Cap.2
Branco como a neve, alto, corpo atlético, cabelos pretos lisos, olhos pretos penetrantes, um sorriso contido, e um jeito indescritível. Não dava, de forma alguma, para dizer o que ele demonstrava ser. Se era Sério, engraçado, gentil ou carinhoso... Eu não conseguia dizer. Só conseguia afirmar, ele é lindo. E me encantou, com a sua beleza.
- O que foi ? - perguntou ela, me cutucando.
- O que foi o que ?
- Você aí, parado como uma rocha... - continuei olhando a foto no celular
- Não, é que... Eu não esperava que ele fosse tão bonito assim...
- Pois ele é, o mais bonito da família. E se for realmente gay...
- Não quero nem pensar... - falei, devolvendo o celular a ela - só o que faltava agora é eu ficar atraído pelo meu primo que nem conheço.
- Mas você tem certeza que não o conhece ? Ele morou um ano em Manaus...
- Tenho sim, eu não me lembro de tê-lo visto em lugar nenhum... Só se eu o conheci e esqueci de quem ele é. Mas de forma alguma, eu conseguiria esquecer tamanha beleza - ele não tinha nada de especial na aparência. Não tinha olhos azuis ou cabelos loiros, porém era um dos mais lindos homens que eu já havia visto. Era encantador, mesmo por foto, e eu não conseguia explicar o porquê...
TEMPO DEPOIS
Os primeiros dias de férias foram animados. Ainda no primeiro dia, fomos para o Shopping assistir filme.
"- Você gosta mesmo dessa saga ein ? - perguntava eu à minha prima.
- Eu amo - dizia, rindo enquanto víamos o filme começar"
Parecia que tudo aconteceria diferente das outras férias. Logo, minha tia Graça, irmã do meu pai, chegou com a filha na casa. Apesar de morarmos na mesma cidade, não nos falávamos muito.
- Oi tia ! - dizia eu, a abraçando assim que ela chegou na casa...
- Oi meu sobrinho querido... - e lá vinha ela me abraçando como sempre, animada - está sumido, o que anda fazendo ?
- Estudando tia, estudando muito.
- Imagino, a Ana também está estudando muito - dizia ela, olhando para a minha prima, Ana. Como sempre, as duas sabiam da minha sexualidade, mas só as primas aceitaram plenamente.
Aos poucos a casa ia enchendo, porém a monotonia ia tomando conta de mim. Nada de novo acontecia, nada de mais me atraía, só saia para o Shopping e para a Orla, estava meio chato passar as férias ali.
- Porquê está com essa cara ? - perguntava ela, entrando no quarto.
- Porquê está tudo muito monótono.
- Mesmo com a chegada da Ana ?
- A Ana não é nada demais... Ela sempre vem... Eu queria que algo novo acontecesse.
- Pois então pode se alegrar, o Bruno chega hoje...
- O Bruno ? - só de ouvir o seu nome, já me alegrava. Aquela beleza encantadora que ele portava me deixava elétrico - que horas ?
- De madrugada, umas 2 horas...
- Eu posso ir ?
- Ah não, eu quero ir...
- Mas você vai dormir que eu sei...
- Não vou não...
HORAS MAIS TARDE
2 horas da manhã, madrugada, ruas desertas, casa escura, apenas eu e minha tia estávamos acordados.
- Não era a Luna que iria comigo até o aeroporto ? - ela perguntou, saindo do quarto dela.
- Ela dormiu... Eu vou com a senhora.
- Ah, sendo assim... Então vamos
TEMPO DEPOIS
Fiquei monitorando toda a chegada do avião até o Aeroporto. Não atrasou nenhum segundo para chegar. Quando chegamos ao terminal, o avião havia acabado de chegar. Estacionamos o carro, saímos e entramos no pequeno aeroporto. Não sei porquê, mas estava ansioso. Acho que eu queria confirmar se ele era realmente tão bonito quanto aparentava ser. E por algum motivo, eu não conseguia nem pensar na minha tia e na minha prima. Apenas ele ocupava a minha mente.
- Olha, lá estão eles... - disse ela, fazendo eu rapidamente olhar para a saída da sala de desembarque. E parei, quando o vi saindo da mesma. Camisa preta colada ao corpo, calça idem, tênis, arrastando o carrinho com a bagagem, cabelo bem arrumado, incrivelmente encantador. Eu quase desmaiei ali mesmo. Esse era o meu primo desconhecido.
Continua
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