Junior trancou a janela, deu a volta no quarto, e verificou se a porta estava trancada na chave.
Meu corpo tremeu todo, só de pensar em Junior dormindo na mesma cama que eu, mas Junior apenas pegou uma almofada, e deixou em um tapete, no chão.
Eu fiquei ensaiando chamar ele pra dormir na cama, mas seria me humilhar demais.
Não lembro bem que horas da madrugada aconteceu, só lembro que algo me agarrou por trás.
Junior jogou os pés e braços por cima de mim, e pegou parte do meu cobertor.
Fiquei esperando mais alguma atitude, mas ela não veio. Afastei-me do corpo de Junior, e cai no sono.
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Acordei no dia seguinte com a Naná batendo na porta do meu quarto. Por instinto me virei tentando acordar Junior, mas ele ja não estava mais a meu lado. A janela estava entreaberta, e eu entendi que ele havia saído antes do dia raiar.
Naná - Pedrooo. ( A voz de Naná ecoava).
Pedro - Tou indo. (gritei de dentro do meu quarto).
Naná - que faz com esse quarto trancado? - já ia pedir para os seguranças arrombarem a porta.
Pedro - eu não percebi que havia trancado. (Falei abrindo a porta).
Naná - sei. Deixa eu te fazer uma pergunta. Tu combinou com os amigos algum churrasco pra hoje?
Pedro - não que eu lembre. Por que?
Naná - é que tem alguns amigos teu aí. Disseram que vieram para um churrasco.
Pedro - Tu conhece eles, Naná?
Naná - Alguns sim. Outros, eu nunca vi.
Pedro - E aonde eles estão?
Lá na sala. Já passaram pela guarita.
Pedro - entendi. Eu vou trocar de roupa, e já desço.
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Depois de algum tempo, cheguei a sala, e lá estavam meus amigos de colégio.
Noah - Olha o cara meu. Que cara de sono é essa? ( Disse Noah, assim que me viu descendo as escadas).
Pedro - Demorei a pegar no sono. (Disse já lhe cumprimentando).
- E ae, Alan. Blza?
Alan me cumprimentou.
estavam presentes também Lorrana, e Gabi que estudavam conosco. Cumprimentei a todos, e o ultimo foi o...
Pedro - E aí Elvis, beleza?
Elvis - Beleza cumpade, e voce?
Pedro - Bem também. Qual a boa pra hoje?
Alan - viemos te fazer companhia.
Pedro - Não me levem a mal, mas, combinamos algo?
Alan - combinamos po.
Pedro - foi mal mano, é que eu não lembro.
Alan - tou zuando mano. Não combinamos nada não. Viemos de penetras mesmo.
Eu ri.
Pedro - relaxa. Vocês não são penetras não. São sempre bem vindos.
Nos dirigimos ate a cozinha para tomar café da manhã, e em seguida fomos para área da piscina.
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Antes de entrar na água ficamos conversando por um tempo na beira da piscina.
Os brothers me atualizaram sobre os conteúdos da aula.
Pedro - então eu não perdi muita coisa neh!?
Noah - Não, não.
Pedro - menos mal. Tava com preguiça só em pensar ter que estudar uma pá de coisas.
Gabi - parece que vai ter prova surpresa de matemática essa semana.
Pedro - como é que tu sabe disso, se vai ser surpresa?
Todos nós rimos.
Gabi - tenho meus métodos. (Gabi empinou o bumbum).
Nós assobiamos.
Gabi era uma garota branquinha, aproximadamente 1,65 de altura. Seus cabelos eram negros, lisos e cumpridos. Gostava muito de namorar, mas tinha fama de ser infiel.
Pedro - Tou ligado.
Conversamos mais algumas besteiras, e fomos caindo na água aos poucos.
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Pedro - cade a gata po? (Falei boiando)
Alan - Foi pro sitio de um primo dela.
Pedro - Hummm. (cocei a cabeça)
Alan - Não caralho. Ela não é disso não.
Pedro - Sei. (Cocei novamente a cabeça).
Alan jogou água em meu rosto.
Começamos a tomar umas cervejas de leve.
Estava conversando com Noah e Alan, dentro da piscina quando a Gabi pediu que o Elvis lhe passasse bronzeador. Ele prontamente aceitou.
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Naná apareceu com uma tabua fria, e saímos da piscina, sentamos nas cadeiras, e ficamos jogando papo fora. Gabi e Elvis estavam um chamego só.
Pedro - Hey véi. O Elvis esta namorando com a Gabriela?
Alan - Acho que não. A Gabi ta namorando com o Fernando.
Pedro - Qual Fernando?
Alan - lá da d.
Pedro - conheço não.
Alan - claro que conhece po. Ele jogou com a gente no time de basquete.
Pedro - Fernando... Fernando. Não... Não conheço.
Alan - Depois te mostro ele.
Pedro - Blza.
Noah - servidos? (Disse Noah aproximando-se e nos oferendo uma taça de vidro).
- O que é isso? (perguntamos, eu e Alan juntos).
Noah - Caipirinha.
Pedro - deixa eu provar aí.
A caipirinha do Noah estava tão boa, que ele ficou responsável de prepara-la outras vezes.
Fizemos uma grande misturada. Cerveja e destilados.
Eu já estava ficando doido quando meu pai apareceu por la.
- boa tarde. (disse ele).
Todos o cumprimentaram.
Pai - meu filho. Faz favor. (Disse ele me chamando em um canto).
Pedro - oi pai. (disse quando ja estávamos em um canto reservado).
Pai - Eu tenho que fazer uma viagem, mas só vou se voce me garantir que ficara bem.
Pedro - trabalho?
Pai - sim.
Pedro - se não tem outro jeito.
Pai - não fala assim. É meu trabalho, mas se precisar eu cancelo.
Pedro - não precisa cancelar pai. Pode ir na sua viagem. Eu vou ficar bem.
Pai - tem certeza?
Pedro - sim. E o senhor vai ficar bem?
Pai - comigo não se preocupe.
Pedro - não tem como não se preocupar neh pai?
Pai - mas eu vou ficar bem. Estou levando dois seguranças comigo.
Pedro - assim eu fico mais aliviado.
Pai- Vitor estar chegando agora a noite. Se você quiser sair, peça para ele lhe acompanhar.
Pedro - Pode deixar.
Meu pai me deu um abraço demorado, e em seguida se despediu de mim, e meus amigos.
xxxXX
Elvis - Ta tudo bem?(perguntou Elvis, assim que eu voltei a área da piscina, e sentei em uma cadeira, descansando).
Pedro - Ta sim. Por que?
Elvis - Tu ficou estranho a depois que falou com teu pai.
Pedro - Não, não. Ta tudo certo sim.
Elvis - Então beleza.
Elvis fez movimento para se levantar, e eu o chamei de volta.
Pedro - hey pô. Senta aqui novamente, rapidão. (Iria aproveitar o efeito do álcool para jogar tudo pra fora).
Elvis - Fala aí. (disse ele sentando-se a meu lado).
Pedro - por que tu ta mudando tanto assim?
Elvis - em que sentido?
Pedro - ah po. Tu antes vivia implicando comigo por tudo. Desde moleque eramos assim.
Elvis - Falou certo. Desde que eramos moleques. Agora ja estamos dois homens. Não tem porque continuarmos com essas brigas sem fundamentos.
Pedro - é só por isso que voce mudou?
Elvis - tem um motivo melhor?
Eu cocei a cabeça, confuso.
Pedro - Não... Não tenho.
Elvis - então beleza.
Elvis levantou-se e retornou a piscina. Eu fiquei ali com meus pensamentos.
- Ta pensando em que pô? (perguntou Alan aparecendo não sei de onde).
Pedro - nada em especial.
Alan - mano, o que tu acha da lorrana?
Pedro - não tenho muita intimidade com ela.
Alan - sei porra, mas tu acha ela bonita?
Pedro - acho. Por que ta perguntando isso?
Alan - ela pediu pra eu te queixar pra ela.
Quase eu engasguei nessa hora.
Pedro - Isso é serio?
Alan - claro. Ela ta caidinha. O que eu digo a ela?
Eu pensei.
Pedro -mano... Diz que eu tou sem cabeça pra ficar com alguém, agora.
Alan - vai perder essa chance mano? - Olha la a cara de putinha que ela tem.
Eu ri.
Pedro - Tou olhando po, mas por enquanto nao vou ficar não. Tou querendo ficar sozinho.
Na verdade minha cabeça estava em outro lugar, em outra pessoa.
Alan - Então posso dispensar ela?
Pedro - Vá em frente.
Alan levantou-se, e foi ao encontro de Lorrana.
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A tarde foi bastante agradável. A noite chegou, e eu fiquei sozinho com os empregados.
Pedi para a Naná fritar umas batatas, e fiquei deitado no sofá, assistindo um filme. Estava distraído quando recebi uma mensagem.
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Preciso de ajuda. ( A mensagem dizia apenas isso).
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Fiquei encabulado com aquilo. Pensei em responder, mas deixei o celular de mão, e voltei ao filme.
Aqui esta suas batatas senhorzinho. O que mais o senhor quer da sua escrava? (Disse Naná zombando de mim).
Pedro - vish. Deixa de drama.
Falei rindo.
- E eu quero um suco de maçã. (completei).
Naná voltou a cozinha, tirando sarro da minha cara.
Meu celular voltou a tocar.
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- Me desculpa, mas eu preciso de ajuda. Não tenho a quem recorrer.
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- Será que é engano. (pensei comigo mesmo).
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É quem?
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Retornei a mensagem.
Imediatamente obtive respostas.
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Kevin.
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- Vai pro inferno. (falei alto).
Vitor - disse alguma coisa, Pedro?
Pedro - Não Vitor. Estava falando sozinho.
Vitor - ok
Pedro - Come aqui, Vitor.
Vitor - dispenso, mas obrigado.
Pedro - tudo bem.
Devorei minhas batatas, mas não conseguia me concentrar mais no filme.
- Por que o Kevin estava pedindo ajuda? (pensei).
Fiquei ainda mais um pouco na sala, e subi para o meu quarto. Vitor me acompanhou, mas como de costume, ficou apenas no corredor.
Tomei um banho caprichado, e deixei a janela aberta. Não queria que o Junior retornasse, deixei apenas por causa do calor que fazia aquela noite.
Deitei na cama, e deixei a tv ligada. Olhei mais uma vez a mensagem do Kevin, e pensei em responder algo, mas naquele momento eu sentia apenas raiva dele.
Meus olhos se articulavam entre a janela, e a tv.
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Acordei ja iam dar 5 da manhã. A tv ainda ligada, janela aberta, mas o Junior não havia aparecido. Era como se um vazio tivesse tomado conta de mim.
levantei e tomei um banho demorado.
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Pedro - Bom dia Vitor. (Disse abrindo a porta).
Bom dia. (respondeu ele). - sua agenda pra hoje.
Pedro - apenas aula. Vou tomar um café, e podemos ir.
Vitor - aguardo seu comando.
Pedro - já tomou café?
Vitor - ainda não.
Pedro - entao toma comigo, po.
Vitor aceitou.
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Depois do café, conforme combinado, fomos ao colegio.
Vitor ficou de me encontrar na saída.
XXX
Muitos pelo corredor perguntavam sobre o sequestro. Eu desconversava na medida do possível.
- Bom dia. (Disse a meus amigos de dentro de sala).
Alguns responderam ''bom dia'', outros responderam '' a quanto tempo''.
Puxei uma cadeira para sentar, e por um instante, percebi que Elvis me observava. Eu virei meu rosto para confirmar, e ele fingiu escrever algo no caderno.
O professor entrou na sala, e começou a passar a matéria.
Antes de o sinal tocar para irmos ao intervalo, uma das senhoras do corredor, apareceu na porta, informando que o diretor estava a minha espera.
- Shiiii. (todos falavam, e riam).
Elvis - O cara mal voltou e ja esta aprontando).
Eu ri. Pedi licença e fui ver o que a autoridade maior queria comigo.
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- Chamou diretor? (falei, parando na porta da diretoria).
Diretor - Sim. Entre por favor.
Tinha uma senhora sentada de costas, alguém familiar.
Aproximei-me daquela senhora, e lhe olhei nos olhos.
Pedro - Naná? - Ta chorando? - o que aconteceu?
Naná não chorava desesperadamente. Era um choro de quem ja não tinha mais lagrimas.
Pedro - cade meu pai, Naná?
Naná estava muda.
Diretor - por favor, sente-se, Pedro.
Pedro - cade meu pai Naná?
Naquele momento as palavras do diretor não penetravam em meu ouvido.
Pedro - meu pai Naná... Diz alguma coisa. Cadê meu pai?
Comecei a sacolejar o corpo de Naná.
O diretor levantou, e tentou me acalmar.
Pedro - eu não quero ficar calmo. Eu quero saber do meu pai.
O diretor solicitou que sua secretaria meu trouxesse um copo com água.
Depois de muito chorar, Naná me contou, controlando a voz.
Naná. Seu pai...
Pedro - fala Naná. Eu tou passando mal aqui.
Naná - Seu pai sofreu uma...
Pedro - Uma o que? Diz.
Naná - Seu pai sofreu uma tentativa de homicídio.
Pedro - Nãoo. Meu pai não.
Deixei cair o copo de vidro, e sai correndo. O diretor me segurou, e me colocou sentado.
Diretor - Pedro. Me escuta. Seu pai não morreu. Seu pai foi encaminhado para o pronto socorro. Voce precisa ser firme, pois seu pai vai precisar muito de voce.
Quanto mais o diretor falava, mais eu chorava.
Naná me abraçou, mas eu não queria ser abraçado. Queria apenas meu pai.
Pedro - Eu quero ir pra onde ta o meu pai. ( fali coçando os olhos).
O Vitor vai nos levar lá, mas tenha calma por favor.(disse Naná tentando enxugar minhas lagrimas).
Pedro - eu só vou me acalmar quando eu ver meu pai vivo.
O diretor e a Naná me ajudaram a chegar ate o carro, e um grupo de curiosos ja se formavam fora das salas.
Vitor abriu a porta do carro, e eu entrei imediatamente. Fui todo o percurso, chorando, no colo da Naná.
Ao chegar ao hospital, saí correndo em busca de noticias. Meu pai estava na uti, e eu não podia vê-lo.
Pedro - Naná. Vamos transferi-lo a uma clinica particular.
Naná - Não tem como transferir no estado que ele esta. Vamos aguardar ele melhorar, e então transferimos.
Naná limpou o suor de minha testa, e me envolveu em seus braços.
Ficamos muito tempo na sala de espera. Todo funcionário de branco que passava por ali, eu abordava, querendo ter noticias do meu pai.
Meu celular tocou varias vezes, mas eu não tinha cabeça para falar com ninguém. A exceção foi uma ligação de Antonio.
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Pedro - oi, Antonio.
Antonio - patrãozinho, A Naná me contou o que aconteceu. Estou voltando ainda hoje.
Pedro - Não Antonio. Pode ficar sossegado.
Antonio - não posso ficar sossegado sabendo o que esta acontecendo com vocês.
Eu fiz força pra não chorar.
Antonio - confie em Deus, que vai da tudo certo patrãozinho.
Pedro - tou confiando Antonio, mas ta tão dificil para segurar.
Antonio - Eu tou chegando aí, e vamos sair dessa juntos.
Pedro - Então vem logo Antonio.
O choro veio com força.
Antonio - deixa eu trocar uma palavra com a Naná?
Pedro - deixo.
Passei o aparelho para Naná.
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Já era umas 16 horas.
Vitor - Pedro. Não seria melhor eu leva-lo em casa?
Eu balancei a cabeça que não.
Vitor - Mas aqui voce não poderá fazer muita coisa.
Pedro - mesmo assim quero ficar aqui ate ele acordar.
Vitor - ainda insisto. Posso leva-lo em casa. Voce toma um banho, come alguma coisa, e volta.
Pedro - eu não vou Vitor. Leva a Naná.
Vitor - sou seu segurança. Eu não posso sair do seu lado. São ordens do patrão.
Pedro - E eu sou o filho do patrão. Tou dizendo que pode leva-la em casa. Eu vou ficar bem.
Vitor - e eu tou dizendo que não vou leva-la. Se eu tiver que levar vai ser voce.
Pedro - então ninguém vai sair daqui. Por que eu não vou.
Finalizei a conversa.
Eu estava nervoso sem saber de melhoras do meu pai.
O medico informou que ele havia feito uma cirurgia, e iria ser submetido a outra.
Eu não aguentava passar por aquilo. Já havia perdido uma mãe, e não queria perder um pai.
xxxXXX
Já eram por volta das 21 h.
A Naná havia me dado uma pilula que me deixou um pouco sonolento. Fui ate o banheiro, dei uma mijada, e lavei meu rosto. Quando secava minhas mãos, alguém tocou em meu ombro.
Pedro - Junior. (Eu falei no susto).
Junior - fiquei sabendo do que aconteceu. Eu sinto muito.
Pedro - sente muito? sente muito? - Tu é um hipócrita, cara. Voce conseguiu realizar sua vingança. Esta feliz?
Junior - o que? - Não... Não. Não fui eu. Eu juro.
Pedro - Voce mente. Eu sei que foi voce. Você é um monstro cara.
Junior -Pedro. Eu juro por tudo cara. Eu não tive nada haver com isso.
Pedro - não jure. Eu ja devia ter te denunciado ha tempos. Em parte isso é culpa minha, que caí na besteira de gostar de voce, e não tive coragem de entrega-lo a policia.
Junior - Voce gosta de mim, Pedro? ( Junior deixou escapar um sorriso).
Eu balancei a cabeça em negativa.
Pedro - Não mais. Agora eu te odeio. Eu te odeio cara, e voce vai pagar por tudo.
Um trovão nos assustou, indicando que iria chover.
Junior - Mas eu não fiz nada disso Pedro. Eu não tive participação nenhuma.
- Socorro, socorro. (Comecei a gritar para chamar atenção).
Junior - o que voce ta fazendo?
Junior tentou calar minha boca. Eu acertei-lhe uma cotovelada, e continuei a gritar por socorro.
Junior - cala a boca porra, eu não estou te fazendo nada.
Pedro - mas voce fez.
Vitor apareceu na porta com a arma em mãos.
- O que ta acontecendo aqui Pedro? (perguntou ele).
Pedro - Ele tentou me matar. (apontei para o Junior).
Junior - eu? - Eu não fiz nada disso.
Vitor - Encosta na parede filho da puta.
Junior - Um caralho que eu vou encostar na parede. Quem voce pensa que é?
Vitor - mandei encostar na parede.
Vitor apontou a arma na direção de Junior.
Junior - vai devagar com essa arma irmão. Eu não fiz nada.
Vitor - levanta as mãos, e vai caminhando a passos lentos, ate encostar na parede.
Junior, obedeceu, contrariado.
Algumas pessoas tentavam usar o banheiro, mas voltavam da porta, quando viam a confusão.
Assim que Junior encostou na parede, Vitor tentou agarrar suas mãos para prender. Junior foi mais rápido, e acertou um murro no Vitor, e saiu correndo em seguida.
Vitor, e eu saímos correndo em sua cola.
As pessoas, assustadas, davam passagem.
Na parte externa do hospital, chovia forte. Eu não conseguia ver Junior, mas continuava acompanhando os passos do Vitor.
Vitor entrou em um beco, pouco movimentado, e gritou para que Junior parasse de correr.
Junior não obedecia, e Vitor ameaçou atirar. Isso não foi o suficiente, para parar o Junior.
Vitor deu um tiro que acertou as pernas de Junior.
Ouvi Junior gritar, um ''filho de uma puta''.
Pedro - Vitor. Não!
Chegamos ao final do beco, e não tinha mais saída para Junior.
Vitor - se entrega meu camarada.
Junior arrastava uma perna.
- Me entregar porque? - Eu não fiz nada meu irmão. (dizia ele, começando a escalar um muro).
Vitor - Não faça isso. Entregue-se que voce sera conduzido a uma delegacia.
Ao ver que Junior não iria se entregar, Vitor lhe acertou outro tiro.
Junior despencou no chão, gemendo de dor.
Pedro - Não Vitor. Eu disse pra não fazer isso.
Corri na direção do Junior.
Pedro - Junior. Fala comigo cara.
- Acabou playboy. Acabou.
Pedro - Vitor. chama uma ambulância.
Vitor - primeiro a policia, depois a ambulância.
Pedro - Junior. Não fecha os olhos cara.
Junior - eu tou indo encontrar meu pai.
Pedro - Que besteira pô. Tu não vai encontrar ninguém.
Junior - Não fui eu que fiz aquilo com o teu pai. Eu juro.
Pedro - eu não posso acreditar cara. Voce queria muito isso... voce desejava isso.
Junior - Tudo bem. Não tem como eu te convencer do contrario. Posso te fazer uma pergunta?
Pedro - pode.
Junior - Voce tava mesmo gamado hen mim, não tava?
Eu demorei, mas balancei a cabeça que sim.
Junior sorriu.
Vitor - Pedro. Vamos sair dessa chuva, eu ja chamei a policia, e também chamei por socorro.
Pedro - Não. Eu vou ficar aqui. A chuva não me incomoda.
Junior - vai la playboy. Vai cuidar do teu pai. Eu estou indo encontrar com o meu.
Junior fechou os olhos, e Vitor tentou me arrastar para um lugar coberto.
Continua...