Fogo Cruzado - Capítulos 30 e 31

Um conto erótico de Lollitta
Categoria: Homossexual
Contém 1228 palavras
Data: 27/12/2016 01:03:24

Capítulos 30 e 31 - Deseje-me...

Eu segui seu olhar e tive uma grande surpresa: a delegada, sentada em uma mesa distante, me analisava de longe. Ela estava bebericando uma garrafa de cerveja e algumas mulheres a sua volta pareciam querer sua atenção.

-O que ela faz aqui? -Perguntei a mim mesma, sem desviar os olhos dos azuis enigmáticos.

-Você conhece ela? -Perguntou Léo escandalosamente sacando que havia algo no ar.

-Não. -Falei desviando o olhar.

-Mona, você não sabe mentir. Conta o babado todo. -Disse animado.

Não teve jeito, eu lhe contei tudo, mas evitava olhar para a delegada e sentia seus olhos queimarem sobre mim.

-Por que você não fala com ela, mona? -Indagou.

-Você ouviu o que eu disse? Ela tem namorada.

-E daí? -Retrucou despreocupado.

Eu o olhei sem entender.

-A namorada dela é alguma daquelas barangas? -Perguntou analisando a cena.

-Não. -Respondi prontamente.

-Então é muito simples, gata: Você vai lá, senta no colo dela, tasca um beijo, espanta as vadias, faz o seu melhor no banheiro da boate e aí fisga ela e casa. -Ele disse e sorriu ao final.

Eu ri da coisa maluca que ele queria que eu fizesse.

"Pode ser uma boa ideia" Pensei sem verbalizar, é claro. Afinal, eu jamais teria coragem de fazer isso.

Márcio voltou e entregou os refrigerantes.

-Desculpem, havia uma fila enorme. -Comentou.

-Eu só queria entender o que ela faz sozinha numa boate. -Falei baixinho a Léo, tentando entender.

-É o destino, mona. -Disse abrançando Márcio.

Eu olhei pra delegata mais uma vez, uma mulher acariciava sua mão por sobre a mesa. Eu não devia, mas senti ciúmes mesmo assim. E náuseas.

-Onde é o banheiro? -Perguntei e após receber a resposta, me levantei e saí.

Entrei no reservado e fiquei pensando em tudo.

"Por que as coisas tem que ser assim?" Pensei com algumas lágrimas se formando em meu olhar. As náuseas haviam passado, mas uma dor profunda se apoderou do meu coração.

Saí da pequena cabine, limpando as lágrimas. Haviam poucas pessoas no banheiro e quando eu estava voltando para a mesa, senti alguém tocar meu ombro.

-Desculpe, pensei que fosse outra pessoa. -Disse a delegada, um pouco decepcionada, assim que me virei para encará-la.

Então me lembrei da maquiagem, o cabelo e a roupa. Eu estava realmente diferente e talvez por isso ela não havia me reconhecido. Além do mais, estava um pouco escuro onde estávamos.

"Será que eu falo que sou eu?" Me perguntei a olhando nos olhos.

-Qual o seu nome? -Perguntou, quando viu que eu não falaria nada.

Ela me pegou de surpresa.

-Me desculpe, eu preciso ir. -Falei sem a encarar e me virei pra sair.

-Isabella? É você? -Perguntou tocando meu ombro, antes que eu pudesse ir.

Eu não sabia o que dizer e não queri encará-la.

-Não. -Soltei forçando uma voz grave, a olhando por cima do ombro. Pude ver sua cara de decepção.

Ela não falou nada, apenas me soltou e me deixou ir.

-Credo gata, que demora. -Falou Léo assim que me sentei a mesa novamente. -A "sua" delegada saiu da mesa dela. Acho que ela foi te procurar. -Disse fazendo graça.

-Ela falou comigo. -Contei sem empolgação.

-Fala tudo, viada! -Exclamou sorrindo.

Eu contei tudo a ele que soltava uma ou outra coisa, vez ou outra. Márcio apenas observava tudo calado e sorria de vez em quando.

-Com licença. -Disse um rapaz que vestia um evental com o logotipo da boate.

-Sim? -Respondi, percebendo que ele falava comigo.

-Uma admiradora mandou esse drink pra você. -Falou me entregando um copo com uma bebida avermelhada.

Eu peguei o copo e antes que o barman pudesse se retirar, eu perguntei:

-Você poderia dizer quem mandou essa bebida?

O rapaz pensou e após alguns segundos, deu de ombros.

-Foi aquela mulher alí. -Falou apontando descaradamente em direção a delegada.

Eu realmente não havia pensado que ela faria algo assim. "Ela sabe que sou eu?" Me perguntei.

-Você pode levar um recadinho para ela? -Perguntei olhando pro rapaz.

-Sim.

-Você poderia agradecer, devolver o drink e avisá-la de que eu não bebo nada alcoólico?

-Claro. -Respondeu pegando o copo e saindo.

Léo que observava a tudo atento, junto a Márcio, questionou:

-Por que você devolveu? Por que não jogou um charminho pra ela?

-Você sabe o por que. Ela deve achar que sou outra pessoa. -Falei tristemente, olhando pra direção da delegada, que parecia escrever algo sobre a mesa.

-Ihhh, olha lá o garçom voltando. E tá trazendo o drink de volta.

Olhei e vi que era verdade.

"E agora?" Pensei.

-Com licença. Sua admiradora, mandou o drink de volta, junto a isso. -Falou me entrrgando um guadanapo de papel com algo escrito, que eu prontamente li.

"Quero falar com você. Se não vai beber o drink, por favor, entregue-o pessoalmente."

-Ela disse que não aceita não como resposta. -Acrescentou o barman e saiu, antes que eu pudesse contestar.

-O que tá escrito? -Perguntou Léo quase gritando.

-Ela quer falar comigo.

-Vai lá e faz o que eu te disse. -Sorriu.

Eu o olhei sem ânimo e ele propôs:

-Bella, vamos fazer uma aposta ok? A gente joga cara ou coroa. Você escolhe. Mas se sair o que eu escolher, você faz o que eu disse, sem choro. Ok? -Falou fazendo gestos.

-Não! -Contestei.

-Então vê se bebe o drink. -Gargalhou.

Eu estava bebericando o tal drink, quando escuto Márcio dizer.

-Acho que alguém tá com medo.

Os dois estavam armando pra mim. Mas talvez o drink me desse coragem.

-Tudo bem, vamos jogar.

-E então, cara ou coroa? -Perguntou já com uma moeda em mãos, me olhando.

-Coroa. -Disse, achando que falar cara seria um clichê.

-Cara.

Ele atirou a moeda pro alto a pegando no ar e colocando sobre o antebraço. Eu olhei a moeda. Léo sorriu demoniacamente.

-Vai lá. -Mandou me encarando e olhando pra Márcio que também sorria.

Eu permaneci em silêncio, tomei mais um pouco do drink pra criar coragem e me levantei.

Enquanto caminhava em direção a mesa de Cássia, me perguntava como o drink de repente pareceu um aliado. Busquei o par de olhos azuis e os vi olhando pra mim. O contato visual era enorme, assim como a saudade dela.

"Engraçado sentir falta de algo que nunca foi meu." Refleti sorrindo sem graça.

Acho que ela pensou que o sorriso era pra ela, pois sorriu de volta. Um sorriso lindo por sinal.

Eu parei em sua frente e a encarei. As mulheres que estavam com ela na mesa, olhanvam de mim pra ela, sem entender. Seus olhos azuis penetrantes, não desviavam dos meus e nôs ficamos assim por vários segundos até que ela sorriu de canto de boca e bateu em suas pernad com uma das mãos, como gesto pra que eu sentasse. Parecia uma brincadeira, mas mesmo assim eu o fiz, surpreendendo não só a ela, mas a mim mesma também. Depois da surpresa inicial entre todas na mesa, eu a olhei bem fundo nos olhos e colei meus lábios nos seus. Podia imaginar a cara de todas na mesa e de Léo e Márcio a alguns metro dali.

A delegada não demorou em corresponder ao beijo que já iniciou urgente, quase desesperado. Ela parou o beijo brevemente, para olhar em meus olhos.

-Vamos sair daqui?

O que estão achando galera?

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Comentários

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Por favor volta logo *-* está ótimo !!

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Muito bom bebê^^.. Volte logo :3.. Beijos

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Adoro este conto. Por favor antes de terminar o ano publica mais umas 5 partes 🙏🙏 e até eu to me apaixonando pela delegada...

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Como sempre perfeito,mais tinha que parar na melhor parte ;( posta outros de presente de natal atrasado rsrarsra *.*

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Sempre ótimo, só que em doses muito pequenas.

Desculpa aí, mas faço parte da turma dos que reclamam sempre que tá pequeno pra ver se consegue ganhar um pouco mais! hahaha

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