Little Boy, muito obrigado! Seja muito bem-vindo! Fico feliz que tu estejas gostando. Abraço, cara!
MikePedroB, isso mesmo! Para mim a amizade vem antes de tudo, a amizade é o primeiro estágio do amor. Abraço!
mille**, minha flor, tu estás CERTÍSSIMA! TEM QUE FICAR GOSTOSA MESMOOO! O treinamento funcional destrói a pessoa, mas realmente é muito bom! Tu ficas só o pó nos primeiros treinos, mas depois melhora. Kkkkk Ah, e pode ter certeza que não vou sumir não kkkk Beijoooo
Plutão, ne t’inquiète pas, ça arrive à tout le monde. Quand on écrit, on fait des fautes. Pas de souci ! Ah, je suis d’accord avec toi, l’amour est si beau. Bisous.
Gente, vou sempre publicar no horário das 15h ou das 22h, ok? São os únicos horários que tenho um pouquinho de paz. Beijo, beijo...
Vamos ao conto ?
Boa Leituraaaaaaaaaaa….
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Assim que chegamos na casa do Thithi, a Loh já estava pronta.
- Nossa, mas até que enfim vocês apareceram. – Disse tia Joana.
- Oi, tia! – Disse dando um abraço e um beijo no rosto dela.
- Oi, mãe! – Disse Thithi fazendo o mesmo que eu.
- Oi, meus amores! Onde vocês se meteram? Não vi vocês o final de semana todinho.
- Ah, história nossa.
- Isso tem cheiro de piriguete, isso sim!
- Que nada, mãe!
- Se não é mulher é o que? – Opa, por essa nós não esperávamos.
- Nós viajamos com uns amigos da facul. Fomos para Ferreira Gomes (um outro município da minha cidade).
- Porra, Thiago, nem pra me avisar, né? E se morre pra lá, como é que faz? Eu ia ter que me descabelar lá para Ferreira só pra visitar teu tumulo.
Esse é o jeito da minha tia puxar nossa orelha. Ela é muito porra louca (kkkkk).
- Credo, mãe!
- Credo, nada! Vê se da próxima vez vocês me avisem, viu?
- Pode deixar tia, se esse cabeçudo não avisar eu lhe aviso.
- Isso mesmo! Tá vendo Thiago, aprende com o Antoine.
- E quem disse que ele avisou a tia Ange Marie e o tio Carlos (meus pais!)?
- Não avisou, não? – Falou ela fazendo careta pra mim.
- Liga, não tia! Esse maluco não sabe o que fala. Avisei, sim! Só que eles estão em Guyane, e eu os avisei pelo telefone mesmo. – Falei mostrando língua pro Thi.
- Isso mesmo! É assim que tem que fazer! Mas quando eles chegam?
- Não sei, tia! Acho que só mês que vem.
- Assim que eles chegarem, peça para a Ange me ligar, eu preciso contar uns babados fortíssimos para ela.
- Pode deixar!
- Vamos, Am.. Antoine? – Filho da puta, de novo quase me chama de amor - Mãe, a gente só veio buscar a Loh, já estamos de saída.
- Meu filho, eu acho melhor tu te mudar logo de vez para a casa do Antoine, tu quase não moras mais aqui mesmo – Falou ela rindo.
- Até que não seria uma má ideia. Posso? – Falou ele olhando para mim.
- Tia, a senhora tá querendo se livrar disso e joga pra cima de mim? – Falei fazendo uma cara de uma enorme indignação.
Ela não se controlou e caiu na gargalhada.
- Claro, agora que vocês estão grandes eu quero mais é aproveitar a vida.
Ela sempre me considerou um filho e meus pais sempre consideraram o Thithi assim também, por isso ela sempre fala no plural, para ela eu e Thithi somos irmãos e ponto final.
- Credo, ninguém me ama! – Disse o Thi fazendo beicinho.
- Ooooo neném da mamãe, fica assim não. É claro que o Antoine vai te aceitar lá, por que aqui meu amor, tua estadia tá acabando. Quero transar com teu pai sem me preocupar contigo.
Essa eu não aguentei e me espoquei na gargalhada, eu ri tanto que eu até chorei.
- Mãe, isso é sério?
- Claro, meu amor! Não tô te expulsando de casa não, mas como tu passa mais tempo lá do que aqui, não seria uma mudança radical, não é mesmo?
Gente, nessa hora fiquei PASSADÔ, como assim ela queria que a gente morasse juntos? Mal ela sabe o que nós aprontaríamos naquela casa. Mas até que eu gostei da ideia!
- Tá, depois a gente conversa mais sobre o teu despacho dessa casa, Thi. Vamos logo! – Eu falei.
- É vamos sim que já está ficando tarde – Falou a Loh que até então estava só assistindo nossa sacanagem.
- Tá bom, vamos! Mas ó, vamos conversar amanhã viu, dona Joana?
- Quando tu chegares talvez eu ainda esteja acordada, ai nós conversamos.
- Não, mãe! – falou ele rindo - Conversamos amanhã mesmo, hoje eu vou dormir lá na casa do Antoine.
- E depois ainda quer fazer drama. Se toca moleque! – Ela falou rindo e dando um peteleco na cabeça do Thi.
- Tchau, tia! – Disse dando um beijo nela.
- Tchau, mãe!
- Tchau, Dona Joana!
- Tchau, meus amores! E Lohana, para de me chamar assim, se não a próxima a ser expulsa vai ser tu, menina.
Todos nós rimos e saímos da casa do Thi.
- Nossa, a relação de vocês com a Dona Joana é tão legal. – Comentou a Loh assim que entramos no carro.
- É minha mãe é 1000, mesmo!
Nós fomos conversando coisas sobre a mudança da Loh para a nossa cidade, ela nos falou que ela já iria embora na quarta feira, mas que voltava logo na próxima semana depois da partida dela, pois a mãe dela já tinha achado uma casa. Nós ficamos super felizes, por que nesses passeios que fizemos, enquanto eu e Thithi bancávamos uma de guias, nós acabamos nos tornando amigos. E hoje, posso falar com toda certeza que a Loh foi fundamental para a nossa vida, se não fosse ela, em muitos momentos nós teríamos desistido um do outro.
Assim que chegamos no bar a galera já estava toda reunida. Chegamos cumprimentando todo mundo e apresentando a Loh. A galera, como é muito aberta e não tem problema com ninguém, recepcionou muito bem a nossa amiga.
Todos nós estávamos sentados, e a Jujuba fez que fez até o Carlinhos, que estava sentado ao meu lado, sair para que ela pudesse sentar.
- O que aconteceu? – Ela me perguntou
- Nada, por que? – Falei com um sorriso idiota no rosto.
- Não, é por que tu estas sorrindo feito um bocó desde que tu chegaste.
- Ué, tô feliz, não posso?
- E quem é o motivo dessa felicidade toda?
- E eu preciso de alguém pra ser feliz?
- Deixa de me enrolar e desembucha, eu te conheço, viado!
- Deixa de ser maluca, Jujuba – falei ainda rindo – não tem nada demais.
- Se tu não queres falar, beleza! Mas que tem algo, ah isso tem! E eu já desconfio de algo.
- Já vai começar? Já disse pra ti deixar tuas macumbas para os teus clientes.
Ela me mostrou o dedo e retornou ao seu lugar.
Nós conversávamos e brincávamos muito, a noite estava super agradável. Nesse dia estava tendo música ao vivo, então nós aproveitamos ao máximo, pelo menos até onde deu. Thithi e eu não conversamos, nós concordamos em fazer isso para não dar muita bandeira, mas foi a mesma coisa que nada.
Nós sorriamos feito dois idiotas, nossos olhares se cruzavam a todo instante. Nossa felicidade era contagiante. Quando a moça que estava cantando começou a cantar uma música o Thi fez sinal, eu acho que ninguém viu, para eu prestar atenção. Ele cantava junto com a cantora, mas não produzia nenhum som, eu só via a boca dele mexer, e isso me hipnotizava.
Ilegais – Vanessa da Mata
Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa vida
E será uma maldade veloz
Malignas línguas
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam, olhos ilegais
Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu, quero você dentro de mim
Eu, quero você em cima de mim
Eu quero você
Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa farra
E será uma maldade voraz
Pura hipocrisia
Nossos corpos não conseguem ter paz
Nessa aventura
Nossos olhos são dengosos demais, demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam, olhos ilegais.
Eu só sei que eu quero vocês
Pertinho de mim
Eu, quero você dentro de mim
Eu, quero você em cima de mim
Eu quero você
Essa música era perfeita para aquele momento, a música sempre teve o poder de falar por mim, de expressar os meus sentimentos mais ocultos, mas naquele momento até eu me surpreendi como aquela música era perfeita para nós naquele momento. Nós não paramos de encarar um ao outro nem por um segundo, nossos olhos ilegais (por que ilegais? Por que dois homens não podem se amar? Por que a sociedade é tão hipócrita? Eu nunca tinha refletido muito para a letra dessa música, mas depois desse dia eu percebi que ela foi escrita para o público gay, só pode!) estavam colados uns aos outros.
Nós só paramos de encarar um ao outro quando a música acabou, nós não chamamos a atenção de ninguém, pois estavam todos conversando e brincando, pelo menos era o que eu achava.
Eu resolvi sair um pouquinho, quando esse bar ficava muito cheio, ele esquentava muito. Eu fui para uma área na frente do bar que havia diversas arvores, acho que aquele lugar foi feito para a galera dar uns amaços, mas como estava tendo música ao vivo o lugar estava vazio. Esse lugar, como tinha muitas árvores, não permitia que quem estivesse no bar pudesse ver quem estava ali, por isso ele era perfeito para uns amaços. Eu me sentei em um banco e logo senti alguém sentar ao meu lado, claro que eu sabia quem era!
- Aquela música é perfeita para nós – Ele falou.
- É mesmo, só não gostei da parte do “ilegais”, parece até que é um crime gostar de uma pessoa do mesmo sexo.
- Mas é essa a crítica da música, pelo menos eu entendo assim.
- Pode crê!
- Eu tô doido para ir pra casa. – Ele falou pegando minha mão.
- Eu também!
- Vamos sair à francesa?
- E a Loh? Ela veio conosco e tem que voltar conosco.
- Caramba, já tinha até esquecido dela.
- Então, eu tenho que fazer isso para eu poder aguentar até mais tarde...
Ele falou isso e me deu um beijo rápido.
- MEU DEUS! EU NÃO ACREDITO NO QUE ESTOU VENDO!
- Calma, não é nada do que tu estas pensando. – Eu falei dando um pulo do banco, eu estava super nervoso, nesse momento o medo tomou conta do meu corpo.
- COMO ASSIM NÃO É O QUE EU TÔ PESSANDO, EU TO VENDO, NÃO TÔ PENSANDO!
- Calma, para de gritar por favor, vamos conversar. – Falou o Thi.
- ISSO É SÉRIO? VOCÊS estão se pegando? – Ela falou um pouco mais calma.
Continua...
