FERNANDO
Precisou de duas semanas no hospital para eu poder ir pra casa. Bem, para casa do Stefan.
Olhando pelo meu ombro pude vê-lo olhar a estrada lá fora pela janela do carro. As coisas estavam estranhas entre nós dois. Desde o meu acidente, eu comecei a reavaliar muita coisa. E o Stefan era o topo delas. Eu não estava entendendo muito, mas até onde sabia, o Stefan havia terminado com a Violeta. Ninguém conversou comigo e nem nada. Mas quando tivesse uma oportunidade, eu colocaria o Stefan contra a parede.
- Como você está se sentindo, Fernando? – perguntou o Marc parando no sinal.
- Eu estou bem. – disse o olhando. – Eu só volto para o hospital morto. – xinguei percebendo a piada idiota que havia feito.
- Não fale mais isso, Fernando. – disse o Stefan do banco de trás sem tirar os olhos da estrada.
- Eu sei. Sinto muito.
Um silêncio caiu no carro e assim ficamos até chegarmos na casa do Stefan. Olhando para frente da casa, me trazia muitas lembranças. Essa era a casa dos pais dos meninos. Vendo o jardim da frente mal cuidado, me fez sorrir. Se a Suzanna ainda estivesse viva, ela nunca que teria deixado as suas flores chegarem naquele estado. Ela amava aquele jardim.
- Por quê vocês não contratam alguém para cuidar das flores? – perguntei me encaminhando para a porta da frente.
- Porque é difícil encontrar alguém e o Marc fodeu, literalmente, o último que encontrei. – disse digitando o código de segurança da casa. – Então eu dei a tarefa pra ele, mas parece que ele não está fazendo as suas obrigações.
- Ei, eu não tenho culpa. O cara era gostoso – disse o Marc dando de ombros.
A casa estava escura e com um ar sombrio. O Marc ligou o interruptor e logo permiti aos meus olhos a se adaptarem ao ambiente. Estava tudo organizado. Tudo da mesma forma como da última vez que estive ali. As fotos na parede da sala. Os moveis no lugar de sempre. E aquele tapete peludo branco que eu tanto amava ainda se encontrava no meio dos dois sofás. O resto da casa ainda estava escuro, mas eu podia visualizá-la em minha cabeça.
- Então, qual vai ser o agito pra essa noite? – perguntou o Marc se jogando no sofá.
- Agito? – perguntei me sentando no outro sofá. – Eu não tenho mais idade para isso. – disse rindo enquanto tirava os meus sapatos e esfregava os meus pés pelo tapete.
- Qual é, Fernando. Você tem quantos anos? 90? – perguntou me zombando.
- Tenho idade suficiente para não está mais em agito. – disse fazendo aspas com a última palavra.
Vi quando o Stefan se dirigiu para a cozinha. Ele estava muito calado e isso já era algo preocupante. Tinha que conversar com ele. Mas isso tinha que ser só nós dois.
- E você, vai sair? – perguntei me voltando para o Marc.
- Bom, acho que sim, Não sei. Eu não quero ir sozinho. – disse com um suspiro e fazendo uma cara de cachorro caído da mudança.
Se fosse em outro momento, eu teria me rendido ao seu charme e teria ido com ele. Mas eu estava cansado e ainda me recuperando. Teria que ficar para outro dia. Quando eu ia responder alguma coisa, a campainha da casa toca. Quem seria? O Stefan saiu da cozinha e veio abrir a porta. Eu logo me levantei quando vi um rosto que adorava.
- Cristian! – disse o abraçando forte. – Quanto tempo.
Ele deu as sacolas para o Stefan e me abraçou.
- Olha, da próxima vez que você resolver se matar, eu te mato primeiro.
- Você já me disse isso pelo menos umas 40 vezes lá no hospital. – disse o soltando.
- Mas sempre é bom deixar as coisas claras. – disse dando um beijo em meu rosto. – Trouxe uma coisa pra você.
- O que é? – perguntei pegando as sacolas. Quase gemi de emoção quando vi os meus chocolates preferidos ali. – Obrigada, Cristian. Muito gentil de sua parte.
Disse o abraçando de novo e voltando para o sofá. O Stefan se sentou em uma das poltronas e o Cristian ficou em pé. Olhando para ele percebi que estava muito arrumado. O Cristian era um moreno lindo. Tinha um sorriso apaixonante que revelava os seus dentes brancos. Era alto, forte e todo definido. O cara se cuidava. Era uma pena ele ter sofrido tanto com o Caio.
- Você vai pra onde vestido desse jeito? – perguntei olhando-o de cima abaixo.
- Me vesti assim só pra você. – disse jogando um beijo pra mim.
- Sinto muito, mas você não é o meu tipo. – disse rindo.
O Cristian fez uma expressão magoada e depois deu de ombros.
- Você quem perde. – disse empurrando o Marc para que pudesse se sentar no sofá também.
- Se ele não te quer, eu quero. – disse o Marc jogando o braço ao redor dos ombros do Cristian.
Percebi que o Stefan já não se encontrava mais na sala. Coloquei a sacola com os meus bombons em cima da mesa e levantei.
- Meninos, eu volto já. – eles murmuraram alguma coisa não dando atenção a mim.
Caminhei em direção à cozinha escutando o Stefan amaldiçoar alguma coisa enquanto algo caía no chão.
- O que aconteceu? – perguntei quando entrei na cozinha e vi o Stefan pressionando um pano em sua mão.
- Eu me queimei. – molhou o pano na pia e pressionou novamente.
A panela tinha ido parar debaixo da mesa e o chão estava todo molhado.
- Me deixa ver sua mão. – disse indo em sua direção.
Quando a peguei uma eletricidade passou por mim. Eu queria tanto beijá-la e fazer o ardor passar. Mas isso não seria possível. Então, olhei para a queimadura como se fosse algum médico experiente. A sua mão estava muito vermelha.
- Vamos ter que passar uma pomada aqui. Você tem alguma? – perguntei o olhando.
O Stefan assentiu, mas não se moveu. Ele ficou olhando de mim para sua mão. Eu não entendi até que percebi que ainda a assegurava. Soltei-a e liberei o caminho.
Fui até a dispensa pegar um pano e um rodo para limpar a cozinha. Eu suspirei pegando a panela do chão. Como eu iria fazer para lidar com todos esses sentimentos? Eu já estava decidido que iria conversar com o Stefan. Iria lhe contar tudo, mas mesmo assim, eu estava com medo. O Stefan era a única família que eu tinha. Desde a nossa última viagem as coisas fugiram do meu controle. E foi por isso que preferi me afastar dele. Eu só não sabia como ele iria reagir. E isso era o que estava acabando comigo a mais de uma ano.
- Achei uma. Você poderia passar pra mim? – disse o Stefan entrando na cozinha segurando uma pomada.
Eu terminei de limpar as coisas e indiquei a cadeira para ele se sentar. Enxuguei as minhas mãos ficando em frente ao Stefan. Peguei a pomada e coloquei um pouco no meu dedo, passando por toda a mão do Stefan. Ele ofegou um pouco enquanto fazia isso, eu sabia que estava doendo, mas era necessário.
- Por quê você se afastou de mim? – perguntou o Stefan de repente enquanto fechava a pomada.
Eu não sabia o que responder. Não naquele momento. Eu olhei em seus olhos castanhos e me perdi ali. A sua boca estava tão perto que se eu me inclinasse poderia devorá-la. Ele era tão lindo. E eu o queria tanto.
Ao invés de respondê-lo, eu o abracei. O Stefan ficou rígido. E vi que isso não tinha sido uma boa ideia. Mas Deus, eu tinha sentindo falta desse abraço. Não liguei para o fato dele não ter me abraçado de volta. Eu só queria o sentir. Quando estava me afastando dele, o Stefan me surpreendeu apertando os seus braços ao meu redor. Eu soltei o ar que estava segurando. Depois de um tempo abraçados, ele me afastou um pouco para poder olhar para mim ainda me segurando.
- Eu senti sua falta. – disse olhando em meus olhos.
- Eu também senti. – disse fitando os seus lábios e querendo desesperadamente senti-los.
Eu mordi o meu lábio inferior e me afastei do Stefan. Isso não ia funcionar. Fui até a pia ficando de costas para ele. Ótimo! Agora eu tinha uma ereção pulsando dentro dos meus jeans. Abri a tornei enchendo um copo com água. Talvez isso ajudasse.
- Hey, pessoas! – disse o Marc se juntando a nós. – Já que os dois velhos não querem sair, eu vou me perder na noite com o Cristian.
Virei-me e vi um Marc todo produzido. O Marc era muito diferente do Stefan. Eles não se pareciam. Ninguém diria que eles eram irmãos. Mas em uma coisa eles combinavam; a beleza. O Marc era lindo, mas o Stefan era mais.
- Vocês vão pra onde? – perguntou o Stefan se levantando da cadeira.
- Não sabemos ainda, mas talvez para alguma boate. – disse o Cristian ficando atrás do Marc.
- Cuidado com ele, Cris. – disse me postando ao lado do Stefan. – Se ele chegar com um arranhão aqui, eu vou caçar a sua cabeça.
- Hum, isso não soa tão mal. – disse passando a mão pelo frente do seu jeans.
Fingi espanto e tampei os olhos.
- Leve ele daqui, Marc, antes que ele me ataque. – disse rindo.
- Cuidado, Marc. Qualquer coisa me liga. – disse o Stefan enquanto o abraçava.
Cristian se despediu de nós e saiu com o Marc logo atrás.
- Quando foi que o Marc ficou tão bonito? – perguntei indo pra sala.
- Bonito e independente. – disse o Stefan se sentando ao meu lado no sofá.
- Você sabe que esse dia ia chegar. – peguei o controle sintonizando em qualquer lugar.
- É, eu sei. Eu só não estou preparado pra isso. – se esticou no sofá e apoiou sua cabeça em meu colo.
A gente ficou num silencio confortável até que minha necessidade de conversar com ele cresceu.
- Stefan, a gente precisa conversar. – disse fazendo o sentar e olhar pra mim.
Desliguei a televisão para que nada nos distraísse. Agora que tinha a sua atenção, não sabia por onde começar.
- Eu preciso saber se você e a Violeta ainda estão juntos? – perguntei olhando para as minhas mãos.
- Que pergunta é essa? Se estivesse com ela, acho que não estaria aqui. – disse o Stefan.
- E por que vocês não estão mais juntos? – perguntei sem ter coragem ainda de olhá-lo.
O Stefan ficou um tempo em silencio. Quando ia me desculpar pela pergunta, ele começou a falar.
- A principio foi por sua causa. Ela não reagiu muito bem ao fato de não me casar com ela para ir ao hospital te ver. – parou de falar e depois continuou. – E o outro fator, foi que percebi que esse casamento não iria dar certo. Acho que percebi tarde demais a bagunça que fiz.
Eu o olhei e vi que ele estava olhando para mim. Eu assenti sem saber mais o que dizer.
- E você? – Stefan perguntou.
- Eu o quê?
- Por quê se afastou de mim? – perguntou
A hora da verdade havia chegado. Eu me levantei e me encaminhei até a janela. Eu só não podia olhar pra ele.
- Você se lembra da nossa última viagem para o caribe? – perguntei.
- Claro. Foi a nossa melhor viagem juntos.
- Sim, foi. – sorri com as lembranças – Foi a melhor e pior. Nós estávamos bebendo muito naquele dia. Lembro-me de dizer que já havíamos bebido muito e pedir para você parar. Mas você disse que só estava começando. Eu não quis mais beber e então o levei para o quarto. Caso você fosse cair de tão bêbado que estava, cairia na cama. A gente ficou conversando e você não parava de beber. Eu já estava me preocupando. Então eu fui tomar a garrafa, só que você se recusou a me entregar e a gente entrou numa luta. Foi uma loucura. Eu só sei que nós caímos no chão e você ficou em cima de mim. Eu me lembro de ter sido uma tortura. Você estava tão perto. Eu só queria beijá-lo. Mas eu sabia que não poderia fazer isso. Então eu tentei afastar você, só que eu não sei o que houve, mas você prendeu os meus braços no alto da minha cabeça e me beijou. Eu fiquei surpreso. Mas depois eu deixei me levar pelo o que eu sempre quis fazer. Eu sabia que deveria ter parado, mas o meu corpo não permitia. Foi o melhor beijo da minha vida. – levei a mão aos meus lábios lembrando daquele dia. – Você aprofundou o beijo e eu só queria te jogar na cama e te foder a noite inteira. Mas não poderia. Estava errado. Você estava bêbado. Eu não poderia me aproveitar da situação. Então eu tive forças para tirá-lo de mim e coloca-lo na cama, Você se acalmou e dormiu. – parei para enxugar as lágrimas que escorriam pelo meu rosto. – Você acordou com uma ressaca horrível e nem se lembrava do que havia ocorrido na noite anterior, agiu normalmente comigo. – suspirei e me permiti perder na beleza da lua lá fora. – Eu prometi pra mim mesmo que não iria contar nada. Mas o meu coração não estava de acordo com isso. Eu sempre amei você Stefan. Sempre. E depois daquele beijo, eu tive a minha confirmação. – esperei ele dizer alguma coisa, mas só se ouvia o silencio. – Depois de duas semanas de briga interna comigo mesmo, eu decidi que era hora de conversar com você. Eu sabia que poderia te perder, mas eu já não aguentava mais aquela situação. Então eu ligue para você e disse que precisamos conversar. Quando você chegou todo feliz dizendo que tinha algo pra falar também, eu o deixei falar primeiro. Eu tinha uma esperança que você havia recordado daquela noite. E foi aí que o meu mundo caiu. Você disse que iria se casar. Como eu poderia estragar o seu momento lhe contando a verdade? Contar-lhe que o amava? Então desisti de vez de lhe contar tudo. Foi por isso que me afastei. Eu não suportaria vê-lo com outra pessoa. Eu precisei me afastar para expulsar o amor que sentia por você. Mas ele nunca foi embora. Me desculpe, Stefan. – disse tentando controlar as teimosas lágrimas que voltaram.
Me assustei quando senti o Stefan me abraçar por trás.
- Você não está com raiva de mim? – perguntei passando as minhas mãos pelos seus braços.
- Olha pra mim, Fernando. – ele me virou e se moveu para mais perto de mim. – A única coisa que tenho raiva é de não lembrar desse beijo.
Eu não tive reação quando o Stefan me puxou pela cintura ficando a centímetros dos meus lábios.
- Somos dois idiotas. – o Stefan sussurrou enquanto pressionava os seus lábios nos meus. Eu ainda estava sem reação. O Stefan forçou eu abrir a minha boca com os lábios, e foi quando ele a invadiu com a língua que despertei para vida. Oh, Meu Deus! Eu estava no próprio paraíso. Eu segurei a sua cabeça com as minhas mãos e me permiti afundar em sua doce boca. Eu quase gozei ali mesmo quando ele chupou a minha língua. Eu queria tirar toda a sua roupa e lambe-lo. Mas nós tínhamos tempo pra isso. Por enquanto, a sua língua estava fazendo um belo trabalho.
***************************************************************************
Hey, pessoas lindas! Tudo bom com vocês? Então, quero me desculpar por não ter postado nos dois últimos dias. É que eu tive uma dor de cabeça horrível e ainda tive que resolver algumas coisas da faculdade, pois a mesma está em greve. Mas, hoje, irei postar alguns capítulos para recuperar o tempo perdido. Antes tarde do que nunca, né! Bom, quero agradecer imensamente pelo voto de confiança por estarem lendo a minha estória. Obrigada mesmo. Eu estou muito feliz por isso. Então, vamos aos fatos da nossa loucura, pois tem muita coisa pra acontecer ainda.Beijos no corações de cada um.
Rose Vital: Nada de desculpas aqui, querida. Que bom que você voltou. Sinta-se sempre bem-vinda aqui. Então, o Marc é um problema em pessoa. Ele tem que aprender a separar muita coisa em relação aos seus sentimentos se quiser ser feliz. O Eduardo é uma loucura. Eu espero que ele ainda insista no Marc, mas eu tenho as minhas dúvidas. As vezes a gente cansa de amar quem não faz o minimo esforço. Amar não é pra ser unilateral, não é mesmo? Bom, vamos aguardar o que vem desses dois. Sobre o Fernando e Stefan, eles são dois teimosos, isso sim! Mas eu até entendo eles. Eu acho que não teria coragem de falar, não sei. Cada caso um caso. E a Violeta eu nem sei dela. Ela tá "sumida" por um tempo, e é desses que a gente tem que ter mais medo. Rose querida, eu acho incrível como você consegue enxergar tudo da estória. As suas percepções são incríveis. Queria, eu concordo com o Nando Mota quando ele diz que você deveria escrever uma estória também. Com certeza ia ser maravilhoso. Obrigada querida, por me acompanhar em minhas loucuras. Beijos!
geomatheus: Obrigada por ler. Beijos!
Drica (Drikita) : Bom, concordo com você querida. Eles são burros mesmo. Mas eu os entendo. Enfim, você viu os acontecimentos de hoje, né? A história deles dois está apenas começando. Ainda tem muita coisa pra rolar. Obrigada por continuar lendo, querida. E obrigada pelo carinho também. Beijos!
Netto ..: Então, meu querido amigo, você gostou desse capítulo? Acabou que o Fernando deixou se libertar pelo o que tanto o sufocava. Você viu como o Stefan reagiu, né! Como será que eles vão ficar depois desse momento? Estou curiosa. Bom, então quer dizer que o Marc é o seu favorito?! Ele realmente é encantador. Eu tenho o meu favorito. Vamos ver se você sabe quem é. Obrigada por continuar lendo, querido! Beijos.
Perley: Obrigada por continuar lendo. Sim, o Stefan é muito cego, ou então se faz. Ele tinha os seus próprios problemas pra lidar. Beijos!
Irish: Minha querida, amiga. Fiquei muito feliz por saber que você está lendo a minha estória. Obrigada pelos elogios. Vindo de você é uma honra. Mas eu já disse quem tem talento aqui é você, né! O seu conto que é maravilhoso. Todo mundo deveria ler ele. Eu sou apaixonada por ele. Obrigada por compartilhar seu talento conosco. E você não está perdendo tempo com ele. Deixe o mundo ver a riqueza das suas estórias. Obrigada mais uma vez. Beijos, querida!
Kyryaq: Então, você acha que o Stefan entendeu agora todos esse sentimentos? Depois dessa sua reação será que tudo vai ficar mais claro? O Stefan e o Fernando compartilhavam do medo de perder um ao outro. Bom, isso quase aconteceu. Mas como ficará os dois depois disso? Bom, eu quero muito que o Marc fique bem. Mas eu não sei se o Eduardo irá esperar pra sempre. Vamos ver, né! Obrigada por continuar lendo. Beijos!