O meu primeiro encontro virtual aconteceu em meados dos anos 2000. Naquela época muitos encontros aconteciam pelo 138, um serviço de bate-papo por telefone onde homens e mulheres confessavam seus desejos e segredos. Sem fotografias, o tesão era despertado quando ouvíamos a respiração e a voz de quem estava no outro lado da linha. Eu já havia telefonado em algumas ocasiões, me masturbado em tantas outras e desejado transformar a fantasia em realidade infinitas vezes.
Eis que entra na linha uma mulher que se descreveu casada, loira e taradíssima - eu não iria perder aquela oportunidade! Conversamos, nos divertimos e nos masturbamos. Algum tempo passou, nos reencontramos em uma sala de bate-papo e acabei recebendo o tão desejado convite. O marido estava viajando, a esposa ficara sozinha e eu fui o escolhido para fuder.
Ela morava em Porto Alegre, em um apartamento na esquina entre a Av. Independência e a Rua Ramiro Barcelos, cruzamento no qual eu havia cruzado inúmeras vezes e cruzaria tantas mais. Ela desejava, eu queria e ambos iríamos fuder.
Já em frente ao apartamento, o jovem de aproximadamente 18 anos toca o interfone - com a mão trêmula - e é recebido por uma mulher discreta e elegante aparentando 40 anos. Ela abriu a porta, nos cumprimentamos discretamente e fomos para o elevador. Silêncio. Enquanto eu olhava para o nada, tentando disfarçar a minha ansiedade e o meu nervosismo, ela me olhava de cima a baixo com a tranquilidade de quem sabia o que estava fazendo. A viagem de elevador terminava, porém, outra regada a luxúria estava prestes a começar.
Ao chegar no apartamento ela pediu para que eu aguardasse, momento em que pela janela eu pude apreciar a vista da Praça Júlio de Castilhos. Ela retorna! Não há muito o que dizer quando estão, frente a frente, um homem e uma mulher salivando de tesão.
Os beijos e os toques anestesiantes transformaram o jovem ansioso e a mulher tranquila em dois animais se devorando mutuamente. Nós começamos a trepar antes mesmo de ficarmos nus e, quando terminamos, estávamos vestidos apenas de suor. É claro que lembro de ter colocado ela de quatro na mesma sala onde assistia televisão com a família; de ter aberto suas pernas no sofá em que recebia visitas; e de ter socado aquela buceta empinada na parede onde outros provavelmente o fizeram.
Narrar esses detalhes, porém, me parece desnecessário. Estávamos exaustos e não havia muito a ser dito depois das conversas pelo 138, do encontro luxurioso entre duas pessoas desconhecidas e do sexo frenético entre um solteiro e uma casada. Fantasias saciadas? Eis a hora de partir! Eu sorria sozinho enquanto voltada para casa, lembrando daquela mulher que me pedia para fuder mais enquanto tudo o que eu fazia era justamente isso: fuder! Eu queria tudo de novo; eu precisava fazer mais vezes; eu sabia que seria assim quantas vezes mais pudesse – só que com outras esposas, noivas e namoradas.
O melhor de contar essa história é saber que foi real e, de alguma forma, continua sendo até hoje. Posteriormente, houveram outros encontros, porém, essas histórias merecem outros capítulos. 😈