Como a maior parte dos homens que não se enquadram no padrão da heterossexualidade, eu só pude me aventurar no mundo do sexo gay quando mudei de cidade e experimentei a liberdade (e a responsabilidade) de viver longe da minha família. Nessa época eu tinha 18 anos, um rapaz bonito de cabelos ruivos e barba, nunca tive um corpo malhado, mas sempre me cuidei para manter um pouco de definição. Eu ainda estava me descobrindo e queria compensar nesses próximos anos tudo o que eu não tinha aproveitado na minha adolescência, além de aprender a me aceitar como sou.
Ainda um pouco receoso de me arriscar a beijar outro garoto nas festas universitárias, decidi buscar algo mais privado naquele famoso site de encontros. Conheci um tal de Gustavo após muitas tentativas, um homem de 28 anos que me passou ao mesmo tempo confiança e desejo pela sua maturidade. Disse ser bissexual como eu, mas que já tinha algumas experiências. Marcamos de nos encontrar na mesma noite numa praça próxima a minha casa. Chegando lá, no horário combinado, deparei-me com um moreno alto e forte que abriu um sorriso satisfeito assim que me viu. Entrei no seu carro e nos dirigimos para seu apartamento enquanto conversávamos sobre coisas banais. Eu estava bem nervoso e um pouco trêmulo, afinal eu estava com um desconhecido indo para um lugar desconhecido para fazer coisas desconhecidas. Só fui ficar a vontade quando já estava dentro de seu lar, pequeno, simples, porém confortável.
- E aí, vamos para o meu quarto?- convidou-me.
Aceitei de imediato, nunca fui do tipo que enrola. Entramos no seu quarto e ele logo me envolveu num beijo quente. Segurei o Gustavo com força, agarrando firmemente suas costas com a intenção de demonstrar minha masculinidade mesmo ele sendo maior do que eu. Ficamos nesse jogo de forças enquanto tirávamos a roupa um do outro e deixávamos escapar uns gemidos e respirações ofegantes, até que me abaixei e pela primeira vez dei de cara com um pênis enorme, rijo e pulsante. Admirei aquele mastro por alguns segundos e logo comecei a chupá-lo. Fiquei orgulhoso de mim mesmo por fazer aquilo tão bem. Eu via prazer em seus olhos enquanto eu habilidosamente movia minha língua pela cabeça do seu pau, engolia suas bolas e depois voltava com a sucção. Às vezes ele segurava seu pinto e batia com ele na minha cara para novamente enfiá-lo na minha boca e me ver chupando.
Quase atingindo o orgasmo, Gustavo me afastou e se deitou na cama, pedindo para eu me debruçar em cima dele num 69. Continuei meu trabalho oral enquanto ele iniciava o seu no meu cu. Senti sua língua me acariciar lá trás, deslizando suavemente pelo meu cu virgem, que piscava excitado. Logo ele começou a colocar força e a me foder com a língua, dando alguns tapinhas na minha bunda. De repente, ele me pegou com força e me pôs de quatro, mas continuou me chupando enquanto colocava uma camisinha e passava lubrificante.
- Caaara, posso meter nesse seu cu rosinha com meu cacete?- perguntou ele extasiado.
- Vai, me come gostoso, mas começa de leve aí.- suspirei.
Assim que eu acabei de falar, comecei a sentir a cabeça daquela pica entrando em mim, de vagar e dolorosamente, até caber o pau inteiro. A dor foi cortante, tive que morder o travesseiro e quis desistir. Mas encarei aquilo como um ritual de libertação de todo moralismo hipócrita, da mesma forma que uma virgem sempre reprimida pelos pais experimenta os mistérios do sexo na casa de um namorado errante. Gustavo estava excitadíssimo e despreocupado com filosofias, logo começou a bombar no meu cu apertado e eu resolvi me concentrar no prazer que sentia misturado à dor. Havia um cheiro de sexo maravilhoso no ar. Ele metia vagarosamente e sem ritmo, fazendo com que eu tivesse consciência de cada centímetro do seu pênis dentro de mim. Nisso eu estava me masturbando e rebolando gostoso. Ficamos assim por um tempo até que comecei a gozar como nunca antes, fazendo meu cu pressionar o pau de Gustavo e fazê-lo encher a camisinha de porra pouco depois. Caímos cansados na cama a espera de coragem para ir tomar um banho.
Assim tive minha primeira vivência. Fiquei com aquele sentimento de culpa e arrependimento por vários dias, porque a pior dor não é a física, mas emocional. E ela só se cura quando nós passamos a nos entender e nos respeitar, e para isso não podemos desistir de nós mesmos.
Enrico Lascivo