Velho eu pensei que algo sério tinha acontecido ( sempre penso o pior rsrsrsrs) saudades! Na minha opinião tu é um dos melhores escritores de romance gay!
Amolecendo o coração do bad boy. (Clichê) XII
Ele estava cheiroso pra caralho. Usava uma bermuda jeans preta, uma gola polo rosa, e um par de havaianas brancas.
- eu não podia deixar o aniversário do meu melhor professor passar despercebido. Feliz aniversário, Edu. – disse ele me entregando o presente.
Eu sorri para ele.
- obrigado. – falei com a boca seca de nervoso.
- eu posso entrar?
- não sei se você vai curtir. É uma festa simples com pessoas caretas. – zombei.
Ele sorriu pra mim.
- então eu vou gostar. Eu também sou careta.
- então você vai se dar bem aqui.- Brinquei.
Junior me fitou por alguns instantes. Eu abri espaço para que ele passasse e depois chegamos ao encontro dos outros.
Ana e Pádua se entreolhavam. Miguel não fazia ideia do que estava acontecendo ali.
- qual vai ser? Minha cara ta borrada? – Junior foi um tanto irônico.
- estranho você aqui com os meros mortais. Não me leve a mal – disse Pádua.
- estranho seria eu não aparecer no dia do aniversario do Edu.
- fique a vontade, querido. O Pádua é implicante com todo mundo mesmo. Não é Pádua? – minha mãe tentou jogar água no pequeno fogo.
- sem problemas, já estudamos juntos há muito tempo. – disse Junior sorrindo.
- e nunca trocamos mais que uma palavra. – disse Pádua.
- qual é Pádua? Vai ficar atacando o Junior agora? – intrometi-me.
- estamos apenas dialogando. – falou meu amigo.
- Não esquenta Edu. O Pádua está só brincando. – disse Junior encarando Pádua bem no centro da Íris.
- Junior, antes de tu chegar, nós íamos fazer uma oração pra poder comer. Você pode puxar pra nós? – perguntou minha mãe.
- uma oração?
- isso.
- eu não sou bom em oração, mas eu posso ficar quietinho enquanto vocês oram. – disse ele.
Por dentro eu ria.
- Miguel? – minha apontou em outra direção.
- posso tentar. – sorriu.
- Eu e a Ana estamos invisíveis aqui? – argumentou o Pádua colocando as duas mãos na cintura.
- Hoje ele ta fora da casinha. – disse Ana fingindo tapar a boca do Pádua com a mão. – Pode começar a rezar, Miguel, ele não vai mais atrapalhar.
Todos riram e finalmente a oração saiu.
Não sei vocês, mas geralmente quando estou bebendo não sou de comer muito. Então após a oração, eu voltei para o quintal junto com meus amigos. Ana encheu um prato de strogonoff, enquanto minha mãe cortou o frango em vários pedaços e nos ofereceu em uma tigela para tira gosto.
Sentamos em uma roda e Junior todo instante a meu lado.
Meu coração sangrava, saltitava... Eu o sentia tentando rasgar minha pele e pular para o colo do Junior. Aquela sensação era ruim. O Junior estava ali, mas eu sabia que era por tempo limitado.
O ruim desses momentos bons é que eles têm final, e ninguém sabe ao menos se um dia poderá repeti-los.
O Miguel puxava umas músicas na viola e nós acompanhava-o.
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É isso que eu falo pros outros Mas você sabe que o esquema é outro Só faço isso pra malandro não querer crescer o olho Tá doido que eu vou fazer propaganda de você Isso não é medo de te perder, amor É pavor, é pavor É minha, cuido mesmo, pronto e acabou...
Xxx
Todos ali conversavam, sorriam e bebiam. A tarde passava rápido demais, queria que ela desse uma pausa... Mas a vida não tem pausa, não tem replay, não tem start...
Um pouco antes do por do sol, a cerveja acabou.
- vamos fazer cotinha? – perguntei. – Tenho 20 reais.
- onde tem distribuidora aqui perto? Podemos ir lá e eu passo no cartão. – disse Junior.
- é perto, mas não é tão perto. – falei.
- ta bebo já. – disse Ana.
- to bem sóbrio. – falei. – vou fazer o 4. – disse levantando do banquinho.
- Acho melhor não. – disse Junior rindo e me segurando pelo braço. Bora lá comigo comprar mais cerveja? – perguntou.
- bora ‘’mermo’’. – respondi sem pestanejar.
Queria ficar perto do Junior. Dentro do carro seria melhor ainda.
- vamos comprar só bebida é? – perguntou Ana.
- seria bom umas coisinhas pra beliscar também né!? – disse Pádua.
- eu aprovo. – disse Ana.
- por mim, pode ser.
- e o que vocês sugerem? – perguntou Junior já em pé.
- pode ser um queijo. – Ana opinou.
- azeitonas. – completou Pádua. – ah, seria bom também aqueles franguinhos que tua mãe sempre frita.
- posso falar com ela. E tu Miguel, algo especifico?
- eu me contento com tudo. – disse ele segurando a viola.
- tras também uns amendoins. – disse Pádua.
- uiii, tu não precisa de amendoim, veado. – disse Ana.
- me deixe Amapo, me deixe. – disse Pádua batendo o cabelo longo que não tinha.
Juntamos o dinheiro de todos e saímos. Pádua piscou o olho pra mim e fez sinal de boquete. Apontei meu pênis pra ele e rimos.
Eu acho que eu estava bêbado mesmo. Quando chegamos ao local onde estava estacionado o carro do Junior, meu estômago embrulhou. Fiquei de cócoras, e comecei vomitar.
- você ta bem? Acha que consegue continuar bebendo? – Perguntou Junior dando leves tapas em minhas costas.
- to bem, Junior. – falei tentando, inutilmente, limpar a boca com a mão.
- certeza? – ele insistiu.
- ahan.
- Ta, então bora.
- beleza. – falei abrindo a porta do carro e adentrando.
- vai me dizendo onde é a distribuidora. Não conheço muita coisa por aqui.
- só seguir reto, é a três quadras daqui.
- teoricamente perto.
- pertinho. – falei.
- ta melhor?
- to.
- mistura de comida com bebida da nisso ai. – ele riu.
- pior que eu nem comi oh. Só provei um pouco do frango.
- e frango não é comida? – disse ele focado no percurso.
- é né!? – sorri. – falo de comida pesada, tipo feijão, macarrão, farofa, essas coisas.
- ahhh, ta. Então explique.
Quando o Junior sorria, seu sorriso reluzia no espelho do carro. Ou era apenas algo da minha cabeça.
Compramos o necessário pra passar a noite, e voltamos para o carro. No retorno, Junior parou o veículo em uma praça próximo de casa. Achei aquilo estranho. Ficamos em silencio por um tempo. Apenas o som do carro fazia barulho.
Lembro bem que tocava uma música da Marilia Mendonça. Algo falando sobre ciúmes, amantes... Coisas do tipo.
- Edu? – disse Junior com a voz baixa.
- Oi Junior?
- eu queria trocar uma ideia contigo. Na verdade faz tempo que quero ter essa conversa.
- eu sei do que se trata, e eu acho melhor não, Junior. – estava virado pra ele, e ele estava virado pra mim.
- Eu não quero te forçar a nada, Edu, mas por favor me ouve. É importante passar algumas coisas a limpo.
- eu já passei... Eu já esqueci. – mentira. Eu não tinha esquecido nada.
- de verdade?
- ahan.
- porque alguma coisa me diz que você não esqueceu? Porra, Eduardo, eu sei que errei. Vacilei muito com você, mas eu estou arrependido. – disse ele.
- eu não acredito em tu, Junior. Mas eu não to te cobrando nada.
- não ta mesmo. Essa cobrança é dentro de mim.
- não esquenta a cabeça com isso Não, Junior.
- mas você me perdoou?
Eu apenas baixei a cabeça e olhei para o chão do carro. Junior ligou o automóvel e não trocamos mais nenhuma palavra até chegar a minha residência.
Junior me ajudou com as sacolas, mas parou na porta do carro.
- o que foi Junior? Não vai entrar?
- eu to com uma dorzinha chata na cabeça, Edu. E quando eu to com essas dores, eu fico chato demais, e não quero atrapalhar sua festa.
- larga de besteira, Junior. Eu peço pra mãe fazer um remédio pra você.
- não precisa se preocupar Edu. Ta de boa. Eu vou tomar um banho, deitar e amanhã eu amanheço melhor.
- nem eu pedindo pra você ficar? Porra, Junior, eu ate entendo que você ta com dor na cabeça, mas é meu aniversário.
- eu posso ate ficar, mas eu tenho umas condições.
- condições?
- ué. Esqueceu que quem inventou essa parada de condição foi você? – Ele esboçou um sorriso.
- ta certo, quais tuas condições? – sorri parado na entrada de casa com um amontoado de sacola na mão.
- eu quero dormir aqui essa noite.
- que?
- é isso ai Edu, eu quero passar essa noite na tua casa, e de preferencia quero ter aquela conversa.
- por que isso é tão importante pra tu? Junior, na moral, tu ta gostando de mim?
- porra. Viajou legal agora hen Eduardo!? Eu gosto de xana, de xana. Ta ligado?
Eu ri alto.
- então pra que ter que conversar? Esquece o que passou cara. Eu nem lembro mais. A gente entra, bebe, provoca, bebe novamente, conversa e se diverti... Simples assim mano.
- quero tudo isso, mas...
- mas?
- ainda insisto na conversa.
- beleza! – ele me venceu.
Junior sorriu.
- vi que lá no teu quintal tem umas partes bem escuras, então da pra gente conversar sem ser interrompidos.
Continua....
Ola pessoal. Andei uns tempos meio sumido. Trabalho, estudos, vida pessoal e um pouco de desestimulo. Nunca desisti dos contos. Já fazia um tempo que eu falava que iria dar uma parada. Peço desculpas àqueles que sempre acompanharam meus contos. To voltando e pretendo postas a cada 3 dias. Farei o possível para honrar.
Comentários
♥️
Já voltou me fazendo lembrar do meu ódio pelo Junior. XANA, vai tomar no cu Junior, só se for a xana do cu do Edu.
MEU DEUS DO CÉU! *Gif da Gretchen chorando* VOCÊ VOLTOU! VOCÊ NÃO MORREU. DEUS SEJA LOUVADO! Espero que agora você volte com tudo e não nos abandone, porque se abandonar a gente de novo, lembre-se que seu IP é rastreável e coisas podem acontecer (Mentira, eu não sei rastrear nem meu iPhone, mentira de novo, nem iPhone eu tenho)
Que saudades do seu conto e de vc é claro, não nos abandone mais por favor
Eu curti demais a história!Tenho um favor para te pedir... Continua a historória do Primo do Interior, nunca te pedi nada, pfv!
Que bom que vc voltou a postar.
Aí sim, espero ver o que isso tudo vai dar.... Que bom que está de volta... sentimos sua falta...
Meninoooo quanto tempo!! Ainda bem que voltou! Ainda existem escritores que dá para acreditar que vão até o fim. Agora por favor, não demora mais tanto!
Que bom que vc voltou a postar.
Que bom que você está de volta! Essa história merece muito ser contada até o final. No aguardo!