A PIZZARIA 20
ATENÇÃO: ESSA É A PARTE 20. ANTES DE CONTINUAR, LEIA O PRIMEIRO CAPÍTULO. OBRIGADO.
Votos e comentários generosos de alguns leitores fazem-me continuar, e talvez levar a série até o final. Mas, enquanto estiver agradando, com certeza, sempre terá o seu prosseguimento.
Novamente agradeço os votos e comentários recebidos, sejam eles positivos ou não, até porque, servirão sempre de estímulo à publicação de um novo e inédito capítulo.
Continuando...
A PIZZARIA
PARTE 20
Uma das habilidades do Leleco era a musica. Ficamos sabendo que Giovana o conhecera quando cantava na noite paulistana, e se apresentava em vários barzinhos da capital.
Talvez, relembrando-se dos tempos da boêmia, agora executava o que sempre o fizera com desenvoltura. Poder-se-ia dizer que era bom músico e afinado cantor, com voz de timbre forte e grave, cuja potência parecia ressoar nos entornos de toda a casa, mesmo sem fazer uso de um microfone. Seus únicos companheiros eram a voz e o violão.
Animados, todos bebiam e entoavam consigo, as diversas canções populares do seu vasto repertório.
Com os cabelos loiros esvoaçantes, e vestindo shortinho branco que deixava parte das suas roliças coxas à mostra, ao seu lado, Rose cantava e dançava. Enquanto se divertia com os acordes, ali mesmo na varanda, numa mesa próxima, seu marido, José Antônio, jogava truco com os meus filhos e a sua filha Jéssica, namorada do Lucas.
A cada nova canção que interpretava, Rose se abria em encantos, sempre lhe pedindo bis. Leleco estava sentado próximo à mesa da cerveja e dos tira gostos, e vez ou outra Rose se aproximava para encher lhe o copo e servi-lo. E em algumas dessas aproximações, ela acabava por encostar suas pernas no violeiro.
Dava para se perceber que ambos estavam animados, e gostavam dessa aproximação, ainda que involuntária. Porém, esse flerte não durou muito. É que José Antônio e o meu filho Mateus, perderam a partida do truco que jogavam, e tiveram que deixar a mesa.
Então, eu e Denise ocupamos seus antigos lugares, para nova rodada de enfrentamento contra os recentes vencedores, Lucas e Jéssica.
Daí, Rose se afastou da mesa onde o Lelis estava, e fora fazer companhia ao marido, também lhe servindo cerveja e tira gosto.
As boas melodias continuaram, até que o almoço fora posto na mesa, e fomos todos comer.
Infelizmente, uma prolongada chuva de verão impediu Giovana e Leleco de conhecer a cachoeira, e assim que o tempo firmou, viemos todos embora.
Por recomendação do Caio, ao se despedir, Leleco disse a Rose que em outra ocasião voltaríamos ao sítio, para que ele e Giovana pudessem conhecer a cachoeira, muito elogiada pelo amigo.
Felizes com o passeio, agradecemos os anfitriões e voltamos para casa.
Como de costume, à noite nossos filhos viajaram, e nova segunda feira nos esperava.
Na terça feira, após o serviço, Denise deu uma passada na casa da Dona Cida, e conversou com a Giovana.
À noite, falando comigo, minha esposa me contou:
—Nossa Edu. Não sei o que fazer.
—Diga. Falei.
—Sabia que a Giovana está com ciúme do Lelis?
—Mas porque você foi mexer com ele Denise?
—Você parece que não sossega!
—E sequer o conhece direito. Falei.
Surpresa, ela me rebateu:
—Eu não fiz e nem falei nada demais com ele Edu. Você está doido?
—Uai. Então porque ela está com ciúme de você? Perguntei-lhe.
—De mim não. Sai fora! Ela respondeu.
—De quem então?
—Da Rose.
—Nossa! Sério? Mas porque ciúme da Rose?
—Parece que ela deu umas olhadas para o Lelis. E a Giovana não gostou.
—Mas você mesma me disse que a Rose nunca teve outro homem além do José Antônio.
—Claro que não teve. A Rose é honesta. Falou.
Depois completou:
—E o que tem demais só olhar para outro homem? Nada a ver!
—Mas você e a Rose não conversam assuntos íntimos sobre homens, igual nós homens conversamos sobre vocês, mulheres? Perguntei.
—Claro que sim. Acho que todas as mulheres conversam sobre isso Edu.
—E ela já sabe que você já teve outro homem além de mim? Perguntei.
Daí Denise respondeu:
—Tudo ela não sabe não.
—Mas algumas coisinhas ela sabe, porque ficou curiosa me especulando.
—E como eu confio muito nela, só falei um pouco.
—Humm... E o que você contou para ela amor?
—Contei que eu já vi outro pinto duro além do seu.
—E o que mais você contou?
—Não contei nada demais.
—Não enrole. Responda logo. Falei.
—Só contei aquele lance com o Ma na piscina amor.
—Você diz aquele dia que você usou o fio dental amarelo?
—Isso mesmo. Ela já sabe tudo desse dia.
—Ela sabe que você chupou o pau dele?
—Claro que não. Naquele dia ele só encostou o pinto nas minhas coxas amor. Você deve lembrar. Eu não chupei o pinto dele.
—E ela se interessou pela conversa? Perguntei.
—Se interessou muito amor. Respondeu.
—E você contou a ela como conheceu o Magno?
—Só contei que fomos na pizzaria amor.
—Mas você falou o que fizeram no carro?
—Claro que não amor. Ela não sabe que o Ma me comeu.
—Mas então o que você revelou sobre a pizzaria? Perguntei.
—Quase nada. Só falei que eu e o Ma dançamos lá dentro.
—Humm... E você contou os detalhes dessa dança?
—Sim. Sobre a dança eu contei tudo. Falou.
Daí fui perguntar mais:
—Até que o pau dele duro encostou...
Sem deixar-me completar a pergunta ela respondeu:
—Até que ele esfregou muito o pinto duro nas minhas coxas e ficou passando a mão na minha bunda, enquanto eu e ele dançávamos amor.
— Nossa! E você contou a ela que eu sei disso tudo?
—Contei. Eu falei que você fica com tesão quando eu faço essas coisas amor.
—Nossa. Você é doida Denise. E o que ela falou?
—Que queria que o Toninho fosse igual a você amor.
—Humm... Pelo jeito ela tá querendo também né querida?
Daí minha mulher finalizou:
—Eu também acho.
À noite na cama eu tentava dormir, mas não conseguia só de relembrar o diálogo que tivera com a minha esposa, a respeito da futura sogra do nosso filho. Jamais eu poderia imaginar que aquela loirinha frágil, de cabelos ondulados, feições delicadas e peitinhos de menina confidenciaria seus mais íntimos segredos à minha mulher. Sem contar que Denise também esteve prestes a lhe revelar nossas ocultas e proibidas aventuras.
Dava para se perceber que as duas, mesmo sem querer, armaram um joguete de sedução e revelação da alcova, a ponto de uma retribuir à outra a confissão de um marcante episódio que viveram, ou desejo oculto que teriam interesse em materializar.
E nesse enigma que traçaram, Rose ficara sabendo que a minha esposa, e talvez futura sogra da sua rebenta, não seria tão santa como imaginara. E por sua vez, Denise com o instinto de fêmea aguçada, e agora experiente mulher de dois machos, percebia claramente, tal qual o acontecido à nossa recatada amiga Alessandra, que os desejos ocultos de Rose em pouco tempo também iriam se aflorar, e que ela acabaria por descobrir seu encantado e novo mundo da lascívia.
Acariciando suavemente o pau, eu pensava nas claras e roliças coxas da Rose, com penugens loiras; no seu rostinho angelical; e nos seios de mocinha. Também fantasiava como a sua tênue bucetinha, talvez com pelinhos loiros e delicados, se abriria quando fosse experimentar um duro e novo cacete a lhe foder. Assim, envolto nesses pensamentos, alcancei um involuntário orgasmo no pijama.
Após, deixei Denise dormindo e fui ao banheiro me limpar.
Na quarta feira à tarde, Denise chegou com outra novidade sobre a Rose. Disse-me que o seu marido, José Carlos, iria a Belo Horizonte acompanhado da sua filha Jéssica, na sexta feira pela manhã. Ambos visitariam sua sogra que não estava bem de saúde. E aproveitando o passeio, Jéssica compraria algumas roupas num dos shopping centers da capital.
Sabendo que os nossos filhos chegariam no sábado pela manhã, e que o Lucas não se encontraria com a Jéssica, Rose nos convidou para passarmos esse dia no sítio.
Assim que Denise me revelou os planos da Rose, eu lhe disse que não seria possível, porquanto já havíamos combinado nossa ida à pizzaria com a Giovana, o Lélis e o Caio. Além do mais, Giovana também já havia acertado com a Silvana para dormir nesta sexta feira com a Dona Cida,
E o disfarçado motivo da minha recusa, é que quando estivéramos pela última vez no sítio, mesmo sem ela ter dito nada a respeito, percebi que Giovana queria algo comigo novamente.
E a reciproca era verdadeira.
Porém, eu entendi que ali no meio a tanta gente, tornara-se difícil nossa aproximação, ainda mais agora com o seu marido a tira colo. Então, tivemos que nos contentar apenas com os nossos olhares de desejo, mas que nos apontavam boas possibilidades.
Como eu estava afoito por ela, e não querendo perder essa nova chance de possuí-la, teria que maquinar uma forma de fazer a Denise ou a Rose se envolver com o Lelis.
Daí, como quem não quer nada, e principalmente para não estragar o nosso programa já acertado para a sexta feira, apenas disse à minha mulher:
—Porque você não convida a Rose para ir conosco na sexta feira amor?
— A Rose ir conosco aonde Edu?
—Ora, você se esqueceu?
E completei:
—Na pizzaria!
Denise só murmurou:
— Hum...sei...
Continua no próximo conto...