Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, gente! Desculpem-me por não ter publicado na segunda, mas meu orientador me liberou mega tarde e eu cheguei em casa e só dormir. Mas como eu havia publicado no sábado e no domingo, não fiquei com tanto peso na consciência. Kkk
Bom, mas aí está mais um capítulo! Um beijo em todos! Em breve eu volto a comentar, já já me livro da minha dissertação e volto a ter vida.
Boa leitura!
Até sexta!
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- Oi, meninos!
- Oi!
- Oi, Brunete!
- A gente pode conversar? – Ele me perguntou
- Pode!
Ele foi andando e eu fui atrás dele.
- Gui, espera aqui. Nós já vamos almoçar.
- Tá! Eu fico aqui com o Pi.
- Tá bom! – Eu me afastei dos meninos – O que foi, Bruno?
- Amor... – ele disse passando a mão na cabeça
Quando ele começava assim, seriam horas de desculpas...
- Oi?
- Eu passei dos limites de novo, né?
- Sim!
Sophie se jogou, quase caindo, para o colo dele.
- Oi, filha! Deixa o papai falar, tá? – Ela ficou olhando para ele e depois começou a belisca-la – Amor, desculpa! Eu só não gosto de te ver dando mole para outro cara.
- Bruno, eu não estava dando mole. Eu estava falando com um amigo, e até onde eu sei sorrir para um amigo não significa que eu estou te traindo.
- Aaaah, eu só não gosto de te ver com outro cara.
Ele nunca foi o tipo ciumento, eram poucas as vezes que ele demonstrava de fato o ciúme que ele estava sentindo. Por isso, achei beeeem estranho o fato dele ter dado aquele chilique.
- Ok! Mas eu vou continuar falando com meus amigos, sinto muito. Nós já conversamos sobre isso e tu sabes que eu não vou mudar. Se eu estivesse dando algum motivo para desconfiança, ok. Mas, eu só estava falando com um amigo. O que tá te dando? Tu nunca foste assim.
- Eu só não gostei desse cara, só isso. Tem uma energia negativa. Não te aproxima dele de novo, por favor.
- Eu hein! Tá, eu nunca encontro com ele mesmo...
- Mas tu deste teu número para ele.
- Grande coisa... ele nem vai me ligar.
- Só me promete ficar longe dele...
- Tá, tá bom!
- Tu não estás com raiva não, né?
- Deveria, mas não.
- Ufa, ainda bem! E cobre essa bunda!
- Tu estás pedindo para apanhar, hoje, né?
- Tô brincando... – Ele sorriu e me abraçou rapidinho, afinal não podíamos ter muita demonstração de carinho em público já que nossa sociedade ainda vive na era das pedras.
- Vamos voltar pra lá com o pessoal, eu tô com fome e o Gui deve estar morrendo de fome já que ele pulou feito um macaco louco naquela piscina.
- Ok!
Nós voltamos até os meninos e depois fomos todos para o restaurante. Primeiro o Bruno fez o prato do Gui e depois ele fez o meu e o dele, eu não poderia fazer, pois eu estava dando a comidinha da Sophie. A comida dela eu sempre trazia de casa, nunca gostei de dar comida de rua para ela, quando ela era bebê. Eu sempre tive muito cuidado com a alimentação da minha família.
Enquanto eu dava a comida da Sophie, o bruno almoçou. Quando eu terminei com a Sophie, eu a entreguei a ele e fui almoçar. O Gui comeu duas vezes, aquele moleque esfomeado. Mas qual moleque não fica com fome depois de uma piscina? Não sei quem comia mais: Dudu ou Gui? Eu achava incrível como o Dudu comia e não engordava. Eu tinha uma raiva mortal dele por causa disso. Se eu comece um grão de arroz a mais, seriam mais dois quilos na balança.
- Mano?
- Oi, Gui!
- Bora tomar sorvete?
- Vamoooos!!! – Ele sabia que eu nunca dispensava um sorvete
- Eu quero também! – Bruno disse
- Eu sei! Vamos lá, Gui!
Eu levei meu irmão até a parte do restaurante destinada às sobremesas e o deixei escolher livremente o sorvete dele. Ele não pegou nem a casquinha, ele pegou logo um copinho, que não era tão “inho” e encheu de sorveteS, no plural mesmo, pois foram vários sabores. Deixei ele aproveitar um pouco. Eu coloquei sorvete para mim e para o Bruno. Ele ama sorvete de tapioca, o que eu não suporto. Eu prefiro sorvete de abacaxi, com pedaços da fruta.
- É de tapioca? – Ele perguntou logo
- Claro que sim!
- Te amo, amor!
- Como vocês se conhecem tão bem? – Dudu perguntou – Se eu fizer isso com o Pi, ele é capaz de encontrar sorvete de taperebá (uma fruta daqui do norte) e trazer. Só por que eu não suporto taperebá.
- Te manca, moleque! – Pi deu um tapa na cabeça dele – Eu sei que tu amas sorvete de chocolate ou de flocos, ou de morango, ou de caipirinha, ou de vinho. É só escolher besteira ou bebida que tu ficas feliz, amor.
- Até parece! – Dudu disse
- O Pi tá certo, Dudu! Tu comes muita besteira, mano.
- E vou continuar comendo, não vem com aquele papo de natureba.
- Não falei nada!
- Vamos lá pegar sorvete também, amor? – Pi disse
- Vamos! Vai querer macumbeira?
- Vou, viado sinistro amante de lixo alimentar!
- Do que tu vais querer, mãe Jurema?
- Traz o mesmo do Antoine!
- E qual é o dele?
- Se eu o conheço bem, deve ser de abacaxi.
- Esse mesmo! – Eu disse me deliciando com meu sorvete
Gui nem escutava o que a gente falava. Além da montanha de sorvete, ele colocou várias guloseimas em cima.
- Ei, vai com calma aí!
- Tá muito gostoso! – Ele disse todo lambuzado
- Com ele, tu não enches o saco, né? – Dudu disse
- Ele não come isso todo dia, uma vez ou outra não tem problema, não. Já tu... tu comes porcaria toda hora.
- Como mesmo! Vou pegar meu sorvete!
- O nosso, né querido? – Jujuba disse
- Macumbeira abusada!
Nós nos divertimos bastante após o almoço, todos nós fomos para a piscina e brincamos bastante. O Gui ficou um pimentão vermelho, e olha que eu passei bastante protetor solar nele, por que eu sabia que se ele chegasse naquele estado em casa, Maman surtaria.
- Vamos, Gui? Tá na hora de sair um pouco da piscina. – Eu disse
- Ah, não, mano!
- Ah, sim! Vem, vamos lanchar! Daqui a pouco nós já vamos pra casa.
- Mas já? Tá cedo ainda!
- Cedo nada! Vem logo, mano!
Ele saiu a contra gosto da piscina e veio junto comigo. O lanche eu tinha levado, pois eu não gostava das porcarias da lanchonete de lá. Enquanto eu esperava os meninos, com a ajuda do Bruno, deu tempo para ajeitar a comida da Sophie e preparar uns sanduiches rápidos. Nós todos lanchamos, ficamos mais um pouquinho lá pelo clube e depois fomos embora.
- MON DIEU!!!! OLHA O ESTADO DESSE MENINO! ANTOINE, POR QUE TU NÃO PASSASTE PROTETOR NO TEU IRMÃO?
- Maman, eu passei muito protetor nesse menino, acredite! Não sei por que ele tá tão queimado assim. A senhora sabe como eu sou chato para essas coisas.
- É, ele é igual a senhora, Maman! – Gui disse
- Ai, isso vai me dar trabalho à noite.
- Cadê a Sophie?
- Tá lá no carro, eu só vim deixar o Gui.
- Eu vou lá dar um cheiro na minha neta.
- Tá!
Nós fomos até o carro e ela já foi pegando a Sophie, Maman era louca pela neta.
- Aaaah ma petite! Comment vas-tu? Et tes papas, est-ce qu’ils ont pris soin de toi ?
Sophie era só festa quando a Maman falava com ela. Minha filha era tão alto-astral, que eu não me lembro dela chorar muito quando era bebê. Claro que ela chorava, mas eu não lembro dela ficar horas sem fim, como muitos bebês fazem, chorando por nada. Ela só chorava quando ela estava dodói e às vezes quando ela estava com sono e a gente não a colocava para dormir, fora isso, era muito difícil.
- Maman, me dê ela! Nós já vamos!
- Esse teu pai é chato demais, né minha filha? Ele só quer vir aqui assim, agora. Ele nem liga mais para a Maman dele.
- Opa! Não é assim! Vocês é que não ligam para mim, ou é Bruno ou é Sophie para vocês.
- Que mentira, Antoine!
- Maman, não vamos nem conversar sobre isso, agora, ok? Deixe eu ir!
Ela me passou a Sophie e eu dei um beijo nela.
- Venham jantar amanhã aqui, tá?
- Tá bom, Maman! Mas, eu não poderei ficar até tarde, no outro dia eu dou aula cedinho.
- Tudo bem!
- Tchau, Ange! – Bruno disse de dentro do carro
- Tchau, meu filho!
Eu coloquei a Sophie na cadeirinha dela e entrei no carro. Eu estava louco para chegar em casa e descansar um pouquinho. E, foi exatamente o que eu fiz. Ao chegar em casa, eu dei um banhinho na Sophie, tomei um banho e fui me deitar. Ficamos nós três na cama do meu quarto assistindo televisão. Quer dizer, o Bruno e a Sophie ficaram assistindo televisão, eu peguei meu celular, meus fones de ouvido e fiquei deitado ouvindo música. Acabei adormecendo.
Quando eu acordei, Bruno e Sophie ainda estavam assistindo televisão. No caso, só o Bruno por que a Sophie tinha dormido em cima dele.
- Amor, põe ela na cama! - Eu disse baixinho
- Já tentei – ele respondeu no mesmo tom – ela acorda reclamando
- Aaaah moleca... Ela tá cada dia mais linda, né? – Eu disse acariciando a cabecinha dela
- Tá, sim! E a festa, amor?
- Já está tudo pronto. Essa semana vou sentar com a dona Iolanda. Como eu não tenho tempo para encontrar pessoalmente com ela, nós temos nos comunicando por email.
- O orçamento ficou em quanto?
- Em 18 mil.
- Ainda ficou caro...
- Eu sei, meu bem, mas é por que a sede onde vamos fazer é mais cara, levando em consideração que é um miniparque de diversões, e isso foi ideia tua...
- Tudo bem! É para a nossa filha! Vale a pena!
- Daqui a duas semanas ela faz um aninho.
- Eu tô louco para que chegue esse aniversário dela, sabias?
- Por que?
- Por que eu quero que todo mundo veja como nossa filha é feliz. Eu quero que todos que olham pra gente com maus olhos percebam como nossa família é feliz.
- E como somos!
- Nossa, eu nuca imaginei que isso seria possível, sabias? Nunca pensei que eu estaria na cama, com meu marido e minha filha dormindo em cima de mim se recusando a ir para a cama.
- Eu também jamais imaginei isso... somos dois sortudos!
- Seria estranho se eu agradecesse o teu primeiro câncer? Afinal, foi ele quem nos uniu.
- Sim, seria estranho! – eu disse rindo – mas foi ele mesmo
- Te amo, tá?
- Também te amo, amor! – eu dei um beijinho nele – Tu e essa menina linda – eu dei um cheirinho na cabecinha dela – são as pessoas mais importantes da minha vida.
- Eu digo o mesmo pra ti!
- Ah, falando em pessoas importantes... E o Alan, eu nunca mais falei com ele.
- Ele está bem! Nos falamos todos os dias, ele está querendo vir aqui nos visitar.
- Ah, que legal! E teu pai? – Ele me olhou de cara feia – Para de frescura, Bruno, é teu pai e ponto. Como ele está?
- Eu mandei dinheiro para o tratamento dele e conversei com um amigo, o médico dele. Ele me disse que não tem mais jeito, é estágio terminal. Só nos resta esperar...
- E tu não pensas em ir lá?
- Eu? Eu, não!
- Olha, olha... ele é teu pai! Tu sabes como funciona o mundo espiritual...
- Amor, eu não quero falar sobre isso agora, tá?
- Tudo bem! Mas tu sabes qual é a minha opinião sobre esse assunto, né?
- Sei, sim!
Sophie começou a se mexer e logo acordou. Ela ficou olhando para mim. Como era lindo vê-la daquele jeitinho. Eu posso parecer bobo falando essas coisas, mas eu realmente sou bobo, tudo bem. As pequenas coisas da vida são as que mais nos trazem felicidade. Já dizia Drummond “As coisas tangíveis/ tornam-se insensíveis/ à palma da mão/ Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão” Aqueles pequenos momentos com eles, aaaaah aqueles momentos... Eles faziam meu coração saltar, festejar e chorar.
Eu me sentia pleno, realizado e extremamente feliz quando eu estava com eles. As pessoas mais importantes da minha vida. Sempre serão! Eu gostava de vê-los acordar, pois quando a gente vê alguém acordar, a gente vê a pessoa como ela é. O sono é um mágico que mostra as coisas mais belas pra gente. Naquele momento, ver minha filha acordar com a bochechinha marcada, fez meu coração se encher de alegria e me fez ter certeza que eu fui um sortudo que encontrou a felicidade. Eles são minha felicidade.
- Oi, minha princesinha!
Ela me olhou toda dengosa e depois olhou para o Bruno. Ela sabia/sentia como nós a amamos. Ela estendeu a mãozinha e ficou segurando meu nariz. Eu mordia a mãozinha dela, sem os dentes é claro, e ela sorria chupando a chupeta.
- Eu estou com fome! E vocês?
- Eu tô morrendo de fome!
- Vamos cozinhar alguma coisa?
- O que, por exemplo?
- Eu acho que tem material para lasanha lá na cozinha.
- Lasanha? Huuuuum.... Mas será que tem macarrão integral?
- Tem! Eu comprei no mercado um dia desses.
- Então, vamos fazer!
Nós nos levantamos, o Bruno pegou o canguru (que é um tipo de mochila para colocar o bebê) e nós descemos para a cozinha. Eu fui pegando o que nós iriamos precisar e fui colocando no balcão. Bruno já estava com a Sophie no canguru. Ela amava aquele canguru!
- Eu vou cortando os legumes?
- Com a Sophie aí? Nem pensar!
- E o que eu faço, então?
- Espera um pouquinho que eu já te digo...
- Vamos tomar um vinho?
- Opa! Boa ideia! Tu pegas na adega?
- Pego, sim!
Ele foi atrás do vinho e já voltou com as taças também. Eu rapidinho corri na geladeira e peguei uns pedacinhos de queijos e cortei pra gente. Nós íamos bebendo o vinho e degustando um queijinho. Eu coloquei o macarrão no fogo e enquanto ele cozinhava eu fazia um molho de tomate caseiro, por que eu não suporto aquele negócio industrializado que vem com 99% de porcaria e 1% de tomate. SIM sou fresco!
- Amor, faz um favor?
- Faço! Qual?
- Vai lá na hortinha e pega umas ervas.
Em casa eu sempre tive uma pequena horta, Dona Cacilda adorava isso, ela até fez a dela na casa dela seguindo meu exemplo, era ela quem me ajudava a cuidar da minha.
- Quais?
- Manjericão, salsa, coentro, orégano e alecrim... Ah, e alfavaca também!.... Ah, e pega hortelãzinho também, vou fazer uma sobremesa.
- Tá! Já voltamos.
Ele foi para a horta e eu coloquei o molho de tomate no fogo. E também peguei mangas bem maduras, descasquei, cortei e coloquei para congelar. Quando ele voltou eu só fiz colocar as ervinhas e deixei cozer por mais um tempinho. Eu peguei o frango e também coloquei no fogo.
- Eu adoro esse cheiro! Como é que tu e o Pi fazem uma comida tão cheirosa?
- O segredo são as ervas! E saber aromatizar os pratos também, é claro.
- Que metido! – Ele começou a rir – Virou chefe?
- Querido, eu sou dono E proprietário de um restaurante francês, tu querias o que?
- Tu vais cozinhar com o Pi lá?
- Não, não... lá o negócio é com o Pi, lá é para profissional, eu só sou chefe de cozinha pequena.
- Tu és o nosso chefe, né filha?
Ele veio até mim e me abraçou, fazendo da nossa filha um recheio de sanduiche. Ela ficou com o rostinho no meu peito e com isso a sacana ficou me dando leves beliscos, pois eu estava sem camisa... como ela adorava fazer isso. Ela caia na gargalhada quando o pai maluco a apertava entre a gente.
- Não sei quem é mais maluquinho de vocês dois.
Ela se divertia com as maluquices do Bruno.
- Já pode me soltar, amor! – Eu disse
- A gente solta ele, filha? – Ele disse olhando e chamando a atenção da Sophie que era só gargalhada – Nãããããããão, né?
Eu me divertia. Ele ficou espremendo nossa filha por mais um tempinho.
- Tá bom, Bruno! Daqui a pouco ela tá passando mal de tanto ser espremida.
Ele me soltou e a moleca ainda ria.
- Tu gostas, né sua sacana? – Eu disse
- Amor, o macarrão...
- Caramba! Deve ter amolecido demais, culpa é de vocês dois! – Eu corri para o fogão e desliguei o fogo
Por sorte, o macarrão ainda estava inteiro. Eu peguei o frango e o desfiei bem rapidinho, fui arrumando tudo na travessa e logo a lasanha estava no forno.
- Esse cheiro tá me matando! Vou comer essa lasanha sozinho...
- Vai nada, guloso!
- Cadê o esfomeado? Com esse cheiro já era para ele estar aqui...
- Olha, eu não os vejo desde o clube... Eles devem ter saído para jantar fora.
- E não chamaram a gente?
- Ainda bem! Por que eu não iria...
- Tu estás ficando velho, meu bem.
- Bruno, amor, eu sempre fui velho. Mesmo sendo jovem eu tenho a alma velha. Ou tu achas que tu irias ficar com um moleque?
- Eu já fiquei, lembra? Lembras que eu já fui casado com aquele maluco?
Eu peguei as mangas que estavam meio congeladas e as processei no liquidificar junto com o hortelã que ele havia pegado na horta e mais diversas castanhas. Eu amava aquela sobremesa.
- Iiiiih nem lembrava do teu passado negro. – Eu disse rindo – Como era o nome dele?
- Jean... que memória horrível é essa, Antoine?
- Amor, a gente não guarda na memória coisa ruim. Pelo menos, eu não guardo!
- Mudando de assunto, senhor sem memória. Eu posso ir logo arrumando a mesa?
- Pode, sim!
- Vamos lá, filhota?! Vamos arrumar a mesa!
Ele andava com a Sophie para lá e para cá pegando as coisas na cozinha. Era uma graça vê-los daquele jeito. Ele arrumou a mesa rapidinho, foi o tempo de a lasanha sair do forno. Nós nos sentamos e ele primeiro deu o jantar a Sophie e somente depois nós jantamos.
- Isso tá muito bom, meu Deus! Tu cozinhas muito bem, amor!
- Deixa de ser bobo...
- Sério, eu acho que tu tinhas que cozinhar junto com o Pi. A tua comida é maravilhosa, a dele é ótima... e quando vocês cozinham juntos, meus Deus, a gente não quer parar de comer.
- Já te disse, eu cozinho pra gente, aqui em casa. A parte profissional da cozinha fica com o Pi que estudou para isso.
- Bom, eu acho que tu tinhas que cozinhar junto com ele...
- Só se fosse de madrugada, né?
- Bom, teríamos esse pequeno problema de horário, realmente.
- Amor, eu estava aqui pensando...
- Em quê?
- Faz tempo que a gente não viaja, né?
- Verdade! A última vez foi para Paris... e eu nem conheci outras cidades da França.
- A gente poderia ir em julho, o que tu achas? Aí, a gente conheceria outras cidades, tem cidade lá que nem eu conheço. E essas cidadezinhas são as melhores, amor.
- Sério? Sério mesmo? Vamos! Vamos, sim! – Ele disse todo animado
- Mas, pensando bem... a gente vai gastar muito com a festa da Sophie.
- Amor, já ouviu falar em cartão de crédito?
- Ah, é? Já ouviu falar que a gente precisa de dinheiro para pagar o cartão?
- A gente parcela de 1000 vezes.
- Só se for no teu cartão! Não vou me endividar eternamente...
- A gente vai! Obaaaaaa!!! Um mês na França, isso seria maravilhoso.
- Eu hein, tu pareces mais francês do que Pi e eu.
- Tua culpa! Eu aprendi a língua por tua culpa e aprendi a amar a cultura de vocês também por tua culpa.
- Ah... quer dizer que é culpa o nome disso, é?
- Não... não... não.... É amor, mozão!
- Sei...
- Vou pegar lá nossa sobremesa.
Ele foi para a cozinha e voltou de lá com o creme de manga e duas taças de sobremesa. Ele nos serviu e nós nos deliciamos com aquilo.
- Eu nunca iria pensar em fazer isso sem leite...
- O Pi que me ensinou. Fica bom, né?
- Fica bom demais!!! Vamos lá pra sala?
- E deixar tudo bagunçado, aqui?
- Depois que a Sophie dormir a gente vem e arruma tudo.
- Tá!
Nós fomos para a sala e ficamos no sofá e deixamos a Sophie brincar um pouquinho no chão.
