Boa leitura :)
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A noite de ontem fôra na opinião do mais velho uma das melhores de sua vida.
Ele ainda não conseguia acreditar, finalmente o menor lhe confessara que sentia por ele o mesmo que ele sentia.
Quando ouviu aquelas palavras sendo proferidas pelos lábios do garoto seu coração quase... que explodiu de felicidade.
Era uma coisa, um sentimento inexplicável, se soubesse que estar apaixonado era tão bom assim teria ficado mais vezes ou... Não.
Tudo tem um porém é talvez esse tenha sido o seu, se tivesse se apaixonado antes talvez não estivesse ali e agora.
Tinha acordado mais cedo do que de costume no dia seguinte, espreguiçou-se olhando para o lado vendo seu garoto ainda dormindo, ficou um tempo o observando dormir, vendo sua expressão serena com um pequeno sorriso nos lábios.
– Com o que será que ele tá sonhando... – Pensou curioso, esperando que aquele sorriso fosse para ele, que estivesse sonhando com ele e ninguém mais.
O envolveu em seus braços o trazendo para junto de si, ficando detrás do corpo do rapaz, que emitiu alguns murmuros baixos e desconexos.
Seu rosto logo se afundará na curvatura do pescoço do menor, emanando seu delicioso perfume natural, roçou a barba rala sobre sua pele macia e quente depósitando ali alguns beijos molhados.
Seu membro começou a incomoda-lo de tão rijo que estava.
Afundando uma das mãos dentro da cueca do garoto apertando sua carne.
– Sai.. – Choramingou ainda sonolento tentando afastar a mão atrevida do mais velho.
– Shiiiu... Quietinho!
Voltou a apertar suas nádegas descendo seus dedos até sua entrada o penetrando sentindo-o se contrair e apertar.
– Luc.. PARA!!. – Berrou o empurrando de abrupto o derrubando da cama.
– Afffs... Seu chato! logo agora que tava ficando bom. – Bufou frustado levando, sentando na beirada da cama.
– Você que é chato e invasivo! – Revirou os olhos levantando, indo até o banheiro. Luciano o seguiu.
Ficou de frente para o espelho vendo seu estado atual, olhos levemente inchados e o cabelo nem se fala, um próprio ninho de ratos.
Luciano logo apareceu atrás de si o abraçando por trás.
– Tá bravo comigo? – Perguntou manhoso apoiando o rosto em seu ombro direito o olhando através do espelho, enquanto acariciava sua barriga.
– Não.. – Suspirou jogando a cabeça para trás, o mais velho aproveitou-se da situação para beija-lo mais vezes ali naquela região, que ele tanto adorava, ciente também de que aquele era o ponto fraco do rapaz, que logo amoleceu em seus braços. Sorriu malicioso.
– Você é a primeira pessoa com quem eu realmente me importo, quero te dar carinho te proteger. – Disse virando o corpo do menor de frente para ele o carregando no colo.
O menor envolverá suas pernas envolta da cintura do rapaz e os braços através de seus ombros largos.
Logo fôra posto sentado sobre a pia de mármore mas sem desfazer o contato.
Ouvir o rapaz lhe falar isso o deixará ainda mais feliz.
– Ahh vá.
– E sério! Não acredita em mim? – Perguntou sério.
O menor levantou os braços em redenção.
- Espera... – Fez uma pausa parecendo pensar. – Hoje você é seu primeiro dia no trabalho?
– Puts. – Espalmou a mão contra a testa. – Eu tinha até esquecido.
– Pois é! Então é melhor ir se arrumando logo. – Saltou para o chão ficando novamente de frente para o espelho ajeitando alguns fios de cabelo que caiam sobre sua testa mas antes que pudesse fazer algo fôra pego de novo no colo sendo posto sentado no mesmo lugar de antes.
Luciano ficou entre suas pernas prendendo seus braços para trás, beijando seu ombro subindo caminho até nuca lhe arrepiando alguns pelos que ali tinham.
– Luciano...!! – Advertiu bufando, fechando os olhos aproveitando o momento, Luciano apenas o ignorou então voltou a beija-lo, logo atacou os lábios macios do rapaz num beijo calmo e terno.
– Vai acabar se atrasando no teu primeiro dia... – O lembrou ainda de olhos fechados, mesmo não querendo que o mais velho parasse com o que estava fazendo, ele sabia que o mesmo tinha suas obrigações.
- Não ligo! quero ficar um pouco mais com você. – Proferiu rapidamente voltando a beija-lo.
Desceu sua cueca boxer preta até os joelhos fazendo seu membro saltar e bater em sua barriga, o mesmo fez com o garoto, o deixa completamente nu.
Desceu até a entrada do rapaz a lambendo algumas vezes o deixando bem lubrificado com sua saliva. Cuspiu na ponta do seu membro logo o posicionando na fenda rósea do garoto o penetrando sem mais delongas.
Suas feições se distorceram de dor mas que logo foram substituídas por de puro prazer assim que ele começará a penetra-lo com mais força e precisão fazendo seu corpo bater contra a parede, acertando em cheio o ponto que lhe fazia ir do céu ao inferno em segundos.
Apertou os olhos com força sentindo seu orgasmo se aproximar.
– Olhe para mim!! – Ordenou o mais velho segurando seu rosto entre suas mãos o olhando de forma mais penetrante, literalmente. Com a outra mão segurou e ergueu sua perna do menor a pondo sobre seu ombro, indo mais fundo dentro de si.
Esse foi o seu limite, seu corpo todo de contraiu em violentos espasmos engasgando-se com seus pro gemidos logo então derramará o líquido esbranquiçado e quente sobre sua barriga.
Era incrível a capacidade que o mais velho tinha de lhe fazer gozar sem ao menos ter seu membro tocado.
Com o aperto do menor sobre seu pênis o maior também não aguentará então jatos incessantes atingiram e preencheram o interior do garoto.
Caiu exausto e ofegante sobre ele, beijando o topo da sua cabeça tirando alguns fios de cabelo de sua testa coberta por uma fina camada de suor.
O pegou no colo levando-o para debaixo do chuveiro, junto a ele. E assim ficaram durante longos minutos. Debaixo d'agua curtindo um ao outro.
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– Vai a faculdade hoje?
– Não sei... Mais porque?
– Nada não!
O garoto o olhou cauteloso e curioso já que quase sempre que Luciano dizia que iria busca-lo ele não aparecia.
O olhou com mais curiosidade ainda vendo o o modo como estava vestido. Calça, blusa e sapatos sociais só lhe faltava...
– Cadê a gravata?
– Sério que tenho que usar aquela merda? – Bufou com raiva, já não gostava de se vestir daquela forma mais... Social, ainda por cima teria que usar gravata que é uma das coisas que ele mais odeia.
– Faz parte do patrão de vestimenta então... Anda deixa que eu arrumo pra você.
Luciano tirou do bolso o pedaço de pano vermelho todo amassado formando uma bolinha, entregando-a ao garoto que observara o descaso com que o mais velho tratava suas coisas.
– Você só precisa segurar dar um nó passar por dentro e... Pronto! Entendeu?
– Ehh... Mais ou menos... – Coçou a nuca, na verdade não havia entendido bulhufas. – Vai ficar o dia todo em casa?
– Vou! – Suspirou jogando-se no sofá mirando o teto. – Só de pensar ja fico entediado.
– Pode vir comigo se quiser.. – Sugeriu o fitando.
– Sério?
– Ahan.. assim podemos aproveitar pra fazer "coisinhas" no elevador ou na sala do meu pai se é que me entende... – Disse levantando a sombrancelha com um sorriso....
– Sem chances!
– Ahhh... Vamos vai, e meu sonho Fazer isso
– Seu pervertido! Não não sem chance, já atingi minha cota por agora ainda to ardido sabia?
– Então quer dizer que mais tarde tu vai querer repetir ? – O olhou de modo malicioso.
– Humm... Quem sabe.. – Disse com indiferença.
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Uma semana.
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– Querida CHE–GUEI! – Tirou os sapatos que tanto lhe apertavam os pés, o paletó a gravata abrindo alguns botões da camiseta, Jogou-se esparramado no sofá, respirou fundo sentindo seus músculos relaxarem um pouco.
Precisava de um banho quente.
Havia sido mais um dia cansativo no trabalho, talvez porque não estivesse acostumado a trabalhar ou... Sonhou alto demais pensando que ocuparia um cargo alto demtr da empresa do pai.
O que não aconteceu, acabou sendo eleito o assistente pessoal do seu coroa, passava o dia carregando pilhas de papel que pareciam não ter fim. Dentre outros serviços.
O Luciano de tempos atrás talvez tivesse odiado fazer isso achando um trabalho demasiadamente "humilhante" para o filho do DONO da empresa.
O Luciano de agora aprenderá a valorizar as coisas, talvez, afinal ele tinha que comecar de baixo mesmo assim aprenderia algo... Como dar valor ao trabalho duro.
Recompensa maior para ele era ver como as pessoas ali o olhavam e tratavam. Não com olhares de crítica mais sim de certa... Administração e respeito.
Não por ser filho do dono mais sim por ele mesmo.
Bocejou coçando os olhos, o elógio marcava oito horas em ponto. Talvez seu pequeno ainda estivesse fora.
Talvez por isso não fora recebido com sapatos e almofadas que eram sempre lhe arremessadas na cara assim que atravessará a porta e disserá aquela frase que o garoto tanto odiava.
Correu ate o banheiro tomando um banho rápido. Quando terminou, passou a toalha felpuda envolta da cintura indo até o quarto abrindo o seu também "guarda roupa.
O dividia com seu agora companheiro de verdade.
Escolheu algo simples... Calça casual com camisa esporte mangas longas as enrolando a altura do cotovelo, jeans preto e sapatênis cinza.
Deu uma última olhada no espelho bagunçado um pouco os cabelos, no braço direito pois um dos relógios que ganhará em algum natal ou aniversário passado.
Pegou suas chaves e celular, logo estava na estrada sentindo o vento entrar através da janela, chicoteando seu rosto.
Dirigia com certa pressa... Queria poder ver seu pequeno logo, beija-lo e abraça-lo.
Em menos de quinze minutos já estava em frente à faculdade do rapaz estacionando em um lugar qualquer.
De longe pode avistar e reconhecer a silhueta familiar, era seu amado! conversando com algumas pessoas, duas delas ele reconhecera, Mary e Bruno.
Andou sorrateiramente até aonde o mesmo estava olhando para os amigos dele que o viram se aproximar, levou o indicador até os labios, pedindo silêncio em um gesto. que não lhe avisassem sobre sua presença ali, recebendo olhares de cumplicidade.
Abafou uma risada de felicidade ao ouvir o garoto contar aos amigos como ele se sentia quanto estava junto a ele, feliz, completo e que segundo ele, ele vinha sendo um "fofo" nos últimos dias.
– Sério? Nossa... Tô me sentindo "O cara" agora.
Ao ouvir a voz grave do maior atrás seu coração foi até a garganta quase saindo pela boca, de susto e surpresa.
– Já deu nossa hora né Mary? – Cutucou o braço da garota ao seu lado.
– O que? Não! A gente t-
– Xau Sef, Luciano.. cuida bem dele viu?!! – Disse Bruno arrastando Mary pelos braços ouvindo seus resmungos e chingamentos.
– PODE DEIXAR! – Gritou sorrindo logo após. Voltando sua atenção agora para o garoto de olhos azuis a sua frente.
– O.. O-oque tá fa-fazendo aqui? – Perguntou sentindo suas bochechas esquentarem.
– Humm.. vim te buscar ue.. não posso? – Fez bico ouvindo um "ooown" de algumas garotas que passavam por ali.
– Pode mais...
– Mais? – Se aproximou mais do corpo do rapazote que recuou batendo as costas na parede, encurralado.
– Sei lá.. eu.. só não tô acostumado... Só isso... – Disse um pouco envergonhado percebendo os olhares das pessoas que passavam por ali.
Desviou o olhar para o chão, mas logo os dedos do maior estavam em seu queixo levantando seu rosto, fitando seus olhos por alguns segundos, até que quebrará a distância que ainda existia entre seus labios. Os unindo em um beijo de ternura.
– Vai ter que de acostumar então... Porque sempre que eu puder eu venho lhe buscar.
– Não precisa... Sério! Eu...
– Sem "mais" já decidi isso então Acostumasse! – Disse decidido vendo o garoto revirar os olhos e bufar.
– Não revire os olhos para mim Yosef! – Disse em tom autoritário.
– O que você pensa? Que sou teu cãozinho ou algo assim? – Afastou-se visivelmente com raiva, o tom da sua pele havia mudado de branco para levemente avermelhado.
– Não! Você não é! Mas... – O agarrou por trás beijando a região atras da orelha, roçando os dentes sobre a pele macia até sua clavícula. – Você e meu!
– Ridículo! – Bufou afastando-se novamente indo em direção ao carro.
Luciano sorriu o seguindo, ficou ao lado do rapaz é então entrelaçou seus dedos com os do menor.
– Vamos para casa... Nossa casa!
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– Porque paramos aqui? – Perguntou pondo a cabeça para fora da janela, vendo que haviam parado em frente à um pequeno restaurante com um letreiro singelo mais original escrito "radici d'Italia" talhado em madeira... Nobre.
Luciano desceu do carro indo até a porta do passageiro onde o garoto estava, abrindo-a. Lhe estendendo a mão.
O rapaz o olhou ainda com receio e desconfiança mas... Logo pegou a mão do mais velho que o ajudou gentilmente a sair do veículo.
Adentraram o lugar sendo recebidos pelo Hostess, anfitrião ou somente... recepcionista do lugar.
– buonasera senhores!
– Ehh... Boa noite uma mesa pra dois por favor.
– Claro! Acompanhem-me por favor! – Sorriu gentilmente os levantando até uma mesa próxima a janela dando-lhes uma boa visão do lugar. Que estava relativamente cheio, com alguns casais jantando outros dançando.
O menor observei cada detalhe ali achando tudo simples mais belo. Mesas com as típicas toalhas xadrez, vermelhas sobre as mesmas, cada uma com uma ou duas rosas em vasos de vidro longos.
Pegou o cardápio lendo cada uma das opções pensando ainda no que iria pedir.
– Já decidiram o que vão pedir? – Pergunta o garçom parado em frente à mesa.
– Dois raviolis e... Uma garrafa do seu melhor vinho. – Disse deixando o cardápio e o resto de lado voltando sua atenção para o garoto.
– Porque me trouxe aqui?
– Só queria fazer algo diferente Sei lá.. ter uma noite especial só eu e você... – Proferiu pausadamente a última parte, os olhos do rapaz se direcionaram aos labios nem tão grossos nem tão finos do rapaz, a medida perfeita. Tudo nele parecia ser agora.
– Enquanto nosso "pedido não chega que tal dançar um pouco comigo? – Sugeriu se pondo de pé em frente à ele.
– Sem chances!
– Ahh.. Vamos lá vai!
– Não!
– Bora vai... – Fez carinha de pidao.
– Eu não sei dançar!
– Não tem problema eu te ensino! – Puxou o rapaz ficando com ele em meio ao pequeno espaço que tinha entre as mesmas.
– Só tem que tomar cuidado pra não pisar nos pés. – Colocou a
mão direita no lado esquerdo do seu quadril e com a mão
esquerda, segurou firme, porém
gentilmente, sua mão direita começando a conduzi-lo um passo para frente, outro para trás. – Viu só? Não é tão difícil assim. – Sorriu fazendo-o sorrir também.
O garoto naquele instante se esquecerá de tudo, das pessoas, dos problemas, no mundo agora só parecia existirem os dois. Suspirou apoiando a cabeça sobre o peito do maior. Que aproximou os labios do seu ouvido, cantarolando quase que em um sussurro aonde apenas ele poderia ouvir.
You complete my fate
The world unwinds inside of me
You complete my fate
The halo crawls away
You repeat my fate...
Levantou o rosto o olhando curioso é surpreso ao lembrar-se de onde era aquela canção, sorriu pondo o rosto sobre seu peito novamente escutando o ritmo acelerado das batidas do coração do maior.
Rewinding all we can
You refill my place
You refill my place
Come and save me
Come and save me
Come and save me
Come and save me
Come and save me
– Espero que tenha entendido a mensagem. – Disse assim que termira de cantar.
– Entendi sim... Só não conte novamente, por favor... minhas orelhas estao doendo. – Disse rindo beijando o peitoral do mais velho que o olhava indignado e perplexo.
– Não fica assim. – Gargalhou. – Você também completa meu destino!
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