DUPLAMENTE PRISIONEIRO (3)

Um conto erótico de M. Q.
Categoria: Homossexual
Contém 900 palavras
Data: 26/10/2014 12:46:10
Última revisão: 27/10/2014 21:22:11

Depois de dar o cu pela primeira vez, demorei a dormir. Rolava na cama, experimentando no ânus as sensações novas provocadas pela penetração. Uma mistura de dor e incômodo marcava minha carne, deixando claro que, enquanto estivesse preso, o sexo para mim seria dessa forma. No beliche de cima, Betão roncava, satisfeito.

E satisfeito acordou ao som das conversas e gritos que vinham do corredor. Era hora do café da manhã.

— Não vai levantar? — perguntou.

— Eu ainda não dormi nada — respondi.

Ele recebeu as bandejas, colocou-as na mesa e, ficando nu, foi para o chuveiro. Não pude deixar de observar a pica semiereta à qual eu deveria permanecer submisso nos dois meses que faltavam para o seu alvará de soltura. Meu ânus se contraiu, um arrepio me percorreu a espinha, o sono me venceu.

Ao despertar, vi que ele tinha saído para o banho de sol. Fui então ao vaso sanitário e, ao defecar, com leves dores, lembrei que, junto com o bolo fecal, estava também eliminando o esperma que Betão havia depositado em meu reto.

Eu sabia o quanto era gostoso gozar num cuzinho. Mas nunca me havia imaginado do outro lado da relação.

“Dizem que só dói na primeira vez”, pensei, conformado com a situação.

Porque sabia que viria a segunda, e a terceira...

Mas a segunda vez demorou a acontecer. Quando as luzes se apagaram, eu já estava psicologicamente preparado para mais uma sessão do que eu considerava tortura anal, quando ouvi os roncos de Betão.

“Desta vez, escapei”, pensei.

Mas, de novo, o sono demorou a chegar. E de novo dormi toda a manhã e uma parte da tarde, após o almoço.

À noite, ele se sentou no meu beliche.

— Olha como estou de pau duro — disse pegando minha mão e pousando-a sobre sua bermuda.

Apertei, o pau estava duríssimo. Retirei a mão, envergonhado de ter sentido vontade de abrir sua bermuda para pegar diretamente no pau. Ele deve ter lido meus pensamentos.

— Depois você vai poder pegar à vontade — disse.

Uma mudança radical começava em minha vida. Sim, eu sentira desejo. E mil ideias passaram por minha cabeça enquanto esperava com ansiedade o apagar das luzes. Quando, finalmente, Betão veio para a minha cama, meu coração pulsava descontrolado. Eu estava descontrolado.

— Gostou de dar o cu pra mim, né! — disse ele.

— Por que tá dizendo isso? — retruquei com tremor na voz.

— Porque você já está em posição.

Teria sido inconsciente? Eu estava de bruços e tinha vestido apenas um calção folgado que viera na pouca bagagem. Fácil de tirar. Bastava puxar.

Esmagado sob o peso de sentimentos contraditórios, eu permaneci na posição. Querendo e não querendo. Seu cheiro de macho, o peso de seu corpo, a pica impiedosa, tudo estava impregnado nos escaninhos do meu cérebro.

— Sente a dureza do meu pau — disse ele.

Minha mão se deslocou, tocou os pelos de sua perna. Subiu, roçou os testículos, segurou timidamente o pau rígido do tesão que competia a mim aliviar.

— Segura forte — disse ele.

Sempre de bruços, segurei com firmeza a pica de Betão, avaliando o calor e o calibre. “Como é que isso pôde entrar no meu cu?”, refletia eu masturbando-o lentamente. Então ele me puxou docilmente para cima dele e, fazendo pressão em minha cabeça, indicou-me a posição que eu deveria assumir.

Entendi.

Como corpo deslizando, senti na boca os pelos de sua barriga, depois os pentelhos e, quando dei por mim, estava chupando seu pau. E chupando bem.

— Hum... — elogiou. — Você chupa melhor do que meu amiguinho anterior.

Certamente o “amiguinho anterior” só o fazia por obrigação. O que não aconteceu comigo. Apesar das circunstâncias, eu realmente estava gostando. Aliás, o sexo oral sempre havia sido o meu forte. Quando ainda nem tinha pentelhos, uma tia muito safada me ensinara a chupar boceta. E essa sempre foi a parte principal em meus relacionamentos com o sexo feminino. Gostava de chupar boceta, agora estava gostando de chupar pau. Gostando mesmo!

— Quando eu ejacular — advertiu ele —, não pode sair correndo. Primeiro deixa eu terminar. Depois, se quiser, pode cuspir. Mas eu gosto mesmo é quando engolem tudo.

Eu sabia disso, claro. Não há nada mais frustrante do que a boca chupadora se retirar na hora H. E eu não ia decepcionar o meu “protetor”. Apenas disse:

— Mas avisa, tá?

Ele segurava minha cabeça, tentava meter toda aquela tora comprida em minha boca. Eu engasgava, forcejava a cabeça para cima. Por fim, ele deixou de interferir no ritmo da minha mamada e, gemendo baixinho, anunciou:

— Vou gozar...

Preparei-me. A golfadas de esperma vieram, proporcionando-me um estado inusitado de satisfação. Nos meus vinte e cinco anos, eu já acumulara um respeitável currículo de chupador de boceta. Mas agora eu percebia uma diferença: poucas mulheres das que eu chupei haviam alcançado um orgasmo tão palpável. E palatável. Algumas, eu nem sabia se estavam gostando. Agora era diferente. Não havia como não saber que o meu desempenho havia sido bom. A boca cheia de esperma era a prova. Uma prova com textura cremosa e sabor um tanto ácido. Engoli tudo e fiquei brincando com os testículos enquanto a pica, exaurida, amolecia.

— Há tempo eu não gozava tão gostoso — elogiou Betão antes de subir para a sua cama.

Pouco depois, ele estava roncando.

CONTINUAEste relato faz do 2.º volume da Coletânea Ele & Ele ainda em elaboração.

Conheça o 1.º volume:

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Comentários

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Amei Betão pena que isso é só ficção. Meus relatos são minhas vivências de puta de negros e mulatos especialmente, porque sou sempre assediada por eles.

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Excelente! Fiquei com muito tesão! Vou ler os outros dois dessa série. Tesão puro esse aqui!!!!!

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