Continuação...
-Nossa! -A garota pulou em cima e antes que ela podesse fazer qualquer coisa, intervi:
-Pára. -Falei alto.
-Por que? -Me perguntou com uma cara de decepção enorme, antes de eu responder:
-Eu quero filmar...
-Sério? -Os olhos dela brilharam.
-Sim... -Sorri, me levantei e sobre os olhares da estranha, fui até minha bolsa, onde estava minha câmera, peguei e entreguei a ela.
-Onde eu coloco? -Perguntou me olhando.
-Sobre aquela mesinha. -Respondi me deitando novamente.
A garota foi até a porta e a trancou e depois foi até a mesinha com a câmera em mãos e enquanto a instalava, passei a pensar no que estava prestes a fazer.
Quando a garota voltou, se jogando sobre mim, a empurrei.
-O que foi? -Perguntou, enquanto tentava lamber meu pescoço.
-É melhor não. -A olhei nos olhos.
-Por quê? -Pareceu decepcionada.
-Por que não é justo. E eu não quero.
-Tudo bem... -A garota saiu de cima de mim e depois do quarto.
Eu fiquei em silêncio e depois de alguns segundos, veio o choro. Eu nem sabia ao certo por que chorava.
Depois de algum tempo, acabei adormecendo e quando acordei, passavam das oito da noite.
Levantei e fui tomar banho, Júlia havia chegado, trocamos algumas palavras e eu saí sozinha.
Fui pra praia e sentei na beira do mar. Lá, pensei muito na minha vida e em tudo que Valéria havia me falado no quarto. Será que tudo aquilo era verdade? E por que ela mandou a jardineira pro meu quarto?
-O que vc tá fazendo aqui? -Olhei pro lado e vi Valéria. Estava tão perdida que nem a vi chegar.
Eu logo me levantei e ía sair.
-Ei, vc não ouviu minha pergunta? -Perguntou, segurando meu braço.
-Me deixe em paz, por favor. -Pedi com os olhos começando a marejar.
-Qual é a sua, hein? -Perguntou apertando mais meus braços. Eu não respondi, apenas fiz uma expressão de dor. Ela continuou: -Só sabe chorar!?
-Eu não te fiz nada! -Falei, tentando puxar meu braço.
-Ah fez sim! Me prometeu que não me trairia mais e dormiu com a jardineira! -Ela gritou. Sorte que não havia ninguém por perto.
-Eu não dormi com ninguém e foi vc quem mandou ela pro meu quarto! -Foi a minha vez de gritar.
-Por que vc é... Age como uma... -Ela se calou.
-Fala! -A encarei séria.
-Vadia... -Soltou baixinho, quase inaudível.
Eu apenas me soltei e saí correndo. Ela saiu atrás de mim e próximo a uma enorme pedra a beira do mar, ela me alcançou e me derrubou no chão.
-Ai... -Continuei chorando, agora pela dor da batida.
-Desculpa, eu não quis... -Tentou se desculpar, debruçada sobre mim.
-Sai... -Pedi entre as lágrimas.
-Não... -
Nossos rostos foram se aproximando e nossos lábios roçaram timidamente, até eu sentir a língua quente e molhada de Valéria tocar meus lábios, pedindo passagem.
-Ah... -Suspirei, abrindo os lábios pra sua língua, que não demorou a explorar minha boca, naquele beijo atrevido que eu já conhecia bem.
-Que saudade dessa boca... -Gemeu Valéria com os lábios ainda colados nos meus, depois do beijo.
Eu mordi meu lábio como que consentindo e logo recebi outro beijo que eu parei, pra respirar.
-Vc tá quente... -Falou colocando uma das mãos por baixo de meu vestido, na coxa, e outra em minha testa.
-Eu devo estar com febre. -Menti na tentativa de afastá-la, enquanto gentilmente retirava sua mão.
-Hum... -Murmurou sem parar o que estava fazendo. Olhei ao redor e não havia ninguém, estava escuro e algumas ondas atrevidas tocavam nossos pés.
-Eu quero sair daqui. -Falei depois de algum tempo.
-Shhh... -Sussurrou pedindo silêncio, com um dedo em meus lábios, a mão que estava em minha coxa, havia subido e se insinuava na barra da minha calcinha.
Outro beijo, para me calar, dessa vez mais quente e molhado ainda.
-Hmmm... -Gemi contra seus lábios, fiquei ofegante quando senti minha calcinha descer até o joelho enquanto suas mãos acariciavam minha pele.
O beijo parou, terminando em breves selinhos, enquanto Valéria desabotoava meu vestido e eu, timidamente, enfiava as mãos por debaixo do elástico de sua calça, tentando retirá-la.
-Essa langerie... -Ofegou, olhando em direção aos meus seios e joelhos e percebendo que usava a langerie vermelha que ela havia me dado juntamente com o vestido, a primeira vez que saímos.
Eu mordi meu lábio inferior, tentando me conter e ao mesmo tempo, apressá-la. Ela voltou a me beijar, mas dessa vez no pescoço.
Eu a conhecia e sabia que ela iria me torturar e como estávamos em um lugar público, decidí arriscar. A puxei pra cima e enquanto olhava no fundo de seus olhos, baixei sua calça como pude, a obrigando a se erguer ligeiramente e retirá-la. Em seguida, empurrei minha calcinha até os pés e a encaixei entre minhas pernas.
-Ah! -Valéria gritou assim que minhas unhas cravaram em suas costas, como um apelo mudo e logo, passou a se mover sobre mim.
-Ohh... -Foi minha vez de gemer com seus movimentos. Com ela, tudo era perfeito e cada vez se aperfeiçoava mais...
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-Helena! -Abri os olhos e vi minha mãe... Chorando.
-Mamãe... O que houve? Onde eu estou? -Perguntei, olhando ao redor. Tudo parecia rodar. Dentre tudo o que me passava pela cabeça, eu só tinha certeza de uma coisa: eu estava em um hospital. De novo?
Continua...
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