O Primogênito. 29

Um conto erótico de O Autor k...
Categoria: Homossexual
Contém 2061 palavras
Data: 10/03/2014 11:08:04
Última revisão: 10/03/2014 13:05:01
Assuntos: Gay, Homossexual, odio, Romance

Durante o percurso para casa ninguém disse nada, e haveria algo a ser dito após aquela noite fatídica? No domingo a conversa que predominava era sobre a festa e claro sobre minha titia que surpreendera todos, pois ninguém sabia dessa sua nova face, minha mãe mesmo dizia que jamais imaginou que minha tia fosse uma pessoa de uma cabeça não atrasada, eu particularmente preferi não falar nada, liguei para a Jaque e conversamos por um bom tempo e contei pra ela como foi o meu reencontro com o Digo e como devem imaginar ela ficou um bom tempo me dando sermão e também me disse como estava sendo difícil controlar o Deivison, pois até uma cueca dele foi parar no hall do nosso andar, na hora que escutei senti uma vertigem pois aquele maluco com toda certeza traria uma má reputação aos moradores daquele andar e o mais engraçado é que na frente ou perto dos pais dele, ele se comporta como um santo.

Na segunda todos estavam na expectativa para saber sobre o resultado dos exames, se eu seria um doador em potencial e na hora marcada com o medico fomo eu e minha mãe e minha tia e aquele suspense entre a nossa chegada ao hospital e o momento de nós sermos chamados só nos deixava cada vez mais aflitos.

Med:Sentem se por favor.

K:Vamos doutor sem rodeios, eu posso ou não ser doador para o meu irmão?

Med:Tudo bem, bom uma das razões para demorar mais de uma semana era a suspeita que tínhamos de que essa doença fosse hereditária e assim te incapacitando para ser um provável doador e também caso seja negativa se você seria compatível, enfim para ser mais direto, você é sim compatível Carlos.

Essa noticia caiu como um alivio diante de nós e minha mãe muito emocionada teve que ser medicada pela grande emoção pois era uma luz no fim do túnel, pois todos sabem como é difícil ficar sofrendo esperando na fila de espera, depois de minha mãe ficar mais calma o medico explicou os procedimentos, sobre como afetaria a minha saúde devido ao transplante e também nos alertou dos riscos pois mesmo os exames dizendo que sim, mas havia uma chance de que na hora do transplante poderia haver uma rejeição do órgão enfim ficamos muito tempo no consultório e no mesmo dia eu já me internaria para dar inicio aos procedimentos já que o Digo estava em um estagio que quanto mais demora mais serio fica o estado de saúde dele.

Mas antes de qualquer coisa eu fiz um pedido ao médico.

Med:Pois não?

K:Não quero ter nenhum contato com ele.

Med:Como?

K:Desculpa doutor, mas nós dois não nos damos muito bem e eu agradeceria se não tivermos nenhum contato um com o outro.

Med:Tudo bem, vamos ver o que podemos fazer.

Enquanto minha mãe ligava para o seu marido o medico pegou o telefone e pediu para que a outra pessoa na linha entrasse em contato com o Rodrigo que havia encontrado um doador e que era para ele vir ao hospital imediatamente para dar inicio aos procedimentos, bom devo ressaltar aqui que quando o Medico falava para nós como seria os procedimentos eu fiquei me imaginando deitado em uma mesa cirúrgica e um monte de gente mexendo nas minhas vísceras, bom meus queridos leitores sei que é algo desagradável de se ler, mas é para que vocês tenham ideia de como eu me senti, e para piorar como disse antes eu tenho alguns problemas com hospitais e sangue e por causa disso já fui ficando verde conforme o medico falava.

Depois de muito papo fui encaminhado para um quarto e minha mãe foi embora para pegar umas coisas pra mim e logo que a enfermeira saiu me deixando sozinho em meu quarto senti um vazio no peito que não podia explicar...eu queria que alguém estivesse ali comigo segurando a minha mão e dizendo que tudo ia dar certo...

“Vem logo... sai dai

Não vo não...

Buaaaaaaaaaaaa

Mãe ele esta fazendo birra de novo.

Vem logo kadu é só uma espetadinha nem vai doer

Vai sim buaaaaaa.

Segura na minha mão e olha pra mim

Vai due...

Você não é homem?

Eu sô...

Então homem que é homem não chora

A moça vai aplicar um remédio pra você sara logo.

Doi muito Digo.

Não doi não... olha pra mim e não solta a minha mão”

K:Eu não vou soltar.

E:O senhor disse alguma coisa?

K:Não é nada não só estava pensando alto.

A enfermeira estava colocando um aparelho do lado da minha cama que eu não sabia para o que servia e enquanto isso eu fiquei deitado relembrando momentos como esse, de certa forma me ajudava muito essas lembranças, poderia dizer que são poucas as que valem a pena. Um pouco mais tarde a Luana o Bruno e o Pedro apareceram e ficamos conversando e foi então que eu perguntei para a Lu.

K:Ele já chegou?

L:Já sim, saindo daqui eu vou lá falar com ele. Tem certeza que não quer falar com ele?

K:Tenho, vai ser melhor...depois que isso tudo acabar cada um segue seu rumo.

Qualquer um que realmente me conhecesse perceberia que não havia nenhuma convicção na minha voz, o orgulho é um mal de família que supera muitas coisas, as vezes penso que o Digo não me ama e eu não o amo de verdade, porque deixamos que outros sentimentos falem mais alto do que o grande “amor” que achamos que sentimos um pelo outro e não é só o fato de nos sermos irmãos de sangue pelo menos de minha parte não é já com ele não poderia afirmar nada.

A cirurgia começaria as oito da manhã e não tinha hora para terminar, eu pernoitei no hospital para o pré-operatório, e só consegui dormi graças a um remédio que o medico me deu, pessoal vocês nem imagina o medo que eu senti momentos antes da operação e até admito que pensei na possibilidade de sair de fininho e fugir, mas o Digo precisava da minha ajuda ou então ele morreria e essa não era uma opção aceitável.

No dia seguinte acordei pouco mais de seis da manhã, o Pedro passou a noite do meu lado e no outro quarto foi a Daniela quem ficou com o Digo e por falar nela ela veio me visitar a noite e me enchendo de agradecimentos, mas enfim como ia dizendo no dia eu não poderia comer nada antes e logo me colocaram para dormir, eu não me lembro muito bem de quando eu acordei ou melhor lembro sim, me sentia enjoado e fraco sabem quando você fica tão fraco que te dá náuseas, pois bem, foi assim eu não vou detalhar aqui os momentos seguintes por que não vem ao caso só posso dizer que não tive nenhum contato com o Digo nem antes e nem depois da cirurgia, minha mãe me disse que não houve rejeição imediata, mas devido ao nível que chegou ele precisaria de mais tempo para se recuperar, mas de acordo com o medico ele ficaria bem.

Missão cumprida já queria ir embora no dia seguinte que tive alta, mas o medico disse que eu precisava ficar de repouso absoluto e que minha condição requer cuidados e assim foi fiquei vários sem sair e muito menos me mexer, nos primeiros dias foram terríveis a quantidade de remédios e a constante troca de curativos e enfim todo o cuidado que eu tinha que ter me fazia amaldiçoar o Digo quase que diariamente, eu devia ser canalizado pelo Vaticano pois eu erar uma pessoa tão boa por que depois de tudo que eu passei ainda fiz o que fiz e naquele momento sofria muito no pós operatório, a Jake queria vir me ver e me ajudar, mas eu falei que não era necessário porque já tinha muita gente cuidando de mim.

Já a minha mãe coitada se dividia em me ajudar e ajudar o Digo, era nítido como ela estava feliz e aliviada seus olhos ate brilhavam e ela sorria como se tivesse ganho um premio na loteria. Bom eu por alguma razão não compartilhava daquela felicidade, na verdade eu mesmo não estava me entendendo o porque eu estava estranho, era sentimento bem parecido com decepção ou como se esperasse algo ou retribuição. Mas eu devia estar feliz poxa salvei a vida do meu irmão e em breve ele estará com sua saúde restabelecida e terá uma vida normal, então porque eu não estou feliz?

Nem mesmo meus amigos saberiam me responder ou melhor quase todos porque a Luana ao ouvir esse mesmo questionamento conseguiu atingir a ferida.

L:Acho que você esperava que ele viesse aqui de braços abertos para agradecer e dizer que quer ficar com você.

K:Não é nada disso Lu.

L:A Kadu vai dizer que se ele entrasse por aquela porta e te dissesse que queria viver junto com você e que estava disposto a ir morar com você... E ai vai me dizer que não ia aceitar.

K: :(

L:Meu lindo você esta com esse vazio porque ainda tem esperanças de que ele mude, mas sinceramente não vejo como, ele tem um filho e uma ótima esposa, você mesmo sabe disso a Dani é uma excelente...

K:Ta ta ta Lu já entendi e você não esta ajudando.

L:Meu amigo eu sei o que você esta passando por que eu já passei por isso e o que eu mais quero é que você seja muito feliz não importa com quem for.

K:Eu sei minha amiga te amo...muito muito muito. Vou sentir saudade.

L:Eu já imaginava que você já estivesse pensando em ir.

K:Eu tenho que voltar Lu, minha facul já dancei nesse semestre, mas no próximo estou firme, a Jake esta sozinha lá e eu to morrendo de saudade dela e já esta perto de nascer então eu quero estar presente.

L:Não se esqueça que eu sou a madrinha...

K:Coitado do moleque, vai ter uma loca como madrinha.

L:E quando é que você esta pensando em ir?

K:No domingo mesmo eu já estou voltando, minha mãe quer que eu fique mais, para eu me recuperar direito, mas eu já me sinto bem então não tem motivo para prolongar ainda mais e eu já estou aqui a quase dois meses.

L:Nossa passa rápido não é?

K:Nem me fale, mais foi melhor assim.

L:E nesse tempo quantas vezes você falou com o Rodrigo cara a cara?

K:Só aquela vez na festa do seu pai, Lu não vou forçar nada e ele entendeu meu recado.

L:Sabe que eu não me conformo, de verdade.

Eu já me conformei o tempo e a distancia ajudou muito, o Rodrigo é de um mundo diferente, um mundo que eu não consegui entrar e entender, mas não foi culpa minha e sim dele que não soube se entender e deixou que o próprio preconceito vendasse seus olhos e o fez seguir em um caminho que grande parte dos casados hoje em dia opta pelo jeito mais fácil, viver uma mentira a vida toda e de vez em quando trair a esposa com alguém que conheceu na internet ou então pagando por sexo apenas para saciar seus desejos reprimidos e assim iludindo sua esposa fazendo-a acreditar que tem um marido perfeito ”pobre coitada” a Daniela não merece isso... eu nunca a quis mal, ela sempre me tratou muito bem... Tem tudo para fazer um homem feliz pena que escolheu errado, escolheu um homem que preferiu usar uma mascara para escondê-lo da verdade se tornando um verdadeiro covarde, de minha parte eu viverei minha vida encarando quem quer que seja de frente, vou apanhar vou sim com certeza, vou ser xingado pelos que não nos entendem sim eu vou, mas nunca me esconderei do que eu sou, o Rodrigo viverá uma vida triste fria e cheia de mentiras se continuar cego para os seus sentimentos. Bom eu vou seguir a minha vida de cabeça erguida por enquanto sozinho com o meu filho que esta prestes a nasce e com a minha amiga Jake que se Deus quiser vai tomar juízo e claro com meu querido amigo depravado Deivison.


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Comentários

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Meu amigo estou torcendo para as coisa saírem bem para vc.

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Ai eu to amando ler essa hisotria esta simplesmete maravilhosa e espero que tudo se resolva logo com esses dois

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Isso teve cara de final, mas torço pra não ser, quero os dois juntos, por favor????

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Senti e percebi q nesse cap vc contou o final dessa história. Qnd vc disse: " O orgulho é um mal de família que supera muitas coisas.às vezes penso que o Digo não me ama,e eu não o amo de verdade prq deixamos que os outros sentimentos falem mais alto que o amor que achamos que sentíamos um pelo outro.." aí vc deu a entender que não estão junto. E a parte final do cap só confirmou tudo..

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Muito bom seu conto, mas foi inevitável imaginar o Papa usando um macacão de bombeiro hidráulico para te "canalizar" rsrsrs

como sempre o conto está nota10.

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ué, acabou? Esse é o úlitmo capitulo???

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Eu queria que voce estivessem se entendido...mas tds bem...tudo ao sei tempo...eu espero...ate o proximo...bjs

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BOM DEMAIS. AH ESPERO QE VOCÊS TENHAM FEITO AS PAZES.

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