A Ilha - Cap 2

Um conto erótico de LuCley
Categoria: Homossexual
Contém 3051 palavras
Data: 02/07/2016 22:05:03
Assuntos: Gay, Homossexual

Boa noite!! Tudo bem com vocês? Eapero que gostem desse capítulo e muito obrigado pelos comentários e por lerem. Grande abraço...;)

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Eu vi meu pai e os pais do Mauro entrando juntos no hospital. Eles correram em minha direção. Meu pai perguntou se eu estava bem e Seu Ivan começou a entrar em pânico e a mãe do Mauro pediu a ele que se acalmassem e me ouvisse. Lhes ofereci um café e fomos até a lanchonete.

— diga, Éric. O que aconteceu? — Seu Ivan estava nervoso.

— calma. Ele está bem. Só quebrou o nariz. Fizeram uma tomografia, mas não aconteceu nada de grave. Eu não vi o acidente, mas o Amadeu disse que o outro motorista furou o sinal vermelho.

— miserável. Depois de falar com o Mauro quero ir a delegacia. Você vai comigo? Preciso que o Amadeu vá também.

— vou sim. Bom, eu já vou indo. Eu assinei a entrada do Mauro no hospital, mas o senhor pode passar na recepção e terminar de preencher a papelada.

— tudo bem. Muito obrigado por ter vindo e me desculpe o jeito.

— não precisa agradecer. Quando for a delegacia, me avise.

— eu te ligo.

Meu pai e eu fomos pra casa e no caminho ele perguntou se eu queria almoçar fora e aceitei o convite pois passava do meio dia e não queria meu pai no fogão àquela hora. Fomos num restaurante de especializado em frutos do mar. Pedimos uma garrafa de vinho e ficamos conversando até o almoço chegar.

De certa forma, eu estava preocupado com o Mauro. Tudo bem que não foi nada grave, mas...sei lá.

Estava começando a esfriar e parecia querer chover. Geralmente outubro chovia o mês inteiro na Ilha. Eu sentia a brisa fresca e acabei me desligando do mundo real.

— Éric... ei! Filho... acorda. — meu pai me chamava.

— desculpa, eu estava longe.

— percebi. Você me deixou falando sozinho...

— foi mal.

— está preocupado?

— com o quê?

— não é com o quê e sim com quem...está preocupado com o Mauro? Ele está bem...não está?

— sim pai, por sorte está. Ele estava sem o cinto. Poderia ter morrido.

— que vacilo. Você o viu?

— não. Ele estava em cirurgia, por causa do nariz. Que loucura...

— nem me fale. Quando você disse que estava no hospital, pensei que tinha acontecido algo contigo.

— bom, o importante é que não foi nada grave.

Depois do almoço andamos pela orla, mas estava ameaçando chover. Fomos para a casa e fui ler uns processos. Acabei adormecendo.

Meu me acordou pra jantar e recebi uma ligação do Seu Ivan. Ele pediu que eu o acompanhasse na segunda-feira bem cedo até a delegaci com o Amadeu e disse que iria sem nenhum problema. Perguntei com o Mauro estava e disse que tirando o fato de estar com o rosto todo inchado e roxo, ele estava bem, mas continuava sedado. Ele desligou e fui até a cozinha.

Meu pai havia preparado um risoto de peito de frango com bacon e claro, caí matando. Ele começou a rir enquanto eu comia, pois sabia que eu adorava e já sabia que não sobraria pro almoço. E não sobrou mesmo.

Lavei a louça, limpei a cozinha e fui me sentar no sofá com meu pai. Apoiei a cabeça em suas pernas e recebi o maravilhoso carinho paterno.

— você está bem? — ele disse.

— estou.

— mesmo?

— mesmo. Por que não estaria?

— não sei...eu estou aqui, se precisar conversar.

— eu sei, pai...posso te pedir uma coisa?

— claro?

— coça as minhas costas...

— hahaha, folgado. Se vira aí.

Segunda-feira bem cedo busquei o Amadeu na banca e fomos até a delegacia e o Seu Ivan nos esperava na entrada. O outro motorista também estava lá com o advogado e fomos informados que o cara estava embriagado. Depois que saímos com a ambulância, a polícia chegou e assim que os outros paramédicos terminaram de atender o motorista, fizeram o teste do bafômetro.

Prestamos depoimentos, houve uma pequena discussão entre o o Seu Ivan e o advogado do outro motorista, mas nada se mais.

Levei o Amadeu de volta na banca e fui para o escritório. O Seu Ivan me chamaou e me deu uma pilha de processo pra analizar e perguntou se eu queria o acompanhar em um julgamento. Aceitei o convite a contento e depois do julgamento fomos almoçar.

— hoje a tarde o Mauro vai pra casa e queria que você o acessorasse. Pode ser? Tem vários processos que ele precisa redigir e ele vai precisar de alguém até se recuperar.

— será um prazer...poder ajudá-lo. Pode contar comigo.

— isso é ótimo. Ele queria te ver, eu disse que foi você quem o ajudou no acidente e quer te agradecer pessoalmente.

— imagina, eu só fiz o que tinha que ser feito. Eu já levo toda a papada hoje pra casa e vou amanhã cedo pro apartamento dele.

— faça isso. Vamos?

— vamos.

No escritório eu organizei todos os processos que o Mauro tinho que estudar e uma cópia das chaves do apartamento com o Seu Ivan.

Encerrei meu expediente e fui fazer uma caminhada pela Ilha. As ruas estavam calmas. Eu adorava o estilo de vida dos moradores. A maioria não se importava em usar o transporte público, andar de bicicleta ou mesmo à pé. Isso tornava o trânsito mais tranquilo. Exceto no dia do acidente do Mauro, mas foi um caso isolado. A Ilha era um lugar calmo e pacifico de se viver e eu estava apaixonado por àquele lugar.

Meu pai já me esperava e quando entrei, perguntou onde eu ia com tantos papeis.

Expliquei que ajudaria o Mauro em casa até ele se recuperar e ele sorriu.

— o que foi, pai?

— acho que você conquistou o Ivan.

— ele parece ser boa gente.

— eu conheço aquele carcamano à anos. Sei que ele não é uma pessoa muito fácil de se lidar. Sou o gerente dele, esqueceu?

— ah, sim...claro. Ele é focado no trabalho e metódico... mas não é tudo isso não. Acho.

— bom, de qualquer forma...não pise na bola.

— não é minha intensão pisar na bola. Pai..

— diga.

— o senhor está bem? Digo...emocionalmente...

Ele fez uma pausa e levou o copo que segurava para a cozinha. Me sentei no sofá e ele na outra ponta. As vezes eu queria que ele se apaixonasse de novo e que fosse feliz com alguém que o amasse, mas ele sempre se fechava feito uma concha e se escondia atrás da tristeza.

Não perguntei novamente, mas ele tocou no assunto.

— eu acho que está na hora de virar uma página. — ele disse e eu fiquei tão feliz.

— eu sei que o senhor a ama independente de onde ela esteja e admiro isso em você, mas acho que deve seguir em frente. A vida continua, pai. Ela te amava e sei que nunca foi um amor egoísta. De onde ela estiver, ela vai entender que o senhor tem o direito de ser feliz novamente...

— eu sei de tudo isso...prometo tentar seguir em frente e deixar esse Luto de vez. — faça isso...o senhor vai se sentir bem melhor. Amanhã eu não vou poder, mas vamos caminar comigo essa semana pela Ilha...tem uns lugares incríveis que o senhor precisa conhecer.

— prometo que vou contigo. Vá jantar que já deve ter esfriado...

— eu esquento no microondas.

Depois do jantar fui pro meu quarto ler toda a papelada e fiz umas anotações para o Mauro. Fiquei até tarde lendo os processos e quando me deitei fiquei pensando na minha mãe. Ela era uma mulher maravilhosa, linda e acima de tudo amorosa; não só comigo, mas com meu pai também. Eles eram apaixonados, sempre conversavam e nunca brigavam. Minha mãe tinha um jeito especial de fazer meu pai sempre fazer o quê era melhor pela família e ele a respeitava demais. Chorei um pouco, senti saudades e tive o conforto em um álbum de fotos do meu aniversário de catorze anos. Ela estava radiante, sempre sorrindo e me mimando de todas as formas possíveis. Foi nosso último aniversário.

Me levantei bem cedo, tomei rapidamente o café da manhã e fui para o apartamento do Mauro. O porteiro já me esperava e mostrei que tinha as chaves. Subi e abri a porta devagar ainda imaginando que ele estivesse dormindo. O chamei umas duas vezes e ele estava no quarto e pediu que eu entrasse. Lhe dei bom dia e pediu que eu me sentasse.

— não repara a cara feia. — ele disse tentando rir, mas não podia.

— ei, cuidado. Você está...horrível... — saiu sem querer e ele tentou rir novamente e sentia dores.

— obrigado...

— eu não quis dizer isso...você é bonito...é um homem muito charmos...ai senhor, eu não queria dizer isso...quer dizer...você é tudo isso, mas...ah que droga...quem uma água?

— hahaha...calma...vai acabar me matando de vez. E sim, eu quero água. Pode pegar? Está ali na mesinha.

Eu não sabia onde enfiar minha cara. Peguei a água e ele pegou segurando minha mão.

— muito obrigado... — ele disse.

— não foi nada. Só que você precisa tomar mais cuidado. Vi que não usava o cinto e...

— eu tinha acabado de tirar. Eu ia passar na banca do Amadeu pra comprar o jornal.

— eu estava lá quando bateram em você. Eu não vi abatida porque estava olhando o mar, mas fui até e quando te vi...sei lá... foi estranho. Por favor, da próxima vez só tire o cinto antes de descer.

— tudo bem...meu anjo. Vou usar. — ele ainda segurava minha mão e ficamos parados por alguns segundos e ele me soltou e bebeu a água.

Pediu que eu lhe mostrasse toda a papelada e lhe mostrei também algumas anotações e observações que eu mesmo tinha feito na noite anterior. Peguei seu notebook e redigi o que ele me didava e só terminamos perto do almoço. O ajudei a se levantar e fomos até a cozinha.

— vou esquentar o almoço pra gente. — ele disse e ia se levantar.

— não precisa. Deixa comigo. Diz onde está tudo que preciso e eu pego. Não me custa nada.

— muito obrigado. Você está namorando?

Eu esperava qualquer pergunta, menos essa. Pensei em mudar de assunto, mas já que ele estava tão interessado, respondi.

— não, não estou. Estou sozinho...e você?

— rsrs, solteiro também.

— quantos anos durou seu último relacionamento?

— cinco anos. Quase me casei, mas ela acabou rompendo.

— poxa...

— não precisa lamentar...foi melhor...pra nós dois. Pode ter certeza. Seríamos dois infelizes se tivéssemos continuado.

— nossa...vocês brigavam muito?

— não. Só percebemos que não ia dar certo mesmo. Mas continuamos amigo. Você a conhece bem...

— conheço? De onde?

— rsrs, é a Roberta...

— a Roberta...advogada? Que trabalha no escritório do seu pai? — fiquei de queixo caído.

— ela mesma. Convivemos numa boa, sem neuras...

— uau! Nossa, ela é muito bonita.

— é sim, mas fazer o quê, não é mesmo?

— pois é. Já posso te servir o almoço?

— quê isso, pode deixar que eu mesmo me sirvo. Fique à vontade.

— obrigado.

Depois do almoço ele pediu que eu pegasse alguns remédios e ele tomou. Continuamos trabalhando e notei que ia chover. Ele disse pra eu não me preocupar pois me mandaria de táxi.

Meus dedos já estavam começando a doer e pedi licença para ir ao banheiro.

Lavei meu rosto e procurei uma toalha para me secar e não achei. Me permitindo abrir as gavetas do armário, procurei as toalhas e encontrei. Me sequei e voltei pro quarto. Perguntei se ele estava bem e disse que os remédios estavam fazendo efeito e se eu não me importava de terminar sem ele.

— quer que eu vá embora e volte amanhã?

— não...fique.

— vou terminar lá na sala...

— pode ficar aqui...não tem problema.

— se você não acordar até as seis eu vou pra casa. Tudo bem?

— tudo bem, mas fique aqui... — ele sorriu e se acomodou pra deitar.

Ele resmungou de dor e perguntei se queria ajuda. Fui até ele e quando se virou, notei um hematoma no seu ombro. Perguntei se ele tinha visto e disse que não, mas tinha uma pomada no armário que era pra passar no rosto e pediu que eu a pegasse. Me ofereci a passar e ele puxou a camisa.

— eu não consigo ver. — ele disse.

— está perto do pescoço, não vai conseguir ver. Está bem aqui. — disse e apertei devagar pra ele saber onde estava.

— deve ter sido a batida, sei lá.

— poder ser...pronto! Não tem ninguém pra vim te ajudar?

— não preciso, eu me viro sozinho. Só estou um pouco dolorido, mas eu aguento.

— bom, mas se precisar de qualquer coisa, me liga. — eu espalhava a pomada e ele fechou os olhos. — está doendo?

— não...

— terminei. Pode tirar seu cochilo. Eu termino aqui.

— sim senhor... — ele disse rindo.

Fiquei terminando de redigir os processos e ele cochilava. Mesmo com o rosto todo inchado ele continuava bonito. Me perdi por instantes e notei que tinha errado. Tive que apagar e fazer tudo de novo.

As horas foram passando e eu estava quase acabando quando e me virei para ver se ele ainda dormia e levei um baita susto. Ele estava acordado, me olhando e fiquei super sem graça.

— faz tempo que acordou?

— faz uns cinco minutos. Eu não quis te assustar...

— mas assustou. — disse rindo e ele se sentou.

— desculpa...tem uns documentos naquele armário, pode levar pro escritório? Diz pro meu pai que já está tudo em ordem. Ele sabe o que se trata.

— levo sim. Eu vou indo. Quer alguma coisa?

— seu número...pra eu te ligar e você vir me salvar de novo.

— hahaha, nem brinque com isso. E eu não fiz nada. Só liguei pra ambulância e fui contigo até o hospital. Mas vou te dar meu número. Onde está seu celular?

— ali, no carregador.

Entreguei pra ele o celular e disquei meu número. Não acreditei quando ele atendeu. Eu queria rir, mas ele estava sério.

— oi. — ele disse e saí do quarto, indo pra sala.

— oi. Pode falar.

— por que saiu?

— não sei.

— volta aqui.

— rsrs. Fala o que você quer.

—ai...ai... eu estou me sentindo um bobo.

— hahaha, imagino. Precisa de mais alguma coisa?

— que volte pra que eu possa te dar um abraço e te agradecer de novo.

Ele estava em pé e quando me viu, abriu os braços. Eu comecei a rir. Ele estava todo machucado e não conseguia nem parar em pé. Cheguei perto e ele me puxou. Senti um afago gostoso de sua mão em minha nuca e o abracei forte.

— obrigado...e pare de rir. — ele disse.

— desculpa, mas você não consegue nem parar em pé.

— eu vou melhorar e vou te levar pra jantar. — ele disse ainda me abraçando.

— adorei o convite. Tem certeza que não precisa de mais nada?

— tenho sim, pode ir tranquilo.

Ele me soltou. Arrumei a papelada que ele me pediu pra levar e organizei tudo na minha pasta. Me despedi dele e fui saindo. Ainda chovia na Ilha e peguei um taxi. Eu estava cansado e querendo dormir no mínimo uns quinhentos anos.

Cheguei em casa e tomei um banho quente. Meu pai parecia ter saído, pois sempre chega cedo do Banco. Se não fosse pelo jantar, eu teria deitado e dornido, mas reaolvi fazer algo rápido pra gente e comer e uma meia hora depois ele chegou. Ele queria saber como foi meu dia e disse que estava cansado, mas que foi bem produtivo apesar do Mauro ter dormindo por algumas horas.

— ele dormiu enquanto você trabalhava? Que folgado...

— rsrs, foi por causa dos analgésicos. Acho que dá sono. Mas ele me ajudou muito e nem dourmiu tanto assim, umas duas horas só.

— e como ele está?

— com a cara toda inchada. Está horrível... nossa!

— coitado.

— é. Eu vou dormir. Amanhã vou acompanhar o Seu Ivan em uma audiência bem cedo.

— vai lá, boa noite.

— boa noite, pai.

Me deitei e comecei a rir sozinho. Lembrei do Mauro ter atendido o celular e de como gostei daquele abraço apertado. Acho que gostei até demais.

Os dias foram passando e durante as semanas que se seguiam, levei alguns documentos no apartamento do Mauro, mas foi muito rápido.

O Seu Ivan estava contente com meu desempenho no escritório e me levava para acessorá-lo em várias audiência ao longo do mês e eu estava empolgado em poder ser útil e me doando ao máximo para fazer meu trabalho bem feito.

Na segunda-feira, como sempre, cheguei bem cedo e ajudava o Seu Ivan e a Roberta a revisar uns processos e eu fazia umas anotações quando ouvi a voz d Mauro. Ele cumpri.entrou a secretária e entrou também dando bom dia a tordos. Eu fiquei sem reação, mas me virei e caramba, ele estava lindo. Ele sorriu, me estendeu a mão e se sentou ao lado da Roberta que perguntou como ele estava. Eles conversavam e eu ali, terminando meu serviço. A Roberta saiu com o Seu Ivan e o Mauro se levantou os acompanhando até porta. Fiquei apreensivo, esperando ele voltar, mas não voltou. Guardei toda a papelada e levei para secretária do Seu Ivan.

Já era hora do almoço e fui até minha sala pegar minha carteira e comer um lanche. Entrei e levei o maior susto da minha vida. O Mauro estava atrás da porta e segurou meu braço.

— minha nossa!! Quê você está fazendo aqui, homem do céu? — disse e ele ria baixinho pedindo pra eu fazer silêncio.

— eu não quis te assustar, desculpa...

— mas me assustou...de novo, não é?

— me desculpa, já falei.

— tudo bem. Como você está?

— novinho em folha.

— estou vendo. Seu nariz está otimo, ficou mais bonito. — disse e sorri envergonhado.

— obrigado. Bom, eu vim aqui pra te avisar que vamos jantar hoje a noite...

— hoje? — ele se levantou indo em direção a porta.

— sim, meu anjo...hoje! Já está avisado. Te pego às 20:30 em sua casa. Te ligo meia hora antes pra pegar o endereço. Eu não venho mais hoje. Tenho uma audiência agora a tarde. A audiência será rápida, mas preciso ir ao supermercado. Então, até lá.

— até lá, então.

— ah, você fica muito bonito de terno.

Ele nem esperou eu falar e saiu. Que homem maluco. Fui almoçar e imaginando onde ele me levaria a noite. Na verdade, eu não me importava, eu queria estar com ele.

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Continua...


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