A BruH comentou no capitulo 16:
"Aiiiii favor posta mais um hoje para compensar o de ontem!!! To mega curiosa!! Continuaaaa"
Acho justo compensar vocês. Por isso estou postando esse capitulo extra. 😃
CAPITULO 17: ALEXIA
Tentei abri os olhos, mas a claridade me impedia. Quando o fiz estranhei o local. Eu estava em um quarto todo branco, deitada em um leito rodeada de aparelhos. Eu tentava me recordar de como parei ali. Aí lembrei do carro e da batida. Meu corpo ainda estava um pouco dolorido. Minha cabeça estava enfaixada, minha perna direita engessada e tinha curativos espalhados por várias partes do meu corpo. Eu queria levantar daquela cama, sair daquele lugar o mais rápido possível. Uma enfermeira chegou ao quarto e me flagrou tentando levantar.
- Ei linda, não faça isso. Fica quietinha aí que eu vou chamar o médico.
Ela saiu e depois o médico entrou no quarto.
- Alexia! Que bom te ver acordada. Como está se sentindo?
Respondi a todas as perguntas que ele me fez pacientemente.
- Por hora, você parece está bem. Mas terá que passar por alguns exames.
- Aah não. Ta falando sério doutor?
- Sim. Faz parte do procedimento.
- Doutor há quanto tempo estou aqui?
- Há nove dias. É um milagre você está viva menina. Se tudo correr bem, amanhã pela tarde você já poderá receber alta.
Nove dias? Nove dias! Que loucura. Eu fiquei apagada por nove dias. O doutor saiu da sala me deixando sozinha com meus pensamentos. Minha cabeça doía.
- Alexia! -- Disseram a Kamille e o Júnior assim que entraram no quarto. Eles choravam. -- Nunca mais nos de um susto deste. Pensamos que iriamos perder você.
Eles me abraçavam forte, como se estivessem com medo que eu desaparecesse.
- Ai! -- Exclamei. O abraço deles foi tão forte que me machucou.
- Desculpa, desculpa.
- Tudo bem.
Aos poucos foram entrando algumas pessoas e saindo outras.
Kamille, Junior, Elias, Meu vô, Seu Gustavo, dona Sandra, Janaína, Sandré Minhas Tias, Meus Tios, Primos e Primas, e a... Julia.
- Como você tá? -- Perguntou-me Julia.
- Estou bem.
- Olha Alexia, me descul...
- Para! Não faz isso. Isso não é assunto para se discutir num quarto de hospital.
- Tudo bem.
- Meninas desculpe interromper o papo de vocês, mas tenho uma noticia muito importante. -- Anunciou Senhor Gustavo.
Ficamos com um enorme ponto de interrogação na testa enquanto aguardava-o prosseguir.
- Já sabemos quem te atropelou!
- Como?
- A polícia verificou as imagens de uma das câmeras de segurança da rua e conseguiram identificar a placa do carro. Através da placa eles chegaram até um homem chamado Marcelo Diniz Braga. Porém, de acordo com as imagens da câmera quem dirigia o carro na hora do acidente era uma mulher.
- Fernanda Amorim Braga. -- Disse a Julia.
- É isso mesmo. Como você sabe?
- Conhecemos ela. Estudou comigo e ja frequentou a casa da Alexia. Ela é filha do Marcelo. Ela anda nos perseguindo a mais de um ano.
- Como assim?
- Ela é apaixonada pela Julia e não aceita que sua filha se relacione com ninguém, que não seja ela. Então ela nos fez várias ameaças. -- Não resisti. Tive que falar.
- E porque vocês não procuraram a polícia?
- Pergunte pra sua filha!
- Eu pensei que ela não fosse fazer nada!
- Porra Julia! Você pensou? Esse seu pensar quase custou a vida da sua namorada!
- EX!
- Pai sem sermão, ta? Eu sei que eu errei. Eu nunca vou me perdoar por deixar as coisas chegarem a esse ponto. Minha consciência vai ser o meu pior castigo. Então, por favor, me poupe!
- Me desculpa, filha. Eu me alterei um pouco. De qualquer forma, a Fernanda está detida. Vai ter que prestar contas a justiça.
- Ótimo.
Fiz um monte de exames e pela graça de Deus tudo correu bem. Eram 14h:15min do outro dia quando recebi alta. Finalmente, iria poder dormir na minha cama.
Meu avô me levou para a minha casa, onde eu fiquei sobre os cuidados dos meus irmãos. Meus familiares voltaram para suas casas assim que constataram que eu estava fora de perigo.
Eu estava sendo paparicada de todas as maneiras. Nem preciso dizer que eu estava amando tudo aquilo, né?
Apesar do meu corpo está todo dolorido, era o meu coração que estava mais machucado. Eu sentia falta da Julia. Do jeito que ela sorria, me olhava, me beijava, me tocava,... Mas eu não podia ceder. Vocês acham que eu fui muito radical ao terminar com ela? Que seja! Só sei que vou seguir a minha vida. Sei que vou sofrer, mas com o tempo passa. Com o tempo passa, né?! Espero de verdade, que sim...
# Lembrando que qualquer semelhança com a realidade será mera coincidência.