Quando senti os lábios de Melissa nos meus fiquei fora de mim. Naquele exato momento eu teria que te-la em meus braços.
-Estava com saudades de você.
-Eu também, ruivinha.
-Estará livre hoje a tarde?
-Sim. Por que?
-Vai la em casa.
Adorei o seu convite que ja me fez imaginar milhares de coisas, tambem trazendo a lembrança de segunda.
- hum. Depende, quais são suas intenções?
-Conversar.
Foi um pouco frustrante ouvir aquilo.
-Somente?
-O resto acontece naturalmente.
- Ah é? E se entrássemos no carro agora seria uma coisa natural pra você?
Em um impulso puxei seu lábio para mim na tentativa de provoca-la.
- Seria, mas é uma pena que temos prova daqui a pouco. Não daria tempo de nada.
-Claro que daria.
A coloquei sentada no banco traseiro me encaixando no meio de suas pernas tentando o máximo de contato.
- Jessica, melhor... não. Aqui... alguém... pode ver.
Minha ruivinha falava gemendo em minha boca. Mesmo sabendo do perigo e do pouco tempo que tínhamos, eu queria ela.
- Eu quero aqui e agora!
Não perdi tempo e meti a mão dentro de sua calcinha, tocando seu sexo todo molhado e quente. Queria sentir seu gosto mas ali não daria pra mais que aquilo.
-Esta gostoso, ruivinha?
-aham. Ai...muito gostoso... ah!
Contive minha vontade de parei. Também gosto de ser má, de provocar.
-Por. Qual. Motivo. Parou?
Dizendo palavra por palavra quase me matando com o olhar.
-Mais tarde na MINHA casa. Quero você gemendo alto e gozando muito para mim.
Demos mais um beijo e entramos. Fiz a prova bem rápido e fui correndo para a quarda de vôlei na tentativa que ela estivesse lá. Minha vontade era enorme daquela baixinha deliciosa, mas ao chegar não tive êxito.
Desci procurando algum vestigio dela e a vi dentro da sala fazendo a prova.
-Senhora Albuquerque?
-Por que me chamou assim?
-Por que é seu sobrenome, ue. Ou ja está usando o Alcântra?
Vanessa ria da minha cara e eu sem entender porque Alcântra.
-Ah sim, rs. Agora lembrei. Estava pesquisando a vida dela?
-Claro, tenho que proteger minha BFF.
-Certíssima. Me chamou pra que?
-Vamos pra quadra. Os meninos estão jogando. Um time é sem camisa.
-Isso não me empolga mais.
-Verdade, mas eu estou mega empolgada. To pensando em jogar com eles, ja que voce resolveu jogar no time deles. Tendeu? Tendeu? No time deles.
-Entendi o trocadilho. Bora pra lá.
Ficamos na porta da quadra. Eu estava com um olho do jogo e o outro na porta da sala de Melissa. Toda hora chegava um perto de mim para aquelas palhaçadas no final do ano. Ja estava cheia de pessoas a minha volta, mas só pensava na garota dos olhos de mel.
Mais ou menos em meia hora ela sai da sala.
-Encontrou quem procurava, ne?
Deodora fala alto e todos me olham.
-Como assim, garota?
Falo com um tom de raiva por ela ter percebido algo.
-Não para de olhar pro patio, e agora fitou em algo e seus olhos brilhavaram.
-Bobeira sua, Deodora.
Todos deram de ombro ja saindo do assunto. Para não ficar tão na cara permaneci com eles somente observando a ruiva sendo abracada por alguns amigo e chorando. - Até chorando essa criatura é linda. - Estava feliz ate o momento do idiota do amigo dela a pegar no colo e rodar MINHA ruiva, fazendo a blusa levantar mostrando aquela barriga quase trincada e parte de seu sutiã para todos verem. A raiva foi tanta que não pude evitar, fechei a cara na hora cruzando os braços e encontrando na parede. Sim, sou mimada e quero tudo do meu jeito. Nao queira saber se alguém notará minha raiva, e fiquei "feliz" por perceber que Melissa percebeu que não tinha gostado nenhum pouco. Já estava querendo matar aquele musculoso de farmácia, que só piorou quando ele foi na direção dela para beijar.
-Filho da Puta!
Falei quase que gritando atraindo a atenção do grupo para mim.
-Jessica? Ta legal, amiga?
- Tô ótima, vamos la pra fora.
Vanessa me Seguiu ate a parte de fora daquela Prisão Para menores. O ciúmes estava me matando mas nunca iria admitir ter ciumes de alguem, ainda mais de uma menina, de uma menina que nem namoro.
-Agora me explica o que houve la dentro? Foi por causa da Melissa?
-Ela estava dando moral para aquele idiota que se diz amigo dela e ainda queria beija lá no meio de todos, aqueles Beijos são meus! Ela é minha! Queria era bater nele ate virar sucata. Aquele ridículo, escroto, mane...- Fui falando sem parar atropelado as palavras ate Vanessa me cortar.
-Perai, Jessica, não me diga que esta com ciumes de alguem? Ainda mais de alguem que conheceu a nem cinco dias.
-Não é ciumes, é...
-É paixão.
Olhei para ela tremendo por dentro.
-Amiga, fica calma, ele é só amigo dela. Ciumes não é problema, problema é ficar igual você fica ai bancando a louca varrida.
Fiquei escutando cada palavra dela. Mudamos de assunto me distraindo do fato que ocorreu no pátio ate o último sinal tocar.
-Liberdade! Uhuu!
-Férias!
-Acabou! Partiu faculdade!
Todos iam saindo fazendo aquela gritaria e felicidade. Rindo com minha amiga lembrando que também era minha liberdade. Meu sorriso morreu ao ver Mel com o seu "amiguinho" exibido sem camisa abraçado a ela.
Observei cada detalhe deles juntos, foi quando o peito de pombo fala algo no ouvido dela retirando um sorriso que é meu. Logo após ele falar algo ela vira para ele e o abraça de frente falando em seu ouvido também. Após ela buscar algo pelo mar e gente próximo a nós, me avista e vem em minha direção
Nao sabia se saia de lá ou esperava. Melissa foi mais rapida.
-Oi, Jessy. Que horas passo lá?
Me arrepiei so de sentir seu cheiro. Queira muito sentir o corpo dela naquele momento, sentir seu gosto, entretanto o orgulho falou mais alto.
- Eu vou sair com a Vanessa. Deixa pra outro dia.
As garotas se olharam sem entender muita coisa. Não permiti que falassem mais nada, somente arrastei Vanessa para meu carro.
-Agora deu pra me sequestrar?
-Eu só não queria falar com Melissa agora. Fiquei com muita raiva do que vi.
-Para de bobeira, Jessy. Não vi nada de mais.
-Não quero mais saber disso. Vamos fazer compras?
-Sempre.
Passei a tarde toda com minha amiga fazendo o que desse na telha. Tudo estaria perfeito, se eu tivesse conseguido tirar aquela ruiva malhada de pernas grossas da minha mente.
Senhora Alcantra, quero você.