observava. Pergunte a Percival...

- Não preciso. Eu acredito - disse Santo, afagando-a ternamente. Como você está?

- Estou feliz. Primeiro, encontrei esse negrão maravilhoso. Agora, encontro um irmão. Sim. Estou maravilhosamente feliz. O que faz aqui, mano?

Percival e Santo abriram o jogo para ela. A sósia ficou preocupada, mas concordava com a ideia de resgatar os corpos. Ofereceu-se para ajudar. Santo voltou até o veículo onde estivera parado perto e veio com ele até o barzinho. Saiu do carro, o mesmo táxi que dirigia, com um notebook. Abriu-o e ligou-o, diante de alguns curiosos do local. O agente não se importou. Localizou o que queria: o nome da casa funerária que trabalhava para a Polícia Federal. Copiou o endereço num guardanapo e entregou-o a Percival. Apenas, disse:

- Pronto. O resto é com você.

O mulato dobrou e guardou o pedaço de papel. Depois, disse:

- Viemos almoçar. Está convidado.

- Claro que aceito. Aproveitamos para conversar um pouco mais. Quero conhecer melhor a mana.

No outro dia, logo pela manhã, Santo enviou um e-mail para o mulato com uma propaganda de caixões de defunto. Havia três modelos grifados. Junto ao arquivo, o agente federal também mandou uma cópia do documento de compra dos caixões. Porém, o que interessava a Percival naquele momento, era a notícia de que a médica já entrara na greve de fome e tinha passado muito mal. Era tempo dele agir. Escreveu para Santo perguntando onde iriam enterrar o clone. A PF não quis gastar com a cópia da médica. Mandou enterra-la como indigente num dos cemitérios mais populares de Recife: o de Santo Amaro. O mulato ficou sabendo o número da cova. À noite, faria uma visita ao coveiro.

Não foi difícil enganar o cara que já estava bêbado por volta das onze da noite. Percival passou farinha de trigo nos braços e no rosto, para que ficasse parecido com uma alma penada. Entrou furtivamente no cemitário e se posicionou atrás do cara que estava sentado num banquinho e tinha uma garrafa de aguardente perto de si. Quando o sujeito pressentiu alguém perto de si e voltou-se, o mulato fez:

- Buuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...

O cara deu um pulo, verdadeiramente assustado, e correu em direção à saída do cemitério. Estava tão amedrontado que fugiu deixando a bebida. Percival riu. Limpou a sujeira branca da cara e procurou a cova pertencente ao clone. Não demorou a encontrar o que queria. Ligou para a sósia de Maria Bauer. Esta se aproximou do portão do cemitério dirigindo um carro que ele tinha alugado. Esperou o mulato temerosa, pois era muito supersticiosa e temia os mortos. Mas ele não demorou. Apareceu trazendo um corpo enrolado num lençol que ele mesmo tinha levado para lá. Depositou o cadáver no porta malas do carro. Foram-se embora antes que o coveiro voltasse com alguém para ajuda-lo a espantar a assombração.

Ao chegarem à casa de praia, ele colocou o cadáver dentro do freezer que foi alugado junto com a residência. Este já estava cheio de cubos de gelo comprados em sacos em algum posto de gasolina. Mesmo já sendo quase meia-noite, foram tomar banho de praia. A água estava morna e a lua estava linda. Não havia mais ninguém por perto. Ficaram ambos nus e se banharam juntos. Em um dado momento, ela quis chupar-lhe dentro do mar. Mergulhou e abocanhou o caralho dele. Quando perdeu o fôlego e emergiu, ele a beijou na boca. Seus sexos se tocaram. Ele estava de pau duro. Encaixou a peia entre as pernas dela. Ela, no entanto, reagiu:

- Ontem você foi bem comportado. Merece comer minha bundinha hoje, amor. Mas quero aqui, dentro dágua.

Ele não falou nada. Virou-a de costas e a beijou desde a nuca até alcançar seu buraquinho redondo. Lambeu ali, mesmo estando submerso. Ela jogou a bunda para trás, adorando a carícia. Ele roçou a cabeçorra entre as nádegas dela. A pica entrou rasgando. Ela gemeu alto, como ele gostava de ouvir. O caralho entrou mais um pouco. Ela choramingou:

- Vai. Vai... Não me deixe ansiosa. Empurra logo ela toda no meu cuzinho. Eu adoro, amor...

FIM DA DÉCIMA SEXTA PARTE


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Comentários

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Muito bom mas não entendo porque colaborar no rapto dos corpos de Lázaro e sua esposa

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Mais um excelente capítulo, e eu continuo aqui, esperando o restante da história.

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