Berg, você ainda pretende continuar a publicar. Gostava muito das suas histórias aqui.
Amolecendo o coração do bad boy. (Clichê) XI
- eu topo. – falei sem medir as palavras que saiam de minha boca.
Junior me olhou com cara de espanto; Olavo sorriu.
- aqui mesmo ou la na casa? – perguntou Olavo.
- Edu? Tu não precisa fazer isso, mano.
- cala a boca Junior, vai querer mandar na vida do cara agora? Bora Edu. Deixa esse cuzão aí. – disse Olavo me puxando pelo braço.
Ali, parado, Junior me olhou serio e fez um sinal negativo com a cabeça.
Olavo juntou o facão que ainda estava cravado no chão, e depois voltamos para a casa.
- hey. Eu sou de boa ta!? – dizia ele enquanto caminhávamos.
- ahan.
- O Junior me contou sobre o lance de vocês, mas eu juro por Deus que nunca comentei sobre isso com ninguém.
- ta bom.
Eu tentava parecer tranquilo, não queria aparentar afobação. Esforçava-me para parecer uma pessoa normal, e não um cuzão dramático fazendo escanda-lo por ter sido descoberto.
Antes de entrar na casa, Olavo e eu tomamos uma chuveirada ao lado da piscina. Tava tudo escuro, o único clarão era a lua.
Olavo ensaboou o corpo, e em seguida abaixou sua sunga, ficando completamente nu. O cara olhou pra mim e sorriu.
- tem problema eu ficar assim pelado? – perguntou.
- não, de boa!
O que estava acontecendo comigo? Aquele cara ali não era eu, parecia mais um pervertido usando meu corpo.
- da aqui tua mão. – pediu Olavo.
Estendi minha mão, e ele a levou de encontro ao seu membro.
- pode pegar, precisa ter vergonha não. – falou com um sorriso no rosto.
Comecei a punhetar Olavo de leve.
- Tu ta tremendo? – perguntou.
- to com frio. – respondi.
- melhor a gente entrar né!?
- ahan. – falei.
- vem. – disse ele desligando o registro do chuveiro e apanhando sua sunga do chão.
Entramos na casa, nos enxugamos, trocamos de roupa e nada do Junior aparecer. Eu começava a me preocupar.
Olavo me levou para o quarto, e pediu que eu o chupasse.
O cara deitou na cama e colocou sua rola para fora pela parte de baixo do short.
- faz ele crescer na tua boca. – pediu.
Eu fiquei ali procurando ar, e tentando entender o que eu estava fazendo da minha vida.
Olavo passou a mão em minha nuca, e delicadamente foi puxando meu rosto para próximo do seu pau. A pica dele pulsava.
Antes que eu pudesse encostar, se quer, no Olavo, Junior entrou no quarto, e me tirou para fora.
- pega tuas coisas e vamos embora. – disse com muita autoridade.
- o que tu pensa que ta fazendo? E nosso acordo? - disse Olavo.
- que acordo? – perguntei.
- Tu não acha que já fez estragos demais não? Olavo, pra gente preservar nossa amizade, vamos fazer um novo acordo: Fica quietinho na tua.
- te considero pra caralho, Junior, mas tu não manda em mim não irmão. – disse Olavo.
- já pegou tuas coisas? – perguntou Junior.
- já. – respondi.
- então vamos.
- tu vai mesmo com esse mané, Edu?
Junior soltou a mochila, e mais uma vez, partiu pra cima do amigo.
- tu ta doido meu irmão? Ta maluco ta? Só não te meto a mão, porque tenho muita consideração por você ainda.
Junior parecia um cachorro faminto saindo de cima do amigo. Peguei minha mochila, coloquei nas costas, e saí daquela casa.
- espera Edu. – disse Junior vindo em meu encalço.
Continuei andando ate ele me alcançar.
Entramos no carro, e ele saiu pela estrada em alta velocidade. Às vezes, Junior tentava puxar assunto, mas eu estava chateado demais pra trocar qualquer palavra com ele.
Devido à chuva ter engrossado, Junior resolveu encostar o veículo em um posto de combustível.
Ficamos, acho, que uns dez minutos em silêncio. Junior estava impaciente.
- Edu? – ele falou tocando em meu ombro.
- fala nada não Junior. – disse com a garganta travada. Meu estomago doía muito, as lágrimas insistiam em querer cair.
- eu te devo desculpas né!?
Tentei achar graça, mas não consegui. Acho que eu era muito fraco pra lidar com aquela situação.
- eu achei que você fosse diferente. – falei calmamente.
Junior suspirou fundo.
- eu não fiz por mal, juro que não fiz. Desculpa Edu.
- pra ti é muito fácil né, Junior!? Você me sacaneia direto, diz que vai mudar e depois vem com pedidos de desculpas? Morre de vergonha de alguém saber da gente, mas é o primeiro a contar. Eu não te entendo velho.
- as coisas não são como você ta pensando. O Olavo me pressionou e eu só assumi pra ele desencanar.
- e pra que você me levou la hoje?
- que?
- pra que você me levou naquele sítio? Qual era o acordo que você e o Olavo tinham?
- esquece isso.
- responde Junior.
Mais uma vez Junior deu uma respirada profunda, como se aquele assunto o incomodasse.
- você já deve imaginar o motivo né!?
Neste momento eu não consegui segurar o choro, e as águas começaram a rolar do meu rosto. Tentei sair do veículo, mas as portas estavam travadas.
- hey, aonde você vai?
- tem mais condição de a gente continuar no mesmo lugar não. – falei com as lágrimas escorrendo pela lateral dos lábios.
- ‘’qualé’’ Edu? Foi só uma brincadeira. – ele tentou me afagar em seus braços, mas eu o empurrei.
- sério mesmo que tu ainda vai tentar minimizar as coisas? Velho, eu tava curtindo passar o dia com vocês. Eu me diverti pra caralho, tentei não ser chato, e o mais importante eu confiei que vocês estavam ali comigo por amizade. Ai eu descubro que foi só um joguinho de interesses, e você vem me dizer que foi só uma brincadeira?
- Edu... – mais uma vez ele tentou me acariciar.
- precisa falar nada não Junior. Nós não somos amigos né mesmo!? Mas eu vou te pedir pela ultima vez: Segue com a porra do plano e para de fingir que somos chegados. – o choro era tanto, que eu soluçava.
- desculpa, Edu. Você viu que eu tentei evitar, pedi pra você ficar sempre perto de mim, mas você é muito cabeça dura.
- isso não justifica Junior. A merda já tava feita mesmo.
- mas eu tentei consertar. Lembra que eu te chamei pra ir fazer as compras comigo? Eu não queria te deixar só com ele.
- e porque não me falou a verdade Junior? Era tão mais fácil cara.
- não.. Não era não! Como eu ia falar pra você, que eu e meu melhor amigo estávamos planejando te comer?
- Na moral Junior, o que vocês pensam de mim? Isso não se faz não po, nem comigo nem com ninguém. Eu sou um ser humano pô, e esse plano de vocês é humilhante. Eu não quero mais papo com você não cara, só destrava a porta e me deixar sair e a gente esquece tudo isso.
- ta... Eu prometo não te incomodar mais. Vou te deixar em casa, e tu ta livre de mim.
- não precisa me deixar em casa. Eu vou pegar uma lotação que me leve ate a cidade.
- há essa hora e com esse ''toró'' que ta caindo, o máximo que tu vai conseguir vai ser um assalto. – ele sorriu.
Olhei sério para Junior e mais uma vez pedi que ele destravasse o automóvel.
- não insiste, Edu. Não vou te deixar aqui. Eu te levo em casa, e... e a gente encerra nosso trato.
- ok! – falei secando as lágrimas.
- tu quer tomar alguma coisa? – ele perguntou.
Eu apenas fiz uma negativa com a cabeça.
A chuva sessou e voltamos pra cidade em silencio.
Junior me deixou na porta de casa, e ficou esperando eu falar algo. Apenas pedi que ele pegasse nossa maquete com o Olavo, e trouxesse pra eu concluir a parte do motor. Ele concordou e depois pegou seu rumo.
Encontrei meus irmãos na sala assistindo a um filme, e minha mãe já estava dormindo. Fui ao quarto, tomei um banho, troquei de roupa, bebi um café quente e depois deitei para descansar.
Na manha seguinte, acordei com uma ressaca da porra. Tomei apenas do café preto, enquanto levava uns esporros da minha mãe, depois calcei um tênis e fui correr no calçadão próximo à universidade federal da cidade.
Comecei uma caminhada leve, e depois dei uns tiros até, literalmente, começar a suar. Cansado, sentei em um banco de frente para o mar, enquanto me refrescava com uma água de coco. Olhei as mensagens no celular, respondi algumas, ignorei outras, e depois retornei para casa.
O tempo foi passando, e Junior cumpriu a promessa de me deixar em paz. A ultima vez que tive contato com ela foi no ultimo domingo do enem quando ele apareceu pra me entregar uma grana.
- ta preparado pra prova? – ele perguntou sem sair do carro.
- to. – respondi colocando o envelope com o dinheiro no bolso da calça.
- vai fazer aonde?
- la no Oswaldo cruz.
- muito longe. Quer carona?
- não, não, o Rafael vai passar aqui pra mim pegar.
- os dois nerds juntos.
- nerds esquisitos. – completei.
- eu não falei isso.
- nem pensou?
- pensei dele. – disse sorrindo.
Eu ri.
- deixa eu ir pro local que combinei com ele, se não vamos chegar tarde. Boa sorte.
- valeu. Pra você também. – disse ele abaixando o vidro e voltando ao trânsito.
Ver Junior partir foi muito doloroso. Parece exagero, mas quando a gente ta no ensino médio tem mania de se apaixonar e achar que é o fim da vida. Todo mundo diz pra gente que é só uma fase, e hoje eu sei que é, mas antes não tinha esse pensamento tão independente.
Ao terminar a prova, combinei com o Rafael, Pádua e Ana de tomarmos açaí e aproveitar para debatermos as questões no enem. Acho que não fomos os únicos, pois o estabelecimento estava lotado de outros estudantes.
- ain, eu acho que vou tomar bomba. Meus pais vão me desertar! – lamentou-se Ana apoiando-se no meu ombro.
- dramática. – satirizou Pádua.
- eu acho que fui ate bonzinho oh! – disse Rafael. – mas pra medicina, acho que esse ano não da não.
- medicina? Pensei que tu fosse tentar engenharia civil. – comentei.
- não, não. Quero mesmo é medicina, mas acho que não vai rolar.
- uai. Tenta ué. – falei.
- vou tentar mano, mas acho que vou ficar longe, e tu?
- vou tentar agronomia. Acho que minha nota vai ser suficiente, por não ser um curso tão concorrido.
- amigo, mesmo que fosse uma vaga já seria tua. Você merece por tudo o que fez durante o ano.
- modéstia a parte, eu mereço sim amiga. Esse ano me dediquei cem por cento a essa prova.
- Vai conseguir amigo, e vamos comemorar lá em casa – disse Pádua.
- opa. To dentro hen!? – disse Rafael.
- falando nisso, vamos mesmo fazer um bota fora de final de ano!? Ano que vem vai ser cada um pro seu rumo.
- quem disse que iremos nos distanciar amapô? Eu não irei dar esse desgosto a vocês. – gabou-se Pádua.
Nós rimos.
- também acho que não iremos nos distanciar, mas seria bacana se fizéssemos uma festinha de despedida.
- que dia ficaria bom? – perguntou Ana.
- poderia ser na ultima semana de aula né!? – respondeu Pádua.
- Aula vai ate quando? – perguntou Rafael.
- parece que ate dia quinze de dezembro.
- deixa eu ver aqui que dia da semana vai ser. – falei olhando o calendário do celular.
- vai cair numa sexta, amigo. – disse Ana. – podemos marcar para o sábado seguinte. O que ‘’cês’’ acham?
- por mim pode ser. – falei.
- não sei se vou está por aqui ainda. – disse Rafael.
- ta pensando em ir embora? – perguntou Pádua.
- vou sair de férias com a família.
- poxa mano, mas será que vai ser antes dessa data? – interroguei.
- não sei ainda brow, mas eu vou ver com meus pais e aviso a vocês. – respondeu o rapaz.
- certo, e quanto aos meus dois boys magia? – perguntou Ana.
- eu topo né!? Não tenho pra onde ir mesmo nessas férias. – falei.
Pádua riu.
- que dó amigo. Leva ele na tua mala, Rafa. – sugeriu Pádua.
- bem que eu gostaria. – brincou Rafael fazendo com que eu corasse.
Meu celular tocou, e eu agradeci aos céus. Pedi licença e sai da mesa para atender.
****
- alo. – falei quando já estava afastado.
- opa, é o Eduardo?
- isso.
- tudo bem?
- tudo sim. Quem ta falando?
Ouvi um riso do outro lado da linha.
- não está lembrando de mim?
- desculpa, mas eu não to reconhecendo a voz.
- poxa. – sorriu mais uma vez. – sou o Miguel, amigo do Pádua. Lembrou agora?
- da festa né!?
- exatamente.
- agora lembrei, velho. Como é que você ta?
- tranquilo. Está fazendo o que?
- eu to tomando um açaí com os amigos, e tu?
- estou aqui na praia. Não quer dar um pulo aqui?
- hoje não da oh. Acabei de fazer a prova do enem e to morto.
- entendo. Pode ser no próximo sábado então. O que me diz?
- pode ser, pode ser.
- ainda tem interesse em aprender a surfar?
- ourra, tenho mesmo.
Ele riu.
- então sábado você vai aprender.
- fechado... Hen Miguel, sábado você não quer almoçar lá em casa não?
- almoçar contigo? – ele perguntou com ar de segundas intenções.
- sem maldade. – falei. – é que sábado minha mãe vai fazer um almoço pra comemorar meus dezoito anos.
- então quer dizer que sábado voce já vai ter 18?
- depois de meia noite de sexta. – sorri.
- interessante. – disse ele. – e como fica nossa aula de surf?
- depois do almoço a gente desce pra praia.
- beleza! ‘’Me manda’’ o endereço por mensagem?
- mando, mando sim.
- ta certo, vamos nos comunicando então.
- beleza.
- falou Eduarrdo.
- flw Miguel.
****
Desliguei o telefone e voltei à mesa.
Após pagarmos a conta, cada um foi pra sua casa.
Na manha seguinte, acordei cedo, coloquei meus fones no ouvido, e fui pra aula escutando música. Estava feliz e ia investir no Miguel pra tentar esquecer o Junior.
Fui um dos primeiros a entrar na sala de aula, e pouco tempo depois entrou o Junior. O rapaz me cumprimentou com o olhar e caminhou ate sua cadeira, que ficava no outro lado da sala.
A semana foi toda assim. Nos víamos pelos corredores, no entanto mal nos falávamos.
Na sexta, véspera do meu aniversário, fui à biblioteca entregar alguns livros e encontrei Olavo.
- e aí ‘’Duduzinho’’. – brincou o rapaz.
- e aí Olavo. – falei devolvendo os livros à funcionária.
- nunca mais quis aparecer la pelo sitio?
- é... to na correria.
- eu to ligado.
- não quer ir domingo la não?
- não vai dar, eu vou correr la no calçadão.
- sei... e não vai ver teu amor sendo surrado?
- não entendi o que tu quis dizer com isso.
- o Junior não te falou nada?
- não estamos nos falando.
- serio? O Junior é muito otario né!?
- não sei Olavo. Explica melhor sobre essa tal surra.
- ah sim, certo! Domingo agora nós vamos fazer um treino la no sitio. Pessoal da academia vai ta todo la, e tu é meu convidado.
- e por que vocês não treinam na própria academia? No sitio não tem estrutura nenhuma.
- sabe o que é? – ele falou quase cochichando. – ninguém pode saber. Os caras mais antigos vão nos testar pra saber se temos condições ou não de participar da equipe.
- e por que tu falou que o Junior vai ser surrado?
- porque os caras vão massacrar ele. O Junior é muito gaiato, e vai apanhar no ringue.
- mas isso deve ser ilegal. – falei.
- só seguimos as regras da academia.
- ele já sabe disso?
- claro que sabe.
- e mesmo assim ainda vai?
- O Junior não é covarde.
- ta certo. Vocês são grandes pra tomar suas próprias decisões. Quem sou eu pra opinar em alguma coisa.
- hey, mas você vai né!?
Neguei com a cabeça.
- eu realmente tenho compromisso, mas boa sorte.
- valeu. – disse ele sorrindo.
Saí da biblioteca aterrorizado com aquilo. Será que realmente estavam aprontando surrar o Junior? Como ele aceitava isso assim numa boa? O cara só podia ter o ego muito inflado.
Peguei o telefone, e por varias vezes tentei digitar o numero dele, mas meu orgulho foi maior.
- que se phoda. – pensei alto.
No sábado, acordei cedo, minha mãe já estava pegada na cozinha.
- bom dia mãe. – falei lhe dando um beijo no rosto.
- bom dia meu amor. – ela virou-se e me deu um abraço forte. – meus parabéns, agradeço todos os dias a Deus pela sua vida.
- obrigado mãe.
- te amo muito viu!? – ela disse ainda abraçada a mim.
- eu também. Você sempre foi mãe e pai aqui dentro de casa.
- faço tudo por vocês. – disse ela com a voz fanhosa.
- cadê os meninos? – perguntei mudando de assunto pra não fazer minha mãe chorar.
- foram lá no boteco do seu Joaquim, pra ver se ele arruma uns dois jogos de mesas pra gente colocar no quintal.
- ah sim, e a senhora vai fazer o que pro almoço? – perguntei sentando à mesa.
- vou assar um frango, e fazer um estrogonofe.
- quer ajuda?
- quero sim, mas tome seu café, quando terminar você me ajuda.
- ta bom mãe. – respondi.
La pelas onze horas meus poucos convidados começaram a chegar. Eu ia os recepcionando e os conduzindo ate a parte traseira do quintal.
Minha mãe fazia questão de cumprimenta-los e deixa-los bem à vontade.
- Sintam-se em casa. O almoço vai já ser servido. – ela dizia a todos.
Liguei o som e coloquei pra tocar algumas modas sertanejas. Sentei na roda junto dos meus amigos, e ficamos conversando coisas sobre a vida escolar e sobre o nosso futuro.
Meu celular tocou, e era o Miguel dizendo que estava com o carro parado em frente da minha casa.
- tem problema se deixar o carro aqui? – disse ele estacionando-o na calçada.
- não, aqui é bem tranquilo. – falei.
- vim preparado. – ele apontou para o teto do carro.
- já trouxe as pranchas. – sorri.
- já sim. – disse ele. – tu acha que tem perigo de alguém roubar?
- rapaz, Miguel. Melhor não confiar muito não.
- me ajuda a tirar?
- na hora. – falei.
Apresentei o Miguel pra minha mãe, que foi muito simpática com o rapaz.
Pádua ficou surpreso ao ver Miguel ali.
- como assim Brasil? O que foi que eu perdi? – disse ele cumprimentando o amigo. - voês já são contatinhos?
Miguel e eu sorrimos envergonhados.
Meus amigos tomavam algumas latinhas de cerveja, até que minha mãe chamou todos à mesa para comunicar que o almoço estava pronto.
- alguém pode puxar uma oração? – perguntou ela.
- O Pádua. – disse Ana. – O Pádua ora lindamente.
- tu ta sendo irônica né ampô!? Pois vou mostrar a você que sou uma boa ovelha do senhor.
Todos nós rimos.
Antes que pudéssemos orar apresentando o alimento, alguém tocou a campainha.
- vai la Edu, deve ser algum amiguinho seu. – disse minha mãe.
- ta bom. Esperem por mim. – falei.
Quando abri a porta tive uma surpresa inesperada. Junior estava parado ali com uma pequena caixinha em mãos.
- Junior? - realmente fiquei espantado.
Ele estava cheiroso pra caralho. Usava uma bermuda jeans preta, uma gola polo rosa, e um par de havaianas brancas.
- eu não podia deixar o aniversário do meu melhor professor passar despercebido. Feliz aniversário, Edu. – disse ele me entregando o presente.
Continua...
♫♫♫
Os nossos corpos se completam mesmo estando longe
Em pensamento eu vou te buscar
Dá calafrio, um arrepio ao lembrar seu cheiro
Pela porta do quarto entrar.
♫♫♫
Comentários
Conto maravilhoso. Espero que o Berg esteja bem.
Fico triste em não saber notícias suas Berg espero que esteja bem.Se vc por acaso ainda tiver acesso a essa conta apareça pelo menos pra dizer se está bem.
Será que Berg morreu? Estou preocupado com o desaparecimento dele. Volta meu chará, por favor!
Berg, cadê você rapaz???? Esperando por notícias.
Cadê vc Berg? Lhe acompanho a bastante tempo e estou com saudades de suas belas histórias vê se volta ou pelo menos nos dê notícias. E vc tem conta no wattpad ? Já procurei vc lá e não encontro.
Mais um conto abandonado
Mano cadê a continuação desse conto? Tô desesperado já kkkk
Cadê tu Berg? Tô aqui ansioso pelos novos capítulos...
Krak, ja passou as festas, cafe vc?rsrd
QUANDO SAI O PRÓXIMO? kkkk
Conto é demais continua por favor
Conto nota 1000 super bom. Estou ansioso pelo próximo capítulo não demora
Nossaaa eu to amando mtmtmtm seu conto. Por favooor não faça igual os outros escritores que abandonam a série
Edu deve namorar como Miguel.
Júnior gosta do Edu mas não tem coragem de assumir. Merda na vida todos fazem mas estas merdas devem servir de estímulos para crescermos e nos tornarmos melhor e Jr não tem aprendido com seus erros. Está na hora de Edu deixar Jr e Olavo de lado e viver sua vida. O que Jr fez de combinar com Olavo pra foder Edu é imperdoável se Edu perdoar é pq ele é tão babaca qto Jr.
Maravilhoso! O Eduardo é apaixonado pelo Júnior e a gente faz muita merda quando está apaixonado. Torço para que fiquem juntos, mas vou continuar lendo o conto qualquer que seja a continuação, porque a história não é minha e eu não tenho dúvidas de que o autor sabe o que está fazendo. Seus contos anteriores mostram muito bem isso. Parabéns, Berg, você é um excelente contador de histórias e sabe fazer a gente ficar ansioso pela próxima.
O muleque ta na fase de fazer merda que nunca teve uma paixonite de adolescencia escrota. Mas eu gosto de ve los juntos mesmo o junior sendo um escroto. Nao demora a postar.
Eu queria que ele ficasse com Junior, mas que ficasse com Miguel e com Rafael! Tô confuso
PERCEBO QUE JUNIOR NÃO PRESTA, OLAVO NÃO PRESTA MAS EDU TB NÃO COOPERA.