Os meses foram se passando rapido, eu estava melhor com meus amigos e família. Para dizer a verdade, eu e eles estávamos bem.
Papai achou uma menina no Facebook que estão conversando, se conhecendo, o por incrível que pareça ela mora na rua de casa.
Arthur e Leonardo agora estavam vivendo o tempo que perderam. Como pai e filho. Até jogo viam juntos.
Eu e minha mãe estávamos progredindo com tudo. Até fazemos terapia juntos.
A escola se movimentava, estávamos perto de se forma, e prescisava de verba para ajudar no baile.
O baile era festa a fantasia. Todos os terceiros anos estavam se juntando para fazer uma festa boa. Então vendiamos tudo que vimos pela frente e até fazer ação fizemos. Falta apenas um mês para o final do último semestre.
Beto e Michael eram um dos casais mais populares do colégio. Depois de mim e do Arthur.
Sempre que aqueles dois passavam por nós, seus olhares eram os mais debochado de todos.
- Não confio naquele dois. Eles devem está Tramando algo. - Arthur encarava eles.
- Vamos
Victor agora estava solteiro e era um dos meninos mais cobiçados do colégio Djalma batista.
- Vamos o pessoal quer tira uma foto completa de todos nós.
Carlos um garoto da sala estava preparando a câmera para foto. Ele era baixinho que não ficava nem na pontas dos pés, para tira a foto.
- Vamos Carlos. - gritou uma menina que suspeitava ser afim dele.
Ele riu desconcertado.
A foto foi tirada e depois que os meninos levaram, percebi que Arthur e Victor estava fazendo chifres na minha cabeça.
- O que está fazendo aqui?
Perguntei dando de cara com ela quando saia de mãos dadas com o Arthur.
- Não lembra Bobinho, hoje é dia da nossa terapia.
Ela tocou minha cabeça como se tocasse num cachorrinho fofo.
- Eu posso ir também sogrona?
Ela lançou um olhar tão furioso com aquela palavra sogra, que fez Arthur não querer ter falado.
- Não me chame assim. - disse ela se controlando. - Me chame de Mariana.
Ela odiava ser chamada de sogra ou tia, eram apelidos que faziam a se sentir velha e ela odiava aquilo.
Hoje era o dia da terapia junto com a mamãe. Nossa terapia era de ir ao shopping, ela fazer compras, irmos a algo que eu gostava.
Se bem que até agora estávamos dando certo sobre isso.
- Vamos para onde?
Ela me olhou e ao redor. Por alguns segundos seus olhos mostraram preocupação, medo.
- No caminho lhe conto.
- Pode pelo menos me levar em casa? - Perguntou Arthur se recompondo.
- Não posso Arthur. - dando de ombros. - Seu pai vai vim lhe buscar. Vocês vão para um almoço. Sei lá.
Ele bufou decepcionado.
Dei um beijo nele e me despedir. Quando olhei para trás ele é Victor comentavam algo enquanto me olhavam entra dentro do Ranger de minha mãe.
A cidade estava tão quieta, que nem parecia ser uma sexta feira, as ruas Rodrigo Otávio, o Aleixo e até mesmo o Boulevard, quase não passavam carros.
Era esquisito demais.
- Mãe onde está me levando?
Ela me olha apreencisva, pisca os olhos e fica em mim, depois me dando um sorriso de canto de boca.
- Vamos visitar uns parentes mortos meu filho. Você vai conhecer pessoas que deveria ter conhecido.
O cemitério São João batista, era grande, quase tomando um quarteirão interior. Mesmo de dia aquelas lapides me davam calafrios, como se os mortos estivesse ali ainda.
Entramos pela entrada do Boulevard, assim que entramos minha mãe se benze e reza um pai nosso. As paredes do cemitério do lado de fora, estavam desgastadas, o branco estava encardido e ceras de velas cobriam as entradas do cemitério, o fogo que as pessoas acendiam, queimava as paredes.
Entramos e fomos direto para o lado mais longe do cemitério. Algumas pessoas estavam lá, vendo as lapides, outros estavam cuidado delas.
Saímos do carro e contei, foram vinte passos até chegamos um mausoléu preto, com duas fotos, não reconheci nenhum dos dois.
Mamãe pegou as duas fotos e entrou. Dentro do mausoléu tinha dois caixões. Um ao lado do outro.
- Mae. O que estamos fazendo aqui?
Ela tocou os dois caixões e vi que lágrimas desciam do seu rosto.
- Um é seu tio morto e outro é seu gêmeos morto.
Minha cabeça se encheu de gás Hélio e se eu não me segurase em alguma coisa ia acabar voando.
- Como assim? Pensava que a senhora era filha única como eu.
Ela riu do meu comentário.
- Quem será se fosse a verdade.
Ela suspirou e mostrou as fotos para mim em seu celular.
Um garoto loiro, não aparentava ter seus 23 anos, olhos azuis profundos e um sorriso alegre, a foto foi tirada na praia, o rio ia de encontro ao sol.
Ele parecia tão feliz, seu rosto mostrava uma juventude invejados por muitos.
Quando ela mostrou a outra foto, eu jurava que ia explodi.
O menino tinha o mesmo cabelo, olhos e rosto que o meu? Até o jeito de sorri de lado quando estava nervoso.
- Porque está me mostrando uma foto minha?
Novamente minha mãe riu.
- Esse é seu irmão. Yan, seu irmão gêmeo e o loiro é seu tio Felipe.
Fiquei tão em choque que quase desabou no chão. Eu tinha um gêmeo e ainda um tio.
- Você não se recorda de seu tio. Fora que não viu ele muitas vezes. - seus ombros encolheram e ela chorou de novo. - Seu tio Felipe foi responsável por trancar, Murilo, Richard, Lay e Caleb num banker subterrâneo e por quase um mês.
Minha pernas tremeram, meu estômago começou a se remexe.
- Eu soube disso.
As lembranças não era detalhada, Victor e Arthur me contaram o que sabiam. Ele fez a vida de todos os quatros um inferno, mandando mensagem ameaçando eles, disse que ele brincava com cada um na casa de bonecas, como bonecos vivos. A tortura de um mês, que até hoje eles se lembram.
- Como ele pode fazer isso?
- Eu o visitei no sanatório. Ele estava louco que nem lembrava de mim. É disse que ia se vingar, ele estava preparando algo grande. - Ela chorou e bateu no caixão do irmão.
- Mãe.
- Quando ele morreu. - ela continuo me ignorando. - Ninguém apareceu. Eu tive que arca com tudo. Era meu irmão, eu o deixei fui egoísta.
- Não foi culpa sua mãe. - disse tentando abraca ela.
- Seu Tio dizia que fiz uma escolha errada em deixar você é seu irmão distantes. - ela olhou para o outro caixão branco.
- Meu irmão morreu como?
Se eu tivesse dando um tapa nela, faria o mesmo resultado de eu ter perguntado isso.
- Seu irmão morreu dias antes de eu voltar. - ela olhou para o caixão branco.
Aquele mausoléu estava impregnado de tristeza. Eu estava me sentido incomodado ali.
- Porque está me contando tudo isso mamãe?
- Quando vocês nasceram. Eu e seu pai não tínhamos condições de cuidar de duas crianças. Então minha tia pegou o Yan de mim e levou para cuidar.
Ela parou e olhou para fora entrando num clima nostalgico.
- Por anos eu me torturei por ter feito aquilo, eu e seu pai brigavamos direito por causa disso. - Ela voltou a me olhar, não nos olhos. - Quando tive a oportunidade de mudar de vida, eu fui sem olhar para trás. Porque queria reunir meus filhos juntos.
Dessa vez eu que estava chorando. Olhei para foto do meu irmão, agora sim eu sentia tudo de esclarecendo.
Eu sentia falta de alguém, só não sabia o porquê de as vezes meu pai me olhar e sentir tanto remoso, culpa. Eu pensava que era por minha mãe. Agora sei que era por causa da sua atitude de deixar meu irmão ir embora.
- A senhora ainda viu ele?
Ela me olhou, como se estivesse falando em outra língua.
- Não. - balançou a cabeça. - Minha tia nunca deixou eu o vê-lo. Tentei várias vezes tomar ele para mim. Mais minha tia sempre foi bem rigorosa e consegui vencer todas as causa que lançava.
Eu senti pena de minha mãe. Pela primeira vez agora eu via que ela estava sendo verdadeira é sincera comigo.
- Agora eu sei de sua verdade. - disse para ela.
- Eu prescisava não só mostra isso para você. Como comprava que ele tinha morrido mesmo.
- Porque mãe, o que aconteceu?
Ela brigou consigo mesmo mentalmente por ter comentando isso.
- A alguns dias depois dele morre. Comecei a receber ligações, eu chamava do outro lado pelo seu nome e não respondia. Comecei a receber recado.
Ela me mostrou alguns papeis, alguns deles dizia que sentia a falta dela, que voltaria para seus braços e recostruiria a nossa família de novo.
- Se ele está morto. Quem mandou essas cartas?
Ela apenas balançou a cabeça.
- Não sei. Mais foi uma brincadeira de muito mais gosto. Por um tempo pensei que fosse seu pai se vingando pelas atitudes que cometi. Mas...
- Mas...?
- Mas não foi ele. Quando o encostei na parede ele ficou mais surpreso que eu. A dias que não recebo mais nada. Espero que essa pessoa pare.
Quem quer que fosse essa pessoas, soube destruir minha mãe por dentro.
Sairmos daquele lugar e ela estava chorando ainda. Quando chegamos no carro, ele estava aberto e uma foto minha, não, não, não era minha, era de meu irmão. Eram fotos espalhadas por todo o carro. E ele não tinha ligado disparado o alarme
- Quem?
Eu e minha mãe ficamos olhando para todos os lados esperando ver alguém suspeito, mais o cemitério ficou tão vazio quanto o mausoléu que deixamos para trás.