Gabriel26: Caramba, velho. Que mundo pequeno. De quando em vez, como eu falei antes, passo aí em Barreiro. Quem sabe um dia a gente não nos esbarramos. Morou aqui? Curtiu o calor demasiado forte? Dentre os muitos problemas que meu estado apresenta, eu o amo tanto. Abraços, cara. Fico feliz que esteja gostando. Gentileza sua gostar hehe. Abraços.
Geomateus: Você é todo razão. Sem tirar nem por. De fato, mentiras só agravam as coisas, além de serem curtas. Mas é com os erros que a gente aprende. Grande abraço, meu brother.
Bruno C.: Mudou o nome? KKK. Olha a treta, rapaz. Deixa em off isso e vamos todos nos preparar pois amanhã é sexta, dia de cerva.
Querido606: Menino do céu. Vi o rebuliço que você provocou heim. Fora daqui da cdc eu até opino, mas aqui sou neutro. Vamos mudar essa sua vibe. E sei que fetiche com soldados é bem comum. Eu já tive um assim haha. Abraços e comporte-se.
Gordin.leitor: Babão do Caio u.u E eu que apresentei Queen na vida dele, tenho dito. Pois é, melhor forma de acertar é errando. Obrigado pelo seu carinho. Beijo no Jef ♡
Ivyy Bernardo: Fico muito feliz por você, pelo filhão que vem aí e o casamento. Quantas realizações, heim menina. Espero que você tenha amor redrobado (do marido - sortudo por ter você - e do filho). Devo imaginar sua enorme alegria nesses tempos. Ensine ele o quanto o Rock é foda, mantenha ele longe do Funk e encha ele de livros e histórias hahaha. Beijos e pode deixar que vou dedicar um capítulo só pra você. ♥
Irish: Dá pena de mais. Pior coisa não ser correspondido por um amor. Mas é a vida, uns tem outros não. E quem sabe seja ele o cara que citei no começo. Vamos descobrir? Abraços hue
Arthurzinho: Pois é. Eu era debiloide, hoje em dia amadureci. Mas Arthur, as vezes enfrentamos conflitos interiores que nos levam a omitir, ou dar um passo em falso até cairmos. Mas é assim mesmo, errei, e paguei a conta. Abraços, cara.
matt777: Se pra você que leu sentiu meu conflito interno, imagine para mim naquele momento. Tendo pena de André e sentindo a mágoa de Caio. Bem complicado. Mas como você bem disse, o companheirismo é fundamental, mas as vezes pensamos estar com a situação estabilizada, quando na verdade só estamos jogando a sujeira para debaixo do tapete e a acumulando. Verdades em primeiro lugar. Abraços, cara.
baixinhaaa: O Caio é muito, mas muito reservado. Desconfiado e travadão com relação à redes sociais ou algo do mundo interativo virtual. Ele disse que gostou muito da leitura, viu alguns comentários e que um dia terminaria a leitura, afinal ele já sabia a história de antemão rs. Bafulé é ótimo kkk. Beijao nina.
Gabriel978: Bah!, mais um Gabriel. Que energia boa essas pessoas desse nome tem. Muito obrigado por acompanhar, fico imensamente feliz por gostar desses meus relatos medíocres. Beijus.
Lelaa: Opa, bem vinda ao mundo dos comentários hue. Pow, bate em eu não, sou tão legal. Paro nessas partes pra atiçar mesmo vcs tudo. Obrigado pelo carinho, grande abraço, Lelaa.
YAMASHITO: Voltei rs. Você é oriental?
Vi(c)tor: O que você está fazendo, um jogo comigo garota?. Sim, mantenho contato com Lise (hoje em dia casada e morando em Minas) através do Imo, whatsapp e outros. Ela é a irmã que eu pedi à Deus. André estava disponível nesse tempo em que to narrando a história. Hoje em dia, sinto dizer, ele estar noivo. Isso mesmo. Então, se você quiser ainda ele, manda o número seu e eu passo kkk. Zoa. Vamos amar todos sem ver aquém amém. Abraços, cara.
Hulk22: Mas cara, que isso. Ces gostam de uma porrada né. Talvez tenha, quem sabe heim. Abraço, cara
Jhoen Jhol: Vamos lá: Sobre A cadeira da vida, André aprendeu a lição de que devemos agir, arriscar | Na Dr, as cartas foram postas, mas como eu menti, não usaria um erro dele para amenizar o meu. Jamais se deve fazer isso, só gera ainda mais desentendimentos. Aprendi que ouvir, reconhecer o erro, é mil vezes melhor que discutir e puxar defunto velho kkk | Fiquei balançado, porra, meu amigo sofrendo daquele jeito abala qualquer um. Não priorizo só meu namoro, mas meus amigos. Claro que eu ficaria balançado, chocado para ser claro | Sobre Ricardo, ele aparecerá rápido ainda. Mas não sei hoje em dia se ele ou a turma dele ainda estão vivos. Desculpas responder pouco, o pouco tempo é foda. Jhol, você é o cara. Ps: os caras não chegaram a serem presos. Prestaram serviços comunitários. Pode uma coisa dessa?
♥♦♥R♥¡♥R♥¡♥♦♥: Mas vocês amam dificultar minha vida com relação ao nome de vocês. Jesus! KKK. Diga-me seu nome, senhor menino. Então, barra o que o André enfrentou. Mas é a vida. Sexo selvagem? Tipo no mato? Amo. Uma vez fiz isso, no mato. Tinha urtigas. Pior morte kkkk. Abraços, man.
Menina Crítica: Plágio? Minha doce e linda Menina. Vamos mudar essa vibe. Eu sou de boas. Já recebi ofensas no email e até ameaças kkk. Levei zeros e isso mudou minha vida? Não. Olha, eu vi a treta, não acompanho o conto por medo de me apaixonar pela história e ela ficar incompleta. É o caso do O jogador hetero, Paixão do interior, Homem da casa, Primo brutamontes... Eu tenho uma sorte danada pra isso. Vamos parar com isso, cada um vive sua vida e acompanha sua história. Sem confusões. Vi seu email também e isso é bobagem. Só meras coincidências. Abraços, pequena.
Revenger: Amo a série Revenger. Victoria, melhor pessoa. Sobre sua história, uau. Daria um conto. Que tal o fazer? Eu leria com afinco. Sobre ele te pedir em casamento, converse com sua mãe, omissão não trás nada. Olha ae meu caso. A mentira é dura, mas é mais viável. Pare de dar atenção a CDC e dê ao seu namorado. Como eu disse, escreva sua história e compartilhe ela conosco. Pense nisso. Beijo em você e Junior. Quero ser padrinho do casamento.
Diego21: Hey. Pow, mil perdões pelos vácuos. Esses dias tão osso e amanhã tô indo pra capital pra UFPA de lá em um congresso. Até minha mãe que mandou msg esses dias eu não respondi. Só to atendendo ligações e isso do povo da facu. O curso tá puxado, tô brigando com o namorado pq ele se sente ausente e tudo mais. Desculpa, Dieguinho. Beijos.
Jhoen Jhol: Bom; você falou tudo. Mal entendidos levam à discussões. Discussões à brigas. Uma conversa leva ao entendimento. Vamos esquecer essa história que é melhor. Viva a Nutella o/>
VAMOS AO QUE DE FATO IMPORTA.
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*Caio*
Eu chegara tarde em casa. Tudo girava. Não sabia dizer bem o porquê de tudo estar girando, sou um cara que bebe e não fica tão ruim como eu estava naquele momento. Talvez fosse o fato de eu ter misturado muito álcool (vodka, whisky, brejas). Eu sentia uma raiva do meu namorado Fernando. Ele mentiu pra mim, ficou escondendo as coisas quando na real deveria ter aberto o jogo e falado a verdade. Eu não mataria o mané do amigo dele, o tal André. Quebraria a cara dele de leves para ele aprender a não molestar o namorado dos outros, mas matar não. Quem ele pensava que era? Há muito tempo que eu sentia ele estranho pro lado do meu Nando, que pode ser inteligente em tudo, menos em reconhecer a malícia nos outros. E como eu amava meu pequeno, tinha que proteger ele da mira desses gaviões. Abri a porta do quarto e Nando dormia de bruços. Tirei meu relógio, meu boné e fiquei olhando ele por uns minutos. Que moleque lindo. Nunca vou saber dizer o certo, mas sinto algo além da atração nele. Vejo minha alma gêmea. Esbelto, de cabelos lisos, uma boca carnuda e uma bundinha discreta mas deliciosa. Olhando ele daquele jeito na cama, fiquei duro. Mas lembrei da nossa briga de mais cedo e resolvi não ir até ele, embora fosse o que eu desejasse fortemente naquele instante - pegar ele e beijar meu baixinho de forma selvagem e fazer amor. Trôpego, fui pro banho. Fiquei lá um pouco com o pau duro debaixo do chuveiro, pensando na bundinha que estava ali na minha cama.
Mas não, não podia avançar. Ele deveria estar pilhado com a conversa, com o Amigo dele, pois conhecia ele o suficiente para saber que sim, Fernando sentia tristeza por mim e pelo mariquinha do André. Uma ameaça. Eu saí de casa com raiva, decidido a ir até a casa desse André e ensinar umas poucas e boas praquele bosta do quartel. Mas eu encontrei uma amiga e ela me deu conselhos. Vi que minha ira não ia adiantar nada. Que não serviria para nada. Que o real problema era o André. E que com ele por perto, meu amor de mim poderia ser roubado (pensamentos de um macho dominador). Senti medo de perder o Fernando. O cara me guiou para uma vida nova, independente, eu não me via sem ele. A amiga disse para eu ir para casa, me acalmar e amar ainda mais meu namorado. Foi o que eu fizera. Amaria meu bebê e afastaria as ameaças de perto dele. Saí do banheiro, me enxuguei e deitei na cama, cheguei perto do meu guri decidido a dar um beijinho nele de boa noite. Mas ele dormia tão bem que resolvi apenas me deitar e dormir, pelado mesmo. Se André queria brincar de conquistar alguém, ele teria que ter duas rolas pra isso. Percebi que teria que parar de ciúmes e amar ainda mais o meu parça.
*Fernando*
Naquela noite, sonhei com o pesadelo da fogueira, onde eu era arrastado para queimar por criaturas sem rostos onde uma delas me filmava. Mas o sonho mudara, era André que me puxava pelos cabelos e tentava me lançar sobre o fogo e conseguia, eu lutava para sair, mas ele com seu pé, me empurrava de volta às chamas para me queimar. Acordei cedinho, suando frio. Ainda estava escuro, calcei meus chinelos e me espreguicei. Olhei pra Caio que dormia de barriga para baixo, roncando alto. Totalmente pelado, a bunda durinha e redonda exposta assim como as demais partes traseiras de seu corpão. Fui até ele e beijei seu rosto. Procurei meu chinelo com o pé, o calcei e trotei para a sala, liguei a TV sem nada ver e fiquei alí por umas boas 3 horas. A tia que limpava o apê três vezes por semana, chegou e puxou um assunto animado. Pedi pra ela caprichar no café da manhã que eu tava sem ânimo nenhum pra nada - e possivelmente Caio não estaria também. Senti uma falta enorme de minha mãe e desejei logo viajar e ver ela. A tia da faxina limpava enquanto eu ficava concentrado no Bom dia Brasil que anunciava sobre o Julgamento do Mensalão. Sempre gostei de política, mas ultimamente se falava mais em corrupção do que em política e si, escândalos e mais escândalos envolvendo pessoas que deveriam representar o povo e lutar por ele, mas que na verdade os roubava de forma criminosa! Também se falava nas Olimpíadas de Londres. Me levantei, tomei um banho no banheiro do quarto de visita porque não queria olhar pra Caio e tampouco acordá-lo, eu estava com medo dele. Me vesti e pedi pra Rosa tomar café mais eu. Ela falava e eu ouvia, e me sentia temeroso, quando Caio acordasse, o que faria? Falaria? Ele ficaria de mal, ele não olharia na minha cara. Ficaria puto. Rosa disse uma palavra que me chamou a atenção sem eu saber o porquê; aluguel.
Eu: Rosa, quanto tu paga de aluguel mesmo?
Rosa mastigava, engoliu uma quantidade exagerada de suco e se engasgou. Tossiu e falou: 300 reais, Nando. Caro né. E vocês aqui? Deve ser uma grana heim.
Eu: Não sei. Ainda não veio o boleto de cobrança ou algo do tipo, não temos um mês aqui ainda.
Semana que viria, faria um mês alí, e claro que as contas viriam. Eu, com meu salário, pagaria luz/água/TVacabo, já tinha combinado com Caio assim. Ele disse que o aluguel e tudo mais seria com ele. Quando nos mudamos para cá eu perguntei se ele não tinha extrapolado e comprado o apê, ele me assegurou que não e eu confiei - não queria ele gastando o dinheiro dele com coisas desse nipe. O aluguel, como Rosa dissera, seria de fato uma grana. De repente lá vem Caio somente de cueca e com cara amassada do sono, Rosa novamente se engasgou e ele deu bom dia pra nós despreocupado. A voz mais rouca que o normal. Se espreguiçou e eu vi seus músculos sendo flexionados, os pelos do peito/barriga/e parte da virilha enroladinhos e fazendo contraste com sua pele branca, e a mala dele visível na cueca.
Rosa: Menino, não me mata do coração! Eu tô solteira na seca e tu me vem assim logo cedo? - Disse ela exaltada. .
Caio: Desculpa, Rô. Deixa de onda que tu já viu coisa muito melhor que eu e sem cueca - falou e alisou o peitoral.
Rosa era meio assanhada, uma tia de 38 anos com a cabeça aberta e muito, muito extrovertida: Caio, você é o pão que eu queria no café da manhã pelo resto da vida.
Eu ri nervoso, não olhei pra Caio, ele veio até perto de mim e me deu um beijo na bochecha: Bom dia, amor. Rosa tá me cantando - fiquei pasmo com sua reação.
Rosa riu: Nando tava falando sobre algo a três uma noite dessas.
Caio gargalhou: Opa, tu vai ser a mulher sanduíche, Rosa. Mas logo aviso, vai levar atrás e na frente.
Ela fez o sinal da cruz: Armaria, nãmm, mininu. Desisti.
Eu ri e Rosa foi na lavanderia ver as roupas e eu quase a chamei para ficar, não queria ficar sozinho com Caio. Este sentou na minha frente: Eae, Fernando - me arrepiei.
Eu tímido: Oi.
Ele: Tudo sussa?
Eu: Caio, sem gracinha - disse sem rodeios. - Tô apreensivo com a tua reação hoje.
Caio passou geléia numa torrada: Desculpa por ontem, tá. Fiquei meio descontrolado.
Eu: Cara, eu que te devo milhões de desculpas.
Caio: Nada, baixinho. Me dei conta que vai haver isso entre a gente. Os cara vão te rondar.
Eu: Eu não quero nenhum. Tu sabe que é só você que eu amo.
Caio: Eu sei, amor. Vem cá com o pai vem - me chamou e eu fui.
Beijei cada parte do rosto dele: Desculpa, desculpa, desculpa.
Caio: Eu sempre vou te desculpar, meu nanico. Te amo de mais - ficamos nos beijando carinhosamente. - Não vou dizer pra tu ficar longe do outro lá.
Eu: Mas eu vou.
Caio: Nando, como eu disse, confio em você de olhos fechados. Mas tenta não barrelar, truta. É só contar tudo e pronto.
Eu: Ok. Sem mentiras?
Ele: Nunca.
Eu: O que te fez ficar tão calmo?
Caio: Me dei conta que tu me ama e eu sei disso, e é o que importa pra mim. Ter meu parça comigo.
Eu: Sempre, branquelo.
Caio: Assim é bom - me abraçou forte e eu reclamei fazendo ele rir. - Bora lá com o pai? No consultório dele? Preciso saber o que ele quer de aniversário.
Eu: Assim não tem graça. Tem que ser surpresa - reclamei.
Caio: Ele não gosta disso, assim como tu. A mãe vai fazer uma festa pra ele e tudo mais. Só pra sustentar a imagem de casal-de-boa.
Eu: Sua mãe é meio louca - e lembrei o que Lise me falara sobre ela. Mas deixei pra lá, eu não ligava pra surucucu de grife.
Caio: Tu não faz ideia - falou ele revirando os olhos e me dando outro beijo.
O aniversário do meu sogro seria naquela semana, numa Quinta-feira. Teria uma festinha na quarta na casa dos Calson e meio mundo iria, pois seu Cá era muito conhecido e querido. Descobri através de Lise, que minha sogra restringira algumas pessoas a comparecerem por não ser da estirpe deles. Caio me dissera que ela fizera uma lista de convidados, seu Cá com raiva jogou a lista na lareira da sala e falou "a festa é minha, mulher! Vai vim quem eu quiser" e os dois trocaram tiros por um bom tempo. Até que minha sogra, resignada, disse "tudo bem" e permitiu a ralé a ir para o evento. Eu tinha quase certeza que meu nome não constava naquela lista. Fomos à clínica do meu sogro que sempre me recebia bem. Eu amava aquele ser humano simpático que não tirava o sorriso acolhedor dos lábios. E como conversava, ahh, eu me perdia nas conversas e se ninguém não nos separasse, passaríamos o ano trocando ideia. Ele disse pra eu chamar o compadre dele (meu pai) e que não queria presente.
Seu Cá: Que presente melhor do que ter um genro de ouro desses?
Caio falou enciumado: Não exagera, pai.
Seu Cá: Ciúmes, filhão? Rapá eu me adimiro como fui fazer um cabra desse tamanho. Olha o tamanho do piá, Nando. Foi uma foda muito da sua gostosa, êta trem louco - falou medindo Caio com a mão.
Eu me acabei de ri: Dona Helena e o senhor capricharam no produto.
Caio: Ai, meu Deus, não mereço ouvir esses lances.
Eu abracei Caio: Valeu, seu Cá, pelo meu presente.
Trabelhei tão bem naquele dia, não sabia dizer o que era, mas algo ainda me incomodava em meio à tranquilidade. Só que o peso fora tirado sobre mim e Caio agora sabia de tudo. André não foi comprar pão naquele dia, nem no outro. Era melhor assim para nós dois. A padaria fechou cedo por causa de um jogo de bingo que meu pai iria e eu resolvi ir no shopping com Caio. Escolhemos um relógio para meu sogro e uma caneta chique de 90 reais como presentes. No outro dia seria a festa, e eu estava ansioso por causa da minha sogra. Eu tinha medo daquela madame antipática. No shopping ainda, aproveitei para comprar uma roupa para mim e Caio se esbaldou em gastar. Encontramos Kelly, uma amiga minha que era afinzaça de Caio e que sempre me zoava dizendo que um dia tomaria ele de mim.
Caio: Essa mina é meio estranha.
Eu ri e olhei pra ela que se distanciava com outras duas amigas: Eu só conheço gente estranha.
Caio: Kualé, sou estranho não. Sou de boas.
Eu: Tu é o mais estranho possível.
Caio viu uma loja e sorriu safado: Hey, a nossa lista de sexo em lugares consta provador de roupas?
Eu fiquei sem entender, ele apontou com a cabeça para a loja do lado. Depois saquei a dele e peguei sua mão. Uma coisa que eu não tinha brema; pegar na mão de Caio em público. Claro que a gente não andava de mãos dadas em todos os cantos, minha mão suava muito e a dele também, e para poupar brigas, por parte de Caio e minha também, caso alguém nos ofendesse, eu prefiriria assim. Entramos na loja, não tinha muitos clientes. Falamos que éramos irmãos pra uma das moças que trabalhavam lá e pegamos uma pilha de roupas. Levamos pro provador e lá Caio já foi botando o pau pra fora e me mandando mamar. Tinha um espelho do nosso tamanho lá dentro e transamos olhando nossos reflexos. A vendedora batia de quando em vez na porta e a gente dizia que ainda estava decidindo qual roupa levar, eu dizia isso e a pica de Caio entrava e saía vigorosamente de mim. Ele usou uma camisinha, para não sujarmos nada com a gala dele e foi na base do cuspe. Era meio incômodo o preservativo e pra me recompensar, ele chupou meu pau e eu gozei na boca dele, o mesmo engoliu a gala inteira e mostrou a língua obediente - eu amava Caio por ele me completar sexualmente. Compramos algumas roupas sem nem ao menos saber se serviam na gente para mantermos a farsa. Caio ria e a atendente olhava pras nossas cara com desconfiança. Da loja, ficamos andando pelo shopping, comemos algo e ficamos brincando um com outro e relembrando nossos tempos de traquinas, os tempos jovens. No estacionamento Caio me pegou firme e me beijou com um desejo doído, fez seu aperto de urso e mordia meus lábios selvagem.
Caio: Ahh, não canso dessa boca.
Eu rindo feliz: E eu não canso de ti.
Fomos pra casa e no caminho paramos num salão de beleza masculino, aqueles bem medíocres onde o corte era 5 conto. Havia tuvos de cabelo por todo o chão do lugar e homens de todos os tipos. Cortei o meu baixinho e Caio resolveu raspar a cabeça. O cabelo dele tava lindo grande, mas ele insistia em ficar careca.
Caio falou quando voltávamos pro carro: Amor, se cabelo fosse bom não crescia no cu.
Eu me dobrando de ri: Essas tuas pérolas são fodas, amor.
Em casa, banhamos num amasso delicioso, sem sexo, e depois assistimos um filme. Acabamos dormindo no sofá e fomos pra cama tarde da noite. Dormimos abraçados com eu sendo a concha maior. Que casal lindo.
*
- Ainda bem que parou de chover mais cedo. - Falei pra Caio enquanto ele dirigia até sua casa. - Espero que na festa role umas streeps e ahh. Ahh, ahh tchim! Porra, como fui gripar assim tão rápido?
Caio rindo: Relaxa, espirra na cara da mãe, ela vai adorar.
Eu: Jesus! Já pensou? Caramba, ela me mataria só com o olhar dela. Estilo Ciclop.
Caio: Chegamos. E te liga, não dá trela pra mãe. Ela anda falando muita bosta.
Eu: O filho puxou pra ela.
Caio: Vou te matar agora, muleque lazarento - ele me fez cócegas e eu tentei me libertar dele.
O dia tinha amanhecido debaixo de um dilúvio feroz. Lá pelas 11 da manhã parou, eu estava de boas quando fui trabalhar e voltei pra casa mole e espirrando. Tomei um remédio, um banho quente e viemos pra casa dos meus sogros, mas a gripe - discreta - ia se apoderando de cada célula do meu corpo. Quem estuda biologia, sabe que o mal estar provocado pela gripe, é nada mais do que seu corpo ativando as defesas, com milhões de glóbulos brancos a fim de caçar e destruir qualquer invasor. Assim, muitas vezes, quando você está doente, o que está sentindo não é a doença em si, e sim as reações do seu próprio sistema imunológico. De qualquer modo, ficar doente é uma reação lógica à infecção, pois assim, os doentes recolhem-se ao leito e, desse modo, ameaçam menos a comunidade como um todo. Eu precisava de repouso. Contudo, jamais faltaria à festa de seu Cá. Pensei na possibilidade de infectar minha sogra; ri malicioso.
A porta de entrada da casa de Caio tinha sido trocada, havia uma enorme agora, de madeira e rústica. Quando entrei, não vi o que esperava ver. Era uma festa com pessoas conversando, gente comendo, garçons indo e vindo, tudo bem normal. Eu achei que iria ter gente de terno e mulheres com vestidos longos e jóias caras, caviar e violinos, gente muito rica com pessoas muito ricas. Era normal. A casa tinha sofrido alguns ajustes desde a última vez que eu havia ido alí; o lustre do teto da sala trocado por outro maior, uma lareira mais moderna queimava preguiçosamente em chamas fracas no lugar do que era antes uma tradicional. Do lado da sala havia sido colocada uma parede de vidro que dava pra ver todo o enorme jardim e piscina, fomos até lá e havia uma tenda branca com mais pessoas conversando/rindo e uma mesa larga abarrotada de comida no centro da tenda.
Vimos seu Cá conversando com uns homens risonhos e fomos até ele: Filho, Nando - exclamou ele feliz quando nos viu.
Caio o abraçou: Feliz aniver, velho. 500 anos de idade é pra poucos.
Seu Cá: Olha a graça, mocinho. Fernando!
Eu: Parabéns, sogrão. Muitos anos de vida. Não me abraça que eu tô contaminado com gripe.
Seu Cá: Que nada, vem cá - e me abraçou. - Obrigado, filho. Cadê o seu pai?
Eu: Ele não pôde vir por causa de um problema com a chuva. Mas mandou felicidades.
Ele: Ahh, aquele Hilton, vai me pagar quando eu ver ele. Mas fiquem à vontade. Estou feliz por ter meus dois rapazes aqui.
Caio: Nunca iríamos faltar né, pai.
E então vi ela novamente, minha sogra. Usava um vestido preto e branco lindo, colado ao corpo realçando suas curvas. O cabelo cortado a altura dos ombros e tão sedosos quanto o ar. Ela fitou os olhos em mim, como uma águia. Mas não foi nela que eu prestei atenção, era na menina do seu lado, a tal Roberta. A menina estava linda, exuberante. Da última vez que eu a vira, senti certo receio, agora, vendo ela novamente, eu me sentia completamente ameaçado. Roberta tinha um corpo trabalhado, o vestido lhe realçava a cintura e o rosto tão belo que até eu mesmo me apaixonaria por ela.
Foi quando dei por mim que as duas vinham em nossa direção e um pânico cresceu dentro de mim. Dona Helena parou do lado do marido e falou: Chegou o casal - senti o veneno na palavra "casal".
Roberta: Oi, Caio. Oi, Fernando - sua voz era tão doce. E ela exalava um perfume e simpatia sem-igual.
Caio: Falae.
Eu tímido: Oi, Roberta. Oi, dona Helena - essa última me olhou, fria.
Roberto surpresa: Lembra do meu nome?
Eu: Cla-claro... Como esquecer?
Dona Helena encarou-me como um réptil e sibilou: Se não fosse quem fosse, pensaria que você acabara de cantar a Roberto.
Eu olhei pra ela e ri: Se eu não fosse quem fosse, e não namorrasse quem namoro, cantaria-a com todo o gosto.
Caio riu e seu Cá o acompanhou. Roberta soltou um risinho lisonjeador: Obrigado.
Seu Cá: Menina Roberta é muito linda mesmo. Uma deusa pagã das terras tropicais.
Dona Helena: Olha o respeito, Caique.
Caio: Mãe, relaxa.
Roberta: Fernando, você parece com um primo meu que cursa medicina aqui na UFPA.
Eu: Um primo bonito, presumo - todos riram, menos minha sogra.
Ela: E você, Fernando - pronunciou meu nome com um certo nojo -, qual curso pretende prestar esse ano?
Eu: Adiei minha faculdade pro ano que vem, dado aos acontecimentos que me ocorreram.
Ela: Quanto futuro - observou ela crítica.
Seu Caique: Helena, o menino sofreu um acidente.
Ela: Causado pelo o que ele é. Não foi isso?
Caio: Mãe, pelo menos hoje não né.
Eu: Pelo o que eu sou? Como assim?
Ela levantou uma sobrancelha: Gay, oras.
Eu: Ninguém merece nada de mau por opção religiosa ou sexual, dona Helena. O problema é a ignorância humana em entender isso. - Joguei o verde e ela colheu.
Ela: Ir contra o certo é errado e por isso as consequências são inevitáveis.
Ela era meu pai nos tempos de intolerância e preconceito, numa versão perua. Eu ri e fiquei calado, não valeria a pena, não no dia da festa do meu sogro. Caio assinalou pra ela: Eu sou também, e daí?
Dona Helena: Você não era.
Caio: E nem ele.
Ela: Duvido - disse em tom de debique.
Roberta: Tia, vamos parar...
Caio: Escuta aqui mãe, a senhora tá passando dos limites.
Ela rosnando baixo: Quem passou foi você com essa história maluca. Com esse monte de minhoca que esse aí (eu) colocou em sua cabeça. Esse viado.
Seu Caique: Chega! - Falou alto e todos olharam para a gente. Baixou o tom da voz. - Helena, se você voltar a ofender esse rapaz aqui mais uma vez, amanhã mesmo assino os papéis do divórcio.
Ela riu perigosa, o batom em sua boca destacando seus lábios finos: Falei alguma mentira?
Caio: Basta, mãe.
Ela: Silêncio, menino.
Seu Cá: Sai daqui, Helena, você sabe estragar o dia de qualquer um.
Ela olhou para mim com o mais dos profundos ódios e saiu. Roberta a seguiu: Desculpa, gente. Fernando, Caio - balançou apressada a cabeça como os orientais fazem.
Seu Cá: Tomam um champanhe comigo, genro e filho? Esqueçam ela.
Eu: Claro, sogrão. O dia é seu.
Caio: Vamo encher a cara.
Um garçom trouxe umas taças cheias para nós e bebemos, brindando ao dia do meu sogro. O sogro mais foda das galáxias. Depois disso, fomos pra perto da piscina, Caio, Lise, Roger e eu, e ficamos numa mesa. A festa era tão leve e agradável, que você não ia pra dançar e encher a cara, você sentia que era uma comemoração festiva calma e isso era bom. Tranquila e amistosa como o aniversariante. Seu Cá cortou o bolo e seu primeiro pedaço foi ao filho que ficou corado quando recebeu a fatia e mais um bucado de beijos do pai. Tenho espírito de pobre, e comi o que os olhos me mostravam, bebi mais refrigerante do que álcool; em um certo momento rolou um dance e lá estava meu sogro dançando com umas mulheres ricas, mas tão extravagantes quanto ele. Fiquei sentando ao lado de Caio e perguntei.
- Amor, cadê os meninos? Mário, Juan e etc.
Caio: A mãe disse que meus mano de academia não podiam vir porque não eram amigos do pai.
Eu: Que besteira.
Caio chegou perto do meu ouvido: Eles tão de boa, com tanto que eu leve bolo pra eles.
Eu ri: Sua mãe nunca vai aceitar a gente heim.
Caio: E eu lá ligo pro que ela aceita. Ahh, e que tal a gente aproveitar o perigo e adicionar mais um local na nossa lista?
Eu cuspi meu refrigerante: Nem pensar! Além de favelado, viado, interesseiro, eu não quero ser depravado aos olhos da sogrinha.
Caio: Foda-se ela. - Ele apalpou minha coxa por debaixo da mesa e apertou meu pau e sussurrou manhoso. - Fode teu leke, vai. Come o rabo do teu mano aqui.
Eu: Não dá asas a cobra - adverti.
Ele: Vamu?
No momento em que eu ia falar algo, um garçom apareceu e falou alguma coisa para Caio que eu não ouvi direito. Ele se retirou e Caio se levantou: Amor, a mãe parece que tá passando mal. Deixa eu ir lá com ela. Já volto. Bora alí, Lise.
Lise o acompanhou e ficamos Roger e eu sozinhos. Comecei a falar e Roger dizia que a cada dia se via apaixonado por sua naniquinha gringa. Abordei o fato de ela ir pra Minas e ele disse que faria ela protelar ao máximo. Contou que no próximo final de semana ele iria chamar ela pra Soure para comemorarem um mês de namoro. Achei tão fofo e Soure tem uma mágica exótica, que apimenta qualquer casal. Minha bexiga reclamou e eu tive que me levantar e ir num banheiro. Roger disse que ia também e já aproveitaria pra chamar Lise que fazia uns 15 minutos que entrara com Caio.
Roger: Essa tua sogra é fogo heim.
Eu: Se é. Mas Roger, se põe no lugar dela. Ter um filho gay não é legal. Nenhum pai quer isso.
Roger: Nando, se eu tivesse um filho, estaria feliz vendo ele feliz. Isso que ela tá fazendo é frescura. Caio mudou de mais, tá mais responsável, menos brigão, falou até sobre trabalhar esses dias. Ela tem que ver que tu tá mudando o filho dela pra melhor. Tá tornando ele um homem.
Entramos na sala e seguimos um corredor pequeno: É, Roger. Mas uma mulher talvez faria isso tão bem quanto eu.
Roger: Ou não. Não vê o Mário? A mulher fudeo com o psicológico do cara e ele vivi aí, na deprê. Ih cara (ele abriu a porta do banheiro) tá ocupado.
Eu: Vamo por aqui, deve ter mais banheiros em algum canto. Não vamos lá em cima, eles devem tá lá com a sogrona.
Viramos a esquerda do pequeno corredor e vimos outro mais longo, cheio de portas, branco e chique. As paredes tinham quadros de quando Caio era pequeno, pinturas lindas e fotos de Helson. Abrimos algumas portas e achamos um banheiro. Roger entrou e eu também. Ele falava sobre sogras e família de modo despreocupado enquanto eu espremia uma espinha próxima ao queixo no espelho, aquelas espinhas que quando saem parece um míssil. Roger mijou e falou "não vai olhar pro meu pau heim".
Eu: Vai te fuder, Zé-buceta. Olharia pra bunda, de pau eu tô farto.
Roger: Duvido. Mano, não entendo como tu aguenta Caio. Já vi ele pelado na academia, chega dói em mim quando penso em ti e... Caralho, mano. Deve ser hard.
Eu: Isso se chama amor, tio. Aguentar vara de um pião daquele só pode ser amor.
Roger: Ou tu nasceu pra sentar na vara.
Mandei ele ir por inferno e ficamos de zoação quando ouvimos algo ser quebrado, vidro. Abrimos a porta um pouco e olhamos o corredor, uma porta quase de frente a nossa se abriu, mandei Roger desligar a luz do banheiro e ficamos olhando escondidos. Seu Cá estava com a mão na maçaneta e falava algo: ...pois você deve parar com isso, Helena. Vai perder o filho e o marido.
Ouvimos a voz de dona Helena e parecia furiosa: Que marido?! Você e esse carpete estão sendo a mesma coisa aqui nessa casa. A diferença é que o carpete é útil.
Não dava pra ver muito bem a sala, pois seu Cá obstruía a visão, mas parecia ser um escritório. Ouvimos vozes tranquilizando o ambiente (Roberto, Lise e Caio). Seu Cá falou: Pois vou embora hoje! Que fique decidido - e saiu aborrecido, fechou a porta mas ela ficou entre aberta.
Ouvimos a voz de Caio: Mãe, não é assim que funciona as coisas.
Sogra: Não fique contra mim, não fique! E Liesel, sua presença nessa casa já não é mais bem vinda ou esqueceu? - ela falava chorosa.
Caio: Porra!, mãe. Não desconta em ninguém. Tu vai ficar sozinha mesmo. Só vai afastar as pessoas de você.
Lise abriu a porta e saiu. Fechou-a e não deu para ouvir nada. Roger falou: Caralho, que barra isso aí. Deixa eu ir ver Lise - e saiu e eu fiquei.
Eu: Verdade - mal terminei de falar e Caio abriu a porta e sua mãe completava algo gritando: ...mil vezes melhor. Daria a mim netos. Helson seria milhões de vezes superior que você. Só estou tendo desgosto na minha vida contigo. E pelo amor de Deus, tira aquele rato favelado da minha casa porque se eu cruzar com ele, não sei do que serei capaz.
Caio: Eu vou embora mesmo!
Ela: POIS VÁ. ERA PRA ELE ESTÁ VIVO. NÃO VOCÊ. ERA PRA ELE ESTÁ AQUI DO MEU LADO. MEU HELSON. ERA PRA VOCÊ TER MORRISO, NÃO ELE!
Caio: Vai pro inferno, louca - e saiu pisando forte e irado.
A porta ficou entre aberta e vi que era sim um escritório. Roberta falou: Não é assim que tem que ser, dona Lena. Caio não merece ouvir essas coisas. Você não deve falar isso pro seu filho.
Sogra bebendo algo: Se eles quiserem ir que vão, não vou aceitar isso. Não vou. E ainda mais com aquele faveladinho que quer ter uma boa vida às custas do meu único filho. Acha que vai ficar tirando dinheiro da gente fácil, está enganado. Vou infernizar até o fim.
Roberta: Dona Lê, já falamos sobre isso. É isso que Caio quer. E o menino não é interesseiro.
Dona Helena: É sim! Todo pobre quer só uma coisa. Dinheiro. Ele está fazendo a cabeça do meu Caio.
Roberta: Claro que não! Caio ama ele. A senhora não enxerga isso? Ele quer a vida dele assim.
Ela obstinada: Não quer! Naquele dia, ele dizendo que estava confuso quanto a relação. Ele estava triste, como você bem disse.
Roberta: Ele só estava furioso, como eu bem disse. Me ligou e saímos e ele aparentava estar confuso, tinha tido uma dr. A gente só conversou e Caio se abriu comigo.
Sogra: Vocês dois eram pra estar juntos. Agora ele está nesse relacionamento beco-sem-saída-genético e jamais terei um neto. Uma relação doente. Sabe lá Deus com quantos aquele favelado não ficou. Vai que passa uma doença pro meu filho e... Fecha essa porta, por favor.
Roberta: Dona Lê, pare com isso e...
- a porta foi fechada. Abri a do banheiro e corri pra onde as demais pessoas. Procurei Caio, vi Lise e ela disse que ele estava atrás de mim. Não achei ele. Meu celular ficara no carro. Não vi seu Cá. A festa rolava solta, mas eu queria ir embora. Quando eu ia saindo, a porta enorme abriu e trombei com Caio.
Caio com os olhos vermelhos: Onde cê tava?
Eu: No banheiro.
Caio: Vem, vamo embora - ele pegou minha mão e me puxou. Lá fora estava seu Cá.
Seu Cá: Não fica assim, meu filho. Vai pra casa e não pense na sua mãe. Vou pra um hotel e amanhã, quando ela tiver calma, a gente conversa.
Caio: Desculpa, pai.
Seu Cá: Quê isso, meu rapaz. Nando, leva ele pra casa e se cuidem, meus filhos. O importante é a felicidades de vocês. Vai que eu te ligo.
Eu: Seu Cá, vai lá pra casa. Tem um quarto extra. É sua casa também.
Seu Cá deu um beijo na minha bochecha: Obrigando, Nando. Vou resolver tudo aqui e quem sabe eu vá.
No carro, comigo dirigindo, fiquei calado, assim como Caio que olhava pelo vidro e fungava baixinho. Peguei sua mão. Ele estava triste por tudo e talvez se culpando por isso, afinal... os pais brigavam por causa do seu relacionamento. A situação dele era a mesma da minha com minha família, e os sentimentos eram os mesmos. Mas eu não deixaria ele sozinho assim como ele jamais me deixou em momento nenhum. Só que em meio a tudo aquilo, uma parte da conversa revirava meu cérebro.
"Me ligou e saímos e ele aparentava estar confuso. A gente só conversou e Caio se abriu comigo" falara Roberta. Caio confuso, ele e ela conversando, ele ligou pra ela. Confuso, ligação, conversa, amigos, confuso, ligação, amigos, Roberta, confuso... Tudo aquilo girava na minha cabeça e eu me sentia desconfortável pelo fato de Caio não ter me contado, nunca, que era amigo de Roberta. Bom, naquele momento eu sentia na pele como era quando alguém omitia algo pra você. Mas eu não tinha tempo para ciumes bestas, pois do meu lado, meu namorado precisava de mim.
Continua...
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Ficou enorme esse capítulo. Se vocês quiserem menores eu diminuo gente. Só dizer. A parte de Caio, foi de imporviso. Eu conversei com ele sobre esses tempos e ele me falou essas palavras e eu escrevi. Acrescentei algo aqui e alí. Espero que tenham gostado. Flw. E até sábado.